Aécio Neves acredita mesmo que é o candidato preferido da Oligarquia Financeira Transnacional para a sucessão de Lula, conforme lhe prometeram, anos atrás, em jantar no castelo dos banqueiros Rothschild, na Inglaterra (leia um pouco sobre a City de Londres aqui e aqui).
Só isto explica o fato de o governador tucano de Minas defender a recriação da CPMF para financiar a saúde a partir de 2008:
"O que eu posso dizer é que espero que possa haver agora a serenidade e tranqüilidade para que um entendimento entre o governo federal e o Senado da República possibilite a garantia do financiamento da saúde e o seu alargamento a partir do próximo ano, mesmo com uma noventena, um interregno, na cobrança".
Para recriar o tributo, o governo terá de cumprir a chamada noventena --carência de 90 dias para novos tributos.
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Porque PT e PSDB apenas fazem de conta que são um oposição do outro
Após a derrota na aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), oposição e governistas admitem a criação de um tributo para substituir o "imposto do cheque".
A idéia deve ser debatida durante a discussão da reforma tributária, segundo integrantes do PSDB e do PT.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Netto (AM), sugere que a CPMF seja recriada com um novo formato.
Já a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), reconheceu que a medida pode ser analisada na discussão da reforma tributária.
A idéia deve ser debatida durante a discussão da reforma tributária, segundo integrantes do PSDB e do PT.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Netto (AM), sugere que a CPMF seja recriada com um novo formato.
Já a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), reconheceu que a medida pode ser analisada na discussão da reforma tributária.
Os 74 impostos pagos no Brasil
Do portal ACLAME - ASSOCIAÇÃO DA CLASSE MÉDIA
* Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - Lei 10.893/2004
* Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.46 1/1968
* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação"
* Contribuição ao Funrural
* Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955
* Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
* Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial ( SENAC) - Lei 8.621/1946
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes ( SENAT) - Lei 8.706/1993
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
* Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP)
* Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
* Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
* Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
* Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
* Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002
* Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
* Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
* Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
* Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindic ato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)
* Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001
* Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
* Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
* Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.)
* Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
* Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
* Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - lei 5.070/1966 com novas disposições da lei 9.472/1997
* Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
* Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000
* Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002.
* Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
* Imposto sobre a Exportação (IE)
* Imposto sobre a Importação (II)
* Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
* Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
* Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
* Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
* Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
* Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
* Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI)
* Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
* INSS - Autônomos e Empresários
* INSS - Empregados
* INSS - Patronal
* IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
* Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
* Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
* Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - lei 10.870/2004
* Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981
* Taxa de Coleta de Lixo
* Taxa de Combate a Incêndios
* Taxa de Conservação e Limpeza Pública
* Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - lei 10.165/2000
* Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - lei 10.357/2001, art. 16
* Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
* Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - lei 7.940/1989
* Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
* Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - lei 10.834/2003
* Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 233/2004
* Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
* Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
* Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
* Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - lei 9960/2000
* Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da lei 9933/199 9
* Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
* Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.)
* Taxas de Saúde Suplementar - ANS - lei 9.961/2000, art. 18
* Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
* Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
* Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998
* Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - Lei 10.893/2004
* Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.46 1/1968
* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação"
* Contribuição ao Funrural
* Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955
* Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
* Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial ( SENAC) - Lei 8.621/1946
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes ( SENAT) - Lei 8.706/1993
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
* Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP)
* Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
* Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
* Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
* Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
* Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002
* Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
* Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
* Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
* Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindic ato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)
* Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001
* Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
* Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
* Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.)
* Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
* Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
* Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - lei 5.070/1966 com novas disposições da lei 9.472/1997
* Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
* Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000
* Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002.
* Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
* Imposto sobre a Exportação (IE)
* Imposto sobre a Importação (II)
* Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
* Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
* Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
* Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
* Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
* Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
* Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI)
* Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
* INSS - Autônomos e Empresários
* INSS - Empregados
* INSS - Patronal
* IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
* Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
* Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
* Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - lei 10.870/2004
* Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981
* Taxa de Coleta de Lixo
* Taxa de Combate a Incêndios
* Taxa de Conservação e Limpeza Pública
* Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - lei 10.165/2000
* Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - lei 10.357/2001, art. 16
* Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
* Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - lei 7.940/1989
* Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
* Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - lei 10.834/2003
* Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 233/2004
* Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
* Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
* Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
* Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - lei 9960/2000
* Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da lei 9933/199 9
* Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
* Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.)
* Taxas de Saúde Suplementar - ANS - lei 9.961/2000, art. 18
* Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
* Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
* Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998
Para refletir
"Em nosso primeiro mundo é assim: enquanto o educando não é socializado na escola, o bandido é ressocializado na cadeia."
Demóstenes Torres, senador DEM-GO
Demóstenes Torres, senador DEM-GO
Educandos e reeducandos no melhor dos mundos
Do BLOG DO NOBLAT
pelo senador DEMÓSTENES TORRES/DEM-GO
Trecho: "...documento do Bird qualifica de decepcionante a redução da pobreza no Brasil no período de 1985 a 2004. Para não dizer que foram duas décadas perdidas, o número de brasileiros que vive com menos de um dólar por dia caiu de 8% para 7% da população..."
Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)
Íntegra aqui.
pelo senador DEMÓSTENES TORRES/DEM-GO
Trecho: "...documento do Bird qualifica de decepcionante a redução da pobreza no Brasil no período de 1985 a 2004. Para não dizer que foram duas décadas perdidas, o número de brasileiros que vive com menos de um dólar por dia caiu de 8% para 7% da população..."
Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)
Íntegra aqui.
Bolsa estupro
Projeto de lei em tramitação no Congresso pretende combater o aborto em gestação resultante de estupro, com base no pagamento de um salário mínimo para a mulher durante 18 anos.
A idéia é, segundo o deputado Henrique Afonso (PT-AC), é "dar estímulo financeiro para a mulher ter o filho".
A proposta já foi maldosamente apelidada de “bolsa-estupro”.
Comentário do Cavaleiro do Templo: vejam vocês mais uma vez a estratégia revolucionária esquerdista em ação, desta vez com a intenção de fazer-nos perder o rumo lógico das coisas e não identificarmos quais são os reais interesses do PT. Análise rápida: o Ministro TEMPORÃO quer legalizar o aborto independente do motivo que a mulher alegar ao mesmo tempo que o PT quer dar dinheiro para uma mulher (que disser que foi) estuprada até os 18 anos da criança. Se tentarmos aplicar a lógica, não chegamos a lugar algum e ficamos doidos. É este o objetivo real do PT. Esconder seus objetivos, que são criar um clima GERAL na nação de animosidade entre as pessoas. O velho "dividir para conquistar". E é aí que temos que bater, na "má fé" deste partido. Outra: quantas mulheres que ficarem grávidas não vão aparecer na Delegacia alegar estupro se esta lei passar?
A idéia é, segundo o deputado Henrique Afonso (PT-AC), é "dar estímulo financeiro para a mulher ter o filho".
A proposta já foi maldosamente apelidada de “bolsa-estupro”.
Comentário do Cavaleiro do Templo: vejam vocês mais uma vez a estratégia revolucionária esquerdista em ação, desta vez com a intenção de fazer-nos perder o rumo lógico das coisas e não identificarmos quais são os reais interesses do PT. Análise rápida: o Ministro TEMPORÃO quer legalizar o aborto independente do motivo que a mulher alegar ao mesmo tempo que o PT quer dar dinheiro para uma mulher (que disser que foi) estuprada até os 18 anos da criança. Se tentarmos aplicar a lógica, não chegamos a lugar algum e ficamos doidos. É este o objetivo real do PT. Esconder seus objetivos, que são criar um clima GERAL na nação de animosidade entre as pessoas. O velho "dividir para conquistar". E é aí que temos que bater, na "má fé" deste partido. Outra: quantas mulheres que ficarem grávidas não vão aparecer na Delegacia alegar estupro se esta lei passar?
Guerra à vista
O sempre guerrilheiro Daniel Ortega acaba de colocar o exército nicaraguense em prontidão para uma guerra contra a Colômbia:
"No quisiéramos que este Ejército se viera enfrentado a ninguna acción bélica, pero debe estar preparado".
A Corte Internacional da Haia ditará amanhã um parecer preliminar sobre um litígio fronteiriço.
Colômbia e Nicarágua disputam a soberania do arquipélago de San Andres, Providencia e Santa Catalina, bem como algumas outras pequenas áreas insulares e marítimas.
Comentário do Cavaleiro do Templo: é o FORO DE SÃO PAULO querendo acabar com o único homem decente no mando de um país latRino americano, o GRANDE ÁLVARO URIBE, que conta com mais de 80% de aprovação da sua populaçao na Colômbia.
"No quisiéramos que este Ejército se viera enfrentado a ninguna acción bélica, pero debe estar preparado".
A Corte Internacional da Haia ditará amanhã um parecer preliminar sobre um litígio fronteiriço.
Colômbia e Nicarágua disputam a soberania do arquipélago de San Andres, Providencia e Santa Catalina, bem como algumas outras pequenas áreas insulares e marítimas.
Comentário do Cavaleiro do Templo: é o FORO DE SÃO PAULO querendo acabar com o único homem decente no mando de um país latRino americano, o GRANDE ÁLVARO URIBE, que conta com mais de 80% de aprovação da sua populaçao na Colômbia.
Quem vai fazer alguma coisa?
Guerrilheiros das Farc, expulsos da cidade fronteiriça colombiana de San Felipe, invadiram o território brasileiro e permanecem escondidos ao longo do Rio Negro, no Amazonas.
A denúncia é do comandante do Exército na região, general Antônio Mourão.
Segundo o militar, os guerrilheiros são de origem indígena e têm parentes no Brasil.
Perguntar não ofende: Forças Armadas Brasileiras não vão fazer nada diante disso?
A denúncia é do comandante do Exército na região, general Antônio Mourão.
Segundo o militar, os guerrilheiros são de origem indígena e têm parentes no Brasil.
Perguntar não ofende: Forças Armadas Brasileiras não vão fazer nada diante disso?
Mala do Chávez
A Corte Federal do Sul da Califórnia, nos EUA, acusa o venezuelano Hugo Chávez de ser o verdadeiro dono da mala apreendida com US$ 790 mil para contribuição da campanha eleitoral da esposa do então presidente argentino, Néstor Kirchner.
Depois que o dinheiro foi confiscado, no aeroporto Ezeiza, em Buenos Aires, em agosto deste ano, os norte-americanos descobriram que a PDVSA - a petroleira estatal venezuelana - pagaria todas as despesas e penalidades financeiras para que os homens da mala de Chávez não revelassem a verdadeira origem do dinheiro.
A acusação foi feita após a prisão, em Miami, de três venezuelanos e um uruguaio acusados de "conspirar como agentes" da Venezuela nos Estados Unidos.
Carlos Kauffman, Moisés Maionica, Franklin Durán e Rodolfo Wanseele foram indiciados por "combinar, conspirar, formar quadrilha e agir no país como agentes de um governo estrangeiro, sem notificação prévia ao Procurador-Geral dos EUA, como exige a lei".
Um quinto homem, o venezuelano Antonio José Canchica Gomez, que faz parte do grupo, continua sendo procurado pelo FBI, a polícia federal dos EUA.
Depois que o dinheiro foi confiscado, no aeroporto Ezeiza, em Buenos Aires, em agosto deste ano, os norte-americanos descobriram que a PDVSA - a petroleira estatal venezuelana - pagaria todas as despesas e penalidades financeiras para que os homens da mala de Chávez não revelassem a verdadeira origem do dinheiro.
A acusação foi feita após a prisão, em Miami, de três venezuelanos e um uruguaio acusados de "conspirar como agentes" da Venezuela nos Estados Unidos.
Carlos Kauffman, Moisés Maionica, Franklin Durán e Rodolfo Wanseele foram indiciados por "combinar, conspirar, formar quadrilha e agir no país como agentes de um governo estrangeiro, sem notificação prévia ao Procurador-Geral dos EUA, como exige a lei".
Um quinto homem, o venezuelano Antonio José Canchica Gomez, que faz parte do grupo, continua sendo procurado pelo FBI, a polícia federal dos EUA.
Recado supremo para o chefão
Os ministros do STF demonstraram indignação com a prática recorrente do desgoverno Lula de legislar por meio de medida provisória.
O ministro Celso de Mello reclama que há um "grave abuso" do governo ao agir dessa forma.
“Tenho demonstrado preocupação com excesso de medidas provisórias. Há um exercício abusivo do presidente da República de legislar mediante medida provisória”.
O ministro Celso de Mello reclama que há um "grave abuso" do governo ao agir dessa forma.
“Tenho demonstrado preocupação com excesso de medidas provisórias. Há um exercício abusivo do presidente da República de legislar mediante medida provisória”.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
As duas faces do apedeuta
Do super blog do meu "mano velho" Tarzan, o Lost in the e-Jungle
É assim: Hugo vive com a boca cheia de "CARAJO" e "MIERDA", Evo diz que Fidel é um humanitário e que Cuba vive sob a DEMOCRACIA e Lula... Basta ver abaixo mais algumas do pobre diabo...
É assim: Hugo vive com a boca cheia de "CARAJO" e "MIERDA", Evo diz que Fidel é um humanitário e que Cuba vive sob a DEMOCRACIA e Lula... Basta ver abaixo mais algumas do pobre diabo...
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
Estes três imundos do Espírito Santo votaram pela CONTINUIDADE DA CPMF. Vou postar os nomes de novo para que a gente boa do Estado não esquecer nunca mais:
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE
Acabou a CPMF e estes votaram pelo SIM. Não nos esqueçamos deles
Almeida Lima PMDB/SE
Aloizio Mercadante PT/SP
Antônio Carlos Valadares PSB/SE
Augusto Botelho PT/RR
Cristovam Buarque PDT/DF
Delcídio Amaral PT/MS
Edison Lobão PMDB/MA
Eduardo Suplicy PT/SP
Epitácio Cafeteira PTB/MA
Euclydes Mello PRB/AL
Fátima Cleide PT/RO
Flávio Arns PT/PR
Francisco Dornelles PP/RJ
Gerson Camata PMDB/ES
Gilvam Borges PMDB/AP
Gim Argello PTB/DF
Ideli Salvatti PT/SC
Inácio Arruda PC do B/CE
Jefferson Peres PDT/AM
João Durval PDT/BA
João Pedro PT/AM
João Ribeiro PR/TO
João Vicente Claudino PTB/PI
José Maranhão PMDB/PB
José Sarney PMDB/AP
Leomar Quintanilha PMDB/TO
Magno Malta PR/ES
Marcelo Crivella PRB/RJ
Neuto De Conto PMDB/SC
Osmar Dias PDT/PR
Patrícia Saboya PDT/CE
Paulo Duque PMDB/RJ
Paulo Paim PT/RS
Pedro Simon PMDB/RS
Renan Calheiros PMDB/AL
Renato Casagrande PSB/ES
Romero Jucá PMDB/RR
Roseana Sarney PMDB/MA
Sérgio Zambiasi PTB/RS
Serys Slhessarenko PT/MT
Sibá Machado PT/AC
Tião Viana PT/AC
Valdir Raupp PMDB/RO
Valter Pereira PMDB/MS
Wellington Salgado de Oliveira PMDB/MG
Mozarildo Cavalcanti PTB/RR AUSENTE
Comentário do Cavaleiro de Templo: não devemos esquecer dos nomes destes canalhas. Eles não devem mais ganhar nem para vereador. Quem vota no Espírito Santo, minha terra, não deve esquecer de MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE.
Aloizio Mercadante PT/SP
Antônio Carlos Valadares PSB/SE
Augusto Botelho PT/RR
Cristovam Buarque PDT/DF
Delcídio Amaral PT/MS
Edison Lobão PMDB/MA
Eduardo Suplicy PT/SP
Epitácio Cafeteira PTB/MA
Euclydes Mello PRB/AL
Fátima Cleide PT/RO
Flávio Arns PT/PR
Francisco Dornelles PP/RJ
Gerson Camata PMDB/ES
Gilvam Borges PMDB/AP
Gim Argello PTB/DF
Ideli Salvatti PT/SC
Inácio Arruda PC do B/CE
Jefferson Peres PDT/AM
João Durval PDT/BA
João Pedro PT/AM
João Ribeiro PR/TO
João Vicente Claudino PTB/PI
José Maranhão PMDB/PB
José Sarney PMDB/AP
Leomar Quintanilha PMDB/TO
Magno Malta PR/ES
Marcelo Crivella PRB/RJ
Neuto De Conto PMDB/SC
Osmar Dias PDT/PR
Patrícia Saboya PDT/CE
Paulo Duque PMDB/RJ
Paulo Paim PT/RS
Pedro Simon PMDB/RS
Renan Calheiros PMDB/AL
Renato Casagrande PSB/ES
Romero Jucá PMDB/RR
Roseana Sarney PMDB/MA
Sérgio Zambiasi PTB/RS
Serys Slhessarenko PT/MT
Sibá Machado PT/AC
Tião Viana PT/AC
Valdir Raupp PMDB/RO
Valter Pereira PMDB/MS
Wellington Salgado de Oliveira PMDB/MG
Mozarildo Cavalcanti PTB/RR AUSENTE
Comentário do Cavaleiro de Templo: não devemos esquecer dos nomes destes canalhas. Eles não devem mais ganhar nem para vereador. Quem vota no Espírito Santo, minha terra, não deve esquecer de MAGNO MALTA, GERSON CAMATA e RENATO CASAGRANDE.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul
Antes o FORO DE SÃO PAULO não existia...
