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segunda-feira, 2 de junho de 2008

O Governo Ideológico do Crime Organizado

Do blog ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão, domingo, Junho 01, 2008

O principal desafio da humanidade neste Terceiro Milênio é a Defesa e Conservação da Privacidade. Os direitos e garantias individuais são mandados para o saco pelos promotores da Nova Ordem Mundial. Sem respeito à liberdade individual, a ordem pública fica ameaçada, a paz social inviabilizada e a democracia obstaculizada. Teremos condições de sobreviver, humanamente, em um “Estado Sem Direito”? Depois leia: A ditadura do crime é uma realidade

A resposta é Não! O sistema globalitário tem uma regra cruel. Manda quem pode e obedece quem não tem juízo de valor sobre a realidade do poder. Ou se submete quem não tem condições de perceber o “poder das idéias ou regras impostas”. As ideologias ou ideocracias cumprem o papel de mecanismos de controle, dominação e manipulação social. Presenciamos a negação do processo político, com a imposição forçada de consensos e pensamentos únicos.

São “pensamentos únicos” ou “unificantes”: a Globalização ou neoliberalismo; os Socialismos ou comunismo; os Neonazismos ou fascismos; os Fundamentalismos religiosos e os dogmas radicais de toda espécie. Os “ismos” só servem para criar divisões e conflitos artificiais que facilitam as estratégias de controle, manipulação e dominação das sociedades – sobretudo as mais subdesenvolvidas e ignorantes.

Pelo visto, as cúpulas das chamadas “esquerdas” são manobradas de forma idêntica às chamadas “direitas”, em nome de interesses maiores dos “negócios” mundiais. Neste processo, as ideologias são simples instrumentos de dominação. Os ideocratas fazem de otários o resto dos militantes ideológicos, que se transformam em agentes conscientes ou inconscientes no trabalho para a corporocracia global.

A corporocracia é o “governo ou poder das grandes empresas transnacionais”. A corporocracia ocorre quando os mecanismos de Estado e o governo formal de uma sociedade são reféns de agentes políticos que tomam decisões favoráveis às “grandes corporações”.

A “corporocracia” verdadeira surge quando os três poderes de sustentação do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) tornam legal ou legítimo, em termos jurídicos e institucionais, um sistema de corrupção junto com os políticos para que eles defendam, nessas respectivas instâncias, as posições defendidas pelos “controladores” (que podem ser os administradores das grandes empresas ou quem eestiver acima deles na hierarquia).

Nesta situação, os políticos tendem a se tornar títeres (isto é, marionetes políticas) dos administradores, muito mais que dos proprietários das ações das grandes empresas. Por este conceito, através do mecanismo de extração de renda monopolística ou oligopolística, as grandes empresas seriam capazes de definir a agenda política nacional dos países e o tipo de governo que as pessoas comuns (o povo) pensam ser uma democracia.

O modelo consiste em fazer com que a maioria da população acredite que o regime governamental continua baseado uma democracia representativa. Mas tal noção é fruto de puro jogo de cena político na manipulação do Poder. Na verdade, os políticos passam a fazer e promulgar leis adequadas aos interesses dos “controladores”. Mas como os cidadãos elegem os políticos (por mecanismos de escolhas) têm a ilusão de que eles os representam. Na realidade, os políticos representam seus “controladores”.

Em resumo, corporocracia é sinônimo de gestão ideológica do crime organizado. Pratica-se um intervencionismo estatal em favor dos pequenos grupos poderosos e em detrimento das sociedades locais. Tudo operacionalizado pela classe política – geralmente aquela mais desqualificada para o trato da “coisa pública”.

Nessa neolibertinagem, os controladores administram, nas sombras, os três principais mecanismos de controle social no mundo: a oferta de dinheiro (via monetarismo), os meios de comunicação de massa e “o crime organizado” (sinônimo de violência, terrorismo e corrupção). Tudo é justificado por convenientes teorias econômicas, políticas, jurídicas, psicossociais ou organizacionais.

