Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
sábado, 11 de abril de 2009
Coral Milton Friedman
Tradução e legendas minhas (leia-se deste internauta: http://www.youtube.com/user/FightBadIdeas).
Para um exposição mais clara sobre os tópicos abordados, veja o documentário ou o livro 'Free to Choose', em especial o capítulo 'What's wrong with our schools'.
Para ver 'Free to Choose' na íntegra e de graça (porém em inglês) ou para adquirir o DVD, visite o site do 'Idea Channel':http://www.ideachannel.tv/
quinta-feira, 9 de abril de 2009
MP X SEM-TERRA - “Se estou sozinho, estou errado”
Entrevista: Gilberto Thums, PROCURADOR DE JUSTIÇA
Um dia depois de admitir a possibilidade de mudar a sua opinião a respeito do funcionamento das escolas itinerantes, o procurador Gilberto Thums conversou com Zero Hora e com a Rádio Gaúcha. A seguir, a síntese das entrevistas:
Pergunta – O que fez o senhor mudar de ideia em relação ao fechamento das escolas itinerantes?
Gilberto Thums – O problema é que no momento há um caldeirão fervendo. Existe pressão de todos os lados. Inclusive da área técnica do MEC dizendo que as escolas têm uma função importante e que existe a possibilidade de um ensino diferenciado. Dizendo que a visão do MP é radical e que estamos em conluio com o governo estadual. Achei de bom senso que uma comissão de promotores que são neutros, ligados à Infância e Juventude para que esse termo fosse revisto.
Pergunta – O que fez o senhor se sensibilizar e concordar em buscar um meio-termo?
Thums – Ouvi a fala da professora do Conselho Estadual de Educação, os discursos das deputadas (ambas do PT) Stela Farias e Marisa Formolo. A deputada Mariza disse que mais triste do que não ter educação de qualidade é não ter direito à educação. Essa frase para mim foi impactante. Fiquei bastante tempo pensando nela. Então, ninguém pode ser tão radical. Todo radicalismo extremado leva à irracionalidade.
Pergunta – Não é pior as crianças não frequentarem nenhuma escola?
Thums – Frequentar escola do MST e não frequentar nenhuma dá na mesma. Igual não há controle. Ninguém sabe quantos dias as crianças frequentam a escola, ninguém conhece o programa mínimo que ela recebe na escola. Honestamente, vai mudar muito pouco.
Pergunta – Por que o senhor está tirando o time de campo?
Thums – É uma posição suicida. É de extrema antipatia. Sou demonizado em todos os sites do mundo relacionados com o MST. Não tenho apoio do Ministério Público em geral no país inteiro. Então, se eu estou sozinho, estou chegando à conclusão de que estou errado. A pressão é muito forte.
Pergunta – Inclusive no Ministério Público?
Thums – Não, aqui eu tenho plena liberdade. O problema é que a minha posição é antipática, de grande desgaste da instituição.
Pergunta – Que pressões há sobre o Ministério Público?
Thums – O que mais me chocou foi, no final do ano, uma moção de repúdio pelo grupo de promotores ligados aos direitos humanos, afirmando que a atuação do MP estaria violando direitos. É claro que eles não sabem o que está se tratando.
Pergunta – O senhor decidiu se afastar por pedido da nova procuradora-geral?
Thums – Não, ela não me pediu nada. Mas meu comportamento tem a ver com o discurso da Simone, no sentido de apaziguamento. Estou sensibilizado pelo momento da administração do Ministério Público porque já são muitos os problemas.
Pergunta – Que pressões o senhor recebe de outras instituições?
Thums – Estou sendo minado por todos os lados. Sofro pressão até nas universidades, até dos intelectuais. Estou sendo demonizado em todos os sites da rede mundial, inclusive internacionais. Tenho de rever essas coisas. Uma pessoa não pode achar que só ela está certa e o mundo errado. De repente, então, estou errado. Coloquei meu nome no google e tem mais de 150 mil ocorrências, inclusive em sites religiosos. A minha fotografia é colocada ao lado de Hitler. São coisas que só me desgastam.
Pergunta – O senhor se sente ameaçado?
