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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Intervencionismo - Ludwig von Mises

Fonte: LIVRARIA VIRTUAL DO SUPER BLOG LIBERTATUM

Baixei o livro INTERVENCIONISMO de Ludwig von Mises na Livraria Virtual do super blog Libertatum deste gigante, o Klauber Cristofen Pires. Recomendo TODOS que estão lá, o link da livraria é este:

Veja o prefácio abaixo.

| CLUBE DO LIVRO LIBERAL


PREFÁCIO DO EDITOR NORTE-AMERICANO


INTERVENCIONISMO


Ludwig von Mises
viveu uma longa vida - de 1881 a 1973. Nasceu no que então era o Império Austro-Húngaro, e durante muitos anos foi o principal porta-voz da Escola Austríaca de Economia. A teoria da escola austríaca difere de outras correntes de pensamento econômico por não lidar com agregados, números globais ou dados históricos. Sua abordagem é feita a partir da micro, e não da macroeconomia, e ela procura explicar os fenômenos econômicos a partir das ações individuais, do valor subjetivo que cada participante do mercado atribui a um determinado bem ou serviço. A visão austríaca da economia e a de um gigantesco leilão, onde cada participante esta sempre fazendo um lance para adquirir os bens e serviços que deseja e, ao mesmo tempo, oferecendo algo de que disponha em troca. Partindo da ação individual, passo a passo, com raciocínio lógico, Mises e seus companheiros da escola austríaca foram capazes de explicar a evolução gradual de preços, salários, moeda, produção, comercio, e assim por diante.


Mises foi prolífico. Escreveu inúmeros livros e artigos. Viajou por toda a Europa, fazendo conferências, e adquiriu uma reputação internacional como defensor do capitalismo e ardoroso crítico do intervencionismo. Entretanto, seus argumentos foram abafados pela enorme popularidade das doutrinas macroeconômicas de John Maynard Keynes, cujas propostas de intervenção do governo para fazer gastos públicos tinham grande aceitação entre os políticos.


Mises deixou Viena, indo para a Suíça antes de Hitler ocupar a Áustria. Lecionou no Instituto de Estudos Internacionais em Genebra ate 1940, quando então emigrou para os EUA. Tinha conseguido estabelecer uma boa reputação na Europa. Mas quando chegou aos EUA aos 59 anos era um estranho, numa terra em que ninguém o conhecia, tendo, portanto, que começar praticamente da estaca zero. Foi logo designado pelo National Bureau of Economic Research para escrever o texto deste livro.


Quem já conhece os outros livros de Mises não ira encontrar nada de especialmente novo neste texto. Mises era um critico contumaz da intervenção do governo, e apontava suas conseqüências, que impediam os indivíduos de realizar os seus vários objetivos. Não obstante, em nenhum de seus outros textos conseguiu explicar de forma tão simples e tão clara os inconvenientes da intervenção governamental.


Mises escreveu este livro -
Interventionism: an Economic Analysis 1 - na sua língua nativa, o alemão. Depois de ser traduzido pelos Drs. Thomas McManus e Heinrich Bund, ele deu o texto como "pronto para publicação". Entretanto, aparentemente, nada foi feito, e o manuscrito desapareceu. Para satisfazer suas necessidades Mises continuou a escrever e a fazer conferências. Em 1944 foram publicados Bureaucracy e Omnipotent Government. Em 1945 foi indicado coma professor-visitante na Graduate School of Business Administration da Universidade de Nova Iorque, e começou novamente a lecionar. Em 1946 passou a trabalhar na Foundation for Economic Education como um assessor em tempo parcial. Muitos outros livros, a partir de então, foram publicados, especialmente sua obra magna, Human Action 2, em 1949.


Este livro,
Intervencionismo, foi escrito em 1940, antes de os EUA entrarem oficialmente na Segunda Guerra Mundial. Nele Mises apresenta sua penetrante percepção da economia de guerra da Alemanha de Hitler e da Itália de Mussolini. Critica os governos aliados de antes da guerra por terem favorecido o socialismo e o intervencionismo em detrimento dos métodos de produção capitalistas. Na realidade, ele atribui a falta de preparação militar dos aliados ao fato de terem se deixado influenciar pela propaganda anticapitalista e por terem preferido condenar os lucros decorrentes da guerra em vez de se preparar para combatê-la. "Quando as nações capitalistas, em tempos de guerra, deixam de utilizar a superioridade industrial que o seu sistema econômico lhes proporciona, sua capacidade de resistir e suas chances de vitória ficam consideravelmente reduzidas... A derrota da Franca e a destruição das cidades inglesas foi o primeiro preço pago em conseqüência das medidas intervencionistas impedindo a existência de lucros de guerra."


Ao longo de sua carreira, Mises sempre procurou mostrar que, na sua luta pela sobrevivência, os indivíduos enfrentam riscos e incertezas. Tem que superar inúmeros obstáculos, tanto os naturais como os criados pelo próprio homem.


Catástrofes naturais, como terremotos, inundações, furacões, deslizamentos de terra, avalanches e incêndios, podem interromper os nossos planos. Catástrofes provocadas pelo homem, tais come guerras, roubos, fraudes e intervenções do governo, também podem interromper os nossos planos. Em relação aos obstáculos que a natureza coloca no seu caminho, os homens não tem alternativa a não ser lidar com eles da melhor maneira possível. Em relação aos obstáculos criados pelo próprio homem, entretanto, a situação e diferente: existem alternativas. Existe a possibilidade de evitá-los e/ou eliminá-los.


Ao explicar como funciona o mercado, Mises critica as intervenções do governo — controles, regulamentação, restrições, privilégios e subsídios para alguns a custa de outros. Ele sempre procurou mostrar, como faz neste livro, que embora implementadas com a melhor das intenções, essas intervenções governamentais acabam gerando urna situação que os seus próprios defensores consideram pior do que a situação anterior que pretendiam melhorar. Não obstante, explica ainda Mises, tendo tais obstáculos sido criados pelo homem, podem ser evitados e eliminados — uma vez que as pessoas percebam que o governo não deveria interferir na inter-relação pacífica das pessoas.


Mises também procurou mostrar que o papel do governo devia ser limitado. O governo deveria proteger igualmente a vida e a propriedade de todas as pessoas sob sua jurisdição. Deveria arbitrar as disputas entre os indivíduos de forma a assegurar, na medida do possível, a mesma justiça para todos. Fora disso, deveria apenas assegurar a liberdade para que cada um pudesse buscar o seu próprio destino. E um fato auspicioso que esse manuscrito, que explica de forma tão clara esses princípios básicos, tenha sido agora encontrado entre seus papéis e, por meio desta publicação, esteja sendo colocado a disposição do público.


Bettina Bien Greaves

Outubro, 1997


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1 A despeito do titulo parecido, o livro de Mises Critique of interventionism (1929; tradução inglesa, 1977) é um livro bastante diferente deste. Aquele é uma antologia de artigos criticando as doutrinas e propostas intervencionistas formuladas nos anos 20; este é urna exposição clara e simples sobre a teoria da interferência governamental. (N. do E.)


2 Traduzido para o português pelo Instituto Liberal sob o título Ação humana — um tratado de economia. (Ni do T.)

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".