A difusão da ignorância e da desinformação são os instrumentos básicos de dominação e controle do Império Global. Cabe ressaltar que os meios de comunicação são hoje as armas mais eficazes de difusão ideológica e de apelo ao consumismo especulativo.

Afinal, a dominação só é possível se dirigentes e dirigidos partilham dos mesmos valores que inspiram a norma jurídica e a motivação ideológica que consagram a dominação. O dogma da “globalização inevitável” é o fator unificante de idéias, padrões, comportamentos e procedimentos. O mundo se resume a uma rede de obediência que não deve ser contestada.
Doutrinariamente, os controladores viabilizam a dominação, manipulação e controle através de quatro instrumentos.

1) As ideocracias (que vendem pretensas soluções, “bandeiras de luta”, felicidade, sonho e utopia na forma de ideologias);

2) os conflitos de diferenças (sejam regionais, econômicos, sociais, religiosos, raciais e jurídicos);

3) No caso extremo, a violência e sua degeneração radical: o terrorismo.

4) As legislações, as padronizações organizacionais ou as regras “globais” impostas aos cidadãos e interpretadas conforme o “Direito Alternativo” – que dá interpretação subjetiva às conseqüências do julgamento.

Os ordenamentos jurídicos – cada vez mais totalitários e interpretados subjetivamente – e as confusões ideológicas - para gerar cada vez mais divisão e menos cooperação – são práticas de violência política-econômica para fazer com que as pessoas façam o que não escolheriam fazer voluntariamente. Também servem para impedi-las de fazer o que voluntariamente escolheriam fazer, se tivessem Liberdade (palavrinha fundamental para a verdadeira Democracia).

Em resumo, quanto maior a intervenção governamental, mais os indivíduos são impedidos de fazer aquilo que os beneficiariam, sendo compelidos, em vez disso, a fazer o que lhes causam perdas, em mundo global cada vez mais especulativo e repleto de valores voláteis.

O Poder Real Mundial emprega quatro forças para exercer seu poder - principalmente nas sociedades subdesenvolvidas ou na periferia do poder.

1) Os Agentes de Influência: que são a Mídia, as ONGs, os Movimentos Populares, as Seitas e os Sindicatos;

2) O Partido Político no Poder (força motriz da ideocracia);

3) As Forças de Sustentação (o Governo Formal, através dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, englobando também o aparelho repressivo do Estado: Ministério Público, a Máquina de Arrecadação, as Forças Policiais e as Forças Armadas).

4) As Forças Subterrâneas, promotoras de ações táticas criminosas.

O “quarto elemento” é formado pelas máfias que exploram diferentes negócios, pelas facções criminosas, por grupos paramilitares e por agentes terroristas preparados para ações de guerrilha urbana ou rural, com fins pretensamente “revolucionários”. O chamado quarto elemento é apenas a face mais visível do crime organizado. Mas não é a hegemônica, que lidera o processo criminoso.

Sempre é fundamental destacar a doutrina: sem a presença da máquina do Estado e da classe política que o aparelha, o crime não se organiza. A corporocracia só se viabiliza neste sistema de “parceria” ou “simbiose”. Quando essas quatro forças formam uma aliança sistêmica com o aparelho do Estado forma-se o Governo Ideológico do Crime Organizado.

A regra é clara e simples. Governo do Crime Organizado é a associação, para fins delitivos, entre as classes política e empresarial, membros dos três poderes (Executivo, legislativo e Judiciário) e agentes marginais de toda espécie, com a finalidade de usurpar o poder estatal, praticando o roubo, a corrupção, a violência e o terror.

Até quando deixaremos o Poder Real Mundial e seu Governo Ideológico do Crime Organizado mandarem em nós?

Reagir é preciso, democraticamente. Vamos defender e conservar nosso Direito à Privacidade!

Jorge Serrão, jornalista radialista e publicitário, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. http://www.alertatotal.blogspot.com e http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".