Depois, ele existia sim mas era um clubinho da esquerda onde se batia papo e tomavam umas e outras, coisa de amigo... (trecho: "...O PT afirma que as reuniões são apenas foros de debate, não um sistema de coordenação política internacional. Porém, nas declarações emitidas ao fim de cada encontro, são apresentadas inúmeras resoluções, ou seja, decisões de caráter deliberativo, assinadas por todos os membros participantes...").
Em seguida, virou um grupo de presidentes de repúblicas que decidiam ações em seus países à revelia da população, segundo o LULA em 2005, JÁ PRESIDENTE DA REPÚBLICA... (trecho: "...sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política...").
Agora que "tá tudo domindado", pode-se falar quase abertamente o que ele é como fez o LULA no Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul...
O "quase" ali de cima deve-se a ainda não terem dito que as FARC, o MIR, o ELN e outros GRUPOS CRIMINOSOS fazem parte do FORO DE SÃO PAULO... (trecho retirado do site das FARC, clica no nome FARC acima e veja na íntergra: "... Es en ese preciso momento que el PT lanza la formidable propuesta de crear el Foro de Sao Paulo, trinchera donde nos pudiéramos encontrar los revolucionarios de diferentes tendencias, de diferentes manifestaciones de lucha y de partidos en el gobierno, concretamente el caso cubano...").
Depois, ele existia sim mas era um clubinho da esquerda onde se batia papo e tomavam umas e outras, coisa de amigo... (trecho: "...O PT afirma que as reuniões são apenas foros de debate, não um sistema de coordenação política internacional. Porém, nas declarações emitidas ao fim de cada encontro, são apresentadas inúmeras resoluções, ou seja, decisões de caráter deliberativo, assinadas por todos os membros participantes...").
Em seguida, virou um grupo de presidentes de repúblicas que decidiam ações em seus países à revelia da população, segundo o LULA em 2005, JÁ PRESIDENTE DA REPÚBLICA... (trecho: "...sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política...").
Agora que "tá tudo domindado", pode-se falar quase abertamente o que ele é como fez o LULA no Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul...
O "quase" ali de cima deve-se a ainda não terem dito que as FARC, o MIR, o ELN e outros GRUPOS CRIMINOSOS fazem parte do FORO DE SÃO PAULO... (trecho retirado do site das FARC, clica no nome FARC acima e veja na íntergra: "... Es en ese preciso momento que el PT lanza la formidable propuesta de crear el Foro de Sao Paulo, trinchera donde nos pudiéramos encontrar los revolucionarios de diferentes tendencias, de diferentes manifestaciones de lucha y de partidos en el gobierno, concretamente el caso cubano...").
VOCÊ JÁ IMAGINOU A ZONA QUE O PT FARIA SE NO GOVERNO DO FHC...
A epidemia de dengue fosse incontrolável como agora? E a febre aftosa?
Se faltasse gás?
Se os lucros dos bancos fossem tão vultosos como agora?
Se houvessem tantos acidentes aéreos?
Se houvesse o caos aéreo?
Se o FHC se rebaixasse para o ditador Chaves e para Cocaleiro Morales?
Se o FHC comprasse um avião tão luxuoso?
Se todos os "amigos" do FHC fossem corruptos?
Se o FHC "perdoasse" a dívida de tantos "amiguinhos"?
Se o FHC tivesse um filhinho tão espertinho?
Se as despesas do palácio aumentassem tanto?
Se alguma ministra de FHC nos mandasse relaxar e gozar?
Se a primeira dama não fizesse porra nenhuma mas tivesse cartão de crédito ilimitado?
Se o FHC aparelhasse o estado com milhares de empregos para os "companheiro"?
Se algum aspone do presidente nos mandasse tomar no ... quando caísse algum avião?
Se o FHC declarasse sempre que não sabia de nada?
Se o FHC fosse amiguinho do presidente mais corrupto que o senado já teve?
Se o leite contivesse soda cáustica?
Se algum ministro do FHC declarasse que soda cáustica no leite não faz nenhum mal?
Se um Senador da República, por negociação direta do FHC, fosse absolvido da cassação, por falta de decoro parlamentar em troca do seu partido votar a favor da CPMF?
O que o PT diria? Aonde anda o PT? Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
"Petista é como pardal: Tem em todo lugar, não serve pra nada, é feio, não canta e ainda caga no país inteiro".
Autores conhecidos - (brasileiros arrependidos)
Se faltasse gás?
Se os lucros dos bancos fossem tão vultosos como agora?
Se houvessem tantos acidentes aéreos?
Se houvesse o caos aéreo?
Se o FHC se rebaixasse para o ditador Chaves e para Cocaleiro Morales?
Se o FHC comprasse um avião tão luxuoso?
Se todos os "amigos" do FHC fossem corruptos?
Se o FHC "perdoasse" a dívida de tantos "amiguinhos"?
Se o FHC tivesse um filhinho tão espertinho?
Se as despesas do palácio aumentassem tanto?
Se alguma ministra de FHC nos mandasse relaxar e gozar?
Se a primeira dama não fizesse porra nenhuma mas tivesse cartão de crédito ilimitado?
Se o FHC aparelhasse o estado com milhares de empregos para os "companheiro"?
Se algum aspone do presidente nos mandasse tomar no ... quando caísse algum avião?
Se o FHC declarasse sempre que não sabia de nada?
Se o FHC fosse amiguinho do presidente mais corrupto que o senado já teve?
Se o leite contivesse soda cáustica?
Se algum ministro do FHC declarasse que soda cáustica no leite não faz nenhum mal?
Se um Senador da República, por negociação direta do FHC, fosse absolvido da cassação, por falta de decoro parlamentar em troca do seu partido votar a favor da CPMF?
O que o PT diria? Aonde anda o PT? Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
"Petista é como pardal: Tem em todo lugar, não serve pra nada, é feio, não canta e ainda caga no país inteiro".
Autores conhecidos - (brasileiros arrependidos)
Prefeitura PETISTA quer destruir área verde
Pois é...
Quem tiver alguma notícia sobre as atividades e atitudes de políticos em qualquer canto deste país, mande para mim que eu publico. Vou abrir este espaço com uma notícia que vem do Espírito Santo, minha terra. De nosso "querido" prefeito, aquele que prometeu enquanto candidato um metrô de superfície e até agora...
Todos sabemos ser normal em políticos identificadas com FIDEL CASTRO a destruição de qualquer coisa que não tenha a ver com a "causa" Socialista, o sistema que matou mais de CEM MILHÕES DE PESSOAS segundo a própria mãe da besta, a antiga União Soviética (através de seus arquivos, abertos ao público). O que será que o prefeito de Vitória acha disto? O partido dele deseja implantar a ferro e fogo (ou a foice e martelo) a esquizofrenia chamada SOCIALISMO PETISTA.
A notícia que vem de um bairro chamado FRADINHOS em Vitórias/ES, bairro conhecido pela população da cidade como O PULMÃO DA CIDADE. A PREFEITURA PETISTA, ocupada pelo Sr. JOÃO COSER/PT, quer acabar com uma área verde que é ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL instalando no local mais de CEM CASAS.
Estes "novos moradores" viriam de outros bairros. Os moradores de Fradinhos não foram SEQUER AVISADOS DA I-N-T-E-N-Ç-Ã-O DA PREFEITURA que, já a dois anos, está envolvida neste projeto de degradação de área protegida por Lei. O engraçado é que os "novos moradores", aqueles que viriam de outros bairros, sabiam do projeto desde sempre.
Como os moradores de Fradinhos vieram a saber do projeto (já na época com dois anos de vida): uma pessoa que não mora no bairro comentou com um morador de Fradinhos que já tinha feito a inscrição para a sua nova casa em Fradinhos.
Acontece que o bairro tem uma associação, a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE FRADINHOS, que também nada sabia sobre o assunto. Ela afirma com todas as letras com todas as letras o seguinte:
"- NÃO QUEREMOS CASAS DE RICAÇOS, DE CLASSE MÉDIA OU POPULARES EM NOSSAS ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. NÃO QUEREMOS PARQUES, CAMPOS DE FUTEBOL, QUADRAS, NADA!!!
- QUEREMOS MAIS ÁRVORES, ANIMAIS SILVESTRES E CÓRREGOS, QUEREMOS QUE NOSSO BAIRRO VOLTE A SER COMO ERA A 30 ANOS ATRÁS!!!
- POR FIM NÃO ACEITAREMOS ESTA CONVULSÃO SOCIAL QUE ESTÁ SENDO ELABORADA SEM NOSSO CONHECIMENTO PELA PREFEITURA, CONVULSÃO ESTA CAUSADA POR CENTENAS DE NOVOS MORADORES ONDE HOJE EXISTE MENOS DE 1200!!!"
A décadas exista uma briga com os diversos prefeitos pois os moradores querem esta área protegida e cuidada. Briga em vão. Cabe aqui uma observação: prefeitos de outros partidos também não ajudaram muito não.
Além disto, como se não bastasse, o que vocês acham que aconteceria com um bairro sem saída, rodeado por florestas nativas cheias de animais silvestres, tendo a sua população praticamente DUPLICADA da noite para o dia??? CONVULSÃO SOCIAL é a resposta! Experimentem pensar nisto: duplicar a população de seu bairro da noite para o dia. Quem quereria isto?
Para terminar, vamos dar mais uma amostra do que eles são capazes de fazer: os representantes da ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE FRADINHOS tiveram algumas reuniões com os petistas da Prefeitura. Estes, não satisfeitos com abaixo-assinado CONTRA O PROJETO com mais de 600 assinaturas, atas de reuniões com os moradores CONFIRMANDO A MESMA DECISÃO, QUAL SEJA O NÃO AO PROJETO, eles, mesmo assim, querem uma reunião pois "não acreditam que os nossos representantes ELEITOS representem a decisão da comunidade de Fradinhos". Ou seja, chamaram a TODOS DE MENTIROSOS. Muito acertadamente (para não dar aos petistas a desculpa que queriam, qual seja que os ricos não querem pobres em seu bairro), a diretoria aceitou a tal reunião para dentro do bairro darem todos, diretoria e comunidade a MESMA RESPOSTA, o NÃO.
Comentário do Cavaleiro do Templo: eu exigiria retratação pública por parte dos petistas. Como é que é isso de chamar os representantes eleitos de mentirosos, de estarem agindo em causa própria E contrária aos anseios do bairro, seus ELEITORES? Mais uma vez fica confirmado o "chame-os do que você é, acuse-os do que você faz", bandeirola de todo esquerdista. Porque afinal, quem mentiu para quem com tamanha ocultação?
Quem tiver alguma notícia sobre as atividades e atitudes de políticos em qualquer canto deste país, mande para mim que eu publico. Vou abrir este espaço com uma notícia que vem do Espírito Santo, minha terra. De nosso "querido" prefeito, aquele que prometeu enquanto candidato um metrô de superfície e até agora...
Todos sabemos ser normal em políticos identificadas com FIDEL CASTRO a destruição de qualquer coisa que não tenha a ver com a "causa" Socialista, o sistema que matou mais de CEM MILHÕES DE PESSOAS segundo a própria mãe da besta, a antiga União Soviética (através de seus arquivos, abertos ao público). O que será que o prefeito de Vitória acha disto? O partido dele deseja implantar a ferro e fogo (ou a foice e martelo) a esquizofrenia chamada SOCIALISMO PETISTA.
A notícia que vem de um bairro chamado FRADINHOS em Vitórias/ES, bairro conhecido pela população da cidade como O PULMÃO DA CIDADE. A PREFEITURA PETISTA, ocupada pelo Sr. JOÃO COSER/PT, quer acabar com uma área verde que é ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL instalando no local mais de CEM CASAS.
Estes "novos moradores" viriam de outros bairros. Os moradores de Fradinhos não foram SEQUER AVISADOS DA I-N-T-E-N-Ç-Ã-O DA PREFEITURA que, já a dois anos, está envolvida neste projeto de degradação de área protegida por Lei. O engraçado é que os "novos moradores", aqueles que viriam de outros bairros, sabiam do projeto desde sempre.
Como os moradores de Fradinhos vieram a saber do projeto (já na época com dois anos de vida): uma pessoa que não mora no bairro comentou com um morador de Fradinhos que já tinha feito a inscrição para a sua nova casa em Fradinhos.
Acontece que o bairro tem uma associação, a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE FRADINHOS, que também nada sabia sobre o assunto. Ela afirma com todas as letras com todas as letras o seguinte:
"- NÃO QUEREMOS CASAS DE RICAÇOS, DE CLASSE MÉDIA OU POPULARES EM NOSSAS ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. NÃO QUEREMOS PARQUES, CAMPOS DE FUTEBOL, QUADRAS, NADA!!!
- QUEREMOS MAIS ÁRVORES, ANIMAIS SILVESTRES E CÓRREGOS, QUEREMOS QUE NOSSO BAIRRO VOLTE A SER COMO ERA A 30 ANOS ATRÁS!!!
- POR FIM NÃO ACEITAREMOS ESTA CONVULSÃO SOCIAL QUE ESTÁ SENDO ELABORADA SEM NOSSO CONHECIMENTO PELA PREFEITURA, CONVULSÃO ESTA CAUSADA POR CENTENAS DE NOVOS MORADORES ONDE HOJE EXISTE MENOS DE 1200!!!"
A décadas exista uma briga com os diversos prefeitos pois os moradores querem esta área protegida e cuidada. Briga em vão. Cabe aqui uma observação: prefeitos de outros partidos também não ajudaram muito não.
Além disto, como se não bastasse, o que vocês acham que aconteceria com um bairro sem saída, rodeado por florestas nativas cheias de animais silvestres, tendo a sua população praticamente DUPLICADA da noite para o dia??? CONVULSÃO SOCIAL é a resposta! Experimentem pensar nisto: duplicar a população de seu bairro da noite para o dia. Quem quereria isto?
Para terminar, vamos dar mais uma amostra do que eles são capazes de fazer: os representantes da ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE FRADINHOS tiveram algumas reuniões com os petistas da Prefeitura. Estes, não satisfeitos com abaixo-assinado CONTRA O PROJETO com mais de 600 assinaturas, atas de reuniões com os moradores CONFIRMANDO A MESMA DECISÃO, QUAL SEJA O NÃO AO PROJETO, eles, mesmo assim, querem uma reunião pois "não acreditam que os nossos representantes ELEITOS representem a decisão da comunidade de Fradinhos". Ou seja, chamaram a TODOS DE MENTIROSOS. Muito acertadamente (para não dar aos petistas a desculpa que queriam, qual seja que os ricos não querem pobres em seu bairro), a diretoria aceitou a tal reunião para dentro do bairro darem todos, diretoria e comunidade a MESMA RESPOSTA, o NÃO.
Comentário do Cavaleiro do Templo: eu exigiria retratação pública por parte dos petistas. Como é que é isso de chamar os representantes eleitos de mentirosos, de estarem agindo em causa própria E contrária aos anseios do bairro, seus ELEITORES? Mais uma vez fica confirmado o "chame-os do que você é, acuse-os do que você faz", bandeirola de todo esquerdista. Porque afinal, quem mentiu para quem com tamanha ocultação?
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
A Infelicidade do Século
Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por J. O. de Meira Penna em o6 de novembro de 2007
Com o título Lê Malheur du Siècle, publicou Alain Besançon, em 1998, uma das melhores análises do totalitarismo de “esquerda” e de “direita” já empreendida em nossa época. Professor do Institut de France e considerado o maior especialista francês em Marxismo e Kremlinologia, é Besançon o autor de um grande número de livros dedicados a exorcizar o fantasma da ideologia que tamanho fascínio exerceu sobre o mundo do século XX – uma atração fatal que teve como resultado, em âmbito global, a morte de cerca de duzentos milhões de seres humanos. Publicado em português pela Bertrand, o pequeno livro vem curiosamente acompanhado de “orelhas” com uma crítica à própria tese da obra por parte de seu tradutor. Entretanto, seguindo na trilha de um trabalho anterior, La Falsification du Bien (1985) no qual se dedicou especificamente ao estudo comparativo do pensamento de George Orwell e do grande filósofo russo do século XIX, Vladimir Soloviev – Besançon insiste em duas teses principais.
A primeira é que esses “gêmeos heterozigotos”, o nazismo e o comunismo, se caracterizaram pelo empenho que ambos demonstraram em criar uma aparência de defesa de belos ideais de patriotismo, progresso, justiça e liberdade a fim de esconder sua natureza essencialmente perversa, cruel e opressora. O Bem foi assim “falsificado” como acentua o autor. Criou-se uma cultura da Desinformação e da Mentira, no sentido do aforismo de Kafka que “a mentira se tornou a Ordem Universal”. Orwell satirizou magnificamente o fenômeno com sua noção de “duplo-pensar” ou “novilíngua”... “A paz é a guerra”, “a mentira é a verdade”, “a tirania é a liberdade”, “a polícia é o Departamento do Amor”, essim por diante.
Em nosso país estamos assistindo a um modelo quase perfeito do processo pelo qual os dezeseis mil candidatos às próximas eleições [2002], sendo seis para a Presidência da República, mentem, desmentem e falsificam a Verdade, proclamando ideais exatamente opostos aos que cultivam e às suas verdadeiras intenções na conquista do poder. Em outras palavras, quanto mais falam em desenvolvimento e “justiça social”, tanto mais se esforçam em preservar um regime injusto que, inevitavelmente, mantém na pobreza as massas excluídas do suntuoso banquete patrimonialista da Riqueza Pública de que se locupletam os milhões de políticos, burocratas, amigos e familiares. A retórica é progressista, o desígnio secreto é o atraso. Eis em suma o que chama Besançon de “falsificação do Bem”. Como explica o autor, “os dois totalitarismos se colocam como objetivo chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que a ela se opõem. Pretendem ser filantrópicos, cultivando um ideal que suscitou adesões entusiásticas e atos heróicos. Mas o que os aproxima é que ambos se dão o direito – e mesmo o dever – de matar, e o fazem com métodos semelhantes e em escala absolutamente inédita na história”.
