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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dinheiro para lubricante sexual tem, para tratar 10 mil crianças com câncer não. É o desgoverno Lula.

Fonte: AGÊNCIA SENADO
25/08/2009

Cristina Vidigal / Agência Senado

(Cavaleiro do Templo: achou o título exagerado? Pois leia aqui.)

Dez mil crianças e adolescentes acima de quatro anos morrem de câncer anualmente no Brasil, número que poderia ser bem menor se o governo ampliasse os recursos destinados à compra de medicamentos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberasse o uso de novas drogas. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), Renato Melaragno. Ele participou de debate nesta terça-feira (25) promovido pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Subcomissão de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde.

- Precisamos saber se não há dinheiro ou se não há prioridade - observou ele, lembrando os investimentos que deverão ser realizados para a realização, no Brasil, da Copa do Mundo de Futebol em 2014.

Melaragno apontou a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) que, segundo ele, não é reajustada há dez anos. Afirmou que enquanto o tratamento de uma criança com câncer custa entre R$ 3 mil e R$ 12 mil, sendo que as instituições conveniadas recebem somente R$ 1,2 mil do SUS. E disse que o governo "joga a responsabilidade" para casas de apoio e instituições não-governamentais que atuam no setor.

O presidente da Sobope relatou encontro recente com o ministro da Saúde, no qual José Gomes Temporão teria afirmado que as dificuldades de financiamento de medicamentos para tratamento de pessoas com câncer permanecerão até que seja regulamentada a Emenda 29 - que destina mais recursos à saúde.

Ao lamentar as limitações de atendimento a pacientes com câncer pelo sistema público de saúde, Melaragno fez referência ao medicamento usado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que passa por tratamento contra um linfoma.

- Por acaso a ministra pertence a uma casta superior? - questionou ele, afirmando que o medicamento recebido pela ministra custa R$ 5 mil, não sendo, portanto, fornecido pelo SUS. Ele também criticou a Anvisa por não liberar medicamentos e exames já aprovados no exterior.
Defasagem

No início da audiência, a presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), lembrou que, na Europa e nos Estados Unidos, o índice de cura do câncer em crianças é de 77%, contra 50% a 60% no Brasil. Ela também comentou informação de Renato Melaragno, de que o câncer infanto-juvenil é a doença responsável pelo maior número de mortes de crianças acima de quatro anos no Brasil. Quando se inclui outras causas de mortes, e não só as doenças, o câncer perde apenas para a violência urbana e os acidentes.

Ainda sobre o relato de Melaragno sobre a falta de medicamentos adequados no sistema público de saúde, o senador Flávio Arns (Sem partido-PR) considerou a denúncia grave e solicitou maior detalhamento das informações, para que a comissão possa adotar uma posição e, se necessário, recorrer ao Ministério Público Federal.

Também presente ao debate, o superintendente do Instituto Ronald McDonalds, Francisco Neves, elogiou o trabalho que vem sendo feito pelas casas de apoio, em parceria com a Sobope, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Confederação Nacional dos Institutos de Apoio às Crianças com Câncer (Coniacc) e outras instituições que atuam na área. Ele destacou ainda ações de diagnóstico precoce do câncer infantil, realizadas por meio do Programa Saúde da Família. As ações, frisou Neves, foram iniciadas em 2008 em São Paulo, a partir de 18 projetos-piloto.

Francisco Neves destacou ainda o trabalho de assistência psicossocial integrado à pediatria oncológica, realizado pelas casas de apoio por meio de trabalho voluntário. As casas de apoio, disse, oferecem aconchego, hospedagem, alimentação e transporte gratuito às famílias oriundas de outras regiões que se deslocam ao Sudeste para tratamento das crianças.

Ele informou que o instituto destina às instituições que atendem crianças com câncer os cerca de R$ 12 milhões arrecadados no "McDia Feliz" - evento realizado anualmente pelas lanchonetes Mc Donalds, com o propósito de arrecadar recursos para apoiar ações de combate ao câncer infanto-juvenil.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".