Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Paz e amor para valer

Do portal A VERDADE SUFOCADA
16/09/2008

 Aristóteles Drumond – publicado na revista FOCO/Brasíla

Vivemos, no mundo, o que se convencionou chamar de pós-democracia, uma vez que com a perda do muro os regimes ditatoriais ficaram poucos, caricatos e sem poder de influir na maioria democrática. Resta o problema africano, que é mais cultural e moral do que propriamente político. Vagueiam ainda figuras como Muammar kadafi, Líbia, Fidel Castro, Cuba, Kim Jong II, Coréia do Norte, Mahmoud Ahmadinejad, Irã, e o exótico Hugo Chávez, Venezuela.

Na América Latina, temos os problemas do Haiti, muito semelhantes ao africano, e das Farc na Colômbia. No Brasil temos que definir o que seria melhor para a consolidação da nossa democracia. Gente com passado totalitário confesso, comunistas de diferentes matizes, admiradores de Fidel Castro, participantes do que se chama de “luta armada” – que não eram contra a ditadura, ao contrário, eram, sim, a favor da implantação de uma verdadeira ditadura -, querem o revanchismo e, assim, acabar com a generosa anistia concedida pelo presidente João Figueiredo, a quem a história ainda fará justiça. Não apenas como o determinado comandante da abertura política, mas pelo excelente governo que fez, com a melhor equipe ministerial que tivemos na república. Ingratos, portanto, os que escaparam de responder por crimes de sangue, acabaram em altos cargos e agora querem despejar seus ressentimentos para humilhar e macular os nossos admiráveis militares, que nos livraram de termos aqui algo parecido com as Farc, por exemplo.

O exercício da autoridade é que garante a liberdade. Portanto, a falta de autoridade no Brasil anda agredindo a liberdade, seja na impunidade de baderneiros, de predadores de bens públicos e privados (MST e afins), seja nos excessos da Polícia Federal. A instituição, aliás, parece se preocupar mais em brilhar nas telas da televisão do que em instruir devidamente os inquéritos para que estes não se percam nos preciosismos de nossos magistrados, estranhamente liberais em soltar acusados fortemente comprometidos em crimes de toda a ordem. Em boa hora o presidente Lula, que é o comandante em chefe das Forças Armadas, fez o governo sair desse tema que não une e só confunde.

Melhor teria feito o ministro da Justiça se formasse um grupo para redigir urgentemente mudança na legislação, criando no Judiciário condições de julgar com celeridade todos esses escândalos. Há gente de saber e respeitabilidade para compor um grupo sério, como o ex-ministro Marcio Tomaz Bastos, o deputado Bonifácio Andrada, o ex-deputado e ex-ministro Ibrahim Abi-Ackel, o jurista Yves Granda Martins, o ministro aposentado do STF Célio Borja e mais alguns,

A reforma poderia criar prazos especiais que impedissem a demora nesses casos mais clamorosos que acabam por prescrever, pela demora ou até pela morte dos envolvidos. Tornar o nosso Judiciário mais ágil e mais controlado, nos casos de corrupção cada vez mais comentados, é servir à consolidação da democracia.

Não se constrói nada com base na impunidade ou no revanchismo, nas iniciativas inspiradas no ódio. A democracia pede autoridade, pede justiça respeitada, pede que seja honrado o que foi pactuado. A anistia é de 1979 e ainda se tenta enlamear homens de bem que sobreviveram e têm o respeito de seus camaradas, como é o caso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, autor do imperdível A Verdade Sufocada, a qual apresenta muita gente que “justiçou” companheiros e narrou os fastos, com naturalidade, em depoimentos e livros e estão livres em função da anistia.

Os democratas brasileiros têm cobrado pouco os atos vergonhosos, como a entrega do cubano, que o tempo provou que foi mesmo devolvido imoral e ilegalmente à ilha. Fora as suspeitas de diálogos brasileiros com as Farc, a omissão quanto aos atos de violência do MST e a origem de seus recursos. Enfim, abrir feridas e aprofundar suspeitas não contribuirá para o bem do país.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".