22 de dezembro de 2009
Julio Severo
Quando a população evangélica e católica se mobilizou pressionando o Senado sobre os perigos do PLC 122, os senadores evangélicos Magno Malta e Marcelo Crivella concordaram com a população: o PLC 122 é um projeto de tirania homossexual.
Contudo, na recente votação para incluir a Venezuela no Mercosul, tanto Malta quanto Crivella prefeririam concordar com as vontades do governo Lula, votando a favor da emergente ditadura comunista de Hugo Chavez.
O que faltou aos senadores evangélicos? Será que eles só se movem quando pressionados pela população?
Se tivéssemos feito uma campanha de pressão sobre Malta e Crivella, eles chegariam à conclusão acertada de que o governo de Hugo Chavez não merece oportunidades enquanto não renunciar ao autoritarismo?
Gostaria que os senadores, evangélicos ou não, tivessem bom-senso suficiente para tomar as decisões certas, sem a necessidade da pressão popular.
Independente do que os mentirosos digam, o PLC 122 é ditadura homossexual.
Independente do que os mentirosos digam, o governo venezuelano é ditatorial.
Ou os senhores senadores Malta e Crivella deixam de ser evangélicos e cristãos, para poderem ter liberdade de apoiar descaradamente absurdos como tratar a Venezuela como se fosse uma democracia, ou então que eles deixem de ser senadores pró-Lula, para poderem ser coerentes com o Evangelho. É impossível ser seguidor de Jesus Cristo e pró-Lula e pró-Chavez ao mesmo tempo.
A idéia deste artigo me veio quando eu havia acabado de me arrumar para um compromisso no país em que estou. Rascunhei pois rapidamente o que estava em meu coração e fui correndo até uma instituição católica para conversar com um professor, e lá estava — para minha surpresa — um venezuelano, que fugiu da ditadura de Hugo Chavez. Ele me contou sobre as atrocidades e violações de direitos humanos que estão ocorrendo na Venezuela, onde milhares de agentes cubanos dão “um jeito” em pessoas que demonstram descontentamento com Sua Majestade infernal. Ele disse que, felizmente, agora os bispos da Igreja Católica estão se mobilizando contra Chavez.
Mas não será tarde demais? Os líderes católicos apoiaram Chavez e agora que o ditador não mais precisa deles, eles se revoltam.
No Brasil há o mesmo fenômeno. Muitos líderes católicos e evangélicos apóiam Lula como uma
prostituta apóia seus clientes — por dinheiro. Quando for tarde demais, eles farão o que?
Apelarão para revoltas e descontentamento com seu messias político?
Quando for tarde demais, Crivella e Malta vão querer agir certo?
Eu não sou senador, mas enquanto não for tarde, vou avisar a população, que tem o direito de cobrar seus senadores eleitos sobre suas más ações ao votarem estupidamente a favor de uma ditadura.
Crivella e Malta fizeram muito mal em representar seus eleitores no apoio oficial à Venezuela de Hugo Chavez. Esse é o preço e desdobramento do apoio a Lula.
Anos atrás, na sede da Comunidade Sara Nossa Terra em Brasília, ouvi o próprio Malta pregando sobre um Lula que é sensível e chora. Ele vendeu no culto um lindo Lula — sem que nenhuma das lideranças religiosas presentes o repreendessem. Eu não sei exatamente por quem Lula chora, mas certamente não é pelos oprimidos pela truculência do ditador Chavez.
Mas que diferença faz? Crivella declarou que o Evangelho é “a cartilha mais comunista que existe”. Se isso fosse verdade, Crivella mereceria ser bispo, e Lula e Chavez mereceriam ser apóstolos. Se isso fosse verdade, Crivella e Malta estariam de parabéns por agirem como dois bons comunistas apoiando uma ditadura comunista.
Se o Evangelho fosse de fato a cartilha mais comunista do mundo, faria todo sentido os cristãos admirarem Stálin, Fidel Castro, Hugo Chavez, etc.
Mas isso não é verdade, de modo que Crivella e Malta estão traindo o Evangelho de Jesus Cristo ao se colocar ao lado dos opressores e contra os oprimidos.
Para escrever um email a eles:
Aqui está a lista completa dos senadores que aprovaram a entrada da Venezuela no Mercosul:
1. Acir Gurgacz (PDT/RO)
2. Almeida Lima (PMDB/SE)
3. Aloizio Mercadante (PT/SP)
4. Antônio Carlos Valadares (PSB/SE)
5. Augusto Botelho (PT/RR)
6. Eduardo Suplicy (PT/SP)
7. Epitácio Cafeteira (PTB/MA)
8. Francisco Dornelles (PP/RJ)
9. Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN)
10. Gim Argello (PTB/DF)
11. Ideli Salvatti (PT/SC)
12. Inácio Arruda (PCdoB/CE)
13. João Durval (PDT/BA)
14. João Pedro (PT/AM)
15. João Ribeiro (PR/TO)
16. João Vicente Claudino (PTB/PI)
17. Lobão Filho (PMDB/MA)
18. Magno Malta (PR/ES)
19. Marcelo Crivella (PRB/RJ)
20. Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR)
21. Osmar Dias (PDT/PR)
22. Osvaldo Sobrinho (PTB/MT)
23. Patrícia Saboya (PDT/CE)
24. Paulo Duque (PMDB/RJ)
25. Paulo Paim (PT/RS)
26. Pedro Simon (PMDB/RS)
27. Renan Calheiros (PMDB/AL)
28. Renato Casagrande (PSB/ES)
29. Roberto Cavalcanti (PRB/PB)
30. Romero Jucá (PMDB/RR)
31. Romeu Tuma (PTB/SP)
32. Sadi Cassol (PT/TO)
33. Sérgio Zambiasi (PTB/RS)
34. Valdir Raupp (PMDB/RO)
35. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB/MG)
Fonte: www.juliosevero.com
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