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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

E ninguém percebe...

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Graça Salgueiro em 30 de janeiro de 2008

Resumo: Causa estranheza o silêncio latino-americano em torno do Foro de São Paulo e do mal por atacado que tem proporcionado ao nosso continente.

© 2008 MidiaSemMascara.org

A capacidade que o presidente Lula tem de fazer afirmações de coisas pertencentes apenas ao seu imaginário ou desejo, como se fossem a mais cristalina verdade, é proporcional à vergonha que sentem os brasileiros bem informados, sobretudo quando tais afirmações extrapolam as fronteiras nacionais.

Dentre as tantas pérolas que jorram da boca de Sua Excelência a mais notável foi quando da volta de sua visita a Cuba, referindo-se ao velho ditador com quem teve um cálido e nostálgico encontro de duas horas e meia, em lugar incerto e não sabido da ilha-cárcere. Segundo Lula, “A impressão que eu tenho é que o Fidel está muito bem de saúde, que está com uma lucidez como nos melhores momentos”. (...) “Penso que Fidel está pronto para assumir o papel político que ele tem na história, no mundo globalizado, na humanidade”. Entretanto, é o próprio Fidel quem o desmente sem meias palavras: “Não desfruto da capacidade física necessária para falar diretamente aos vizinhos do município onde me postularam para as eleições do próximo domingo. Faço o que posso: escrevo. (...) Hoje, que disponho de mais tempo para me informar e meditar sobre o que vejo, consigo apenas escrever”, escrito dois dias antes do encontro. Teria sido a “messiânica” visita a causadora de tão extraordinária e repentina recuperação?

No Brasil a mídia companheira de viagem fez referência à citação do presidente Lula mas não a do ditador Castro, tampouco permitiu que as imagens do encontro dos dois - televisionadas desde Cuba e retransmitidas aqui - tivessem áudio, retrocedendo à época do cinema mudo. Caso se pudesse ouvir a conversa, deixaria à mostra a decrepitude do velho ditador com sua fala escandida e sem nexo, com visível dificuldade até de articular corretamente as palavras. Estaria com isto a mídia encobrindo as falsas afirmações de Lula e preservando a imagem de Castro?

Em um excelente artigo intitulado “Fidel desmentiu Lula” escrito para o jornal “Diario Las Américas”, de Miami, o economista cubano Ernesto Betancourt faz duras e acertadas críticas às declarações de Lula, entretanto cai no conto da “autosuficiência” em produção de petróleo divulgada aos quatro cantos do mundo ano passado. Diz ele sobre a conversa dos dois comunistas: “Por certo que depois do descobrimento de imensos depósitos de petróleo nas costas do Brasil pela Petrobras, o cavalheiro Lula fez mutismo em sua propaganda do etanol”.

Ocorre que o anúncio dessa descoberta ano passado não tinha nada de novo; o governo Lula, para abafar a crise do gás que ainda continua pendente sobre nossas cabeças, reciclou uma notícia velha de mais de uma década, conforme denuncia elegantemente o ex-ministro de Minas e Energia, Alexis Stepanenko, em carta ao ex-presidente Itamar Franco de quem foi ministro. Naturalmente que nem o senhor Betancourt nem ninguém mais foi informado disto e assim segue o Sr. da Silva, contando lorotas mundo afora, na certeza de que ninguém percebe, ninguém o questiona porque todos acham muito palpitante e excêntrico um “presidente-operário”. E nós, sem saber mais aonde enfiar a cara de tanta vergonha...

E na sexta-feira 25, em discurso na cerimônia pelo Dia Internacional de Lembrança das Vítimas do Holocausto, Lula conclamou os brasileiros a deixar a violência e a intolerância de lado acrescentando: “Lembranças tristes e trágicas como as do Holocausto não devem e não podem ser apagadas, como não podem ser esquecidas todas as formas de intolerância, especialmente aquelas alçadas à condição de política de Estado”

Seria uma afirmação louvável se não fosse tão cínica e não houvesse, no mínimo, uma discrepância entre este discurso e o proferido recentemente com ar de gratidão perante o maior genocida latino-americano, seu ídolo Fidel: “Lembra, Fidel, quando falamos do Foro de São Paulo e me disseste que era necessária a unidade da esquerda latino-americana para garantir nosso progresso? Pois já estamos avançando nessa direção”. Sabendo que participam como membros efetivos do Foro de São Paulo criado por estas duas humaníssimas criaturas, bandos terroristas monstruosos como as FARC e o ELN, e que todos os membros assinaram uma declaração condenando o “terrorismo de Estado” protagonizado pelo governo da Colômbia por combatê-los, fica a pergunta: qual dos dois Lulas fala a verdade? Qual a “violência” que ele condena?

Causa estranheza o silêncio latino-americano em torno desta nefasta organização – Foro de São Paulo – e do mal por atacado que ela tem proporcionado ao nosso continente. Já nem falo do Brasil porque aqui as pessoas não lêem, não se informam e há décadas estão culturalmente mortas. Mas, será que ninguém mais percebe que a convulsão política e social que está sofendo a América Latina hoje, é fruto desta organização? Observem a Bolívia, a Argentina, a Venezuela, a Nicarágua, o Equador, a Colômbia com as FARC cada dia mais afoitas, e perguntem se seus presidentes – exceto Uribe, claro! - não pertencem a esta organização comuno-terrorista? Toda a compreensão destes fatos passa obrigatoriamente pelo Foro de São Paulo que é a raiz, o centro de toda a estratégia de comunização do nosso continente mas, enquanto as pessoas não se derem conta disso, vão continuar combatendo os efeitos periféricos que são a corrupção, a violência, a miséria, ao mesmo tempo em que o comunismo se fortalece e expande pelos canais subterrâneos. Com as bênçãos de Fidel Castro e Lula da Silva; não esqueçam disso!

Graça Salgueiro é jornalista independente, estudiosa do Foro de São Paulo e do regime castro-comunista e de seus avanços na América Latina, especialmente em Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil. É articulista do Mídia Sem Máscara, onde também colabora como tradutora e revisora, correspondente brasileira do site La Historia Paralela da Argentina, articulista do jornal "Inconfidência" de Belo Horizonte e proprietária do blog Notalatina.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".