A segunda tese de Besançon é que a memória histórica não os tratou de forma igual. Enquanto o nazismo foi destruído e se tornou objeto de uma execração universal, que não diminui com o tempo - o comunismo ao contrário, “em que pese inclusive sua queda, se beneficia de uma amnésia e anistia que se valem do consentimento quase unânime, não apenas de seus partidários, pois eles ainda existem, como também de seus inimigos mais determinados e até mesmo de suas vítimas”. Quando o caixão de Drácula se abre, como por exemplo pela publicação de O Livro Negro do Comunismo, o escândalo dura pouco e o caixão se fecha, sem que sejam as cifras seriamente contestada. A diferenciação no tratamento dos dois fenômenos criminosos é realmente admirável. Há poucos dias recebi, por exemplo, uma publicação dos Jesuítas de Brasília que dirigem a CNB do PT. Eles descrevem em termos candentes o bombardeio de Hiroshima com o intuito evidente de denunciar “a crueldade do capitalismo americano”. Nenhuma palavra faz referência aos cinco milhões de chineses que foram mortos durante a invasão nipônica, nem tampouco que num único episódio, o massacre de Nanking em fevereiro de 1938, o exército japonês foi responsável pelo dobro de vítimas sofridas nas duas cidades atomizadas em 1945. Nenhuma referência é feita tampouco às centenas de milhares de cristãos assassinados pelos comunistas na China e no Vietnam, depois da subida ao poder dos respectivos “governos populares”. Vide, sobre esse último caso, o livro de Robert Royal “Mártires Católicos do Século XX” (Lisboa 2001). Acontece que principiei a carreira na China, 1941, sendo testemunho direto da brutalidade dos invasores que, não fosse a bomba de Hiroshima, teriam ido ao suicídio coletivo, com ele carregando talvez um milhão de soldados aliados.
Publicado no Jornal da Tarde, 19 de agosto de 2002.
Nota endireitar.org:
O Historiador Carlos I. S. Azambuja resumiu alguns capítulos do livro, confira:
A destruição física no Comunismo e no Nazismo
A destruição do político pelo Nazismo e Comunismo
Escrito por J. O. de Meira Penna em o6 de novembro de 2007
Com o título Lê Malheur du Siècle, publicou Alain Besançon, em 1998, uma das melhores análises do totalitarismo de “esquerda” e de “direita” já empreendida em nossa época. Professor do Institut de France e considerado o maior especialista francês em Marxismo e Kremlinologia, é Besançon o autor de um grande número de livros dedicados a exorcizar o fantasma da ideologia que tamanho fascínio exerceu sobre o mundo do século XX – uma atração fatal que teve como resultado, em âmbito global, a morte de cerca de duzentos milhões de seres humanos. Publicado em português pela Bertrand, o pequeno livro vem curiosamente acompanhado de “orelhas” com uma crítica à própria tese da obra por parte de seu tradutor. Entretanto, seguindo na trilha de um trabalho anterior, La Falsification du Bien (1985) no qual se dedicou especificamente ao estudo comparativo do pensamento de George Orwell e do grande filósofo russo do século XIX, Vladimir Soloviev – Besançon insiste em duas teses principais.
A primeira é que esses “gêmeos heterozigotos”, o nazismo e o comunismo, se caracterizaram pelo empenho que ambos demonstraram em criar uma aparência de defesa de belos ideais de patriotismo, progresso, justiça e liberdade a fim de esconder sua natureza essencialmente perversa, cruel e opressora. O Bem foi assim “falsificado” como acentua o autor. Criou-se uma cultura da Desinformação e da Mentira, no sentido do aforismo de Kafka que “a mentira se tornou a Ordem Universal”. Orwell satirizou magnificamente o fenômeno com sua noção de “duplo-pensar” ou “novilíngua”... “A paz é a guerra”, “a mentira é a verdade”, “a tirania é a liberdade”, “a polícia é o Departamento do Amor”, essim por diante.
Em nosso país estamos assistindo a um modelo quase perfeito do processo pelo qual os dezeseis mil candidatos às próximas eleições [2002], sendo seis para a Presidência da República, mentem, desmentem e falsificam a Verdade, proclamando ideais exatamente opostos aos que cultivam e às suas verdadeiras intenções na conquista do poder. Em outras palavras, quanto mais falam em desenvolvimento e “justiça social”, tanto mais se esforçam em preservar um regime injusto que, inevitavelmente, mantém na pobreza as massas excluídas do suntuoso banquete patrimonialista da Riqueza Pública de que se locupletam os milhões de políticos, burocratas, amigos e familiares. A retórica é progressista, o desígnio secreto é o atraso. Eis em suma o que chama Besançon de “falsificação do Bem”. Como explica o autor, “os dois totalitarismos se colocam como objetivo chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que a ela se opõem. Pretendem ser filantrópicos, cultivando um ideal que suscitou adesões entusiásticas e atos heróicos. Mas o que os aproxima é que ambos se dão o direito – e mesmo o dever – de matar, e o fazem com métodos semelhantes e em escala absolutamente inédita na história”.
A segunda tese de Besançon é que a memória histórica não os tratou de forma igual. Enquanto o nazismo foi destruído e se tornou objeto de uma execração universal, que não diminui com o tempo - o comunismo ao contrário, “em que pese inclusive sua queda, se beneficia de uma amnésia e anistia que se valem do consentimento quase unânime, não apenas de seus partidários, pois eles ainda existem, como também de seus inimigos mais determinados e até mesmo de suas vítimas”. Quando o caixão de Drácula se abre, como por exemplo pela publicação de O Livro Negro do Comunismo, o escândalo dura pouco e o caixão se fecha, sem que sejam as cifras seriamente contestada. A diferenciação no tratamento dos dois fenômenos criminosos é realmente admirável. Há poucos dias recebi, por exemplo, uma publicação dos Jesuítas de Brasília que dirigem a CNB do PT. Eles descrevem em termos candentes o bombardeio de Hiroshima com o intuito evidente de denunciar “a crueldade do capitalismo americano”. Nenhuma palavra faz referência aos cinco milhões de chineses que foram mortos durante a invasão nipônica, nem tampouco que num único episódio, o massacre de Nanking em fevereiro de 1938, o exército japonês foi responsável pelo dobro de vítimas sofridas nas duas cidades atomizadas em 1945. Nenhuma referência é feita tampouco às centenas de milhares de cristãos assassinados pelos comunistas na China e no Vietnam, depois da subida ao poder dos respectivos “governos populares”. Vide, sobre esse último caso, o livro de Robert Royal “Mártires Católicos do Século XX” (Lisboa 2001). Acontece que principiei a carreira na China, 1941, sendo testemunho direto da brutalidade dos invasores que, não fosse a bomba de Hiroshima, teriam ido ao suicídio coletivo, com ele carregando talvez um milhão de soldados aliados.
Publicado no Jornal da Tarde, 19 de agosto de 2002.
Nota endireitar.org:
O Historiador Carlos I. S. Azambuja resumiu alguns capítulos do livro, confira:
A destruição física no Comunismo e no Nazismo
A destruição do político pelo Nazismo e Comunismo
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Lançamento do Projeto Aristoi
Temos o prazer de comunicar o lançamento do Projeto Aristoi: pretendemos organizar o esforço de traduzir e publicar dezenas de livros importantes sobre conservadorismo e educação liberal.
Nosso novo site já está no ar. Visitem e nos envie sua opinião: www.projetoaristoi.com. Nas próximas semanas, adicionaremos mais conteúdo e daremos mais detalhes sobre o andamento dos nossos esforços.
Pedimos que todos os interessados divulguem o site entre seus amigos e considerem a possibilidade de nos ajudar de algum modo.
O que iremos fazer
Nosso objetivo é traduzir e publicar dezenas de livros sobre educação liberal e conservadorismo; um material que há décadas circula pelo primeiro mundo e, do qual, apenas fração chegou ao público brasileiro.
O que precisa ser feito
Nosso projeto tem quatro etapas principais: aquisição dos direitos autorais, tradução, diagramação, impressão e distribuição. A aquisição dos direitos autorais precisa ser negociada diretamente com os detentores. A tradução precisa ser feita por pessoas competentes o suficiente para produzir um trabalho de qualidade. A impressão e a distribuição podem ser terceirizadas, mas correspondem às partes mais onerosas do projeto.
Como será feito
Nós cuidaremos da negociação dos direitos autorais. A tradução será feita com uma combinação de trabalhadores voluntários e profissionais contratados. Como é importante garantir a qualidade da tradução, nenhum texto ficará exclusivamente sob a responsabilidade de um amador. Tradutores voluntários podem traduzir artigos mais curtos e simples, mas serão supervisionados por alguém com mais experiência.
Quando o conteúdo do livro estiver pronto, faremos uma pesquisa para encontrar a maneira mais barata de imprimir o livro. A distribuição pode ser feita pelo próprio site do Aristoi, mas estudaremos outras alternativas.
Como será levantado o dinheiro para o projeto
Nosso plano inicial era criar um site por assinatura para financiar este projeto. Isto ainda está em nossos planos, mas depois de analisar a idéia com cuidado, vimos que isso não seria viável a curto prazo. Por isso, a idéia foi adiada, mas não abandonada.
Por enquanto, vamos recorrer a doações na fase inicial do projeto e, depois, a parcerias e incentivos fiscais na etapa final. Nós utilizaremos as doações para adquirir os direitos autorais e pagar os revisores das traduções. Quando estivermos com esta etapa adiantada, nós daremos entrada nos órgãos de incentivo a cultura e procuraremos empresários para investir no projeto.
O motivo desta divisão é que na etapa inicial é muito difícil conseguir financiamento por estes órgãos e ela é relativamente pouco onerosa. A etapa mais cara é a da impressão, mas, por outro lado, com o conteúdo pronto ficará mais fácil encontrar empresários que queiram nos ajudar.
O que você pode fazer para nos ajudar
Caso você também perceba a importância do nosso projeto, considere a possibilidade de fazer uma doação para o colocarmos em prática. Somos um grupo de pessoas dedicadas e bem-intencionadas, mas de recursos limitados. Esperemos poder contar com sua ajuda.
A ajuda mais imediata que você pode nos dar é realizar uma doação através dos botões ao lado. Esse dinheiro será diretamente utilizado para adquirir os direitos autorais dos livros que iremos traduzir. Antes de termos fechado o contrato pelos direitos, fica arriscado começarmos a tradução, pois se não conseguirmos negociá-los posteriormente, teremos perdido muito tempo caminhando na direção errada.
Ao lado, você tem a possibilidade de utilizar o PagSeguro e o PayPal; respectivamente, os serviços nacional e estrangeiro mais respeitados do mercado.
Qualquer contribuição nos ajudará a avançar a causa da educação liberal e do conservadorismo em nosso país.
Outras maneiras de ajudar
Além das contribuições financeiras, há muitas maneiras importantes de ajudar o nosso projeto. A mais importante certamente é divulgar este site entre seus amigos e conhecidos. Para difundirmos a educação liberal, precisamos levar estas idéias a outras pessoas - e precisamos de sua ajuda para fazer essa divulgação.
Encaminhe nosso link para seus conhecidos. Inscreva-se e incentive os outros a se inscreverem em nossa newsletter. Em apenas um clique e um segundo, você receberá um boletim mensal com as principais novidades do nosso site e do nosso projeto.
Os livros que serão traduzidos
Aqui está apenas uma pequena seleção dos primeiros livros que pretendemos publicar. Esta lista não está fechada, assim como estamos abertos a sugestões. Ela servirá apenas como um guia inicial.
Russell Kirk - A mente conservadora: de Burke à Eliot
Thomas Woods - Como a Igreja Católica construiu o Ocidente
Richard Weaver - As idéias têm conseqüências
Ludwig von Mises - Teoria e História
Mortimer J. Adler - vários títulos
Pr. James V. Schall - vários títulos
Jacques Barzun - vários títulos
Notas finais
Caso queira discutir este projeto conosco, entre em contato através do formulário dessa página: http://www.projetoaristoi.com/contato.asp
Para manter-se atualizado do que estamos fazendo, assine nosso boletim no menu à direita.
Para nos ajudar, faça uma doação através dos botões que se encontram igualmente no menu à direita.
Um grande abraço, Lucas Mafaldo Diretor do Aristoi - Educação Clássica
Hegel, Marx, Hitler e o Totalitarismo
Do blog MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Wellington Moraes em 10 de dezembro de 2007
O texto a seguir é um resumo das páginas 33 a 39 do livro "Análise de Temas Sociais - Volume III", escrito por Mário Ferreira dos Santos, LOGOS, São Paulo, 1962.
"Existe apenas uma espécie de revolução possível, e ela não é nem econômica, nem política, nem social, mas racial, e será sempre a mesma coisa: a luta entre as classes inferiores e as raças superiores que estão no poder. ... Todas as revoluções – e eu estudei com dedicação e cuidado – foram raciais...” (Hitler, diálogo entre Hitler e Otto Strasser)
"A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas da classes" (Marx e Engels)
O nacionalismo, que animou os pequenos estados alemães a erguerem-se contra Napoleão e seus libertadores, teve um surto que, posteriormente, pela ação inegável de muitos autores, que serviram aos interesses de políticos ambiciosos, gestou os fundamentos do nacionalismo alemão, que teria de desembocar, fatalmente, no nazismo como síntese de socialismo e nacionalismo, do nacional-socialismo alemão.
Uma das personalidades a quem cabe a maior culpa, ou pelo menos a quem mais se atira a culpa desse nacionalismo, foi Hegel, o inspirador simultâneo do nazismo e do marxismo, dois filhos da sua doutrina, opostos, adversários, mas analogados em muitos aspectos como ainda veremos.
Hegel tornou o Estado a expressão da Divina Idéia concrecionada na Terra. É a marcha de Deus através do mundo, um organismo com consciência e pensamento, seus atributos essenciais, cuja realidade é necessária, e que existe por si e para si. Nunca se endeusou tanto o Estado, também nunca se endeusou tanto um filósofo, como o foi Hegel pelos autoritários prussianos e pelos filósofos alemães de então, cuja maioria o proclamava o supremo ditador da filosofia, apesar de muitos, de inegável valor e dignidade, terem-se oposto às suas doutrinas.
A lei é uma manifestação da vontade, dizem eles, mas de quem? Do Estado, afirmam os estatólatras; da nação, afirmam os nacionalistas; do povo, afirmam os democráticos; do proletariado, afirmam os marxistas e os socialistas autoritários em geral.
Deu-se uma vontade ao povo, à nação, à classe, uma vontade e uma consciência, que se transformaram em supernacionalidades hipostasiadas, criações do coletivismo romântico.
Marx substituiu o Espírito de Hegel pela matéria e pelos interesses econômicos, do mesmo modo que o nazismo substituiu o Espírito pela Raça. E, então, quando Hegel afirmava que o Espírito é o propulsor da história, o senhor do espetáculo da História, Marx substituindo o termo Espírito, afirmava: A Matéria e os interesses econômicos são os propulsores da História, os senhores do espetáculo da História. Hitler substituindo pela Raça, poderia dizer: a Raça é a propulsora da História, a senhora do espetáculo da História.
Em Marx, o Espírito vira de cabeça para baixo, e vira Matéria; em Hitler, torna-se Sangue. Essa é a inversão de que tanto eles se orgulharam.
O arsenal dos argumentos é o mesmo para todos. Não foram proporcionados apenas por Hegel, pois já vinham de antigas pilhagens de outras aventuras intelectuais do Renascimento, das lutas que procuravam impor o direito dos príncipes contra a concepção da Igreja, defensora das pequenas pátrias, a fim de acautelar e impedir as grandes guerras destrutivas, e partir, a pouco e pouco, para uma maior unidade dos cristãos, que acima dos particularismos nacionalistas, deviam pôr a idéia da Humanidade em Cristo, e torná-la universal) católica (de Kath'olon, em grego, universal), vencendo os obstáculos, que impediam a fraternidade universal e que reinasse a paz entre os homens de boa vontade.
Um conjunto de esquematismos gira em torno da idéia nacionalista. Podemos alinhar alguns:
1) o Estado é a encarnação do Espírito (Hegel), ou da Raça (Hitler) ou da Ditadura do Proletariado (Marx). Uma raça eleita, que deve conquistar o mundo (Hitler) ou um Estado eleito que deve dominar o mundo (Hegel) ou uma classe eleita, que deve dominar o mundo (Marx).
2) O Estado é independente e liberto de toda obrigação moral. Deve realizar seus fins, sejam quais forem os meios (Os fins justificam os meios, é do patrimônio de todos, de Hegel, Marx e Hitler).
3) Para realizar seus fins é mister uma guerra impiedosa e totalitária (também do patrimônio de todos).
4) Portanto, impõe-se uma vida heróica, que não tema os perigos, que viva perigosamente a grande façanha de realizar o ideal (também do patrimônio de todos).
5) Realizar-se-á, finalmente, o Grande Homem do amanhã (o germano superior de Hegel e Hitler, o revolucionário de Marx). O Estado não é a meta final, mas sim a fusão dele com o ideal-typus preconizado.
