Segunda-feira, Novembro 17, 2008
Edição de Segunda-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com
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Por Jorge Serrão
O risco de revelação de novas informações sobre o assassinato do prefeito petista Celso Daniel e a divulgação, súbita, de um dossiê bombástico produzido por aliados do banqueiro Daniel Valente Dantas são duas ameaças que tiram o sono da cúpula petista e do chefão Lula da Silva nos últimos dias. Os serviços particulares de informação que atendem à elite do desgoverno já deram o sinal de alerta sobre instabilidades políticas à vista, no curto prazo.
A ameaça já recebe o nome, na comunidade de informações, de “Risco Daniel”. Seja por causa do fantasma politicamente insepulto do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, torturado e morto barbaramente em um crime até hoje mal esclarecido, ou por causa do sempre ameaçador baú de malvadezas do banqueiro baiano Daniel Valente Dantas – o mesmo que o ministro da Justiça, Tarso Genro, promete punir com a reformatação da Operação Satyagraha, num jogo de cena digno do teatrinho de fantoches do João Minhoca.
Um indício de que existe uma ação desestabilizadora do desgoverno Lula veio de fora para dentro com o lançamento do livro "Deu no New York Times - O Brasil segundo a ótica de um repórter do jornal mais influente do mundo" (Ed. Objetiva, RJ). A obra foi escrita pelo jornalista norte-americano Larry Rohter, que foi oficialmente expulso (depois perdoado) porque escreveu um artigo para o New York Times revelando os hábitos etílicos do atual Presidente da República Sindicalista do Brasil.
Caso Celso Daniel
Escreve Rohter: "Mas nada tinha alarmado e assustado tanto o entorno de Lula do que uma reportagem que escrevi sobre o caso Celso Daniel, em fevereiro de 2004. O maior golpe de sorte de Lula foi que o PT conseguiu desviar a atenção do assassinato, em 20 de janeiro de 2002, de Celso Daniel, prefeito de Santo André. Se aquela investigação tivesse sido levada a cabo com o mesmo vigor e energia que foram dirigidos contra Roseana Sarney, poderia facilmente ter torpedeado a candidatura de Lula".
"Os irmãos de Celso Daniel, Bruno e João Francisco, disseram que, de acordo com o que o irmão tinha contado a eles, os membros mais importantes do PT não apenas sabiam do esquema de corrupção que provocou sua morte, como desempenharam um papel ativo na operação".
A sombra do Poderoso Zé
Em outra passagem do livro, Rohter lembra que o irmão de Celso Daniel compromete o ilustre advogado, blogueiro e consultor empresarial José Dirceu de Oliveira e Silva – que foi ministro-chefe da Casa Civil de Lula, mas que continua mandando nos bastidores mais ainda (embora sempre tente negar).
"Disse Bruno: `Pouco depois do enterro de Celso Daniel, Gilberto Carvalho me contou que tinha feito várias entregas em dinheiro vivo ao partido e que ficou apavorado quando estava transportando mais de 500 mil dólares em uma valise. E entregou o dinheiro diretamente a José Dirceu'".
"Uma pessoa que cumpria um papel importante no PT paulista, em uma longa entrevista, me disse que a atividade ilegal de levantamento de dinheiro em Santo André não era um caso isolado, como afirmavam os líderes do partido, mas era parte de um esquema generalizado para acumular grande soma em caixa 2 para a campanha" (de Lula em 2002).
Levantamento de grana – e não só de copo...
Larry Rohter prossegue em seu livro:
"Tinham sido dadas ordens a todos os prefeitos do PT para levantar dinheiro por todos os meios possíveis, e cada município havia recorrido a um mecanismo um pouco diferente para cumprir sua cota. Em Santo André eram as empresas de ônibus. Em Santos, era o programa da Aids. Em Campinas, onde o prefeito Toninho do PT tinha sido assassinado quatro meses antes de Celso Daniel, era o superfaturamento de obras públicas e de contratos de estacionamento. E em Ribeirão Preto eram os contratos de coleta de lixo".
