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quinta-feira, 2 de abril de 2009

PERGUNTAS PARA COLOMBIANOS PELA PAZ - VILLAMARIN PULIDO



Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido


Frente à inundação de ações terroristas e teatrais manipulações politiqueiras que as FARC e seus cúmplices têm desatado, a partir do momento em que o auto-denominado grupo Colombianos pela Paz interveio sem que ninguém lhe solicitasse, nem que o governo nacional o encarregasse de mediar para a libertação de seqüestrados, surgem uma série de perguntas muito pontuais à espera de que sejam respondidas pelos aludidos.


Se é certo que Colombianos pela Paz não é na realidade “Colombianos pelas FARC”, como parecem demonstrar as suspeitas atuações de alguns de seus afiliados, algo assim como sucede com Telesur, que na prática é TeleFARC, então é necessário que esta midiática ONG explique aos colombianos:


1. Qual a razão para que, por ocasião do massacre dos indígenas Awá Colombianos pela Paz limitou-se a pedir às FARC uma explicação, porém não condenou a execrável ação terrorista? Pelo contrário, guardaram silêncio que com o tempo torna-se um comportamento cúmplice.


2. Qual a razão para que Colombianos pela Paz, que na aparência quer se apresentar como um ente imparcial e com fins altruístas, guarde silêncio constante ante ações terroristas das FARC, tais como a destruição do aqueduto de Villavicencio, a incineração de veículos na via Panamericana, a bomba de Blockbuster, o plano de assassinato contra o ministro da Defesa, as confissões do ex vice-ministro equatoriano Chauvín de suas relações com as FARC em nome do governo equatoriano, as destemperadas e agressivas ofensas permanentes de Rafael Correa, o principal sócio equatoriano das FARC, a clara evidência dos nexos das FARC com o narcotráfico, encontradas em recentes documentos apreendidos, etc.?


3. Qual a verdadeira razão para que, em vez de fazer o jogo das FARC com a brusca mudança de tom e cruel manipulação da dor da mãe do major Guevara assassinado em cativeiro, com o argumento fútil de sua suposta visão humanitária imparcial, não se põem em seu lugar, com uma dignidade ofendida como a que aparentavam Piedad Córdoba e Daniel Samper quando os terroristas do Bloco Sul os fizeram cúmplices da maneira como realizam espionagem para perpetrar atos terroristas contra o Estado de Direito, mediante supostas interceptações das comunicações da Força Aérea com unidades de superfície?


4. Por que não assumem uma posição vertical, séria, imparcial e coerente com os destinos nacionais e a segurança global do Estado e da sociedade, em vez de servir de multiplicadores das farsas que em nome do jornalismo Jorge Enrique Botero e Holman Morris montam em torno da suposta busca do acordo humanitário?


5. Colombianos pela Paz tem uma idéia clara acerca de quais são os propósitos publicitários das FARC e dos comparsas dirigidos a ressuscitar o cadáver político das FARC?


6. Colombianos pela Paz pensou em depurar-se e tirar do seu seio os eventuais membros das FARC que, como integrantes do Partido Comunista Clandestino ou do Movimento Bolivariano do grupo terrorista ocultam suas intenções, e escondidos promovem o que serve aos objetivos finais das FARC, convertendo os demais sonhadores de paz em idiotas úteis da guerrilha?


7. Alguma vez Colombianos pela Paz perguntou às FARC o que é que os terroristas entendem por paz, tendo em vista que os documentos encontrados em diversos acampamentos farianos deixam claro que a única paz válida para as guerrilhas comunistas colombianas é a tomada do poder para implantar uma ditadura comunista?


8. Qual é a relação orgânica, ideológica, procedimental ou associativa de Colombianos pela Paz com a Coordenadora Continental Bolivariana e o Foro de São Paulo?