6) O Estado não está sujeito a nenhuma norma superior; ele é a lei, tanto a moral como a jurídica.
7) Os Estados podem estabelecer acordos mútuos entre si, porém não são obrigados a cumpri-los, porque seria violentar a sua soberania (Tese de Hegel).
8) Quando os Estados não encontram uma solução para as suas pendências, a guerra deve procurar resolvê-las (Tese de Hegel).
9) O bom êxito justifica tudo (Tese de Hegel). O bom êxito é o único juiz da História.
10) O despojo será do forte, que expropriará os mais fracos (Tese de Freyer, aceita por todos os autoritários).
11) O ataque é sempre a melhor defesa (Tese aceita por todos os totalitários).
12) A moralidade particular, a filantropia, a caridade não são guias do Estado poderoso (Tese de todos, que renegam qualquer consideração aos direitos alheios).
13) Não se deve vacilar na propaganda ante o emprego da infâmia, da calúnia, da mentira. O êxito justifica tudo. "Caluniai, caluniai, que alguma dúvida ficará..." Todos os poderosos totalitários aconselharam essa prática. Lenine justificou-a várias vezes, e aconselhou-a aos bolchevistas.
14) Todo o bem conquistado em favor do Estado é justo (Tese universal de todos os dominadores).
15) Só a guerra viriliza os homens e impede que se enfraqueçam. A política, na paz, só é justificada se prepara uma boa guerra (Assim pensaram sempre os poderosos). A guerra é a forma mais perfeita da atividade do Estado (Tese de Max Scheler, existencialista, mas aceita por todos os totalitários). A guerra é um bem precioso e raro (Hegel).
16) O humanitarista não é um regulador da História. O homem adultera-se pela idéia humanista (Tese de Rosenberg, filósofo nazista).
17) Há uma missão histórica a ser cumprida, para a qual está predestinado o Espírito (Hegel), a raça (Hitler), a classe (Marx). São os novos messias. É preciso amar esse destino.
18) Não há princípios morais acima do Estado. Tudo deve subordinar-se ao Estado como encarnação, ou da nação, da raça ou da classe, etc.
19) A tese aceita é dogmática e a expressão viva da Verdade. Qualquer opinião em contrário é herética e blasfemática, e quem a profere deve ser eliminado. (Tese de todos os totalitários).
20) A vontade individual deve subordinar-se à vontade coletiva, representada pelo Estado, como encarnação de Deus, Raça, Classe, etc.
21) O ideal preconizado é inevitável, e sua vitória final é determinada necessariamente pela História (Tese universal dos totalitários).
22) O terror preventivo é o melhor meio de impedir as tentativas de oposição. A admissão de partidos é absurda, porque só há uma verdade, a do Estado, como encarnação de... (Tese universal).
Schopenhauer — pondo de lado suas deficiências — ergueu sua voz na Alemanha contra o totalitarismo e viu em Hegel o grande perigo para o seu povo e para a humanidade. Algumas de suas palavras não podem ser hoje esquecidas. Durante quase quarenta anos, fêz-se a conspiração do silêncio em torno de sua obra, que é a tática sempre usada contra todo aquele que traz alguma coisa de novo e superior, e põe em risco a mediocridade oficial dominante.
Comentando Hegel, escrevia: "Exerceu não só sobre a Filosofia, mas sobre todas as formas da literatura germânica, uma influência devastadora, ou, para falar com maior rigor, de caráter letárgico e — até se poderia dizer — pestífera. É dever de todo aquele que se sente capaz de julgar com independência, combater essa influência tenazmente e em todo momento. Porque, se calarmos, quem falará?"
E mais esta passagem, permitam-nos citar: "Se alguma vez vos propondes a embotar o engenho de um jovem e anular seu cérebro para qualquer tipo de pensamento, então nada podereis fazer de melhor que dar-lhe a ler Hegel. Com efeito, estes monstruosos cúmulos de palavras, que se anulam e se contradizem entre si, atormentam a mente que procura inutilmente encontrar nelas algum sentido, até que, finalmente, se rende totalmente exausta. Deste modo, fica tão perfeitamente destruída toda capacidade de pensar, que o jovem termina por tomar por verdade profunda uma verbosidade vazia e ôca. O tutor, que teme que seu pupilo se torne demasiado inteligente para os seus projetos, poderia, pois, evitar essa desgraça, sugerindo-lhe inocentemente a leitura de Hegel."
E que frutos deu essa doutrina? O nazismo e o marxismo.
Contudo, Hegel, como filósofo, tem um grande valor, apesar do que partejou para a humanidade.
Escrito por Wellington Moraes em 10 de dezembro de 2007
O texto a seguir é um resumo das páginas 33 a 39 do livro "Análise de Temas Sociais - Volume III", escrito por Mário Ferreira dos Santos, LOGOS, São Paulo, 1962.
"Existe apenas uma espécie de revolução possível, e ela não é nem econômica, nem política, nem social, mas racial, e será sempre a mesma coisa: a luta entre as classes inferiores e as raças superiores que estão no poder. ... Todas as revoluções – e eu estudei com dedicação e cuidado – foram raciais...” (Hitler, diálogo entre Hitler e Otto Strasser)
"A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas da classes" (Marx e Engels)
O nacionalismo, que animou os pequenos estados alemães a erguerem-se contra Napoleão e seus libertadores, teve um surto que, posteriormente, pela ação inegável de muitos autores, que serviram aos interesses de políticos ambiciosos, gestou os fundamentos do nacionalismo alemão, que teria de desembocar, fatalmente, no nazismo como síntese de socialismo e nacionalismo, do nacional-socialismo alemão.
Uma das personalidades a quem cabe a maior culpa, ou pelo menos a quem mais se atira a culpa desse nacionalismo, foi Hegel, o inspirador simultâneo do nazismo e do marxismo, dois filhos da sua doutrina, opostos, adversários, mas analogados em muitos aspectos como ainda veremos.
Hegel tornou o Estado a expressão da Divina Idéia concrecionada na Terra. É a marcha de Deus através do mundo, um organismo com consciência e pensamento, seus atributos essenciais, cuja realidade é necessária, e que existe por si e para si. Nunca se endeusou tanto o Estado, também nunca se endeusou tanto um filósofo, como o foi Hegel pelos autoritários prussianos e pelos filósofos alemães de então, cuja maioria o proclamava o supremo ditador da filosofia, apesar de muitos, de inegável valor e dignidade, terem-se oposto às suas doutrinas.
A lei é uma manifestação da vontade, dizem eles, mas de quem? Do Estado, afirmam os estatólatras; da nação, afirmam os nacionalistas; do povo, afirmam os democráticos; do proletariado, afirmam os marxistas e os socialistas autoritários em geral.
Deu-se uma vontade ao povo, à nação, à classe, uma vontade e uma consciência, que se transformaram em supernacionalidades hipostasiadas, criações do coletivismo romântico.
Marx substituiu o Espírito de Hegel pela matéria e pelos interesses econômicos, do mesmo modo que o nazismo substituiu o Espírito pela Raça. E, então, quando Hegel afirmava que o Espírito é o propulsor da história, o senhor do espetáculo da História, Marx substituindo o termo Espírito, afirmava: A Matéria e os interesses econômicos são os propulsores da História, os senhores do espetáculo da História. Hitler substituindo pela Raça, poderia dizer: a Raça é a propulsora da História, a senhora do espetáculo da História.
Em Marx, o Espírito vira de cabeça para baixo, e vira Matéria; em Hitler, torna-se Sangue. Essa é a inversão de que tanto eles se orgulharam.
O arsenal dos argumentos é o mesmo para todos. Não foram proporcionados apenas por Hegel, pois já vinham de antigas pilhagens de outras aventuras intelectuais do Renascimento, das lutas que procuravam impor o direito dos príncipes contra a concepção da Igreja, defensora das pequenas pátrias, a fim de acautelar e impedir as grandes guerras destrutivas, e partir, a pouco e pouco, para uma maior unidade dos cristãos, que acima dos particularismos nacionalistas, deviam pôr a idéia da Humanidade em Cristo, e torná-la universal) católica (de Kath'olon, em grego, universal), vencendo os obstáculos, que impediam a fraternidade universal e que reinasse a paz entre os homens de boa vontade.
Um conjunto de esquematismos gira em torno da idéia nacionalista. Podemos alinhar alguns:
1) o Estado é a encarnação do Espírito (Hegel), ou da Raça (Hitler) ou da Ditadura do Proletariado (Marx). Uma raça eleita, que deve conquistar o mundo (Hitler) ou um Estado eleito que deve dominar o mundo (Hegel) ou uma classe eleita, que deve dominar o mundo (Marx).
2) O Estado é independente e liberto de toda obrigação moral. Deve realizar seus fins, sejam quais forem os meios (Os fins justificam os meios, é do patrimônio de todos, de Hegel, Marx e Hitler).
3) Para realizar seus fins é mister uma guerra impiedosa e totalitária (também do patrimônio de todos).
4) Portanto, impõe-se uma vida heróica, que não tema os perigos, que viva perigosamente a grande façanha de realizar o ideal (também do patrimônio de todos).
5) Realizar-se-á, finalmente, o Grande Homem do amanhã (o germano superior de Hegel e Hitler, o revolucionário de Marx). O Estado não é a meta final, mas sim a fusão dele com o ideal-typus preconizado.
6) O Estado não está sujeito a nenhuma norma superior; ele é a lei, tanto a moral como a jurídica.
7) Os Estados podem estabelecer acordos mútuos entre si, porém não são obrigados a cumpri-los, porque seria violentar a sua soberania (Tese de Hegel).
8) Quando os Estados não encontram uma solução para as suas pendências, a guerra deve procurar resolvê-las (Tese de Hegel).
9) O bom êxito justifica tudo (Tese de Hegel). O bom êxito é o único juiz da História.
10) O despojo será do forte, que expropriará os mais fracos (Tese de Freyer, aceita por todos os autoritários).
11) O ataque é sempre a melhor defesa (Tese aceita por todos os totalitários).
12) A moralidade particular, a filantropia, a caridade não são guias do Estado poderoso (Tese de todos, que renegam qualquer consideração aos direitos alheios).
13) Não se deve vacilar na propaganda ante o emprego da infâmia, da calúnia, da mentira. O êxito justifica tudo. "Caluniai, caluniai, que alguma dúvida ficará..." Todos os poderosos totalitários aconselharam essa prática. Lenine justificou-a várias vezes, e aconselhou-a aos bolchevistas.
14) Todo o bem conquistado em favor do Estado é justo (Tese universal de todos os dominadores).
15) Só a guerra viriliza os homens e impede que se enfraqueçam. A política, na paz, só é justificada se prepara uma boa guerra (Assim pensaram sempre os poderosos). A guerra é a forma mais perfeita da atividade do Estado (Tese de Max Scheler, existencialista, mas aceita por todos os totalitários). A guerra é um bem precioso e raro (Hegel).
16) O humanitarista não é um regulador da História. O homem adultera-se pela idéia humanista (Tese de Rosenberg, filósofo nazista).
17) Há uma missão histórica a ser cumprida, para a qual está predestinado o Espírito (Hegel), a raça (Hitler), a classe (Marx). São os novos messias. É preciso amar esse destino.
18) Não há princípios morais acima do Estado. Tudo deve subordinar-se ao Estado como encarnação, ou da nação, da raça ou da classe, etc.
19) A tese aceita é dogmática e a expressão viva da Verdade. Qualquer opinião em contrário é herética e blasfemática, e quem a profere deve ser eliminado. (Tese de todos os totalitários).
20) A vontade individual deve subordinar-se à vontade coletiva, representada pelo Estado, como encarnação de Deus, Raça, Classe, etc.
21) O ideal preconizado é inevitável, e sua vitória final é determinada necessariamente pela História (Tese universal dos totalitários).
22) O terror preventivo é o melhor meio de impedir as tentativas de oposição. A admissão de partidos é absurda, porque só há uma verdade, a do Estado, como encarnação de... (Tese universal).
Schopenhauer — pondo de lado suas deficiências — ergueu sua voz na Alemanha contra o totalitarismo e viu em Hegel o grande perigo para o seu povo e para a humanidade. Algumas de suas palavras não podem ser hoje esquecidas. Durante quase quarenta anos, fêz-se a conspiração do silêncio em torno de sua obra, que é a tática sempre usada contra todo aquele que traz alguma coisa de novo e superior, e põe em risco a mediocridade oficial dominante.
Comentando Hegel, escrevia: "Exerceu não só sobre a Filosofia, mas sobre todas as formas da literatura germânica, uma influência devastadora, ou, para falar com maior rigor, de caráter letárgico e — até se poderia dizer — pestífera. É dever de todo aquele que se sente capaz de julgar com independência, combater essa influência tenazmente e em todo momento. Porque, se calarmos, quem falará?"
E mais esta passagem, permitam-nos citar: "Se alguma vez vos propondes a embotar o engenho de um jovem e anular seu cérebro para qualquer tipo de pensamento, então nada podereis fazer de melhor que dar-lhe a ler Hegel. Com efeito, estes monstruosos cúmulos de palavras, que se anulam e se contradizem entre si, atormentam a mente que procura inutilmente encontrar nelas algum sentido, até que, finalmente, se rende totalmente exausta. Deste modo, fica tão perfeitamente destruída toda capacidade de pensar, que o jovem termina por tomar por verdade profunda uma verbosidade vazia e ôca. O tutor, que teme que seu pupilo se torne demasiado inteligente para os seus projetos, poderia, pois, evitar essa desgraça, sugerindo-lhe inocentemente a leitura de Hegel."
E que frutos deu essa doutrina? O nazismo e o marxismo.
Contudo, Hegel, como filósofo, tem um grande valor, apesar do que partejou para a humanidade.
Polilogismo: Karl Marx e os Nazistas
Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Ludwig von Mises, mais um da série "imperdíveis"
O texto a seguir é um trecho do livro Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War, originalmente publicado em 1944 pela Yale University.
A obra mostra com clareza que o nazismo não passa de uma forma de socialismo.
Os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas desenvolveram sua própria marca de polilogismo. Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de a estrutura lógica da mente ser imutável e comum a todos os seres humanos. Todas as inter-relações humanas são baseadas na premissa de uma estrutura lógica uniforme. Comunicamos-nos apenas porque podemos apelar a algo em comum a todos nós, isto é, à estrutura lógica da razão.
Alguns homens conseguem pensar de forma mais profunda e refinada do que outros. Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo. Mas na medida em que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio aplicáveis a todos os outros homens. Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde for, não difere da contagem de Gauss ou Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe informações sobre povos para quem a e não-a fossem idênticos, ou que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação. Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos do raciocínio. Mas quem quer que examine suas inferência de forma competente poderá descobrir seus erros.
Como todos consideram tais fatos inquestionáveis, então os homens entram em discussão; conversam entre si; escrevem cartas e livros; tentam provar ou refutar. A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se não fosse assim. Nossas mentes simplesmente não conseguem imaginar um mundo povoado de homens de estruturas lógicas diferentes ou de estruturas lógicas diferentes da nossa.
Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade mas "ideologias". Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Portanto, é inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Ideologias não precisam ser refutadas por meio do raciocínio discursivo; elas devem ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.
Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela economia "burguesa", ou as inferências delas derivadas, demonstrando a impraticabilidade do socialismo. Já que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias ou a invalidade das idéias de seus adversários, eles condenaram os métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi inédito, sem precedentes. Ele serviu de prova a qualquer crítica racional contra a pseudo-economia e a pseudo-sociologia marxistas. Foi apenas por meio dos truques do polilogismo que o estatismo consegiu ganhar força no pensamento moderno.
O polilogismo é tão intrinsecamente ridículo que é impossível levá-lo às suas últimas conseqüências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto-de-vista epistemológico exigiria. O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros mas apenas afirmações "ideológicas". Mas os marxistas negam. Eles alegam que suas próprias doutrinas são a verdade absoluta. Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias mas o resultado da lógica pura e simples". A lógica proletária não é "ideologia" mas a lógica absoluta. Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão testemunho da mesma inconsistência. Um de seus defensores, Professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos. Claro, o Professor Mannheim está convencido que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados". Você simplesmente não pode refutá-lo. Caso discorde dele, você apenas provará que você mesmo não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados" e que portanto seus pensamentos são tolices ideológicas.
Os nacionalistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas. Eles também não puderam nem demonstrar a veracidade de suas próprias declarações nem refutar as teorias da economia e da praxeologia. Logo, eles se refugiaram no abrigo do polilogismo, preparado para eles pelos marxistas. Claro, eles fabricaram sua própria marca de polilogismo. A estrutura lógica da mente, dizem, é diferente entre as nações e as raças. Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc. Mas, não menos inconsistente que o Professor Mannheim, o Professor Tirala, seu congênere como defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas. Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus. Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill. Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais alemãs.
Como hipótese, podemos supor que as habilidades mentais de um homem sejam resultado de suas características corporais. Claro, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressa pela hipótese teológica. Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as habilidades e funções mentais dos homens. Mas isso é tudo. Seria uma grande insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito de uma suposta diversidade de estruturas lógicas da mente. O polilogismo não deriva da fisiologia ou da anatomia, nem de nenhuma outra ciência natural.
