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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Projeto F-X2 - o caça brasileiro

Dois artigos do site DEFESANET sobre os caças que o Brasil quer comprar.


Defesa@Net 02 Novembro 2009
Estadão 02 Novembro 2009


Ellen Tauscher - Subsecretária de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional


''Seria uma pena não levar o melhor avião
e a melhor oportunidade''


De acordo com ela, venda dos caças F-18 ajudaria
aprofundamento das relações entre EUA e Brasil


Patrícia Campos Mello,
Correspondente Washington


O venda dos caças F-18 da Boeing à Força Aérea Brasileira aproximará os governos dos Estados Unidos e do Brasil e tornará a relação estratégica entre os dois países mais dinâmica e profunda. Esse foi o recado passado pela subsecretária de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional, Ellen Tauscher. "É uma grande oportunidade de aprofundar nosso relacionamento com o Brasil", disse Tauscher, que se reporta diretamente à secretária Hillary Clinton e esteve no Brasil em agosto para entregar ao governo brasileiro a carta da secretária.


"O mais importante desse acordo é nosso relacionamento com o povo brasileiro e o governo brasileiro", disse Tauscher, em entrevista ao Estado. Comentando a vantagem que os franceses, fabricantes dos caças Rafale da Dassault, teriam na disputa, Tauscher afirmou: "Não estamos confusos sobre o que oferecemos; ainda temos o melhor avião, a maior empresa aeroespacial do mundo e ainda somos os Estados Unidos da América; acreditamos que, no fim, esses são os parâmetros."


Segundo ela, a secretária de Estado, Hillary Clinton, o secretário de Defesa, Robert Gates, e o presidente americano, Barack Obama, estão pessoalmente empenhados nessa venda. "Francamente, seria uma pena (o Brasil) não levar o melhor avião e a melhor oportunidade."


Abaixo, trechos da entrevista concedida ao Estado.


Ellen Tauscher: subsecretária de Estado para
Controle de Armas e Segurança Internacional dos EUA


O governo brasileiro está finalizando o processo de escolha dos 36 caças que serão comprados pela Força Aérea. Por que o Brasil deveria comprar os F-18 fabricados pela Boeing?


Porque é o melhor avião, com a melhor tecnologia, transferência completa. O presidente Barack Obama está empenhado na venda e é uma oportunidade de aprofundar o relacionamento com o Brasil.


Quais são os próximos passos do ponto de vista dos EUA?


Nós esperamos ser escolhidos.


Mas o governo brasileiro já indicou várias vezes que os franceses têm vantagem....


Veja, não estamos confusos sobre o que oferecemos. Ainda temos o melhor avião, a maior empresa aeroespacial do mundo e ainda somos os Estados Unidos da América. Acreditamos que, no fim, esses são os parâmetros, e nós temos boa chance de ganhar.


O governo brasileiro tem preocupações em relação à transferência de tecnologia. O Brasil teve uma má experiência quatro anos atrás envolvendo a venda dos Super Tucanos para a Venezuela - os aviões da Embraer tinham tecnologia americana sensível e os EUA vetaram a venda. O governo americano pode garantir que isso não vai se repetir?


Esse é um novo governo e uma nova venda. Nós garantimos a transferência. Essa é uma oferta sem precedentes de transferência de tecnologia.


Por que é sem precedentes?


Porque inclui maior transferência do que estava previsto originalmente. Mas o mais importante desse acordo é nosso relacionamento com o povo brasileiro e o governo brasileiro. A Boeing é a maior empresa aeroespacial do mundo, há oportunidade de gerar empregos bem além da produção desses 36 jatos. Isso significa conectar a Embraer e o Brasil à maior rede de produção de aviões do mundo. Tivemos o secretário de Defesa, Robert Gates, a secretária Hillary Clinton e até o presidente Barack Obama empenhados. Isso vai aproximar os dois governos.


Os suecos (fabricantes do jato Gripen, da Saab) e os franceses melhoraram suas propostas, oferecendo mais contratos para o Brasil.


Aposto que eles fizeram, é difícil competir com os EUA.


Sim, mas então, há alguma coisa mais que vocês oferecem?


Os Estados unidos acreditam que esse é o início de uma relação muito importante em um grande mercado.


Existe alguma chance de o Congresso americano interferir na transferência de tecnologia?


