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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Chávez e as FARC: "O governo da Venezuela deixa as Farc operarem livremente no país, pois têm os mesmos ideais bolivaristas do governo"

Do portal BBC BRASIL

A edição deste domingo do jornal britânico The Observer traz uma reportagem sobre uma possível cooperação do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com o tráfico de cocaína da Colômbia.
Em um texto longo, de duas páginas, o jornalista John Carlin explora a ligação do Exército venezuelano com a guerrilha e afirma que "as Farc há muito se distanciaram de suas raízes revolucionárias de esquerda e são mais conhecidas como uma 'narco-guerrilha'", diz o texto.


Segundo ele, apesar do pouco impacto revolucionário do grupo colombiano, em comparação com os Sandinistas na Nicarágua, as Farc podem "sobreviver como grupo armado por causa dos lucros que tem com os sequestros, extorsões e envolvimento com o tráfico de cocaína".

Carlin afirma ter entrevistado quatro ex-guerrilheiros das Farc, além de fontes diplomáticas, policiais e dos serviços de inteligência de pelo menos cinco países durante a sua investigação jornalística.

A reportagem ressalta que, segundo os entrevistados, "não fosse pelo tráfico de cocaína, as Farc já teriam se dispersado".

Conivência

Um dos ex-guerrilheiros, chamado pelo jornalista de Rafael, afirmou que a "rota mais segura para transportar a cocaína para a Europa é pela Venezuela".

"O governo da Venezuela deixa as Farc operarem livremente no país, pois têm os mesmos ideais bolivaristas do governo", diz Rafael ao jornal.

O jornalista cita ainda que todas as fontes que entrevistou concordam que as Farc e representantes do governo da Venezuela operam juntos em solo, onde as atividades militares coincidem com as atividades do tráfico de drogas.

Ele ressalta que nenhum de seus entrevistados acusou Chávez de estar diretamente relacionado com o tráfico de drogas. No entanto, segundo ele, nenhuma das fontes acha possível que o presidente não tenha conhecimento sobre a conivência das forças armadas de seu país com a liderança das Farc e do envolvimento da guerrilha no tráfico de drogas.

A reportagem traz dados de que 600 toneladas da cocaína contrabandeada da Colômbia todos os anos passa pela Venezuela e que o tráfico para a Europa rende cerca de 7.5 bilhões de libras (R$25,7 bilhões) por ano.

Armas

O texto cita uma declaração de uma fonte diplomática que afirma que a infra-estrutura proporcionada pela Venezuela ao tráfico de cocaína expandiu de maneira significativa durante os últimos cinco anos do governo Chávez.

O jornalista ressalta que, segundo os ex-guerrilheiros que entrevistou, o governo da Venezuela não apenas fornece proteção armada a pelo menos quatro acampamentos das Farc no país, como “não interrompem atividades das fábricas de explosivos e programas de treinamento de bombas que acontecem dentro dos acampamentos”.

Segundo um diplomata europeu citado pela reportagem, “este fenômeno pode corroer a Venezuela como um câncer”.

No texto, o ex-guerrilheiro Rafael afirma que, em alguns casos, a Guarda Nacional da Venezuela fornece granadas e material explosivo para a fabricação de bombas para as Farc.

Uma fonte citada pelo jornalista afirma que essas movimentações acontecem em larga escala. “O que vemos é que as drogas saem da Colômbia para a Venezuela e as armas, da Venezuela para a Colômbia”.

Impacto

O jornalista finaliza a reportagem citando uma fonte policial sobre a influência do governo da Venezuela no tráfico de drogas.

Segundo a fonte, “a verdade é que se a Venezuela colaborasse com a comunidade internacional, a diferença seria enorme. Poderíamos capturar duas toneladas de cocaína facilmente”.

De acordo com Carlin, a mesma lógica pode ser aplicada com relação aos seqüestros realizados pela guerrilha.

Ele cita uma fonte que afirma que Chavez poderia forçar as Farc a libertarem a refém Ingrid Betancourt, ex-candidata à presidência da Colômbia.

“Se Hugo Chavez quisesse, poderia forçar as Farc a libertar Betancourt amanhã pela manhã. Era só dizer: ‘vocês a entregam ou o jogo acabou para vocês na Venezuela’. A dependência das Farc com os venezuelanos é tão grande que eles não poderiam dizer não”, conclui.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".