Nem o polilogismo marxista nem o nazista foram além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as classes ou raças. Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica proletária difere da lógica burguesa, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses. Não basta rejeitar a teoria dos custos comparados de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por meio de um suposto desmascaramento das origens raciais de seus autores. Primeiro, seria preciso desenvolver um sistema de lógica ariana diferente da lógica não-ariana. Depois seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde em seus raciocínios são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana - embora corretas do ponto de vista não-ariano. E, finalmente, deveria ser explicado a que tipo de conclusões deve chegar a substituição de inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas. Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém. O tagarela defensor do racismo e do polilogismo arianos, Professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja marxista ou nazista, ou seja lá qual for, jamais entrou em detalhes.
O polilogismo possui um método peculiar para lidar com opiniões divergentes. Se seus defensores falharem ao desmascarar as origens de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor. Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários. Os alienados - sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana - estão errados porque são alienados; os oponentes de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores. Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há dissenção entre os membros do que dizem ser sua classe ou sua raça.
Os nazistas comparam a economia alemã com a economia judaica ou anglo-saxônica. Mas o que chamam de economia alemã definitivamente não difere de algumas tendências da economia estrangeira. Ela se desenvolveu dos ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais antigos representates da dita economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha. Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha, Hildebrand e Brentano trouxeram as idéas dos primeiros socialistas ingleses. A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências econômicas de outros países, como por exemplo o institucionalismo americano.
Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental e, portanto, artfremd [estranho à raça], é de proporções tão grandes que mesmo os nazistas não a negam o termo alemão. Os economistas nazistas gastam muito tempo desenhando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram. É ridículo explicar o conflito entre a teoria econômica de um lado e o institucionalismo e o empiricismo histórico de outro, como um conflito racial ou nacional.
O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica. É uma postura de fanáticos tapados que não conseguem imaginar alguém mais razoável ou inteligente que eles mesmos. O polilogismo nem é científico. Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição. É a mentalidade característica de uma era caótica.
Tradução: Edward Wolff
Veja também o texto "As origens do nazismo" uma tradução da primeira parte deste mesmo livro.
Escrito por Ludwig von Mises, mais um da série "imperdíveis"
O texto a seguir é um trecho do livro Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War, originalmente publicado em 1944 pela Yale University.
A obra mostra com clareza que o nazismo não passa de uma forma de socialismo.
Os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas desenvolveram sua própria marca de polilogismo. Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de a estrutura lógica da mente ser imutável e comum a todos os seres humanos. Todas as inter-relações humanas são baseadas na premissa de uma estrutura lógica uniforme. Comunicamos-nos apenas porque podemos apelar a algo em comum a todos nós, isto é, à estrutura lógica da razão.
Alguns homens conseguem pensar de forma mais profunda e refinada do que outros. Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo. Mas na medida em que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio aplicáveis a todos os outros homens. Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde for, não difere da contagem de Gauss ou Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe informações sobre povos para quem a e não-a fossem idênticos, ou que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação. Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos do raciocínio. Mas quem quer que examine suas inferência de forma competente poderá descobrir seus erros.
Como todos consideram tais fatos inquestionáveis, então os homens entram em discussão; conversam entre si; escrevem cartas e livros; tentam provar ou refutar. A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se não fosse assim. Nossas mentes simplesmente não conseguem imaginar um mundo povoado de homens de estruturas lógicas diferentes ou de estruturas lógicas diferentes da nossa.
Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade mas "ideologias". Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Portanto, é inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Ideologias não precisam ser refutadas por meio do raciocínio discursivo; elas devem ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.
Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela economia "burguesa", ou as inferências delas derivadas, demonstrando a impraticabilidade do socialismo. Já que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias ou a invalidade das idéias de seus adversários, eles condenaram os métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi inédito, sem precedentes. Ele serviu de prova a qualquer crítica racional contra a pseudo-economia e a pseudo-sociologia marxistas. Foi apenas por meio dos truques do polilogismo que o estatismo consegiu ganhar força no pensamento moderno.
O polilogismo é tão intrinsecamente ridículo que é impossível levá-lo às suas últimas conseqüências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto-de-vista epistemológico exigiria. O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros mas apenas afirmações "ideológicas". Mas os marxistas negam. Eles alegam que suas próprias doutrinas são a verdade absoluta. Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias mas o resultado da lógica pura e simples". A lógica proletária não é "ideologia" mas a lógica absoluta. Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão testemunho da mesma inconsistência. Um de seus defensores, Professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos. Claro, o Professor Mannheim está convencido que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados". Você simplesmente não pode refutá-lo. Caso discorde dele, você apenas provará que você mesmo não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados" e que portanto seus pensamentos são tolices ideológicas.
Os nacionalistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas. Eles também não puderam nem demonstrar a veracidade de suas próprias declarações nem refutar as teorias da economia e da praxeologia. Logo, eles se refugiaram no abrigo do polilogismo, preparado para eles pelos marxistas. Claro, eles fabricaram sua própria marca de polilogismo. A estrutura lógica da mente, dizem, é diferente entre as nações e as raças. Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc. Mas, não menos inconsistente que o Professor Mannheim, o Professor Tirala, seu congênere como defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas. Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus. Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill. Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais alemãs.
Como hipótese, podemos supor que as habilidades mentais de um homem sejam resultado de suas características corporais. Claro, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressa pela hipótese teológica. Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as habilidades e funções mentais dos homens. Mas isso é tudo. Seria uma grande insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito de uma suposta diversidade de estruturas lógicas da mente. O polilogismo não deriva da fisiologia ou da anatomia, nem de nenhuma outra ciência natural.
Nem o polilogismo marxista nem o nazista foram além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as classes ou raças. Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica proletária difere da lógica burguesa, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses. Não basta rejeitar a teoria dos custos comparados de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por meio de um suposto desmascaramento das origens raciais de seus autores. Primeiro, seria preciso desenvolver um sistema de lógica ariana diferente da lógica não-ariana. Depois seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde em seus raciocínios são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana - embora corretas do ponto de vista não-ariano. E, finalmente, deveria ser explicado a que tipo de conclusões deve chegar a substituição de inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas. Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém. O tagarela defensor do racismo e do polilogismo arianos, Professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja marxista ou nazista, ou seja lá qual for, jamais entrou em detalhes.
O polilogismo possui um método peculiar para lidar com opiniões divergentes. Se seus defensores falharem ao desmascarar as origens de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor. Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários. Os alienados - sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana - estão errados porque são alienados; os oponentes de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores. Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há dissenção entre os membros do que dizem ser sua classe ou sua raça.
Os nazistas comparam a economia alemã com a economia judaica ou anglo-saxônica. Mas o que chamam de economia alemã definitivamente não difere de algumas tendências da economia estrangeira. Ela se desenvolveu dos ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais antigos representates da dita economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha. Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha, Hildebrand e Brentano trouxeram as idéas dos primeiros socialistas ingleses. A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências econômicas de outros países, como por exemplo o institucionalismo americano.
Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental e, portanto, artfremd [estranho à raça], é de proporções tão grandes que mesmo os nazistas não a negam o termo alemão. Os economistas nazistas gastam muito tempo desenhando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram. É ridículo explicar o conflito entre a teoria econômica de um lado e o institucionalismo e o empiricismo histórico de outro, como um conflito racial ou nacional.
O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica. É uma postura de fanáticos tapados que não conseguem imaginar alguém mais razoável ou inteligente que eles mesmos. O polilogismo nem é científico. Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição. É a mentalidade característica de uma era caótica.
Tradução: Edward Wolff
Veja também o texto "As origens do nazismo" uma tradução da primeira parte deste mesmo livro.
Marxismo segundo Ludwig Von Mises III - Individualismo e a Revolução Industrial
Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Ludwig Von Mises, outro da série "imperdíveis"
Ludwig von Mises é um dos mais notáveis filósofos e economistas do nosso tempo. Inspirado no início de sua carreira pelo trabalho de seus professores - os grandes economistas austríacos Carl Menger e Böhm-Bawerk - Mises, por meio de uma série de pesquisas universitárias, analisou sistematicamente cada problema econômico importante, criticou erros inveterados e substituiu velhos sofismas por idéias sólidas e sadias.
Este é o terceiro capítulo intitulado "Individualism and the Industrial Revolution" do livro "Marxism Unmasked: From Delusion to Destruction" (http://www.fee.org/library/books/MarxismUnmasked.asp), publicado pela Foundation for Economic Education. Faz parte de uma série de nove discursos formais de Ludwig Von Mises, (1881-1973), pronunciados entre 23 de junho e 3 de julho de 1952, na Biblioteca Pública de São Francisco, São Francisco, Califórnia, num seminário patrocinado pela revista The Freeman. (Download ZIP/PDF)
Capítulos anteriores:
"Mente, Materialismo, e o destino do Homem - Capítulo I ";
"Conflitos de Classe e Socialismo Revolucionário - Capítulo II ";
LIBERAIS ACENTUARAM A IMPORTÂNCIA DO INDIVÍDUO. Os liberais do século XIX já consideravam o desenvolvimento do indivíduo a coisa mais importante. "Indivíduo e individualismo" era o slogan progressista e liberal. Reacionários já haviam atacado esta atitude no início do século XIX.
Os racionalistas e liberais do século XVIII ressaltaram que era necessário criar boas leis. Hábitos antigos que não podiam ser justificados pela racionalidade deveriam ser abandonados. A única justificação para uma lei era se ela era ou não responsável pela promoção do bem-estar social público. Em muitos países os liberais e racionalistas pediram constituições escritas, a codificações de leis, e por novas leis que permitiriam o desenvolvimento das faculdades de cada indivíduo.
Uma reação a esta idéia se desenvolveu, especialmente na Alemanha onde o jurista e historiador Friedrich Karl von Savigny [1779–1861] era influente. Savigny declarou que leis não podem ser escritas por homens; leis são desenvolvidas de algum modo místico pela alma de toda a unidade. Não é o indivíduo que pensa -- é a nação ou uma entidade social que utiliza o indivíduo somente para a expressão de seus próprios pensamentos. Esta idéia foi muito enfatizada por Marx e os marxistas. A este respeito os marxistas não eram os seguidores de Hegel, cuja idéia principal da evolução histórica era uma evolução para a liberdade do indivíduo.
Do ponto de vista de Marx e Engels, o indivíduo era uma coisa desprezível aos olhos da nação. Marx e Engels negaram que o indivíduo desempenhasse um papel na evolução histórica. Segundo eles, a história desenvolve-se a sua própria maneira. As forças produtivas materiais seguem do seu próprio modo, desenvolvendo-se independentemente das vontades dos indivíduos. E os eventos históricos vêm com a inevitabilidade de uma lei de natureza. As forças produtivas materiais trabalham como um diretor numa ópera; elas devem ter um substituto disponível no caso de um problema, como o diretor de ópera deve ter um substituto se o cantor adoecer. De acordo com esta idéia, Napoleão e Dante, por exemplo, eram sem importância -- se eles não tivessem aparecido para tomar seus próprios lugares especiais na história, outras pessoas teriam aparecido no palco para ocupar seus lugares.
Para entender certas palavras, você tem que entender o idioma Alemão. A partir do século XVII, um considerável esforço foi gasto na luta contra o uso de palavras latinas e na eliminação delas do idioma Alemão. Em muitos casos permaneceu uma palavra estrangeira, embora também houvesse uma expressão Alemã com o mesmo significado. As duas palavras começaram como sinônimos, mas no curso de história, elas adquiriram significados diferentes. Por exemplo, a palavra Umwälzung, a tradução Alemã literal da palavra latina revolução. Na palavra latina não havia nenhum sentido de lutar. Assim, na Alemanha evoluíram dois significados para a palavra "revolução" -- um significado para violência, e o outro significando uma revolução gradual como a "Revolução Industrial”. No entanto, Marx usa a palavra Alemã Revolução não somente para revoluções violentas, como as Revoluções Francesa ou Russa, mas também para a gradual Revolução Industrial.
Aliás, o termo Revolução Industrial foi introduzido por Arnold Toynbee [1852-1883]. Os marxistas dizem que "o que antecipa a derrota do capitalismo não é nenhuma revolução -- veja a Revolução Industrial".
Marx atribuiu um significado especial à escravatura, servidão, e outros sistemas de escravidão. Era necessário, disse ele, que os trabalhadores fossem livres para que o explorador os explorasse. Esta idéia veio da interpretação que ele deu à situação do senhor feudal que tinha que cuidar dos seus trabalhadores, mesmo quando eles não estivessem trabalhando. Marx interpretou as mudanças liberais como se elas estivessem liberando o explorador da responsabilidade pela vida dos trabalhadores. Marx não viu que o movimento liberal visava à abolição das desigualdades perante a lei, como entre o servo e senhor.
Karl Marx acreditava que acumulação de capitais era um obstáculo. Aos seus olhos, a única explicação para a acumulação de riqueza era que alguém tinha roubado um outro alguém. Para Karl Marx toda a Revolução Industrial consistiu simplesmente na exploração dos trabalhadores pelos capitalistas. Segundo ele, a situação dos trabalhadores ficou pior com a chegada do capitalismo. A diferença entre a situação dos trabalhadores e a dos escravos e servos era apenas que o capitalista não tinha nenhuma obrigação de cuidar dos trabalhadores que já não eram exploráveis, enquanto o senhor foi obrigado a cuidar dos escravos e servos. Esta é outra das contradições insolúveis do sistema marxista. No entanto, é aceita hoje por muitos economistas sem a compreensão do que esta contradição consiste.
De acordo com Marx, o capitalismo é uma etapa necessária e inevitável na história da humanidade que conduz os homens das condições primitivas para o milênio do socialismo. Se o capitalismo é um passo necessário e inevitável no caminho para o socialismo, então não se pode reivindicar constantemente, do ponto de vista de Marx, que o que o capitalista faz é eticamente e moralmente mau. Então, por que Marx ataca os capitalistas?
Marx diz que parte da produção é apropriada pelos capitalistas e retida dos trabalhadores. Segundo Marx, isto é muito ruim. A conseqüência é que os trabalhadores não estão mais em condições de consumir toda a produção. Uma parte do que eles produziram, portanto, fica sem consumo; existe um “subconsumo”. Por esta razão, porque há subconsumo, depressões econômicas acontecem regularmente. Esta é a teoria do subconsumo marxista das depressões. Porém Marx contradiz esta teoria noutros locais.
Os escritores marxistas não explicam por que a produção ocorre do mais simples para métodos mais complexos.
Marx também não fez menção do seguinte fato: Por volta de 1700, a população da Grã-Bretanha era aproximadamente 5,5 milhões; em meados de 1700, a população era de 6,5 milhões de pessoas, cerca de 500,000 delas eram simplesmente indigentes. O sistema econômico tinha produzido um “excesso” população. O problema de excesso populacional apareceu mais cedo na Grã-Bretanha do que na Europa continental. Isto aconteceu, em primeiro lugar, porque a Grã-Bretanha era uma ilha e assim não estava sujeita a invasão por exércitos estrangeiros, que ajudaram reduzir as populações na Europa. As guerras na Grã-Bretanha eram guerras civis, que eram ruins, mas elas pararam. E então desapareceu esta saída para o excesso populacional, de modo que o número excedente de pessoas cresceu. Na Europa, a situação era diferente por uma razão, a oportunidade de trabalhar na agricultura era mais favorável do que na Inglaterra.
O antigo sistema econômico da Inglaterra não pôde fazer face ao excedente populacional. As pessoas em excesso eram, na maior parte, pessoas muito más -- mendigos, assaltantes, ladrões e prostitutas. Eles eram sustentados por várias instituições, as leis dos pobres [1], e a caridade das comunidades. Alguns foram forçados para o serviço estrangeiro no exército e na marinha. Também havia pessoas supérfluas na agricultura. O sistema existente de grêmios e outros monopólios nas indústrias de manufatura tornou a expansão de indústria impossível. Nessas épocas pré-capitalistas, houve uma nítida divisão entre as classes da sociedade que podiam dispor de sapatos novos e roupas novas e aquelas que não podiam. As indústrias de manufatura produziam em geral para as classes altas. Aqueles que não podiam dispor de roupas novas usavam roupas usadas. Houve então um grande comércio de roupas de segunda mão -- um comércio que desapareceu quase completamente quando a indústria moderna começou produzir também para as classes mais baixas. Se o capitalismo não tivesse fornecido os meios de sustento para estas pessoas em “excesso”, elas teriam morrido de fome. A varíola respondeu por muitas mortes em tempos pré-capitalistas; agora já foi praticamente eliminada. Os aperfeiçoamentos na medicina também são produtos do capitalismo.
O que Marx chamou de a grande catástrofe da Revolução Industrial não foi nenhuma catástrofe no final das contas; ela provocou uma tremenda melhoria nas condições das pessoas. Caso contrário, muitos que sobreviveram não teriam sobrevivido. Não é verdade, como disse Marx, que os avanços da tecnologia só estão disponíveis aos exploradores e que as massas estão vivendo num estado muito pior que na véspera da Revolução Industrial. Tudo o que os marxistas dizem sobre exploração está absolutamente errado! Mentiras! Na realidade, o capitalismo tornou possível a sobrevivência de muitas pessoas que, do contrário, não teriam sobrevivido. E hoje muitas pessoas, ou a maioria das pessoas, vivem num padrão muito mais alto de vida que os seus antepassados viveram 100 ou 200 anos atrás.
