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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A grande notícia do ano – que você não vai ler nos jornais

Do site LucasMafaldo
Quinta-feira, 24 de janeiro de 2008


Caro leitor,

Há poucos dias, recebi uma notícia importantíssima – uma confirmação, na verdade, de algo que já me haviam avisado que ia acontecer – que um amigo sabiamente intitulou "a grande notícia do ano".

Este notícia, meu caro, certamente não sairá nos grandes jornais, mas logo você verá que ela supera muito em importância as manchetes que correm diariamente – e que são logo esquecidas no dia seguinte.

Pouco antes de receber a notícia, vi que, em seu Feliz Nova Dieta, Júlio Lemos anunciava cripticamente que 2008 seria um ano de grande agitação cultural em São Paulo – e não me restou dúvida alguma de que ele e meu amigo falavam da mesma coisa.

Mas chega de suspense, leitor, a notícia é bastante simples, mas tenho certeza que o leitor saberá saborear sua importância: acaba de ser lançado o primeiro instituto com cursos especialmente fundamentados na educação liberal.

Trata-se do Instituto Internacional de Ciências Sociais (www.ceu.org.br), cujo Departamento de Humanidades anuncia os mais variados cursos baseados no bom e velho método da leitura dos clássicos.

Quem acompanha o trabalho que temos feito com o Aristoi – www.aristoi.com.br – certamente sabe por que o retorno à leitura dos clássicos é a melhor forma de adquirir uma sólida formação intelectual, assim como provavelmente concorda que sua substituição pela leitura fragmentária de textos e apostilas mal digeridas está na raiz da grande tragédia do nosso – suposto - sistema educacional.

Só o retorno à leitura dos clássicos e à meditação sobre as "coisas permanentes" pode nos resgatar da barbárie em que estamos. Não são necessárias mais verbas para a educação; não precisamos de mais reformas políticas; precisamos apenas concentrar nossa atenção sobre os livros que, de fato, merecem nosso tempo – e o IICS está dando um grande passo nessa direção.

A missão do instituto é inequívoca - "Formar pessoas com a capacidade de dialogar com os grandes mestres de todas as épocas e de todas as culturas, em uma abertura intelectual baseada no sólido conhecimento da realidade e dos valores individuais" – eis a própria essência da educação liberal.

O instituto ainda faz referência ao St. John's College e ao Thomas Aquinas College – grandes modelos de instituições que recolocam a educação liberal no centro do ensino superior.

Esta, de fato, é a grande notícia do ano: por décadas não se ouviu falar de educação liberal em nosso país, enquanto no resto do mundo floresciam diferentes associações que criavam pequenas ilhas de tradição intelectual para se protegem da decadência generalizada, mas agora, finalmente, estes frutos começam a chegar ao nosso país.

Esta notícia não deve aparecer nas páginas dos grandes jornais, mas seus efeitos certamente serão mais profundos e duradouros do que as notícias que ocupam as manchetes do dia.

Para quem mora em São Paulo – e até mesmo para quem mora nos arredores – este instituto representa uma oportunidade imperdível de fazer um precioso investimento na própria formação.

Para nós outros, impedidos pela geografia de usufruir diretamente deste empreendimento, podemos ao menos nos confortar em saber que este instituto certamente é apenas um sinal de uma nova e positiva tendência que está surgindo em nossa sociedade: o retorno à educação clássica como base para a formação pessoal.

Faço meus votos de que o instituto tenha muito sucesso e de que iniciativas como essa, se reproduzam por todo o país.

Um abraço,
Lucas Mafaldo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".