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terça-feira, 10 de novembro de 2009

DEMOCRATA DENUNCIA ERRO TERRÍVEL DE LULA

Fonte: BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, Novembro 10, 2009


Hugo Chávez com Ahmadinejad, o amigo de Lula

Lula da Silva recebe nesta terça o presidente israelense, Shimon Peres. Doze dias depois, é a vez de o líder que disse que quer varrer Israel do mapa e nega a existência do Holocausto visitar o país. O encontro entre o brasileiro e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad é um "erro terrível".


Quem diz isso é o democrata Eliot Engel, de Nova York, presidente da subcomissão do Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes (deputados federais) e líder do Brazil Caucus, a bancada de congressistas americanos que têm interesses no Brasil. Judeu, Engel tem na comunidade judaica do Bronx seu principal eleitorado.


Leia a seguir entrevista exclusiva que ele deu a Sérgio D'Ávila e está na Folha de São Paulo desta terça-feira. Transcrevo na íntegra:


FOLHA - Recentemente, durante audiência no Congresso sobre o aumento da presença do Irã na América Latina, o sr. se disse "desconcertado" e "preocupado" com a visita de Ahmadinejad ao Brasil. Por quê?


ELIOT ENGEL
- Está muito claro que Ahmadinejad é um tirano, que roubou uma eleição. Dissidentes e manifestantes no Irã têm sido presos e espancados. Uma coisa são certos líderes da América Latina como Hugo Chávez, que estão fazendo coisas para minar a democracia em seus próprios países, se encontrarem com alguém como ele. Mas é muito diferente o presidente do país mais importante da América do Sul, eleito democraticamente, encontrar Ahmadinejad. É um erro terrível do presidente Lula dar legitimidade ao iraniano e é isso que está fazendo ao permitir que ele vá ao Brasil. Ahmadinejad usará isso como propaganda para tentar mostrar que foi legitimado. O encontro também acontece num momento em que o Irã está tendo discussões delicadas com o resto do mundo sobre suas capacidades nucleares. Nós sabemos que o país vem mentindo sobre o propósito real do enriquecimento de urânio. Eles vinham escondendo várias instalações nucleares, acabamos de descobrir uma nova em Qom, e isso mostra que há más intenções. Some isso ao fato de Ahmadinejad dizer que quer varrer Israel da face da Terra e negar o Holocausto. E o de o governo iraniano ter conexões com o grupo que cometeu dois atentados a bomba em solo sul-americano, em Buenos Aires [nos anos 90]. E o de a pessoa que ele indicou para ministro da Defesa ser procurada pelo governo argentino devido a esses atentados.


FOLHA - O sr. disse no Congresso que isso poderia prejudicar as chances do Brasil de conseguir um assento permamente no Conselho de Segurança da ONU. Qual a relação?


ENGEL - Veja, eu sou um amigo do Brasil e apoio a busca do país pelo assento permanente, daí eu estar tão desapontado com o fato de Lula dar legitimidade a Ahmadinejad, um líder que é a antítese de tudo no que todos nós acreditamos em termos de democracia e coexistência. É uma situação terrível.

FOLHA - Ao mesmo tempo, em reunião do G-20 em setembro, Barack Obama disse ao presidente Lula que achava "positivo" que o Brasil falasse com o Irã. O sr. discorda dele?


ENGEL - Sim. Mesmo se concordasse, uma coisa é engajar o Irã em conversas em organismos internacionais, outra é dar acolhida para Ahmadinejad em seu país, todo o tratamento de chefe de Estado e conferir legitimidade a ele. Não discordo da necessidade de abrir diálogo com o Irã, mas é muito diferente do que Lula está fazendo. Claro, um chefe de Estado pode adotar a política que quiser e falar com quem quiser, ninguém precisa de minha permissão ou da permissão de outros, mas uma coisa é falar, e outra receber no país. Se fosse só o primeiro caso, eu não teria crítica nenhuma a fazer ao presidente Lula. O presidente Obama nunca receberia Ahmadinejad nos EUA. Ele pode vir a falar com o governo iraniano em termos de negociação, mas é só. Recebê-lo é errado.


FOLHA - Na mesma audiência, o sr. disse ter evidência de que o Hizbollah [grupo xiita libanês que tem laços com o Irã] está presente na região da Tríplice Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai).


ENGEL - Sim, há muita evidência disso, na audiência ouvimos como o Irã está tentando colocar os pés na América do Sul, abrindo mais embaixadas do que nunca na região, temos relatos de voos do Irã para a Venezuela, com passageiros que, segundo ouvimos, não são checados propriamente e têm vistos questionáveis.Quando se tem o histórico iraniano de financiamento e cumplicidade em atos terroristas que já aconteceram em solo sul-americano, é um alerta, está claro que o Irã não tem boas intenções em relação a esses contatos. Especificamente quando ouvimos sobre os contatos com o governo venezuelano, é muito perturbador, porque o mundo civilizado não deveria tornar mais fácil para o Irã construir sua bomba.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".