9. Por que Colombianos pela Paz não censura a dupla moral dos terroristas e, pelo contrário, lhes faz o jogo com a idéia desproporcionada de pedir que o governo entregue os restos mortais de Raúl Reyes em troca da devolução do cadáver do major Guevara, e ao mesmo tempo não deixa claro aos guerrilheiros que a tarefa de aclimatar a paz sem ardis exclui as jogadas politiqueiras oportunistas com a dramática carga de dor das vítimas, como ocorreu com a calculada manipulação da libertação dos seis seqüestrados no começo de fevereiro de 2009, e agora com o drama da mãe do major Guevara?


10. Os autodenominados Colombianos pela Paz entenderam que sua suposta tarefa, pelo menos a que exteriorizaram de ser facilitadores da paz, é contrária a servir de idiotas úteis da propaganda comunista dos terroristas?


11. Todos os integrantes de Colombianos pela Paz avaliaram que as comprometedoras evidências encontradas nos computadores de Reyes, da aproximação afetiva, ideológica e procedimental de alguns de seus membros com as FARC deslegitima esta ONG, e para começo dá a entender que se não é uma organização política de fachada do PCCC, pelo menos é manipulada pelos terroristas infiltrados, quer dizer, que alguns são idiotas úteis dos camaradas?


12. Refletiram no interior do grupo Colombianos pela Paz que uma coisa é odiar o senhor Álvaro Uribe como pessoa, estar em desacordo com seu estilo de governo e sua ideologia, porém que outra mais grave é servir de idiotas úteis aos propósitos políticos e propagandísticos das FARC, do Foro de São Paulo, da Coordenadora Continental Bolivariana, da ala radical do Polo Democratico e da linha dura do Partido Comunista Colombiano que apregoa a combinação das formas de luta para assaltar o poder político pela força e impor uma tirania similar à cubana?


13. Nessa ordem de idéias, terão entendido os membros de Colombianos pela Paz que nem as FARC, nem os dinossauros comunistas, estatistas, promotores do parasitismo trabalhista, não são a solução aos graves males da Colômbia, senão um dos mais graves problemas que assediam o país?


14. Por que Colombianos pela Paz não se manifestou contra a afronta contra a dignidade nacional promovida pelos comunistas venezuelanos de declarar o 26 de março como o “dia do direito à rebelião armada”, e ao mesmo tempo mitificar Tirofijo, um dos assassinos e narcotraficantes mais perigosos do mundo?


15. Todos os membros de Colombianos pela Paz são conscientes de que no fundo as FARC e seus comparsas buscam a legitimação política, não para se desarmar e se desmobilizar, mas para tirar o rótulo de terroristas, conseguir que o governo colombiano retire os encargos contra os implicados nos conteúdos dos computadores de Reyes, e a médio prazo impulsionar a candidatura presidencial de Piedad Córdoba?


16. Sabem ou não sabem todos os membros de Colombianos pela Paz que Lula da Silva, Chávez, Correa, Ortega, Morales, as FARC e os demais conspiradores não renunciaram ao objetivo de derrocar o sistema democrático colombiano para impor uma ditadura comunista similar à que empobreceu e levou Cuba à miséria e que, pelo contrário, todo esse espetáculo midiático é parte das linhas de ação do Plano Estratégico?


17. Os Colombianos pela Paz entendem ou não que as libertações dos seqüestrados a conta-gotas são apenas um estratagema dos terroristas, ou acodem ao surrado argumento do mais inepto e desprestigiado dos presidentes colombianos de toda a história, de que foi tudo feito pelas suas costas?


Se não há respostas claras e pontuais a estas e outras perguntas desta mesma natureza, crescerão as dúvidas acerca da legitimidade e transparência do suposto objetivo altruísta que os membros de Colombiano pela Paz realizam.



Tradução: Graça Salgueiro



autor é Analista de assuntos estratégicos


Fonte: www.eltiempo.com/blogs/analisis_del_conflito_colobiano

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".