Thums – Estou recebendo muitos sinais fortes. Tudo que falo com as pessoas em off pelo telefone está sendo gravado. Recebo mensagens de voz com as gravações da minha própria conversa. Recebi cinco mensagens. Aconteceu também de uma pessoa jogar o carro contra mim enquanto estava fazendo as minhas corridas. Na hora, achei que fosse um louco. Depois que passou o susto, fiquei pensando a que se deve isso. Talvez eu esteja com paranoia, mas muitas coisas estão mudando na minha rotina diária.
Pergunta – O senhor imaginou que a sua sugestão de fechar as escolas traria tanto problema?
Thums – Eu imaginei que os pais matriculariam seus filhos em escolas públicas. A gente não avaliou o poder do movimento. O movimento é mais forte do que qualquer instituição. Eu não imaginaria que eles iriam mesmo enfrentar essa decisão. Tenho a impressão de que, no futuro, vão me dar razão, vão reconhecer que eu não era tão louco assim.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Situação Surreal: Presidente da Petrobras volta a descartar queda no preço da gasolina
Apesar da estabilidade dos preços do petróleo no mercado internacional, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli insiste em desafiar o bom senso coletivo. A situação absurda começa a ganhar manchetes na imprensa mundial. Analistas estrangeiros não conseguem compreender a lógica perversa da política de preços do governo brasileiro, que beneficia apenas os cofres da estatal e o bolso dos acionistas. Apesar da produção de petróleo ter registrado constantes altas no país e a realidade dos mais preços baixos e estáveis do petróleo nos mercados internacionais, os preços da gasolina no Brasil são mantidos como os mais elevados do mundo, avaliam os anoalistas. Uma situação como esta não seria sustentável em nenhum lugar do planeta. Haveriam fortes protestos e manifestações gigantescas contra o abuso nos preços. No caso do Brasil, não é possível avaliar se a população local é mesmo dócil ou indiferente em relação à exploração sofrida, graças à conivência dos meios de comunicação. A única coisa que se pode afirmar categoricamente diz respeito à ganância e má fé daqueles que impõem tamanha injustiça os verdadeiros donos da riqueza.
Olavo falou da incapacidade do Christovam Buarque. O "cênadô" prova que é muito mais do que incapaz...
Enviada em: quarta-feira, 1 de abril de 2009 11:09
Para: Sen. Cristovam Buarque; Sen. Jose Nery
Assunto: Comissão de Direitos Humanos
Abraço,
Cristovam
"Junte-se a nós no Movimento Educacionista"
"Você já leu o livro "O que é Educacionismo", publicado pela Editora Brasiliense?
Acesse o site www.editorabrasiliense.com.br
www.cristovam.org.br
www.educacao-ja.org.br
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terça-feira, 7 de abril de 2009
Tomas Schuman ou Yuri Bezmenov
Abaixo estão palestras e entrevistas deste ex-espião soviético que diz ao Ocidente o perigo imenso em que a nossa civilização se encontra.
Ministério da Educação - se isto não for crime, que alguém me diga o que é!
Milton Friedman - lucidez é para poucos, aproveitemos estes raros momentos de luz na escuridão
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Aula espetacular de Milton Friedman
Trecho de uma entrevista com Phil Donahue, em 1979.
Tradução e legendas minhas (o autor da tradução e das legendas encontra-se AQUI).
Para o 'original' (Milton Friedman - Greed, sem legendas em português) visite:
http://www.youtube.com/watch?v=RWsx1X...
PS.: Se você entende inglês, não deixe de ler ou assistir 'Free to Choose', uma verdadeira obra prima de divulgação científica em economia, que esclarece muito bem as idéias do Milton Friedman.
Para ver 'Free to Choose' na íntegra e de graça (porém em inglês) ou para adquirir o DVD, visite o site do 'Idea Channel':
http://www.ideachannel.tv/
A grandeza de Josef Stálin
A Segunda Guerra Mundial foi preparada e provocada deliberadamente pelo governo soviético desde a década de 20, naquilo que constituiu talvez o mais ambicioso, complexo e bem-sucedido plano estratégico de toda a história humana. O próprio surgimento do nazismo foi uma etapa intermediária, não de todo prevista no esquema originário, mas rapidamente assimilada para dar mais solidez aos resultados finais.
