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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

The Talking Mummy ou Existem dois "Fidéis": um que LULA visitou e outro que está senil

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Ipojuca Pontes em 28 de janeiro de 2008

Resumo: Uma coisa que poucos entendem no Brasil é o esforço (de propaganda) que a chamada grande imprensa faz para esconder a senilidade de Fidel. Que o Granma faça isso, pode se compreender. Mas e a nossa imprensa “burguesa”?

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“Fidel vai ao centro espírita e, na sessão, conversa com o espírito da mãe:
- Mãe, no ano que vem vou estar no poder? - Sim, filho. - E o povo vai estar comigo? - Não, filho, vai estar comigo”.


(Pilhéria do povo cubano)


No cardápio da sociedade de informação ideologizada a mentira é, quase sempre, o prato principal. Nele, pelos mais diversos motivos, mas, sobretudo, os de ordem política e econômica, a verdade passa por um processo de filtragem degenerescente que termina por significar o exato oposto do que realmente representa. Senão, vejamos. Há três meses apareceu na Internet (veja abaixo) trecho de entrevista concedida por Fidel Castro à TV Cubana na qual nem os esforços de maquiagem nem os da edição conseguem esconder do espectador o avançado estágio de senilidade que acomete o ditador. Dá pena - se é que se pode lastimar a senilidade de um tirano. No vídeo, aos lapsos e tropeções, Fidel se dá o direito de fazer divagações obscuras sobre Einstein, teoria da relatividade, preço do cobalto, etc. - tudo, claro, a pretexto de desancar o “imperialismo ianque”.




Apesar da decrepitude, preponderante, Fidel, por força do narcisismo maligno, mente e desinforma. A desordem mental causa constrangimento. Na sua interessante noção de física, por exemplo, “a velocidade do quadrado é a velocidade da luz”. Uma tonelada de cobalto, cujo preço real é de US$ 27 mil, ele, tropeçando nas palavras, avalia por US$ 60 mil. No seu tartamudeio de fanático, a vida radiotiva do cobalto passa a ter duração de 500 mil anos quando, de fato, o registro é de que ela dura não mais de 50 meses. (O cobalto, segundo se sabe, perde 20% da radioatividade a cada ano que passa na atmosfera. Depois de 15 anos, segundo especialistas, ele perde a radioatividade e se converte em nitrato, completamente inofensivo para o ser humano).

Vamos aos fatos: na mais recente viagem ao “paraíso socialista”, depois de “conversar” com a legendária Múmia do Caribe, Inácio da Silva, o eterno amante da revolução cubana, disse textualmente à imprensa amestrada: “Fidel está muito bem de saúde. Está com lucidez e logo, logo vai se recuperar fisicamente. Penso que Fidel está pronto para assumir o papel político que tem em Cuba e o papel político que tem na história do mundo globalizado”. A parolagem de Lula, como sempre, tem pernas curtíssimas. Para a infelicidade do principal fabulista do PT, o próprio ditador, no dia seguinte, mandou escrever a propósito da farsa eleitoral transcorrida na ilha-cárcere, na qual apenas os filiados do Partido Comunista podem ser candidatos: “Não desfruto da capacidade física para falar diretamente com os moradores do município onde me indicaram para a disputa das eleições do próximo domingo”.

(Mais tarde, no arremedo das eleições vigiadas de perto pela famigerada DGI - a KGB cubana -, Castro viria garantir com o seu próprio voto enviado de algum dos seus inúmeros esconderijos, uma “vaga” na Assembléia Nacional do Poder Popular - o que reafirma, desde já, a perpetuação do esquema totalitário armado pela Múmia falante). Uma coisa que poucos entendem no Brasil é o esforço (de propaganda) que a chamada grande imprensa faz para esconder a senilidade de Fidel. Que o Granma faça isso, pode se compreender. Afinal, com a informação alvissareira sobre a saúde do velho saltimbanco, a ditadura cubana mantém inerte a população miserável, de resto já intimidada e muda. Mas - e a nossa imprensa “burguesa”? Por que ela age assim? O Globo e a Folha de São Paulo, por exemplo, tratam com luvas de pelica o estado quase vegetativo do macróbio, dando a entender, no tratamento ambíguo dispensado ao fato, de que ele está se recuperando e pode a qualquer instante assumir o poder.

Na ordem prática das coisas, pouco importa se Fidel se mantém ou não no cargo. Com ou sem ele, sob o comando do irmão Raúl ou de qualquer outro agente revolucionário, com ou sem a grana de Chávez ou Lula (sacado do bolso do brasileirinho ignaro, já se vê), Cuba continuará sendo uma ilha-cárcere, cercada de violência e miséria; continuará com o trabalhador sendo explorado por 17 dólares mensais; continuará com centros de abastecimento e transporte indigentes; continuará com os cortiços infectos; continuará com os bem-abastecidos pontos de prostituição para gozo de turistas sequiosos de sexo barato - em suma, um maldito lugar onde o simples ato de acessar a internet pode levar o infeliz à prisão.

E por que isso? Simplesmente porque “isso” é a marca patrimonial do sistema socialista, que não sabe criar riqueza, mas sim, taxá-las para o usufruto parasitário da elite comunista no poder. Simplesmente por que isso é próprio de um regime que, para não se desintegrar, cerceia a ferro e fogo qualquer vestígio de liberdade individual ou coletiva. Simplesmente porque é da essência do socialismo conspirar contra o homem livre, acuado ou isolado nas prisões, em função da supremacia do Estado desonesto, arbitrário e intolerável, cujo objetivo básico é liquidar com o homem que pensa por si próprio, alheio às regras que impõem a uniformidade, a dependência e a servidão.

O filósofo Hegel, no pensar de Schopenhauer um completo charlatão, costumava dizer que “a função mais alta do cidadão é servir ao Estado”. Karl Marx, outro charlatão que cultivava o ódio com ardor fanático, levou tal conceito aos cornos da lua. Neste início de século, estranhamente, a filtragem mediática manobrada por inocentes úteis e companheiros de viagem consagram à exaustão o Estado socialista. Levar-se-á décadas para que se supere tal pinimba. Quando ocorrer o féretro, infelizmente estarei morto e sepultado.

Mas longe de Fidel.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".