Durante o século XVIII surgiram vários eminentes autores -- o mais conhecido foi Adam Smith [1723-1790] -- que defenderam a liberdade de comércio. E eles argumentaram contra monopólio, contra os grêmios, e contra privilégios dados pelo rei e o Parlamento. Secundariamente, alguns indivíduos engenhosos, quase sem qualquer poupança e capital, começaram a organizar os pobres famintos para produção, não em fábricas, mas fora das fábricas, e não somente para as classes altas. Estes novos produtores organizados começaram a fazer bens simples precisamente para as grandes massas. Esta foi a grande mudança que ocorreu; esta era a Revolução Industrial. E esta Revolução Industrial tornou mais comida e outros bens disponíveis de forma que a população aumentou. Ninguém viu menos o que realmente estava acontecendo que Karl Marx. Na véspera da Segunda Guerra Mundial, a população tinha aumentado tanto que havia 60 milhões de ingleses.
Você não pode comparar os Estados Unidos com a Inglaterra. Os Estados Unidos surgiu quase como um país do capitalismo moderno. Mas nós podemos dizer que, em geral, entre oito pessoas que moram hoje nos países da civilização Ocidental, sete só estão vivos por causa da Revolução Industrial. Você tem certeza que você é um dos oito que teriam sobrevivido até mesmo na ausência da Revolução Industrial? Se você não está seguro, pare e considere as conseqüências da Revolução Industrial.
A interpretação dada por Marx à Revolução Industrial também se aplica à interpretação da "superestrutura". Marx afirmou que as "forças produtivas materiais", as ferramentas e máquinas, produzem as "relações de produção", a estrutura social, direitos de propriedade, etc., que, por sua vez, produzem a "superestrutura", a filosofia, arte, e a religião. A "superestrutura", disse Marx, depende da condição de classe dos indivíduos, i.e., se ele é poeta, pintor, e assim por diante. Marx interpretou tudo o que aconteceu na vida espiritual da nação deste ponto de vista. Arthur Schopenhauer [1788-1860] foi chamado de filósofo dos donos de ações ordinárias e hipotecas. Friedrich Nietzsche [1844-1900] foi chamado de filósofo do grande negócio. Para cada mudança na ideologia, para cada mudança na música, arte, romance, jogo, os marxistas tinham uma interpretação imediata. Cada livro novo foi explicado pela "superestrutura" daquele dia particular. A cada livro foi atribuído um adjetivo -- "burguês" ou "proletário". A burguesia foi considerada uma massa reacionária homogênea.
Não pense que é possível um homem praticar durante toda sua vida certa ideologia sem acreditar nela. O uso do termo "capitalismo maduro" mostra plenamente como pessoas, que não pensam em si mesmas como marxistas de nenhuma forma, foram influenciadas por Marx. O Sr. e a Sra. Hammond, na realidade quase todos os historiadores, aceitaram a interpretação marxista da Revolução Industrial [2]. A única exceção é Ashton. [3]
Karl Marx, na segunda parte da sua carreira, não era um intervencionista; ele estava a favor de laissez-faire. Porque ele esperava que o colapso do capitalismo e a substituição pelo socialismo viriam da completa maturidade do capitalismo, ele era a favor de deixar capitalismo se desenvolver. Nesse sentido ele foi, em seus escritos e em seus livros, um defensor da liberdade econômica.
Marx acreditou que as medidas intervencionistas eram desfavoráveis porque elas atrasavam a vinda do socialismo. Os sindicatos recomendavam intervenções e, por isso, Marx se opunha a eles. Sindicatos não produzem nada de qualquer maneira e na verdade teria sido impossível elevar as taxas salariais se os produtores não tivessem produzido mais.
Marx reivindicou que as intervenções feriam os interesses dos trabalhadores. Os socialistas alemães votaram contra as reformas sociais de [Otto von] Bismarck instituídas aproximadamente em 1881 (Marx morreu em 1883). E neste país os comunistas estavam contra o New Deal. Claro que a razão real para a oposição deles ao governo no poder era muito diferente. Nenhum partido de oposição quer atribuir muito poder a outro partido. Ao elaborar programas socialistas, todo mundo assume tacitamente que ele próprio será o planejador ou o ditador, ou que o planejador ou ditador será totalmente dependente intelectualmente dele e que o planejador ou ditador será o seu faz-tudo. Ninguém quer ser um simples membro num esquema planejado por outro alguém.
Estas idéias de planejamento remontam ao tratado de Platão sobre a forma da comunidade. Platão era muito franco. Ele planejou um sistema governado exclusivamente por filósofos. Ele quis eliminar todas as decisões e direitos individuais. Ninguém deveria ir a qualquer lugar, descansar, dormir, comer, beber, lavar, a menos que lhe dissessem que fizesse assim. Platão quis reduzir as pessoas ao estado de peões no seu plano. O que é necessário é um ditador, que nomeia um filósofo como um tipo de primeiro-ministro ou presidente do conselho central de gestão de produção. O programa coerente de todos estes socialistas -- Platão e Hitler, por exemplo -- também planejava a produção dos futuros socialistas, a procriação e educação dos futuros membros da sociedade.
Durante os 2300 anos desde Platão, foi registrada muito pouca oposição às idéias dele. Nem mesmo por Kant. A influência psicológica a favor do socialismo deve ser levada em conta na discussão das idéias marxistas. Isto não se limita aos que se dizem marxistas.
Os marxistas negam que exista tal coisa como a busca do conhecimento pelo conhecimento. Mas eles não são consistentes neste caso também, porque eles dizem que um dos propósitos do estado socialista é eliminar essa busca pelo conhecimento. É uma ofensa para as pessoas, dizem eles, estudar coisas que são inúteis.
Agora eu quero discutir o significado da distorção ideológica das verdades. A consciência de classe não é desenvolvida no princípio, mas deve vir inevitavelmente. Marx desenvolveu sua doutrina de ideologia porque ele percebeu que não pôde responder às críticas levantadas contra o socialismo. A resposta dele era, “O que você diz não é verdade. É só ideologia. O que um homem pensa, de modo que nós não temos uma sociedade sem classes, é necessariamente uma ideologia de classe -- quer dizer, está baseado em uma falsa consciência”. [4] Sem qualquer explicação adicional, Marx assumiu que tal ideologia era útil à classe e para os membros da classe que a desenvolveu. Tais idéias tinham a meta de assegurar os objetivos de sua classe.
Marx e Engels apareceram e desenvolveram as idéias de classe do proletariado. Então, a partir de agora a doutrina da burguesia é absolutamente inútil. Talvez alguém possa dizer que a burguesia precisou desta explicação para solucionar o problema de má consciência. Mas por que eles deveriam ter uma má consciência se sua existência é necessária? E é necessária, de acordo com doutrina marxista, porque sem a burguesia, o capitalismo não pode desenvolver. E até que capitalismo esteja "maduro”, não pode haver socialismo.
Segundo Marx, a economia burguesa, às vezes chamada de "apologética da produção burguesa”, auxiliou a burguesia. Os marxistas poderiam ter dito que, o significado que a burguesia deu a esta péssima teoria burguesa justifica, em sua visão, bem como na visão dos explorados, o modo de produção capitalista, tornando assim possível a existência do sistema. Mas esta teria sido uma explicação bem não-marxista. Antes de qualquer coisa, de acordo com a doutrina marxista, não é necessário uma justificação para o sistema de produção burguês; a burguesia explora porque seu negócio é explorar, assim como explorar é o negócio dos micróbios. A burguesia não precisa de nenhuma justificação. A sua consciência de classe mostra para eles que eles têm que fazer isto; explorar é da natureza do capitalista.
Um amigo russo de Marx lhe escreveu dizendo que a tarefa dos socialistas deve ser ajudar a burguesia explorar melhor e Marx respondeu que aquilo não era necessário. Marx então escreveu uma nota curta dizendo que a Rússia poderia alcançar o socialismo sem passar pela fase capitalista. Na manhã seguinte ele deve ter percebido que, se ele admitisse que um país pudesse saltar uma das fases inevitáveis, isto destruiria toda a sua teoria. Assim ele não enviou a nota. Engels, que não era tão brilhante, descobriu este pedaço de papel na escrivaninha de Karl Marx, copiou a nota com sua própria mão, e enviou a cópia para Vera Zasulich [1849-1919], que era famosa na Rússia porque ela tinha tentado assassinar o Comissário de Polícia em São Petersburgo e foi absolvida pelo júri -- ela teve um bom conselho de defesa. Esta mulher publicou a nota de Marx, e se tornou um dos grandes quadros do Partido Bolchevique.
O sistema capitalista é um sistema no qual a promoção está precisamente de acordo com o mérito. Se as pessoas não forem bem sucedidas, há ressentimento em suas consciências. Relutam em admitir que elas não progridem por causa da sua falta de inteligência. Elas lançam sua falta de progresso sobre a sociedade. Muitos culpam sociedade e se voltam para o socialismo. Esta tendência é especialmente forte nas classes de intelectuais. Porque os profissionais tratam uns aos outros como iguais, os profissionais menos capazes se consideram "superiores" aos não profissionais e sentem que eles merecem mais reconhecimento do que eles recebem. A inveja possui um papel importante. Existe uma predisposição filosófica entre pessoas para a insatisfação com o estado existente de coisas. Há descontentamento, também, com as condições políticas. Se você estiver insatisfeito, você pergunta que outro tipo de estado pode ser considerado.
Marx tinha "anti-talento” -- i.e., uma falta de talento. Ele foi influenciado por Hegel e Feuerbach, especialmente pela crítica ao Cristianismo de Feuerbach. Marx admitiu que a doutrina de exploração foi retirada de um folheto anônimo publicado na década de 1820. Suas doutrinas econômicas eram distorções tomadas de [David] Ricardo [1772-1823]. [5]
Marx era economicamente ignorante; ele não percebeu que pode haver dúvidas relativas aos melhores meios de produção a ser aplicado. A grande pergunta é, como nós devemos usar os escassos fatores disponíveis de produção. Marx assumiu que o que tem que ser feito é óbvio. Ele não percebeu que o futuro é sempre incerto, que é o trabalho de todo homem de negócios prover para o futuro desconhecido. No sistema capitalista, os trabalhadores e tecnólogos obedecem ao empresário. Sob o socialismo, eles obedecerão ao funcionário socialista. Marx não levou em conta o fato que há uma diferença entre dizer o que tem que ser feito e fazer o que alguém disse que deve ser feito. O estado socialista é necessariamente um estado policial.
O desaparecimento gradual do estado de Marx foi apenas a tentativa de evitar responder à pergunta sobre o que aconteceria sob o socialismo. Sob o socialismo, os condenados saberão que eles estão sendo castigados para o benefício de toda sociedade.
O terceiro volume do Das Kapital foi preenchido com longas citações das audiências dos Comitês Parlamentares Britânicos sobre o dinheiro e os bancos, e elas não fazem nenhum sentido [6]. Por exemplo, "O sistema monetário é essencialmente o católico, o sistema de crédito essencialmente protestante... Mas o sistema de crédito não se emancipa da base do sistema monetário mais que o Protestantismo se emancipa dos fundamentos do Catolicismo". [7] Totalmente absurdo!
Notas:
[1] - [Legislação inglesa relacionada a assistência pública para os pobres, datando da era de Elizabeth e emendada em 1834 para instituir um socorro uniforme nacionalmente supervisionado -- Ed.]
[2] - [J. L. and Barbara Hammond, autores da triologia The Village Labourer (1911), The Town Labourer (1917), e The Skilled Labourer (1919) — Ed.]
[3] - [T.S. Ashton, The Industrial Revolution 1760-1830 (London: Oxford University Press, 1998 [1948, 1961]) — Ed.]
[4] - Conferir o artigo “Polilogismo: Karl Marx e os Nazistas” para mais detalhes; é uma tradução de um trecho do livro Omnipotent Government de Ludwig von Mises.
[5] - [On the Principles of Political Economy and Taxation (London: John Murray, 1821 [1817]).]
[6] - [Capital: A Critique of Political Economy, III (Chicago: Charles H. Kerr, Chicago, 1909), pp. 17, 530–677ff.]
[7] - [Ibid., p. 696.]
Escrito por Ludwig Von Mises, outro da série "imperdíveis"
Ludwig von Mises é um dos mais notáveis filósofos e economistas do nosso tempo. Inspirado no início de sua carreira pelo trabalho de seus professores - os grandes economistas austríacos Carl Menger e Böhm-Bawerk - Mises, por meio de uma série de pesquisas universitárias, analisou sistematicamente cada problema econômico importante, criticou erros inveterados e substituiu velhos sofismas por idéias sólidas e sadias.
Este é o terceiro capítulo intitulado "Individualism and the Industrial Revolution" do livro "Marxism Unmasked: From Delusion to Destruction" (http://www.fee.org/library/books/MarxismUnmasked.asp), publicado pela Foundation for Economic Education. Faz parte de uma série de nove discursos formais de Ludwig Von Mises, (1881-1973), pronunciados entre 23 de junho e 3 de julho de 1952, na Biblioteca Pública de São Francisco, São Francisco, Califórnia, num seminário patrocinado pela revista The Freeman. (Download ZIP/PDF)
Capítulos anteriores:
"Mente, Materialismo, e o destino do Homem - Capítulo I ";
"Conflitos de Classe e Socialismo Revolucionário - Capítulo II ";
LIBERAIS ACENTUARAM A IMPORTÂNCIA DO INDIVÍDUO. Os liberais do século XIX já consideravam o desenvolvimento do indivíduo a coisa mais importante. "Indivíduo e individualismo" era o slogan progressista e liberal. Reacionários já haviam atacado esta atitude no início do século XIX.
Os racionalistas e liberais do século XVIII ressaltaram que era necessário criar boas leis. Hábitos antigos que não podiam ser justificados pela racionalidade deveriam ser abandonados. A única justificação para uma lei era se ela era ou não responsável pela promoção do bem-estar social público. Em muitos países os liberais e racionalistas pediram constituições escritas, a codificações de leis, e por novas leis que permitiriam o desenvolvimento das faculdades de cada indivíduo.
Uma reação a esta idéia se desenvolveu, especialmente na Alemanha onde o jurista e historiador Friedrich Karl von Savigny [1779–1861] era influente. Savigny declarou que leis não podem ser escritas por homens; leis são desenvolvidas de algum modo místico pela alma de toda a unidade. Não é o indivíduo que pensa -- é a nação ou uma entidade social que utiliza o indivíduo somente para a expressão de seus próprios pensamentos. Esta idéia foi muito enfatizada por Marx e os marxistas. A este respeito os marxistas não eram os seguidores de Hegel, cuja idéia principal da evolução histórica era uma evolução para a liberdade do indivíduo.
Do ponto de vista de Marx e Engels, o indivíduo era uma coisa desprezível aos olhos da nação. Marx e Engels negaram que o indivíduo desempenhasse um papel na evolução histórica. Segundo eles, a história desenvolve-se a sua própria maneira. As forças produtivas materiais seguem do seu próprio modo, desenvolvendo-se independentemente das vontades dos indivíduos. E os eventos históricos vêm com a inevitabilidade de uma lei de natureza. As forças produtivas materiais trabalham como um diretor numa ópera; elas devem ter um substituto disponível no caso de um problema, como o diretor de ópera deve ter um substituto se o cantor adoecer. De acordo com esta idéia, Napoleão e Dante, por exemplo, eram sem importância -- se eles não tivessem aparecido para tomar seus próprios lugares especiais na história, outras pessoas teriam aparecido no palco para ocupar seus lugares.
Para entender certas palavras, você tem que entender o idioma Alemão. A partir do século XVII, um considerável esforço foi gasto na luta contra o uso de palavras latinas e na eliminação delas do idioma Alemão. Em muitos casos permaneceu uma palavra estrangeira, embora também houvesse uma expressão Alemã com o mesmo significado. As duas palavras começaram como sinônimos, mas no curso de história, elas adquiriram significados diferentes. Por exemplo, a palavra Umwälzung, a tradução Alemã literal da palavra latina revolução. Na palavra latina não havia nenhum sentido de lutar. Assim, na Alemanha evoluíram dois significados para a palavra "revolução" -- um significado para violência, e o outro significando uma revolução gradual como a "Revolução Industrial”. No entanto, Marx usa a palavra Alemã Revolução não somente para revoluções violentas, como as Revoluções Francesa ou Russa, mas também para a gradual Revolução Industrial.
Aliás, o termo Revolução Industrial foi introduzido por Arnold Toynbee [1852-1883]. Os marxistas dizem que "o que antecipa a derrota do capitalismo não é nenhuma revolução -- veja a Revolução Industrial".
Marx atribuiu um significado especial à escravatura, servidão, e outros sistemas de escravidão. Era necessário, disse ele, que os trabalhadores fossem livres para que o explorador os explorasse. Esta idéia veio da interpretação que ele deu à situação do senhor feudal que tinha que cuidar dos seus trabalhadores, mesmo quando eles não estivessem trabalhando. Marx interpretou as mudanças liberais como se elas estivessem liberando o explorador da responsabilidade pela vida dos trabalhadores. Marx não viu que o movimento liberal visava à abolição das desigualdades perante a lei, como entre o servo e senhor.
Karl Marx acreditava que acumulação de capitais era um obstáculo. Aos seus olhos, a única explicação para a acumulação de riqueza era que alguém tinha roubado um outro alguém. Para Karl Marx toda a Revolução Industrial consistiu simplesmente na exploração dos trabalhadores pelos capitalistas. Segundo ele, a situação dos trabalhadores ficou pior com a chegada do capitalismo. A diferença entre a situação dos trabalhadores e a dos escravos e servos era apenas que o capitalista não tinha nenhuma obrigação de cuidar dos trabalhadores que já não eram exploráveis, enquanto o senhor foi obrigado a cuidar dos escravos e servos. Esta é outra das contradições insolúveis do sistema marxista. No entanto, é aceita hoje por muitos economistas sem a compreensão do que esta contradição consiste.
