BRUNO PONTES
10 DE FEVEREIRO DE 2011
Cavaleiro: Everardo, você foi encher o saco do Bruno agora? Melhor dizendo, foi delirar lá no blog dele? Para quem não sabe Everardo foi o nome usado por uma pseudo-criatura humana que tentou de todo jeito mostrar aqui no Cavaleiro que não era uma alface falante. Não conseguiu. Vejo abaixo que a criatura não melhorou... Se quiserem busquem no Cavaleiro por este nome para conhecerem a história.
Meu artigo no jornal O Estado
Em 1953, o americano Russell Kirk lançou o livro “The Conservative Mind”, em que apresenta seis princípios que caracterizam, embora não a resuma nem a limite, a perspectiva conservadora, esse adjetivo tão difamado por décadas de revolução cultural esquerdista. O conservadorismo, diz Kirk, é um “estado da mente, um tipo de caráter, uma maneira de olhar para a ordem social civil”, sustentado “por um conjunto de sentimentos, mais do que por um sistema de dogmas ideológicos”. O conservador acredita na existência de uma ordem moral duradoura, vê uma relação direta entre propriedade e liberdade e repudia os projetos revolucionários de construção do paraíso na terra.
Marco na bibliografia política e influência sobre um sem número de autores no Ocidente, “The Conservative Mind” acaba de ganhar um rival que o supera em qualidade, profundidade e, sobretudo, exuberância analítica. Os olhos do público ficarão ainda mais arregalados quando souberem que o abençoado cérebro em questão é produto nacional. Sim, um patrício nosso, com um comentário no meu modesto blog, praticamente tornou obsoleta a obra de Kirk. Seu nome - tomem nota - é Everardo (o sobrenome ainda é desconhecido, o que prejudica o registro nos anais do conhecimento). Se o intelectual americano ilustra a mentalidade conservadora em seis tópicos, o intelectual brasileiro só precisou de mais um para sintetizar, como ele disse, “o pensamento da nossa direita” nos termos que seguem:
“(1) Brasil invade a Bolívia e os EUA invadem a Venezuela;
(2) Os EUA explodem o Irã com uma das suas oitocentas ogivas nucleares estocadas;
(3) O Mercosul é dissolvido e todos aderem à ALCA;
(4) Os impostos são reduzidos e a sociedade é entregue à lei do mercado (a mesma que cuidou do Haiti e da República Dominicana);
(5) Cuba seria invadida (tudo viraria Guantânamo) e os cassinos devolvidos à família de Fulgêncio Batista, voltando a ser um próspero puteiro dos milionários do Texas, com meninas de 14 anos sendo vendidas nos bordéis;
(6) Não haveria necessidade de mensalão, pois não haveria Congresso nem congressistas;
(7) O mercado liberaria de vez a ocupação irregular de terras nas encostas, pois assim morreriam mais pobres nas catástrofes (e estes só seriam socorridos com água e remédio se tivessem dinheiro para pagar ágio)”.
Como se vê, a suma everardiana abarca o pensamento da direita brasileira nos campos político, econômico, militar e até sexual. Como nota de encerramento à aula, o autor pede que a direita seja mais explícita e menos cínica, revelando, de uma vez por todas, as intenções malignas ocultas sob o palavrório liberal-conservador. Eu até queria ser mais explícito, mas neste momento as urgências são outras. Preciso telefonar para os meus comparsas e avisar que o plano de restituir os bordéis de Cuba aos herdeiros de Fulgêncio Batista foi descoberto. Será preciso despistar a coisa por alguns anos. O plano de liberar geral a ocupação dos morros para que morram mais pobres, porém, continua de pé, bem como a invasão da Bolívia.
Está aberto o alistamento.
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".
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