SEXTA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO DE 2009
A “Marcha Nacional pela Igualdade”, um protesto de homossexuais ocorrido no último sábado (10/10/09) em Washington, conseguiu reunir cerca de 200 mil pessoas. Um dos principais pontos levantados pelo grupo de homossexuais republicanos Log Cabin é a política "Don't Ask, Don't Tell" (DADT). Esta foi a única organização gay que teve a iniciativa de mover um processo na justiça contra o governo por discriminação.
Conforme mencionamos na última sexta, Obama tinha a intenção de se aproveitar politicamente deste protesto, e foi justamente o que aconteceu. Durante um jantar entre ativistas de direitos civis, o presidente Obama disse que estava disposto a lutar para acabar com o DADT. O seguinte trecho do seu discurso arrancou aplausos da platéia: “Nós estaremos acabando com o DADT. Nós não deveríamos estar punindo americanos patriotas, que se apresentam para servir à pátria. Devíamos estar celebrando sua disposição e demonstração de coragem [inaudível] diante de seus compatriotas, especialmente quando estão combatendo numa guerra”.
Entretanto, Charles Moran, do Log Cabin Republicans, disse que este discurso ainda não convenceu os homossexuais. Em uma entrevista à MSNBC-NEWS, Moran afirmou que, após o discurso, o presidente teria conversado com sua equipe de governo no Departamento de Justiça para "lutar contra o processo judicial", ou seja, fazer de tudo para manter a política DADT. Assista abaixo a entrevista com Charles Moran e Brad Blakeman.
Criada no governo Clinton, a política DADT foi algo inédito. Sempre houve um conjunto de medidas disciplinares punindo atividades sexuais nas Forças Armadas Americanas. O que torna esta política tão agressiva é que uma mera suspeita de homossexualidade por parte de qualquer membro das Forças Armadas passa a ser investigada e pode resultar em expulsão do militar. Vários militares, tais como o Major-General do Exército Vance Coleman e o Capitão da Marinha Americana Joan E. Darrah, já condenaram publicamente no Congresso Americano tal política, já caracterizada como contraproducente, excessiva e inútil.
O jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou uma nota curta sobre o assunto no dia 12/10, podendo esta levar o leitor a acreditar que há uma espécie de “paz imensa” entre os homossexuais americanos e o Presidente Obama, coisa evidentemente arquitetada para desinformar a população. O site oficial da Marcha foi bastante crítico em relação ao presidente americano, afirmando que Obama “preferiu se dirigir a uma platéia restrita que pagou US$250 por cadeira no jantar do que enfrentar as vaias no lado de fora de uma multidão de milhões de furiosos”.
Recomendamos a leitura desta página:
http://equalityacrossamerica.org/blog/
O jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou uma nota curta sobre o assunto no dia 12/10, podendo esta levar o leitor a acreditar que há uma espécie de “paz imensa” entre os homossexuais americanos e o Presidente Obama, coisa evidentemente arquitetada para desinformar a população. O site oficial da Marcha foi bastante crítico em relação ao presidente americano, afirmando que Obama “preferiu se dirigir a uma platéia restrita que pagou US$250 por cadeira no jantar do que enfrentar as vaias no lado de fora de uma multidão de milhões de furiosos”.
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