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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Proposta de fusão entre Cuba e Venezuela (dá-lhe Foro de São Paulo!!!)

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA

por Edgard C. Otálvora em 08 de novembro de 2007

Resumo: A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha.

© 2007 MidiaSemMascara.org

A fusão dos governos da Venezuela e de Cuba em uma única entidade é, segundo fontes consultadas em vários países, algo mais que uma frase de ocasião. Tanto o governo venezuelano como setores específicos do regime cubano estariam considerando esta opção seriamente. No caso da Venezuela, o governo de Hugo Chávez se propõe dar pavimento constitucional a essa via, incluindo na reforma constitucional uma claúsula que permitiria um governo conjunto Caracas-Havana.

A criação de uma entidade que unifique os governos da Venezuela e de Cuba foi incluída como parte das reformas constitucionais que os deputados da Assembléia Nacional colaram à proposta inicial apresentada por Chávez.

No artigo 153 foi incorporada a “Fundação de Repúblicas que consolidem os projetos estruturantes da região” como uma das ações que a República “promoverá e favorecerá”.

De acordo com o Dr. Adolfo Salgueiro, na semana passada, poucas horas antes que a Assembléia Nacional (AN) levasse ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o texto “definitivo” da reforma, o conteúdo do Artigo 153 foi modificado sem ter ido a nenhum “debate” parlamentar. Salgueiro, que vem realizando um minucioso exame do texto constitucional proposto e seu impacto no campo internacional, fundamenta que a “fundação de Repúblicas” gerou mal-estar entre grupos chavistas os quais imediatamente relacionaram o texto (saído ao que tudo indica de Miraflores) com o que Chávez já havia adiantado poucos dias antes em Cuba, sobre a fusão dos dois governos.

O texto do artigo 153 que finalmente foi entregue pela senhora Cilia Flores – presidenta da AN – à senhora Tibisay Lucena – presidenta do CNE -, já aparece na página da Internet do organismo eleitoral. No texto que será submetido à votação em dezembro foi apagada a parte que diz “fundar Repúblicas”, introduzindo com camuflagem a mesma idéia. O texto definitivo já não se refere à criação de novas repúblicas, senão que faz referência a que a República promoverá a “Confederação” (escrito com maiúsculas pelos redatores) na América Latina. O produto de uma “Confederação” segundo o neutro dicionário da Real Academia, é a criação de um Estado. A nova Constituição abre assim caminho para a formação de um novo Estado resultante da confederação ou aliança de Cuba e Venezuela.

A modificação do artigo, nas intimidades palacianas, foi realizada com tal discrição que, ao que parece, não se inteiraram nem sequer no diário “Últimas Notícias”, dirigido por Eleazar Díaz Rangel, um publicitário próximo do governo. Em sua edição do domingo passado, quando o texto definitivo já aparecia nas páginas oficiais na web, esse matituno publicou um resumo do conteúdo da mudança da Constituição no qual ainda figura como Artigo 153, o correspondente à “fundação de Repúblicas”.

Chávez e Raul Castro em Cuba.0Durante sua visita a Cuba iniciada em 12 de outubro passado,
Hugo Chávez referiu-se a que, na prática, os governos da Venezuela e de Cuba são um só. Chávez utilizou em várias de suas intervenções públicas a palavra “confederação”, para referir-se à fusão dos dois governos.

Américo Martí, um cuidadoso analista do dia-a-dia cubano, ressalta o fato de que nas palavras de Raúl Castro em resposta a Chávez, o cubano nunca se referiu a algo que pudesse ser entendido como uma fusão de ambos os governos. Com efeito, o presidente interino cubano falou de “união e integração”. O contraste de posições entre ambos os mandatários se produziu durante a assinatura de uma nova série de acordos bilaterais no dia 15 de outubro.

Poucos dias depois, o chanceler cubano Felipe Pérez Roque falou implicitamente, desde Nova York, sobre o tema da fusão com a Venezuela. E o fez sob a euforia de haver derrotado os Estados Unidos na ONU, quando a maioria dos países votou rechaçando o embargo norte-americano à ilha. Nesse contexto, Pérez Roque assegurou que seu país estava disposto a ceder sua soberania e bandeira em honra da “Pátria Grande”.

A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha, o qual está em dúvidas, uma vez que o cubano faleça ou fique, por razões de seu estado de saúde, anulado em sua capacidade de intervir no exercício do poder.

Após o discurso de George W. Bush sobre Cuba, pronunciado na Casa Branca em 24 de outubro, ficou no ambiente certa ambivalência sobre a posição definitiva de Washington ante um governo de transição encabeçado (diretamente ou com um segundo interposto) por Raúl Castro. Parece pouco provável que Raúl Castro e a casta militar que se mantém a seu redor, estejam na linha de uma fusão com a Venezuela. A Confederação seria então um projeto dos civis que rodeiam Fidel e os que têm ligações privilegiadas com Chávez.

Fonte: El Nuevo País – Caracas
Tradução: Graça Salgueiro

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Comentário do Cavaleiro do Templo: é o FSP, FORO DE SÃO PAULO, gente. Estes dois canalhas participam dele, como você sabem, junto com mais um monte, entre eles vocês sabem quem...

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".