EPPUR È CIRCO!
Publicado em 10 de agosto de 2012 por heitor
Fui o primeiro a denunciar o tal julgamento mensaleiro como puro circo! Mais tarde, ao responder a um comentário fui ainda mais incisivo.
Depois parece que muitos articulistas passaram a desconfiar que a coisa não é séria mesmo, inclusive Elio Gaspari que chamou de “carnavalização”.
Reivindico a primazia e depois do que vi e li a respeito, cada vez mais me convenço de que não passa de um espetáculo previamente combinado entre as partes. O libelo de acusação, apresentado num tom monótono e cansativo, só contém provas testemunhais, nenhuma prova objetiva – evidências – e sabemos muito bem bem que testemunhos, inclusive confissões, podem ser falsos.
É por isto que, segundo Louis Gernet, (Droit et societé dans la Grece Ancienne) com o nascimento da Pólis o juiz passou a representar o corpo cívico, a comunidade em seu conjunto, e deveria julgar baseado não mais em testemunhos, mas em provas objetivas, não mais juramentos, mas relato de evidências. O processo passou a empregar uma técnica de demonstração, de reconstrução do plausível e do provável, de dedução a partir de indícios e sinais, isto é, instalava-se a noção de verdade objetiva que o processo antigo, num quadro pré-jurídico, ignorava.
Ora, fulano acusa beltrano que por sua vez acusa sicrano, muitas vezes alguém confessa um crime para proteger outra pessoa, e por aí vai! E como vai! As defesas estão adorando a acusação.
Sei que o Código de Processo Penal brasileiro determina a equivalência dos dois tipos de prova, mas não me proíbe de dizer que não passa de mais um absurdo!
Ninguém sabe o que vai acontecer, mas o mais provável é que se escolham alguns ‘bois de piranha’, que receberão penas leves e o resto escapa impune! Finalmente, os Magistrados devem seguir o clamor popular, vero?
Dizem, parece que erradamente, que Galileu, ao sair do Tribunal em que se retratara e aceitara que a Terra era imóvel e o centro do Universo, teria dito: ‘Eppur, si muove!’ (em português simples: que se move, se move!).
Pois eu digo: ‘EPPUR, È CIRCO!”
A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame.
Olavo de Carvalho, íntegra
aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
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Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".
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