"Eu sabia que o caso de Santo André era apenas a ponta do iceberg".
Apenas um detalhe: o prefeito de Ribeirão Preto, na época narrada, era Antônio Palocci Filho (atual deputado federal, ex-ministro da Fazenda, e que foi o sucessor de Celso Daniel na gestão financeira da campanha presidencial petista de 2002).
Ficou PT da vida?
"Fiquei puto porque como pode um cidadão que nunca conversou comigo, que nunca tomou um copo de cerveja comigo, que nunca tomou um copo d'água comigo, fazer uma matéria de que eu bebia? Isso me deixou muito puto".
A reclamação foi proferida em uma entrevista nervosa do chefão Lula da Silva à "Folha", em 2007.
Detalhes sobre a obra de Larry Rohter saíram no artigo “Tudo começou em Santo André”, de Sebastião Nery, na Tribuna da Imprensa de sábado.
Outra mentirinha...
Nery frisa que, ao contrário do que Lula reclamou à "Folha", ele conhece bem o Larry Rohter:
"O meu relacionamento com Lula data dos anos 70. Já conversei bastante com ele. Já tomei água, refrigerante e até uma cachacinha com ele. Também fiquei impressionado na época com as generosas quantidades de álcool que ele consumia. Me lembro de Lula me provocar com bom humor: `Que é isso, meu caro, um jornalista que não gosta de beber?' De uma reunião a outra, ele bebia o que lhe ofereciam: cachaça, uísque, conhaque".
"Em setembro de 2003. Brizola, companheiro de chapa de Lula, disse: `Quando eu fui candidato a vice do Lula, ele bebia muito. Eu o alertava que a bebida destilada é perigosa. Ele não me ouviu e, segundo dizem, continua bebendo. A bebida ataca os neurônios e talvez esse seja um dos motivos que o têm levado a perder a percepção das coisas'".
Leia abaixo as Rapidinhas Políticas e as Rapidinhas Econômicas
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 17 de Novembro de 2008.
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O risco de revelação de novas informações sobre o assassinato do prefeito petista Celso Daniel e a divulgação, súbita, de um dossiê bombástico produzido por aliados do banqueiro Daniel Valente Dantas são duas ameaças que tiram o sono da cúpula petista e do chefão Lula da Silva nos últimos dias. Os serviços particulares de informação que atendem à elite do desgoverno já deram o sinal de alerta sobre instabilidades políticas à vista, no curto prazo.
A ameaça já recebe o nome, na comunidade de informações, de “Risco Daniel”. Seja por causa do fantasma politicamente insepulto do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, torturado e morto barbaramente em um crime até hoje mal esclarecido, ou por causa do sempre ameaçador baú de malvadezas do banqueiro baiano Daniel Valente Dantas – o mesmo que o ministro da Justiça, Tarso Genro, promete punir com a reformatação da Operação Satyagraha, num jogo de cena digno do teatrinho de fantoches do João Minhoca.
Um indício de que existe uma ação desestabilizadora do desgoverno Lula veio de fora para dentro com o lançamento do livro "Deu no New York Times - O Brasil segundo a ótica de um repórter do jornal mais influente do mundo" (Ed. Objetiva, RJ). A obra foi escrita pelo jornalista norte-americano Larry Rohter, que foi oficialmente expulso (depois perdoado) porque escreveu um artigo para o New York Times revelando os hábitos etílicos do atual Presidente da República Sindicalista do Brasil.
Caso Celso Daniel
Escreve Rohter: "Mas nada tinha alarmado e assustado tanto o entorno de Lula do que uma reportagem que escrevi sobre o caso Celso Daniel, em fevereiro de 2004. O maior golpe de sorte de Lula foi que o PT conseguiu desviar a atenção do assassinato, em 20 de janeiro de 2002, de Celso Daniel, prefeito de Santo André. Se aquela investigação tivesse sido levada a cabo com o mesmo vigor e energia que foram dirigidos contra Roseana Sarney, poderia facilmente ter torpedeado a candidatura de Lula".
