Na presença dos parentes dos três jovens mortos no episódio dos militares no morro da Providência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou subitamente de opinião a respeito da atuação do Exército na favela, no Rio de Janeiro. Lula autorizou a participação dos soldados no projeto Cimento Social. Depois da tragédia, ainda autorizou que o Ministério da Defesa entrasse com recurso na Justiça para garantir a permanência das tropas. Diante das famílias, porém, o presidente se disse contra a atuação militar(C.T. - nunca devemos esquecer que o "manda-chuva" das FFAA é o Presidente da República, que infelizmente é o LULA).
O encontro aconteceu na noite de segunda-feira, no Palácio da Guanabara. Reunido com cinco familiares dos jovens mortos pelo tráfico depois que foram entregues por um grupo de militares, Lula chegou a classificar de "injustificável" a participação do Exército na obra. Lula não só autorizou a parceria entre o Ministério das Cidades e Exército como também liberou verbas para o projeto. Na noite de segunda, contudo, se disse contra o envolvimento dos militares numa "obra terceirizada", como o Cimento Social.
Questionado sobre a presença do Exército no morro, Lula lembrou que "não tem policiamento ostensivo em nenhuma das obras do PAC", sinalizando que não pensava ser necessário enviar os militares ao morro. Ainda assim, Lula concordou com o recurso da Advocacia-Geral da União para garantir que o Exército continue protegendo a obra. A resposta ao recurso deve sair até quinta-feira. O Cimento Social é projeto de autoria do senador Marcello Crivella (PRB-RJ), candidato favorito de Lula à prefeitura do Rio.
Assim como o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula defendeu no encontro que o julgamento dos onze militares acusados de envolvimento no caso seja feito pela Justiça Civil, e não por um tribunal militar. O Exército pensa o contrário. De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, Lula disse que as versões apresentadas por militares e moradores do morro para os fatos "são muito diferentes". Os militares estão detidos -- mas os traficantes que mataram os jovens não.
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