O Foro de São Paulo está preocupado pelo avanço de UnoAmérica. No domingo passado a agência cubana Prensa Latina catalogou a "União de Organizações Democráticas da América, cabeça da direita na região por suas posturas contra os processos de mudança em marcha".
Uma reação muito interessante está suscitando na Nicarágua, em razão do golpe constitucional dado por seis magistrados sandinistas. Setores opositores, antes separados, estão se unindo para enfrentar esta sapatada.
O diário La Prensa intitula hoje em sua primeira página a seguinte nota: Unidade total contra a ditadura de Ortega, e explica que representantes de quatro bancadas parlamentares, organizações da sociedade e as duas cúpulas empresariais mais importantes assinaram um comunicado conjunto para rechaçar o golpe. Também informa que os magistrados liberais do Poder Judiciário emitirão um comunicado desconhecendo a sentença de seus colegas sandinistas. Tudo indica que a situação poderia se agudizar nos próximos dias, materializando-se assim o pesadelo dos integrantes da ALBA: que o efeito Honduras se expanda.
É preciso seguir difundindo o que ocorre na Nicarágua, buscando pronunciamentos em defesa da democracia nicaragüense, e em rechaço à atitude cúmplice e parcializada da OEA.
Quanto a Honduras, o ex-secretário geral da OEA, Cesar Gaviria, declarou no Brasil que o regresso de Zelaya é "impossível", porque ele não conta com o apoio do Congresso, do Poder Judiciário e dos militares. Gaviria recomenda avalizar as eleições como saída à crise. Este é um duro golpe contra a OEA e contra Insulza, por vir de um ex-chefe dessa organização. O ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda, foi mais sarcástico, quando disse: "O Brasil permite que Zelaya esteja em sua embaixada e depois não tem um papel negociador. Do jeito como vão as coisas, Zelaya vai terminar ficando na embaixada a vida toda, vai procriar familia e pelo que vejo, será a primeira colônia brasileira em Honduras".
As declarações do embaixador Roy Chaderton na Assembléia da OEA, insultando e ameaçando Micheletti, demonstram que o governo venezuelano está frustrado e assustado, porque sabe que perdeu a batalha em Honduras e porque crê que o exemplo hondurenho pode se expandir pela região. Por sua parte, o governo hondurenho denunciará a Venezuela ante a ONU e a OEA por suas agressões verbais e o ingresso de narco-avionetas.
O Senado espanhol aprovou ontem uma iniciativa na qual acusa o governo venezuelano de violar os direitos humanos e se insta o governo espanhol a que interceda ante as autoridades venezuelanas para que respeitem os direitos fundamentais dos opositores nos processos penais contra eles.
O ex-presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, denunciou que Fernando Lugo tem vínculos com os terroristas do Ejército del Pueblo Paraguayo (EPP), e isso é o que explica a ineficiência do governo em enfrentar os seqüestradores. "Lugo visitou com Lacognata (sua atual chanceler) os responsáveis por estes seqüestros e os líderes do EPP", denunciou.
Uma delegação de deputados argentinos encontra-se na Venezuela denunciando as similitudes que existem entre os modelos totalitários de Chávez e dos Kirchner, pela repressão aos meios de comunicação, a corrupção, etc. Anunciaram uma campanha internacional para libertar os presos políticos na Venezuela, desentranhar a verdade sobre a valise de Antonini e outras iniciativas, tão logo assumam a maioria no Parlamento no próximo dia 10 de dezembro.
É cada vez mais evidente que a batalha pela democracia não pode se dar exclusivamente em território nacional, mas deve efetuar-se em nível continental. A crise de Honduras foi de grande importância, porque desmascarou o papel da OEA e outros organismos multilaterais que operam a favor dos mandatários socialistas e não da democracia regional.
O Foro de São Paulo está preocupado pelo avanço de UnoAmérica. No domingo passado a agência cubana Prensa Latina catalogou a "União de Organizações Democráticas da América, cabeça da direita na região por suas posturas contra os processos de mudança em marcha". Enquanto que hoje, o diário mexicano esquerdista La Jornadainforma que "prepara-se uma denúncia judicial e pública de diversas organizações contra os anúncios golpistas da ultra-direitista União de Organizações Democráticas da América Latina (UnoAmérica), sobre a decisão de que 20 ONGs da Argentina que pertencem a essa fundação, promoverão a destituição da (presidenta argentina) Cristina Kirchner no marco da Constituição e normas da democracia, como sucedeu em Honduras com o presidente Manuel Zelaya, por considerar o governo local alheio aos interesses dos argentinos, enquadrado dentro do Foro de São Paulo e dentro dos objetivos do Comandante (Hugo) Chávez da Venezuela".
Finalmente, hoje será publicada um nota em www.unoamerica.org onde se informa que uma importante instituição peruana aderiu a UnoAmérica.
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