"Os irmãos de Celso Daniel, Bruno e João Francisco, disseram que, de acordo com o que o irmão tinha contado a eles, os membros mais importantes do PT não apenas sabiam do esquema de corrupção que provocou sua morte, como desempenharam um papel ativo na operação".
A sombra do Poderoso Zé
Em outra passagem do livro, Rohter lembra que o irmão de Celso Daniel compromete o ilustre advogado, blogueiro e consultor empresarial José Dirceu de Oliveira e Silva – que foi ministro-chefe da Casa Civil de Lula, mas que continua mandando nos bastidores mais ainda (embora sempre tente negar).
"Disse Bruno: `Pouco depois do enterro de Celso Daniel, Gilberto Carvalho me contou que tinha feito várias entregas em dinheiro vivo ao partido e que ficou apavorado quando estava transportando mais de 500 mil dólares em uma valise. E entregou o dinheiro diretamente a José Dirceu'".
"Uma pessoa que cumpria um papel importante no PT paulista, em uma longa entrevista, me disse que a atividade ilegal de levantamento de dinheiro em Santo André não era um caso isolado, como afirmavam os líderes do partido, mas era parte de um esquema generalizado para acumular grande soma em caixa 2 para a campanha" (de Lula em 2002).
Levantamento de grana – e não só de copo...
Larry Rohter prossegue em seu livro:
"Tinham sido dadas ordens a todos os prefeitos do PT para levantar dinheiro por todos os meios possíveis, e cada município havia recorrido a um mecanismo um pouco diferente para cumprir sua cota. Em Santo André eram as empresas de ônibus. Em Santos, era o programa da Aids. Em Campinas, onde o prefeito Toninho do PT tinha sido assassinado quatro meses antes de Celso Daniel, era o superfaturamento de obras públicas e de contratos de estacionamento. E em Ribeirão Preto eram os contratos de coleta de lixo".
"Eu sabia que o caso de Santo André era apenas a ponta do iceberg".
Apenas um detalhe: o prefeito de Ribeirão Preto, na época narrada, era Antônio Palocci Filho (atual deputado federal, ex-ministro da Fazenda, e que foi o sucessor de Celso Daniel na gestão financeira da campanha presidencial petista de 2002).
Ficou PT da vida?
"Fiquei puto porque como pode um cidadão que nunca conversou comigo, que nunca tomou um copo de cerveja comigo, que nunca tomou um copo d'água comigo, fazer uma matéria de que eu bebia? Isso me deixou muito puto".
A reclamação foi proferida em uma entrevista nervosa do chefão Lula da Silva à "Folha", em 2007.
Detalhes sobre a obra de Larry Rohter saíram no artigo “Tudo começou em Santo André”, de Sebastião Nery, na Tribuna da Imprensa de sábado.
Outra mentirinha...
Nery frisa que, ao contrário do que Lula reclamou à "Folha", ele conhece bem o Larry Rohter:
"O meu relacionamento com Lula data dos anos 70. Já conversei bastante com ele. Já tomei água, refrigerante e até uma cachacinha com ele. Também fiquei impressionado na época com as generosas quantidades de álcool que ele consumia. Me lembro de Lula me provocar com bom humor: `Que é isso, meu caro, um jornalista que não gosta de beber?' De uma reunião a outra, ele bebia o que lhe ofereciam: cachaça, uísque, conhaque".
"Em setembro de 2003. Brizola, companheiro de chapa de Lula, disse: `Quando eu fui candidato a vice do Lula, ele bebia muito. Eu o alertava que a bebida destilada é perigosa. Ele não me ouviu e, segundo dizem, continua bebendo. A bebida ataca os neurônios e talvez esse seja um dos motivos que o têm levado a perder a percepção das coisas'".
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 17 de Novembro de 2008.
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