De acordo com Marx, o capitalismo é uma etapa necessária e inevitável na história da humanidade que conduz os homens das condições primitivas para o milênio do socialismo. Se o capitalismo é um passo necessário e inevitável no caminho para o socialismo, então não se pode reivindicar constantemente, do ponto de vista de Marx, que o que o capitalista faz é eticamente e moralmente mau. Então, por que Marx ataca os capitalistas?
Marx diz que parte da produção é apropriada pelos capitalistas e retida dos trabalhadores. Segundo Marx, isto é muito ruim. A conseqüência é que os trabalhadores não estão mais em condições de consumir toda a produção. Uma parte do que eles produziram, portanto, fica sem consumo; existe um “subconsumo”. Por esta razão, porque há subconsumo, depressões econômicas acontecem regularmente. Esta é a teoria do subconsumo marxista das depressões. Porém Marx contradiz esta teoria noutros locais.
Os escritores marxistas não explicam por que a produção ocorre do mais simples para métodos mais complexos.
Marx também não fez menção do seguinte fato: Por volta de 1700, a população da Grã-Bretanha era aproximadamente 5,5 milhões; em meados de 1700, a população era de 6,5 milhões de pessoas, cerca de 500,000 delas eram simplesmente indigentes. O sistema econômico tinha produzido um “excesso” população. O problema de excesso populacional apareceu mais cedo na Grã-Bretanha do que na Europa continental. Isto aconteceu, em primeiro lugar, porque a Grã-Bretanha era uma ilha e assim não estava sujeita a invasão por exércitos estrangeiros, que ajudaram reduzir as populações na Europa. As guerras na Grã-Bretanha eram guerras civis, que eram ruins, mas elas pararam. E então desapareceu esta saída para o excesso populacional, de modo que o número excedente de pessoas cresceu. Na Europa, a situação era diferente por uma razão, a oportunidade de trabalhar na agricultura era mais favorável do que na Inglaterra.
O antigo sistema econômico da Inglaterra não pôde fazer face ao excedente populacional. As pessoas em excesso eram, na maior parte, pessoas muito más -- mendigos, assaltantes, ladrões e prostitutas. Eles eram sustentados por várias instituições, as leis dos pobres [1], e a caridade das comunidades. Alguns foram forçados para o serviço estrangeiro no exército e na marinha. Também havia pessoas supérfluas na agricultura. O sistema existente de grêmios e outros monopólios nas indústrias de manufatura tornou a expansão de indústria impossível. Nessas épocas pré-capitalistas, houve uma nítida divisão entre as classes da sociedade que podiam dispor de sapatos novos e roupas novas e aquelas que não podiam. As indústrias de manufatura produziam em geral para as classes altas. Aqueles que não podiam dispor de roupas novas usavam roupas usadas. Houve então um grande comércio de roupas de segunda mão -- um comércio que desapareceu quase completamente quando a indústria moderna começou produzir também para as classes mais baixas. Se o capitalismo não tivesse fornecido os meios de sustento para estas pessoas em “excesso”, elas teriam morrido de fome. A varíola respondeu por muitas mortes em tempos pré-capitalistas; agora já foi praticamente eliminada. Os aperfeiçoamentos na medicina também são produtos do capitalismo.
O que Marx chamou de a grande catástrofe da Revolução Industrial não foi nenhuma catástrofe no final das contas; ela provocou uma tremenda melhoria nas condições das pessoas. Caso contrário, muitos que sobreviveram não teriam sobrevivido. Não é verdade, como disse Marx, que os avanços da tecnologia só estão disponíveis aos exploradores e que as massas estão vivendo num estado muito pior que na véspera da Revolução Industrial. Tudo o que os marxistas dizem sobre exploração está absolutamente errado! Mentiras! Na realidade, o capitalismo tornou possível a sobrevivência de muitas pessoas que, do contrário, não teriam sobrevivido. E hoje muitas pessoas, ou a maioria das pessoas, vivem num padrão muito mais alto de vida que os seus antepassados viveram 100 ou 200 anos atrás.
Durante o século XVIII surgiram vários eminentes autores -- o mais conhecido foi Adam Smith [1723-1790] -- que defenderam a liberdade de comércio. E eles argumentaram contra monopólio, contra os grêmios, e contra privilégios dados pelo rei e o Parlamento. Secundariamente, alguns indivíduos engenhosos, quase sem qualquer poupança e capital, começaram a organizar os pobres famintos para produção, não em fábricas, mas fora das fábricas, e não somente para as classes altas. Estes novos produtores organizados começaram a fazer bens simples precisamente para as grandes massas. Esta foi a grande mudança que ocorreu; esta era a Revolução Industrial. E esta Revolução Industrial tornou mais comida e outros bens disponíveis de forma que a população aumentou. Ninguém viu menos o que realmente estava acontecendo que Karl Marx. Na véspera da Segunda Guerra Mundial, a população tinha aumentado tanto que havia 60 milhões de ingleses.
Você não pode comparar os Estados Unidos com a Inglaterra. Os Estados Unidos surgiu quase como um país do capitalismo moderno. Mas nós podemos dizer que, em geral, entre oito pessoas que moram hoje nos países da civilização Ocidental, sete só estão vivos por causa da Revolução Industrial. Você tem certeza que você é um dos oito que teriam sobrevivido até mesmo na ausência da Revolução Industrial? Se você não está seguro, pare e considere as conseqüências da Revolução Industrial.
A interpretação dada por Marx à Revolução Industrial também se aplica à interpretação da "superestrutura". Marx afirmou que as "forças produtivas materiais", as ferramentas e máquinas, produzem as "relações de produção", a estrutura social, direitos de propriedade, etc., que, por sua vez, produzem a "superestrutura", a filosofia, arte, e a religião. A "superestrutura", disse Marx, depende da condição de classe dos indivíduos, i.e., se ele é poeta, pintor, e assim por diante. Marx interpretou tudo o que aconteceu na vida espiritual da nação deste ponto de vista. Arthur Schopenhauer [1788-1860] foi chamado de filósofo dos donos de ações ordinárias e hipotecas. Friedrich Nietzsche [1844-1900] foi chamado de filósofo do grande negócio. Para cada mudança na ideologia, para cada mudança na música, arte, romance, jogo, os marxistas tinham uma interpretação imediata. Cada livro novo foi explicado pela "superestrutura" daquele dia particular. A cada livro foi atribuído um adjetivo -- "burguês" ou "proletário". A burguesia foi considerada uma massa reacionária homogênea.
Não pense que é possível um homem praticar durante toda sua vida certa ideologia sem acreditar nela. O uso do termo "capitalismo maduro" mostra plenamente como pessoas, que não pensam em si mesmas como marxistas de nenhuma forma, foram influenciadas por Marx. O Sr. e a Sra. Hammond, na realidade quase todos os historiadores, aceitaram a interpretação marxista da Revolução Industrial [2]. A única exceção é Ashton. [3]
Karl Marx, na segunda parte da sua carreira, não era um intervencionista; ele estava a favor de laissez-faire. Porque ele esperava que o colapso do capitalismo e a substituição pelo socialismo viriam da completa maturidade do capitalismo, ele era a favor de deixar capitalismo se desenvolver. Nesse sentido ele foi, em seus escritos e em seus livros, um defensor da liberdade econômica.
Marx acreditou que as medidas intervencionistas eram desfavoráveis porque elas atrasavam a vinda do socialismo. Os sindicatos recomendavam intervenções e, por isso, Marx se opunha a eles. Sindicatos não produzem nada de qualquer maneira e na verdade teria sido impossível elevar as taxas salariais se os produtores não tivessem produzido mais.
Marx reivindicou que as intervenções feriam os interesses dos trabalhadores. Os socialistas alemães votaram contra as reformas sociais de [Otto von] Bismarck instituídas aproximadamente em 1881 (Marx morreu em 1883). E neste país os comunistas estavam contra o New Deal. Claro que a razão real para a oposição deles ao governo no poder era muito diferente. Nenhum partido de oposição quer atribuir muito poder a outro partido. Ao elaborar programas socialistas, todo mundo assume tacitamente que ele próprio será o planejador ou o ditador, ou que o planejador ou ditador será totalmente dependente intelectualmente dele e que o planejador ou ditador será o seu faz-tudo. Ninguém quer ser um simples membro num esquema planejado por outro alguém.
Estas idéias de planejamento remontam ao tratado de Platão sobre a forma da comunidade. Platão era muito franco. Ele planejou um sistema governado exclusivamente por filósofos. Ele quis eliminar todas as decisões e direitos individuais. Ninguém deveria ir a qualquer lugar, descansar, dormir, comer, beber, lavar, a menos que lhe dissessem que fizesse assim. Platão quis reduzir as pessoas ao estado de peões no seu plano. O que é necessário é um ditador, que nomeia um filósofo como um tipo de primeiro-ministro ou presidente do conselho central de gestão de produção. O programa coerente de todos estes socialistas -- Platão e Hitler, por exemplo -- também planejava a produção dos futuros socialistas, a procriação e educação dos futuros membros da sociedade.
Durante os 2300 anos desde Platão, foi registrada muito pouca oposição às idéias dele. Nem mesmo por Kant. A influência psicológica a favor do socialismo deve ser levada em conta na discussão das idéias marxistas. Isto não se limita aos que se dizem marxistas.
Os marxistas negam que exista tal coisa como a busca do conhecimento pelo conhecimento. Mas eles não são consistentes neste caso também, porque eles dizem que um dos propósitos do estado socialista é eliminar essa busca pelo conhecimento. É uma ofensa para as pessoas, dizem eles, estudar coisas que são inúteis.
Agora eu quero discutir o significado da distorção ideológica das verdades. A consciência de classe não é desenvolvida no princípio, mas deve vir inevitavelmente. Marx desenvolveu sua doutrina de ideologia porque ele percebeu que não pôde responder às críticas levantadas contra o socialismo. A resposta dele era, “O que você diz não é verdade. É só ideologia. O que um homem pensa, de modo que nós não temos uma sociedade sem classes, é necessariamente uma ideologia de classe -- quer dizer, está baseado em uma falsa consciência”. [4] Sem qualquer explicação adicional, Marx assumiu que tal ideologia era útil à classe e para os membros da classe que a desenvolveu. Tais idéias tinham a meta de assegurar os objetivos de sua classe.
Marx e Engels apareceram e desenvolveram as idéias de classe do proletariado. Então, a partir de agora a doutrina da burguesia é absolutamente inútil. Talvez alguém possa dizer que a burguesia precisou desta explicação para solucionar o problema de má consciência. Mas por que eles deveriam ter uma má consciência se sua existência é necessária? E é necessária, de acordo com doutrina marxista, porque sem a burguesia, o capitalismo não pode desenvolver. E até que capitalismo esteja "maduro”, não pode haver socialismo.
Segundo Marx, a economia burguesa, às vezes chamada de "apologética da produção burguesa”, auxiliou a burguesia. Os marxistas poderiam ter dito que, o significado que a burguesia deu a esta péssima teoria burguesa justifica, em sua visão, bem como na visão dos explorados, o modo de produção capitalista, tornando assim possível a existência do sistema. Mas esta teria sido uma explicação bem não-marxista. Antes de qualquer coisa, de acordo com a doutrina marxista, não é necessário uma justificação para o sistema de produção burguês; a burguesia explora porque seu negócio é explorar, assim como explorar é o negócio dos micróbios. A burguesia não precisa de nenhuma justificação. A sua consciência de classe mostra para eles que eles têm que fazer isto; explorar é da natureza do capitalista.
Um amigo russo de Marx lhe escreveu dizendo que a tarefa dos socialistas deve ser ajudar a burguesia explorar melhor e Marx respondeu que aquilo não era necessário. Marx então escreveu uma nota curta dizendo que a Rússia poderia alcançar o socialismo sem passar pela fase capitalista. Na manhã seguinte ele deve ter percebido que, se ele admitisse que um país pudesse saltar uma das fases inevitáveis, isto destruiria toda a sua teoria. Assim ele não enviou a nota. Engels, que não era tão brilhante, descobriu este pedaço de papel na escrivaninha de Karl Marx, copiou a nota com sua própria mão, e enviou a cópia para Vera Zasulich [1849-1919], que era famosa na Rússia porque ela tinha tentado assassinar o Comissário de Polícia em São Petersburgo e foi absolvida pelo júri -- ela teve um bom conselho de defesa. Esta mulher publicou a nota de Marx, e se tornou um dos grandes quadros do Partido Bolchevique.
O sistema capitalista é um sistema no qual a promoção está precisamente de acordo com o mérito. Se as pessoas não forem bem sucedidas, há ressentimento em suas consciências. Relutam em admitir que elas não progridem por causa da sua falta de inteligência. Elas lançam sua falta de progresso sobre a sociedade. Muitos culpam sociedade e se voltam para o socialismo. Esta tendência é especialmente forte nas classes de intelectuais. Porque os profissionais tratam uns aos outros como iguais, os profissionais menos capazes se consideram "superiores" aos não profissionais e sentem que eles merecem mais reconhecimento do que eles recebem. A inveja possui um papel importante. Existe uma predisposição filosófica entre pessoas para a insatisfação com o estado existente de coisas. Há descontentamento, também, com as condições políticas. Se você estiver insatisfeito, você pergunta que outro tipo de estado pode ser considerado.
Marx tinha "anti-talento” -- i.e., uma falta de talento. Ele foi influenciado por Hegel e Feuerbach, especialmente pela crítica ao Cristianismo de Feuerbach. Marx admitiu que a doutrina de exploração foi retirada de um folheto anônimo publicado na década de 1820. Suas doutrinas econômicas eram distorções tomadas de [David] Ricardo [1772-1823]. [5]
Marx era economicamente ignorante; ele não percebeu que pode haver dúvidas relativas aos melhores meios de produção a ser aplicado. A grande pergunta é, como nós devemos usar os escassos fatores disponíveis de produção. Marx assumiu que o que tem que ser feito é óbvio. Ele não percebeu que o futuro é sempre incerto, que é o trabalho de todo homem de negócios prover para o futuro desconhecido. No sistema capitalista, os trabalhadores e tecnólogos obedecem ao empresário. Sob o socialismo, eles obedecerão ao funcionário socialista. Marx não levou em conta o fato que há uma diferença entre dizer o que tem que ser feito e fazer o que alguém disse que deve ser feito. O estado socialista é necessariamente um estado policial.
O desaparecimento gradual do estado de Marx foi apenas a tentativa de evitar responder à pergunta sobre o que aconteceria sob o socialismo. Sob o socialismo, os condenados saberão que eles estão sendo castigados para o benefício de toda sociedade.
O terceiro volume do Das Kapital foi preenchido com longas citações das audiências dos Comitês Parlamentares Britânicos sobre o dinheiro e os bancos, e elas não fazem nenhum sentido [6]. Por exemplo, "O sistema monetário é essencialmente o católico, o sistema de crédito essencialmente protestante... Mas o sistema de crédito não se emancipa da base do sistema monetário mais que o Protestantismo se emancipa dos fundamentos do Catolicismo". [7] Totalmente absurdo!
Notas:
[1] - [Legislação inglesa relacionada a assistência pública para os pobres, datando da era de Elizabeth e emendada em 1834 para instituir um socorro uniforme nacionalmente supervisionado -- Ed.]
[2] - [J. L. and Barbara Hammond, autores da triologia The Village Labourer (1911), The Town Labourer (1917), e The Skilled Labourer (1919) — Ed.]
[3] - [T.S. Ashton, The Industrial Revolution 1760-1830 (London: Oxford University Press, 1998 [1948, 1961]) — Ed.]
[4] - Conferir o artigo “Polilogismo: Karl Marx e os Nazistas” para mais detalhes; é uma tradução de um trecho do livro Omnipotent Government de Ludwig von Mises.
[5] - [On the Principles of Political Economy and Taxation (London: John Murray, 1821 [1817]).]
[6] - [Capital: A Critique of Political Economy, III (Chicago: Charles H. Kerr, Chicago, 1909), pp. 17, 530–677ff.]
[7] - [Ibid., p. 696.]
A porcaria do PSOL criminaliza a propriedade privada
Do blog O GARGANTA DE FOGO
Os socialistas do PSOL (que significa PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (é piada, não???), de Goiânia conseguiram aprovar uma lei da cartilha marxista, o imposto territorial urbano progressivo.
Quem não der uma "função social" para seu terreno vazio, terá a alíquota de seu imposto aumentada ano a ano e, não ocorrendo o pagamento, perderá o terreno para o Estado.
Que coisa linda!
Agora a propriedade privada já é oficialmente crime por aqui…
Comentário do Cavaleiro do Templo: para entender porque o Yuri, dono do blog citado afirma isto, leia o post abaixo ou clique aqui. Esta dica também é do Yuri, ok?
Os socialistas do PSOL (que significa PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (é piada, não???), de Goiânia conseguiram aprovar uma lei da cartilha marxista, o imposto territorial urbano progressivo.
Quem não der uma "função social" para seu terreno vazio, terá a alíquota de seu imposto aumentada ano a ano e, não ocorrendo o pagamento, perderá o terreno para o Estado.
Que coisa linda!
