Martha Mendonça
Um estudo feito nos Estados Unidos, o General Social Survey, detectou que as mulheres estão mais tristes do que estavam há três décadas — e mais insatisfeitas com suas vidas do que os homens. Nos anos 70, quando começou a emancipação feminina, com entrada no mercado de trabalho, pílula anticoncepcional, liberdade sexual, elas se sentiram exultantes. Mas quanto mais conquistaram, mais responderam à pesquisa — que é feita desde 1972 — dizendo que estavam infelizes.
O assunto é o mais lido e comentado do site do New York Times, desde que a matéria Blue is the new Black foi publicada, na última sexta-feira. Leitores e leitoras não se cansam de enviar emails — alguns revoltados com a constatação. Outros reafirmando a ideia de que alguma coisa não vai bem no universo feminino. Os homens, ao contrário, de menos felizes há 30 anos, hoje se declaram mais satisfeitos com suas vidas do que as mulheres.
Quem analisou a pesquisa acredita que o resultado se deve a vários fatores: à complexidade biológica e hormonal das mulheres, somou-se as duplas e triplas jornadas a que elas se submetem e suas exigências de eficiência em todas as áreas. As mulheres têm mais demandas e cobram mais de si próprias. Se na década de 70 elas se cobravam em relação a beleza, filhos, jardins e jantares, agora elas se cobram em relação a beleza, filhos, jardins, jantares, trabalho, carreira, estudos, sexo, equilíbrio no casamento.
Pesquisador do Instituto Gallup e autor de livros sobre felicidade, Marcus Buckingham diz que as mulheres começam suas vidas mais seguras e satisfeitas do que os homens, mas, no que vão amadurecendo, vão ficando menos felizes. “As mulheres de hoje estão fazendo mais e sentindo menos”, afirma.
A matéria ressalta também a valorização da beleza e da juventude do nosso tempo, que afetam mais as mulheres do que os homens. Enquanto elas aumentam seu nível de estresse com cosméticos e tratamentos estéticos e cirúrgicos, os homens muitas vezes ficam mais atraentes com a maturidade. De acordo com o estudo, aos 39 anos as mulheres começam a ser menos felizes do que os homens com seus casamentos, aos 41 com suas finanças, e aos 44 com seus bens. A emancipação feminina também tirou das costas dos homens o peso da responsabilidade pelo sustento da família. Não sendo mais os únicos provedores, sentem-se mais livres e felizes.
Em seu blog no Huffington Post, a jornalista Arianna Huffington também analisa os dados da pesquisa. “Quando vemos o que ocorreu nestas últimas décadas, com as mulheres tendo mais liberdade, mais escolhas, mais oportunidades e mais dinheiro, temos que perguntar: o que está acontecendo?”
O resultado do estudo me lembrou de um post que coloquei aqui no blog há não muito tempo, sobre como as mulheres americanas não gostam de seus empregos e gostariam de poder ficar apenas cuidando da casa.
Será que vai chegar o dia em que as mulheres vão amaldiçoar o feminismo?
Fonte: Revista Época
Divulgação: www.juliosevero.com
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Cavaleiro do Templo: além dos motivos expostos acima que poderiam ter tornado os homens mais felizes depois da "liberação feminina" eu queria acrescentar um outro que talvez o autor do artigo não tenha querido citar ou, ao contrário de mim, não ache um bom motivo. Bom, é por demais óbvio para mim que ter quantas mulheres se quiser para sexo "lavou tá novo", inclusive as dos vizinhos, é do agrado da população masculina em geral. Neste sentido, não existe um mulherengo ou mulherista que não bata palmas de pé para o "liberou geral" da mulherada. E como foi decisão delas entrar nesta, não podem agora de forma alguma reclamar o "direito adquirido" de ser portarem iguais aos homens e de serem encaradas pelos mesmos como "iguais em tudo e em todos os momentos, complementares apenas na gentitália". Em boa parte, senão na maioria, os homens preferem muitos sabores a um só. Desde 1970 isto se tornou coisa fácil. Em resumo, a "homarada" manda um muito obrigado por tudo às feministas de outrora!!! É menos responsabilidade e mais prazer!!! E a família, a sociedade e seus valores que se danem...
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