Eles não podem interferir. O Congresso americano teria de passar uma lei para bloquear a transferência de tecnologia e, como o Executivo quer aprofundar o relacionamento com o Brasil, isso não vai acontecer.


Para o relacionamento estratégico entre o Brasil e os Estados Unidos, qual é o significado da venda dos caças?


Nós temos uma relação muito forte com o Brasil, compartilhamos valores e interesses. O sentido do acordo é assegurar que esse relacionamento se torne mais profundo e mais dinâmico.


Os EUA ficariam decepcionados se não ganhassem a concorrência?


Claro que sim. Mas sabemos que há várias razões para as pessoas tomarem decisões, que não são a qualidade do produto e os detalhes específicos do acordo. Nos méritos do acordo, nós temos o melhor avião, a melhor transferência e a melhor parceria estratégica. Nós vamos continuar amigos do Brasil se não ganharmos, mas, francamente, seria uma pena o Brasil não levar o melhor avião e a melhor oportunidade.



***


DEFESA@NET 17 Setembro 2009
Boeing 15 Setembro 2009


Encontro entre Boeing e indústria brasileira reafirma Super Hornet como solução de melhor valor


SÃO PAULO, 15 de Setembro, 2009 – A Boeing Company [NYSE: BA] iniciou hoje, em São Paulo, dois dias de conferências com 140 fornecedores e parceiros em potencial, reafirmando seu compromisso em cumprir plenamente, com seu Super Hornet, todos os requisitos brasileiros especificados na concorrência de caças F-X2.


“Estamos confiantes que a nossa oferta representa a solução de melhor valor para o Brasil, proporcionando a mais avançada tecnologia disponível, superior e comprovado sistema de apoio logístico e preço que é consideravelmente mais baixo que aquele apresentado pelo Rafale”, disse Bob Gower, vice-presidente da Boeing para o programa F/A-18E/F.


Foi dado aos concorrentes até 18 de setembro para melhorar suas ofertas, e a Boeing está examinando todas as alternativas.


Em agosto, a Boeing entregou à Força Aérea Brasileira uma proposta que incluía plena transferência de tecnologia. A proposta já contemplava a opção de co-produzir o Super Hornet no Brasil e o compartilhamento de tecnologia, o que permitiria ao Brasil integrar suas próprias armas.


O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, bem como o Departamento de Estado e o Congresso daquele país, deram plena autorização e apoio à venda do Super Hornet ao Brasil.


“O governo dos Estados Unidos aplicou medidas sem precedentes para dar apoio a essa oportunidade, tanto em termos de acelerar a velocidade normal do processo de aprovação, como ao apoiar os objetivos brasileiros quanto à autonomia nacional”, disse Gower.


Durante a conferência, líderes da gerência de fornecedores da Boeing se reunirão com representantes de empresas brasileiras para discutir as certificações e requisitos necessários ao empreendimento de negócios com a Boeing, e ainda obter melhor visão dos padrões e das complexidades peculiares à condução de negócios internacionais na indústria aeroespacial.


“O objetivo da Boeing é montar uma rede de fornecedores que representem o que há de melhor na indústria, e nós vislumbramos oportunidades promissoras no Brasil”, disse Ron Shelley, vice-presidente de Abastecimento Global e Gerência de Fornecedores da Boeing Integrated Defense Systems. “As oportunidades para as empresas do maior país da América Latina vão muito além da concorrência F-X2, estendendo-se para todas as áreas de negócios da Boeing”.


A Boeing conta com um índice de 100% de sucesso na condução de seus programas de cooperação industrial em quase 40 países. Ela já concluiu obrigações, dentro ou antes do prazo, que ultrapassam a marca de US$ 31 bilhões. Hoje em curso, a Boeing conta com mais de 45 programas industriais em mais de 17 países, cujos valores representam outros US$ 13 bilhões distribuídos entre mais de uma dúzia de produtos da Boeing.


Unidade pertencente à The Boeing Company, a Boeing Integrated Defense Systems é uma das maiores empresas do setor de defesa e espacial, especializando-se em soluções inovadoras e de realçada capacidade de acordo com as necessidades de seus clientes. Ademais, é o maior e mais versátil fabricante de aeronaves militares do mundo. Sediada em St. Louis, a Boeing Integrated Defense Systems detém negócios avaliados em US$ 32 bilhões, contando ainda com 70.000 funcionários distribuídos por todo o mundo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".