Os documentos dos arquivos de Moscou reunidos pelos historiadores russos Yuri Dyakov e Tatyana Bushuyeva em "The Red Army and the Wehrmacht" (Prometheus Books, 1995) não permitem mais fugir a essa conclusão.
Reduzida à miséria por indenizações escorchantes e forçada pelo Tratado de Versalhes a se desarmar, a Alemanha sabia que, para ter seu Exército de volta, precisaria reconstruí-lo em segredo. Mas burlar a fiscalização das potências ocidentais era impossível. A ajuda só poderia vir da URSS.
Enquanto isso, Stálin, descrente dos movimentos revolucionários europeus, pensava em impor o comunismo ao Ocidente por meio da ocupação militar. Nessa perspectiva, a Alemanha surgia naturalmente como a ponta-de-lança ideal para debilitar o adversário antes de um ataque soviético. Foi para isso que Stálin investiu pesadamente no rearmamento secreto da Alemanha e cedeu parte do território soviético para que aí as tropas alemãs se reestruturassem, longe da vigilância franco-britânica. De 1922 até 1939, a URSS militarizou ilegalmente a Alemanha com o propósito consciente de desencadear uma guerra de dimensões continentais. A Segunda Guerra foi, de ponta a ponta, criação de Stálin.
O sucesso do nazismo não modificou o plano, antes o reforçou. Stálin via o nazismo como um movimento anárquico, bom para gerar confusão, mas incapaz de criar um poder estável. A ascensão de Hitler era um complemento político e publicitário perfeito para o papel destinado à Alemanha no campo militar. Se o Exército alemão iria arrombar as portas do Ocidente para o ingresso das tropas soviéticas, a agitação nazista constituiria, na expressão do próprio Stálin, "o navio quebra-gelo" da operação. Debilitando a confiança européia nas democracias, espalhando o caos e o pânico, o nazismo criaria as condições psicossociais necessárias para que o comunismo, trazido nas pontas das baionetas soviéticas com o apoio dos movimentos comunistas locais, aparecesse como um remédio salvador.
Para realizar o plano, Stálin tinha de agir com prudente e fino maquiavelismo. Precisava fortalecer a Alemanha no presente, para precipitá-la num desastre no futuro, e precisava cortejar o governo nazista ao mesmo tempo em que atiçava contra ele as potências ocidentais. Tarimbado na práxis dialética, ele conduziu com espantosa precisão essa política de mão dupla na qual reside a explicação lógica de certas contradições de superfície que na época desorientaram e escandalizaram os militantes mais ingênuos (como as sutilezas da estratégia do sr. José Dirceu escandalizam e desorientam a sra. Heloísa Helena).
Por exemplo, ele promovia uma intensa campanha antinazista na França, ao mesmo em tempo que ajudava a Alemanha a se militarizar, organizava o intercâmbio de informações e prisioneiros entre os serviços secretos da URSS e da Alemanha para liquidar as oposições internas nos dois países e recusava qualquer ajuda substantiva aos comunistas alemães, permitindo, com um sorriso cínico, que fossem esmagados pelas tropas de assalto nazistas. A conduta aparentemente paradoxal da URSS na Guerra Civil Espanhola também foi calculada dentro da mesma concepção estratégica.
Mobilizando batalhões de idiotas úteis nas classes intelectuais do Ocidente, a espetaculosa ostentação estalinista de antinazismo - cujos ecos ainda se ouvem nos discursos da esquerda brasileira, última crente fiel nos mitos dos anos 30 - serviu para camuflar a militarização soviética da Alemanha, mas também para jogar o Ocidente contra um inimigo virtual que, ao mesmo tempo, estava sendo jogado contra o Ocidente.
