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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Novo "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano"

Novo ‘Manual do perfeito idiota latino-americano’ tira FHC da lista, mas deixa Lula
Por Ligia Filgueiras*

O jornal O Globo publicou uma entrevista (1) no domingo com Carlos Alberto Montaner, escritor cubano hoje radicado na Espanha, e um dos autores do ‘Manual do perfeito idiota latino-americano’, junto com Plinio Apuleyo Mendoza e Alvaro Vargas Llosa, publicado no Brasil em 1997 (2). Vem aí uma nova versão do livro num momento que Montaner considera crucial para divulgação: o populismo vai de vento em popa na AL.

O IL e a UniverCidade fizeram o lançamento da primeira versão no Rio, quando Montaner deu uma aula de esperança para a platéia universitária. Entre alertas positivos e negativos, mostrou, através de diversos exemplos da experiência histórica, o que leva as sociedades à pobreza ou estagnação e o que as leva à riqueza. Exortou os jovens a investirem em si mesmos, estudando, adquirindo mais conhecimentos, aperfeiçoando-se constantemente, e procurando fazer poupança para o futuro, evitando o caminho fácil do “torrar” dinheiro. Estimulou-os, inclusive, a conhecerem e a participarem do mercado de ações. ‘Se você entra ainda que como officeboy para uma empresa – explicava Montaner - e pode perceber como ela se desenvolve e prospera, veja se tem ações na Bolsa de Valores. Se tem, invista um pouco de sua poupança nas ações dessa empresa. Dentro dela, você poderá saber a quem está confiando sua poupança. Mais tarde, esse pequeno esforço contínuo poderá lhe render muitos frutos.”

Montaner narrou a experiência como exilado Cubano e sua observação de outros países da América Latina. Percebeu que, tradição cultural à parte, havia algo mais em comum entre seus países que os levavam, inexoravelmente, à pobreza. E a razão não poderia ser a herança cultural, já que o Chile estava mostrando excelentes resultados com a aplicação da prática liberal. Essas reflexões, feitas com os companheiros, Alvaro e Plinio, levaram-no a publicar o “Manual do perfeito idiota latino-americano”. (De leitura imperdível. Consulte a biblioteca do IL).

No primeiro Manual, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso constava da lista de brasileños, ao lado de Lula. Agora na última versão, FHC está fora da lista, mas Lula fica. A razão? Segundo matéria dO Globo, FHC “curou-se com muitas leituras, o que Lula não fez”. FHC era antes considerado autor do “manual da seita” dos populistas, por ter escrito “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”.

Na entrevista, Montaner diz que o editor do novo Manual havia sugerido um capítulo sobre “ex-idiotas notáveis felizmente curados”, ao qual Montaner juntaria seu próprio nome e o dos outros dois autores. Mas o livro já está tão rico de novos nomes, que vale a leitura para conhecer os “emergentes”: de um lado, tem a lista da esquerda vegetariana; do outro, a carnívora. Lula está na primeira, ao lado de Tabaré Vázquez (Uruguai) e Néstor Kirchner (Argentina). Na esquerda carnívora, pode apostar: além de Fidel Castro, entra Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia). São os que querem uma América Latina revolucionária, que expulse a economia de mercado e, a longo prazo, destrua o Primeiro Mundo.

Com relação a nosotros, Montaner mostra seu receio: o presidente Lula “continua a não entender como se cria riqueza e como se pode gastar mal.” Para Montaner, o presidente brasileiro deve ser avaliado não pelos acertos de seu governo, que são poucos, mas pelos erros que não cometeu. Mas essa, diz Montaner, “é quase a definição de um político medíocre.”

* Jornalista
(1) ‘Há uma epidemia de idiotice capitaneada por Chávez’. O Globo, País, 09.07.06.
(2) Editado pela Bertrand Brasil e Instituto Liberal (1997); apresentação de Mario Vargas Llosa; prefácio de Roberto Campos.

Nota: Sobre Montaner, leia o artigo ‘O que é o Liberalismo’, publicado na série Ensaios & Artigos do IL.

2 comentários:

Anônimo disse...

Aposto que o Lula achou (se é que tem noção) legal seu nome constar num livro...afinal isso denota popularidade! ...francamente...isso é uma vergonha!

Cavaleiro do Templo disse...

Talvez os latinos, através de Roma, já tenham feito pelo mundo o que deveriam e estejamos aqui apenas para cumprir tabela...

Não há nada de minimamente importante para o ser humano neste mundo que seja latino a muito tempo.

Tudo que nos representa é fútil, fugaz, dispensável. Temos aí futebol, musiquinha para dançar e mais o que? Não lembro de mais nada...

A criatura humana pode viver sem o que os latinos de hoje produzem... Pode viver sem eles (nós).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".