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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Crime e retórica: idéia que o crime é uma questão social domina as esquerdas, em detrimento da sociedade.

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA - http://www.midiasemmascara.com.br/

Resumo: Depois de toda uma geração de vítimas do crime ter sido sacrificada no altar das teorias da esquerda, uma mudança de direção política produziu maiores índices de aprisionamento – e menores índices de criminalidade – em países como os EUA.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Oakland, na Califórnia, sofre, há muito tempo, altos índices de criminalidade e, particularmente, alto índice de assassinatos. A julgar por um recente discurso de seu atual prefeito, o velho esquerdista Ron Dellums, a cidade terá um futuro muito parecido com seu passado.

Por que Oakland é tão violenta? Segundo o prefeito Dellums, “temos fechado nossos olhos às injustiças e desigualdades e, agora, estamos colhendo os amargos frutos daquela desconsideração de todo um grupo de indivíduos.”

Essa é a retórica das “raízes do crime” da década de 1960, ainda forte nas esquerdas
atualmente, apesar de montanhas de evidências do contrário que se têm acumulado nas décadas desde então.

Isso é o que torna o problema de Oakland mais do que o problema de Oakland – ou mesmo o problema dos EUA. O mesmo tipo de pensamento prevalece na esquerda em outros países, produzindo o mesmo tipo de terríveis resultados.

Como disse o escritor inglês Peter Hitchens: “A Inglaterra está rapidamente se tornando um lugar onde o homem bom teme o mau e o mau não teme nada.”

Ele disse ainda: “A pura e simples estupidez da maioria das declarações políticas sobre crimes desafia até os mais crédulos.” Ambas as afirmações se aplicariam tanto a Oakland quanto a Londres – e a muitos outros lugares.

Uma notícia de jornal sobre o discurso do prefeito Dellums dá conta de que ele estava “seguramente confortável com o que estava dizendo e falava de improviso.”

Por que estar desconfortável ou precisar de um discurso escrito para repetir as mesmas noções politicamente corretas que toda a esquerda – aqui e no exterior – tem repetido como um mantra por quase meio século? Você precisaria de algo escrito para recitar o alfabeto?

A idéia de que “injustiças e desigualdades” explicam o crime se originou há mais de dois séculos. Você vai encontrá-la, na Inglaterra, no livro de William Godwin de 1793, “Investigação sobre a justiça política”, e mesmo antes, em alguns escritores franceses.

Ela é a marca registrada da esquerda em todo o mundo.

Mesmo que tais idéias tenham existido por séculos, elas não se tornaram dominantes para aqueles responsáveis pelo sistema legal e policial até a segunda metade do século XX – mais especificamente, até os anos 1960 nos EUA.

Como eram os índices de criminalidade em 1960, antes que essas idéias invadissem os tribunais e os ramos legislativo e executivo do governo?

Até 1960, o índice de assassinatos estava declinando havia décadas – tanto entre os brancos quanto entre os negros – e era pouco menos da metade do que era em 1934.

Será que não havia nenhuma “injustiça e desigualdade” em 1960 e nas décadas anteriores?
Ninguém que seja velho o suficiente para lembrar daqueles tempos acreditaria nisso.

Foi precisamente a chegada ao poder em 1960 (nos tribunais e nos governos) daqueles que acreditavam que “injustiças e desigualdades” fossem as causas do crime que marcou o enfraquecimento da aplicação da lei e do aprisionamento de marginais – e marcou um dos mais dramáticos crescimentos do crime em nossa história.

Tendo declinado por décadas sem fim, o índice de assassinato abruptamente dobrou de 1961 a 1974. O número de cidadãos vítimas de crimes violentos, em geral, triplicou.

Tais tendências começaram em momentos diferentes em países diferentes, mas o padrão é muito similar. Na medida em que o índice de aprisionamentos declina, o índice de crimes decola – quer na Inglaterra, na Austrália, na Nova Zelândia ou nos EUA.

Depois de toda uma geração de vítimas do crime ter sido sacrificada no altar das teorias da esquerda, uma mudança de direção política produziu maiores índices de aprisionamento – e menores índices de criminalidade – em todos esses países, no final do século XX.

Não estamos ainda onde estávamos em 1960, com respeito tanto ao índice de criminalidade quanto à taxa descendente de assassinatos. As noções da esquerda são ainda fortes na mídia, na academia e na política.

A esquerda está ainda confortável quando fala sobre “injustiça e desigualdade” – mesmo de improviso – e, certamente, sem se confrontar com a vasta quantidade de evidências de que eles estão errados.

Publicado por Townhall.com
Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

Fonte: portal MÍDIA SEM MÁSCARA - http://www.midiasemmascara.com.br/
Link: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6151&language=pt

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".