Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Antídoto contra o multiculturalismo

De um "orkuteiro", o Fernando:

Apesar de tudo o que é noticiado, ainda existem alguns indivíduos mentalmente prejudicados que acham que nenhuma cultura é superior à outra e que, portanto, não devemos afirmar a superioridade da cultura ocidental.

Contra isso, só mesmo um método didático paciente para desfazer a doutrinação politicamente correta. A beleza do método descrito abaixo é que ele aplica uma dose homeopática das culturas não-ocidentais segundo o princípio Similia similibus curantur.

Comece dizendo calmamente para o sujeito "DEIXE DE SER BURRO!" e explique que se numa cultura as mulheres são apedrejadas sob acusação de adultério e noutra cultura essa prática é considerada um barbarismo, é porque a segunda cultura é superior à primeira. Que se numa cultura uma crítica à determinada religião é pretexto para violência e quebra-quebra nas ruas, e em outra cultura essa crítica é rebatida com argumentação, é porque a primeira cultura é inferior à segunda.

Como nesse nível de burrice o sujeito ainda pode sentir dificuldade de absorver o conceito, ele pode grunhir alguma coisa. Então, com o auxílio de um alto-falante, repita no ouvido dele: "NÃO SE APEDREJA MULHERES SOB ACUSAÇÃO DE ADULTÉRIO!"

Se o sujeito resmungar que não vê motivo para comparar culturas (implicando que se ele não vê e não sabe algo é porque esse algo não existe) e falar a palavrinha mágica universalmente usada quando alguém quer evitar condenar algo merecedor de condenação ("maniqueísmo"), explique, ilustrando com um porrete, que a cultura ocidental é boa mas está sob ameaça de ignorantes úteis como ele e que as outras culturas praticamente não têm nada de bom a oferecer, portanto, ela deve ser afirmada como superior e defendida. Acrescente que a mais vasta campanha de ódio contra o Ocidente que já se viu no mundo - a onda antiamericanista e antiisraelense - vem prosseguindo sem qualquer protesto.

Se achar que pode ajudar no aprendizado, acerte uma pedra na cabeça do sujeito. Se ele se queixar, diga que isso é apenas uma manifestação da cultura não-ocidental praticada no Oriente Médio, por exemplo. Afinal, se todas as culturas não devem ser comparadas - como ele diz - um apedrejamento tem tanto valor quanto um diálogo.

Se no momento em que você for buscar a pedra, o sujeito reclamar que tudo de bom saiu do Oriente (provavelmente vai citar o Cristianismo) e que tudo de ruim saiu do Ocidente (provavelmente vai citar o marxismo, politicamente correto, Abu Ghraib, etc), pacientemente aplique-lhe um pesco-tapa (ensine que se trata de uma manifestação da cultura não-ocidental da nova KGB czarista, que ele mesmo achava que não podia ser comparada à cultura ocidental).

Ensine que o marxismo é apenas uma subcultura parasita da cultura ocidental moderna (segundo Olavo de Carvalho) e que ela só conseguiu hegemonia fora do Ocidente. Se essas culturas não-ocidentais fossem tão boas, teriam chutado o marxismo de volta para o Ocidente.

Além disso, acrescente que o Cristianismo (como tudo o mais que houve de bom) só floresceu e frutificou no Ocidente, de onde saíram missionários durante vários séculos, muitos deles martirizados sob as culturas não-ocidentais. A superioridade da cultura ocidental é o que a permite assimilar o que há de bom nas outras culturas sem ser assimilada por elas.

Finalize dizendo que o multiculturalismo que o impede de reconhecer superioridade na cultura Ocidental é justamente resultado do politicamente correto (e do relativismo marxista) que ele condena. Lukacs e os frankfurtianos descobriram que os milênios de herança judaico-cristã - o universo simbólico inteiro da civilização Ocidental - os impediam de implantar o marxismo que arrasou a maior parte do Oriente (Rússia e China, cujas culturas inferiores não ofereceram resistência).

Se o sujeito ainda protestar que há coisas boas nas outras culturas, citando obras artísticas e monarcas de séculos atrás, espanque-o deixando-o desacordado. Ele não vai poder se queixar de estar recebendo o tratamento ocidental que ele rejeita. Depois de um balde de água fria, explique que devemos comparar os valores ocidentais de hoje com os valores não-ocidentais de hoje. Acrescente que as outras culturas só valorizam a força (justificando o espancamento que ele recebeu) e que o diálogo é visto nas culturas não-ocidentais como um sinal de fraqueza.

Se depois das lições o sujeito ainda não aprendeu, o jeito é tomar todos os seus pertences e soltá-lo numa tribo de índios. Afinal, uma cultura onde o sujeito se pinta, toca tambor e come casca de árvore é tão boa quanto qualquer outra e propriedade é coisa do materialismo ocidental.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".