Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Imortalidade de Soljenítsin

Do portal CENÁRIO INTERNACIONAL
Por Gilberto Barros Lima*

CLIQUE AQUI E VOTE CONTRA A LEI QUE VAI ACABAR COM A LIBERDADE NA INTERNET BRASILEIRA


No alvorecer de uma outra realidade, a História é reconhecida por diversos exemplos que imortalizam fatos e pessoas, embora os acontecimentos sejam descritos de várias maneiras, alguns personagens merecem destaques e o reconhecimento pelas atitudes em prol de um mundo mais civilizado.

A Rússia perdeu no dia 4 de agosto de 2008 um de seus maiores ícones históricos. Infelizmente a imprensa brasileira apenas notificou rapidamente a morte de um símbolo de resistência da ex-União Soviética contra o sistema stalinista.

Considerado como o maior escritor russo vivo, Alexander Soljenítsin morreu aos 89 anos, de insuficiência cardíaca aguda em Moscou. Dentre as principais qualidades de Soljenítsin, ele era conhecido pelas ferozes críticas ao regime soviético de Stalin, o falecido escritor russo combateu duramente as prisões e os campos de trabalhos forçados onde se confinaram os dissidentes da política stalinista, a maioria desses relatos está descrita em sua célebre obra: Arquipélago Gulag.

Soljenítsin nasceu em 1918, formado em Matemática, teve como sua maior paixão a Literatura. Durante a Segunda Guerra (1945) serviu no Exército soviético quando posteriormente veio a ser preso por criticar duramente o ditador Josef Stalin. Deste modo, Soljenítsin foi condenado por 10 anos de prisão e também aos campos de trabalhos forçados localizados na Sibéria.

Segundo Golovnina (Reuters, 2008), “muitos russos lamentaram a morte do escritor russo Alexander Soljenítsin, cujas críticas à tirania do comando soviético o tornaram uma das figuras mais corajosas do século XX”. Merecidamente a coragem de Soljenítsin está representada em qualquer uma de suas obras que descrevem os horrores dos quais ele experimentou no cárcere.

No transcurso da rebeldia de Soljenítsin herda-se provas concludentes e sublinhadas das fissuras de um sistema irracional vivenciado pela sociedade russa naquela terrível época. O reconhecimento da literatura de Soljenítsin lhe rendeu o Prêmio Nobel em 1970, pois sem dúvida alguma, ele foi o símbolo de resistência intelectual ao regime comunista de Stalin.

Seria um exagero reconhecer a imortalidade de Alexander Soljenítsin?

A imortalidade de Soljenítsin descrita no título deste artigo merece credibilidade, principalmente pela respeitosa condolência de um estadista russo que também participou da reestruturação da Rússia perante a conjuntura internacional. Nas palavras de Mikhail Gorbatchev, considerado o ultimo líder soviético, ele descreveu que “Soljenítsin como um homem de destino único cujo nome vai permanecer na história da Rússia”.

Gorbatchev (que devolveu a cidadania soviética ao escritor) acrescenta que “Soljenítsin foi uma das primeiras pessoas a falar abertamente dos aspectos desumanos do regime de Stalin e das pessoas que viviam sob isso, mas não foram corrompidas”.

Qualificar a sabedoria de Soljenítsin exigirá o emprego de muitos superlativos; adjetivar a coragem do escritor russo elevará a plenitude de seu espírito; meditar a literatura nascida do sofrimento invocará àqueles que buscam justiça e liberdade à inconformidade com as velhas amarras de ideologias falsas e julgar a dimensão histórica da ex-União Soviética, tal exercício exigirá um árduo esforço na busca de um entendimento racional.

Por todas essas razões, sob profundo respeito e para homenageá-lo, finalizo com tristonho pesar a um escritor que persuade o ser humano com a verdade de sua literatura, porém, nada mais justo que citar uma de suas sábias palavras: “No fim de minha vida, me atrevo a esperar que o material histórico que recolhi entre na consciência e na memória de meus compatriotas”.

*Gilberto Barros Lima – Bacharel em Relações Internacionais (IBES-SC) e Pós-graduando em Gestão de Negócios Internacionais (ICPG-SC).


Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".