Agora a propriedade privada já é oficialmente crime por aqui…
Comentário do Cavaleiro do Templo: para entender porque o Yuri, dono do blog citado afirma isto, leia o post abaixo ou clique aqui. Esta dica também é do Yuri, ok?
Reforma tributária marxista
Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Fernando Lobo d’Eça em 21 de agosto de 2003
Resumo: Fernando Lobo d’Eça analisa o Projeto de Reforma Tributária do governo Lula e conclui que ele segue à risca as recomendações marxistas para a tomada lenta e gradual da propriedade privada pelo Estado.
© 2003 MidiaSemMascara.org
Fernando Lobo d’Eça, especial para o MSM * - Quem se der ao trabalho de analisar o Projeto de Reforma Tributária enviado pelo Governo Lula ao Congresso, constatará que, além do nítido viés marxista, o mesmo altera sensivelmente o atual Regime Tributário da propriedade privada estabelecido pelo povo na Constituição original, com importantes inovações que aumentarão sensivelmente a carga tributária, além de desestimular a poupança interna e de suprimir várias garantias do contribuinte.
Na exposição de motivos, sugestiva e conjuntamente redigida por José Dirceu e Palocci, dentre as "finalidades" suposta e explicitamente almejadas estariam: a) a simplificação e racionalização do sistema e elevação de sua eficiência econômica; b) o estímulo à produção, investimento produtivo e geração de renda e emprego, c) a minoração da regressividade do sistema, d) a ampliação do universo de contribuintes e e) a mudança do modelo sem causar redução da receita.
Entretanto à simples leitura do texto proposto, já se constata que a referida reforma não somente não atingirá nenhuma das "finalidades" explicitadas, como apresenta nítido viés ideológico marxista, de vez que a par de representar um ataque fulminante à propriedade privada, contem uma série de irracionalidades que inevitavelmente nos conduzirão a um desestímulo de investimentos na propriedade rural e urbana.
Realmente, do texto da Reforma verifica-se a instituição da progressividade genérica de alíquotas em função do valor da propriedade, tanto do Imposto Territorial Rural (ITR - que passa a ser arrecadado pelos Estados) como nos Impostos de Transmissão "inter vivos" e "causa mortis", sendo certo que, quanto a este último, vale lembrar que a progressividade já foi proclamada inconstitucional pela Suprema Corte na vigência do atual do texto da Constituição. Em suma, em razão do texto da Reforma ora proposta e da recente Emenda Constitucional nº 29 aprovada em 13/09/2000 durante o Governo Fernando Henrique Cardoso (DOU de 14/09/2000 - em vigor desde a publicação), constata-se que da conjugação de ambas e, caso seja aprovada a Emenda de reforma do Governo Lula, teremos quatro impostos progressivos, sendo dois anuais (IPTU e ITR) sobre a propriedade rural e urbana, e dois sobre a transmissão de qualquer propriedade ("inter vivos" e "causa mortis"), cuja progressividade, agora franqueada pela Alteração do texto constitucional original, simplesmente nulifica propriedade privada que o povo, na Constituição original, pretendeu ver garantida, possibilitando o puro confisco da propriedade privada pelo Estado, agora dentro da "legalidade".
Para realçar o viés marxista da reforma proposta pelo Governo Lula basta lembrar que, desde 1848, K. Marx e F. Engels recomendavam o estabelecimento de impostos especialmente progressivos como uma das medidas a tomar após a primeira fase da revolução, de modo que o proletariado utilizasse seu poder para privar cada vez mais os burgueses do capital e centralizar todos os meios de produção no Estado (cf. K. Marx e F. Engels, in Augewahlte Schriften, vol. I, 1958, pág. 42). Exatamente para coibir a interferência ideológica na tributação a melhor Doutrina sempre entendeu que os Estados Democráticos de Direito que garantem a propriedade não podem permitir ao mesmo tempo que a propriedade se veja minada e finalmente suprimida por meio de impostos (cf. Tipke, Klaus, in Moral Tributária del Estado e de los Contribuientes, tradução espanhola do original alemão Besteuerrungsmoral und Steuermoral por Pedro M. Herrera Molina, Marcial Pons, Ed. Jurídicas e Sociales S/A, Madrid, 2002, pág. 60), razão pela qual as Constituições modernas procuram proibir o confisco da propriedade privada através da tributação.
Fiel à melhor Doutrina, analisando a redação original da Constituição de 1988, nossa Suprema Corte num passado recente já fulminou a instituição do sistema genérico de progressividade de alíquotas em função do valor da propriedade tentado pelos Municípios, tanto no que se refere ao imposto sobre a propriedade (IPTU - Ac. do STF - Pleno no RE nº 204.827-5, Rel. Min Ilmar Galvão, publ. in DJU-I de 19/12/96, pág 51.764), quanto no que toca ao imposto sobre transmissão da propriedade (ITBI - cf. decisão do STF, Pleno no RE 234.105, Rel. Min. Mário Velloso, DJU de 31.3.2000), ao sólido fundamento de que o sistema de progressividade em função do valor dos bens nos impostos sobre "não pessoais" viola o princípio da capacidade contributiva previsto no art. 145, § 1º da CF/88. Assim, não resta dúvida de que, relativamente ao IPTU e ao ITBI, a par de afrontarem ao entendimento da Suprema Corte, tanto Emenda Constitucional nº 29, como a atual proposta de Emenda, visaram única e exclusivamente afastar os óbices constitucionais ao confisco paulatino da propriedade privada em função do seu valor, assim retirando toda a substância do direito.
No caso específico do Imposto Territorial Rural da União (ITR), além dos vícios da progressividade genérica comuns ao IPTU e ITBI há pouco lembrados, verifica-se que o projeto de reforma tributária padece de irracionalidade gritante, de vez que ao deslocar a competência tributária da União para os Estados, ao mesmo tempo em que mantém a competência da União para legislar sobre Direito Agrário (art. 22, inc. I) e para desapropriar para fins de reforma agrária (art. 184 da CF/88), o projeto possibilita um conflito de competências entre a União e os Estados, o que não se deve admitir num Estado Federal. Realmente, já no final do século XIX, Joseph Story nos ensinava - e é elementar - que "o poder de tributar compreende o poder de destruir", e que "o poder de destruir pode nulificar o poder de criar", donde decorre que "repugna conferir a um governo poder para restringir as medidas constitucionais de outro poder" (cf. in Comentários à Constituição dos Estados Unidos, última edição de 1891, traduzida e adaptada à Constituição Brasileira por Theófilo Ribeiro, 1ª Ed., 1895, vol II, pág. 197). Assim, parece não haver dúvida de que o deslocamento da competência tributária do ITR para os Estados dará a estes, individualmente, o poder de destruir e nulificar as políticas agrícola, fundiária e da reforma agrária que o povo quis fosse privativamente fixada pela União (cf. arts. 184 a 189 da CF/88).
Outrossim, não é difícil prever as funestas conseqüências econômicas da reforma proposta, com sérios reflexos nos custos de produção, nos preços dos produtos agrícolas e na política de exportação desses produtos. De fato, a desuniformidade da tributação estadual das propriedades rurais situadas nos diversos Estados, certamente gerará uma desuniformidade nos custos de arrendamento da terra e de produção (entre os quais se conta a tributação da terra), que farão aumentar o preço dos produtos agrícolas, em prejuízo dos consumidores e da política de exportação dos produtos agrícolas, sem falar no desestímulo dos produtores agrícolas estabelecidos em certos Estados de tributação mais pesada (principalmente no que toca aos produtos cujos preços são fixados pelo mercado internacional), que preferirão vender ou simplesmente abandonar as lavouras do que cultivar com prejuízo, com diminuição real da área agriculturável e da produção agrícola no país. No atual momento em que só conseguimos exportar porque nossa safra agrícola bate recordes de produtividade, adquirindo economia de escala e preços internacionalmente competitivos, o projeto de reforma do ITR proposto pelo Governo Lula, em vez de contribuir para reduzir os custos de produção agrícola, racionalizar e unificar as políticas agrícola, fundiária e da reforma agrária, somente vem a aumentar os custos da propriedade e da produção agrícolas, gerando mais insegurança e incerteza.
Assim, além de não adimplir nenhuma das "finalidades" suposta e explicitamente almejadas (simplificação e racionalização do sistema, elevação de sua eficiência econômica, estímulo à produção, investimento produtivo e geração de renda e emprego, minoração da regressividade do sistema, ampliação do universo de contribuintes e mudança do modelo sem causar redução da receita) e, apresentar-se despojada dos requisitos de técnica e racionalidade acenados na sua Exposição de Motivos, a pretendida reforma da tributação da propriedade rural e urbana proposta pelo Governo Lula, instituindo o sistema genérico de progressividade de alíquotas em função do valor da propriedade (urbana e rural), somente encontra justificativa no cumprimento do ideário marxista que, não só revela a natureza de seus mentores, como reitera a verdade axiomática do adágio segundo o qual, "Natura determinatur ad unum".
por Fernando Lobo d’Eça em 21 de agosto de 2003
Resumo: Fernando Lobo d’Eça analisa o Projeto de Reforma Tributária do governo Lula e conclui que ele segue à risca as recomendações marxistas para a tomada lenta e gradual da propriedade privada pelo Estado.
© 2003 MidiaSemMascara.org
Fernando Lobo d’Eça, especial para o MSM * - Quem se der ao trabalho de analisar o Projeto de Reforma Tributária enviado pelo Governo Lula ao Congresso, constatará que, além do nítido viés marxista, o mesmo altera sensivelmente o atual Regime Tributário da propriedade privada estabelecido pelo povo na Constituição original, com importantes inovações que aumentarão sensivelmente a carga tributária, além de desestimular a poupança interna e de suprimir várias garantias do contribuinte.
Na exposição de motivos, sugestiva e conjuntamente redigida por José Dirceu e Palocci, dentre as "finalidades" suposta e explicitamente almejadas estariam: a) a simplificação e racionalização do sistema e elevação de sua eficiência econômica; b) o estímulo à produção, investimento produtivo e geração de renda e emprego, c) a minoração da regressividade do sistema, d) a ampliação do universo de contribuintes e e) a mudança do modelo sem causar redução da receita.
Entretanto à simples leitura do texto proposto, já se constata que a referida reforma não somente não atingirá nenhuma das "finalidades" explicitadas, como apresenta nítido viés ideológico marxista, de vez que a par de representar um ataque fulminante à propriedade privada, contem uma série de irracionalidades que inevitavelmente nos conduzirão a um desestímulo de investimentos na propriedade rural e urbana.
Realmente, do texto da Reforma verifica-se a instituição da progressividade genérica de alíquotas em função do valor da propriedade, tanto do Imposto Territorial Rural (ITR - que passa a ser arrecadado pelos Estados) como nos Impostos de Transmissão "inter vivos" e "causa mortis", sendo certo que, quanto a este último, vale lembrar que a progressividade já foi proclamada inconstitucional pela Suprema Corte na vigência do atual do texto da Constituição. Em suma, em razão do texto da Reforma ora proposta e da recente Emenda Constitucional nº 29 aprovada em 13/09/2000 durante o Governo Fernando Henrique Cardoso (DOU de 14/09/2000 - em vigor desde a publicação), constata-se que da conjugação de ambas e, caso seja aprovada a Emenda de reforma do Governo Lula, teremos quatro impostos progressivos, sendo dois anuais (IPTU e ITR) sobre a propriedade rural e urbana, e dois sobre a transmissão de qualquer propriedade ("inter vivos" e "causa mortis"), cuja progressividade, agora franqueada pela Alteração do texto constitucional original, simplesmente nulifica propriedade privada que o povo, na Constituição original, pretendeu ver garantida, possibilitando o puro confisco da propriedade privada pelo Estado, agora dentro da "legalidade".
Para realçar o viés marxista da reforma proposta pelo Governo Lula basta lembrar que, desde 1848, K. Marx e F. Engels recomendavam o estabelecimento de impostos especialmente progressivos como uma das medidas a tomar após a primeira fase da revolução, de modo que o proletariado utilizasse seu poder para privar cada vez mais os burgueses do capital e centralizar todos os meios de produção no Estado (cf. K. Marx e F. Engels, in Augewahlte Schriften, vol. I, 1958, pág. 42). Exatamente para coibir a interferência ideológica na tributação a melhor Doutrina sempre entendeu que os Estados Democráticos de Direito que garantem a propriedade não podem permitir ao mesmo tempo que a propriedade se veja minada e finalmente suprimida por meio de impostos (cf. Tipke, Klaus, in Moral Tributária del Estado e de los Contribuientes, tradução espanhola do original alemão Besteuerrungsmoral und Steuermoral por Pedro M. Herrera Molina, Marcial Pons, Ed. Jurídicas e Sociales S/A, Madrid, 2002, pág. 60), razão pela qual as Constituições modernas procuram proibir o confisco da propriedade privada através da tributação.
Fiel à melhor Doutrina, analisando a redação original da Constituição de 1988, nossa Suprema Corte num passado recente já fulminou a instituição do sistema genérico de progressividade de alíquotas em função do valor da propriedade tentado pelos Municípios, tanto no que se refere ao imposto sobre a propriedade (IPTU - Ac. do STF - Pleno no RE nº 204.827-5, Rel. Min Ilmar Galvão, publ. in DJU-I de 19/12/96, pág 51.764), quanto no que toca ao imposto sobre transmissão da propriedade (ITBI - cf. decisão do STF, Pleno no RE 234.105, Rel. Min. Mário Velloso, DJU de 31.3.2000), ao sólido fundamento de que o sistema de progressividade em função do valor dos bens nos impostos sobre "não pessoais" viola o princípio da capacidade contributiva previsto no art. 145, § 1º da CF/88. Assim, não resta dúvida de que, relativamente ao IPTU e ao ITBI, a par de afrontarem ao entendimento da Suprema Corte, tanto Emenda Constitucional nº 29, como a atual proposta de Emenda, visaram única e exclusivamente afastar os óbices constitucionais ao confisco paulatino da propriedade privada em função do seu valor, assim retirando toda a substância do direito.
No caso específico do Imposto Territorial Rural da União (ITR), além dos vícios da progressividade genérica comuns ao IPTU e ITBI há pouco lembrados, verifica-se que o projeto de reforma tributária padece de irracionalidade gritante, de vez que ao deslocar a competência tributária da União para os Estados, ao mesmo tempo em que mantém a competência da União para legislar sobre Direito Agrário (art. 22, inc. I) e para desapropriar para fins de reforma agrária (art. 184 da CF/88), o projeto possibilita um conflito de competências entre a União e os Estados, o que não se deve admitir num Estado Federal. Realmente, já no final do século XIX, Joseph Story nos ensinava - e é elementar - que "o poder de tributar compreende o poder de destruir", e que "o poder de destruir pode nulificar o poder de criar", donde decorre que "repugna conferir a um governo poder para restringir as medidas constitucionais de outro poder" (cf. in Comentários à Constituição dos Estados Unidos, última edição de 1891, traduzida e adaptada à Constituição Brasileira por Theófilo Ribeiro, 1ª Ed., 1895, vol II, pág. 197). Assim, parece não haver dúvida de que o deslocamento da competência tributária do ITR para os Estados dará a estes, individualmente, o poder de destruir e nulificar as políticas agrícola, fundiária e da reforma agrária que o povo quis fosse privativamente fixada pela União (cf. arts. 184 a 189 da CF/88).
Outrossim, não é difícil prever as funestas conseqüências econômicas da reforma proposta, com sérios reflexos nos custos de produção, nos preços dos produtos agrícolas e na política de exportação desses produtos. De fato, a desuniformidade da tributação estadual das propriedades rurais situadas nos diversos Estados, certamente gerará uma desuniformidade nos custos de arrendamento da terra e de produção (entre os quais se conta a tributação da terra), que farão aumentar o preço dos produtos agrícolas, em prejuízo dos consumidores e da política de exportação dos produtos agrícolas, sem falar no desestímulo dos produtores agrícolas estabelecidos em certos Estados de tributação mais pesada (principalmente no que toca aos produtos cujos preços são fixados pelo mercado internacional), que preferirão vender ou simplesmente abandonar as lavouras do que cultivar com prejuízo, com diminuição real da área agriculturável e da produção agrícola no país. No atual momento em que só conseguimos exportar porque nossa safra agrícola bate recordes de produtividade, adquirindo economia de escala e preços internacionalmente competitivos, o projeto de reforma do ITR proposto pelo Governo Lula, em vez de contribuir para reduzir os custos de produção agrícola, racionalizar e unificar as políticas agrícola, fundiária e da reforma agrária, somente vem a aumentar os custos da propriedade e da produção agrícolas, gerando mais insegurança e incerteza.
Assim, além de não adimplir nenhuma das "finalidades" suposta e explicitamente almejadas (simplificação e racionalização do sistema, elevação de sua eficiência econômica, estímulo à produção, investimento produtivo e geração de renda e emprego, minoração da regressividade do sistema, ampliação do universo de contribuintes e mudança do modelo sem causar redução da receita) e, apresentar-se despojada dos requisitos de técnica e racionalidade acenados na sua Exposição de Motivos, a pretendida reforma da tributação da propriedade rural e urbana proposta pelo Governo Lula, instituindo o sistema genérico de progressividade de alíquotas em função do valor da propriedade (urbana e rural), somente encontra justificativa no cumprimento do ideário marxista que, não só revela a natureza de seus mentores, como reitera a verdade axiomática do adágio segundo o qual, "Natura determinatur ad unum".
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".