Hitler, que até então era um peão no tabuleiro de Stálin, percebeu o ardil e decidiu virar a mesa, invadindo a URSS. Mas Stálin soube tirar proveito do imprevisto, mudando rapidamente a tônica da propaganda comunista mundial do pacifismo para o belicismo e antecipando a transformação, prevista para muito depois, do antinazismo de fachada em antinazismo armado. Malgrado o erro de cálculo logo corrigido, o plano deu certo: a Alemanha fez seu papel de navio quebra-gelo, foi a pique, e a URSS ascendeu à posição de segunda potência mundial dominante, ocupando militarmente metade da Europa e aí instalando o regime comunista.
Na escala da concepção estalinista, o que representam 40 milhões de mortos, o Holocausto, nações inteiras varridas do mapa, culturas destruídas, loucura e perdição por toda parte? Segundo Trótski, o carro da história esmaga as flores do caminho. Lênin ponderava que sem quebrar ovos não se pode fazer uma omelete. Flores ou ovos, o sr. Le Pen, mais sintético, resumiria o caso numa palavra: "Detalhes". Apenas detalhes. Nada que possa invalidar uma grandiosa obra de engenharia histórica, não é mesmo?
Por ter colaborado nesse empreendimento, o sr. Apolônio de Carvalho foi, no entender do ministro Márcio Thomaz Bastos, um grande herói. Mas, se o miúdo servo de Stálin tem as proporções majestosas de um herói, o que teria sido o próprio Stálin? Um deus?
O PERFEITO ESPERTO LATINO-AMERICANO
A culpa é dos brancos de olhos azuis. Você já viu um banqueiro negro ou índio?
LULA
Lula foi imensamente criticado por ter dito estas palavras: racista, ignorante, mal-educado, inconveniente, anti-diplomático! Não concordo com nenhuma destas acusações e contraponho: esperto!
No início eu também me deixei enganar por este erro de avaliação muito perigoso: confundir ignorância e incultura com burrice ou estupidez. Lula é ignorante e inculto, jamais burro ou estúpido. É de uma esperteza atroz! Não, Lula não é inteligente, esperteza não é inteligência. Um sujeito inteligente, tão logo galgou os degraus da fama como líder sindicalista e passou a ganhar razoavelmente bem, trataria de estudar e fazer um curso superior ou ao menos profissionalizante, como muitos outros fizeram e hoje são advogados, médicos, engenheiros, etc. Lula não, espertalhão, percebeu logo a vantagem da ignorância num país de ignorantes. Inteligência e esperteza não se excluem, como demonstrou seu mestre Golbery do Couto e Silva, que anteviu nele o líder operário que podia fazer frente aos comunistas e aos pelegos do sindicalismo. Lula foi seu discípulo e, como freqüentemente (com trema!) acontece, o aprendiz superou o mestre.
No xadrez da política Lula é um Grande Mestre que sabe a hora certa de oferecer um gambito (em xadrez gambito é uma abertura em que se oferece uma peça, geralmente um peão, tendo em vista o ganho de tempo para um melhor desenvolvimento ou a obtenção de outras vantagens). Nosso Grande Mestre difere dos seus “colegas” enxadristas porque seus movimentos não são devidos ao árduo estudo de técnicas. Age intuitivamente oferecendo uma peça aparentemente valiosa para ganhar logo a seguir muito mais. O caso em apreço foi um legítimo gambito de Dama, jogada arriscada, mas perigosa para o adversário. Resultado: os adversários comeram o peão, mas deixaram a Rainha desprotegida, e ele foi lá e, pimba!, sentou ao lado dela na foto do G20! Xeque! E no lugar de honra, pois o lado direito é privativo do Primeiro Ministro de Sua Majestade.
Falando no gajo, ele também é uma boa bisca, talvez por isto nosso Mestre o escolheu: é o líder do PT inglês, o partido que estraçalhou a economia britânica no pós guerra por meio de maciças estatizações baseadas nas mais caras teorias comunistas, criação de impostos sobre grandes fortunas e propriedades, arrasando com a pequena nobreza rural e arrastando com ela os trabalhadores do campo, provocando emissão crescente de moeda para investimentos “sociais” para “salvar” os pobres desempregados por eles mesmos, aumentando exponencialmente a burocracia e seus salários, com a inevitável desvalorização da Libra Esterlina. Querem mais PT do que isto?
O golpe final deste gambito foi a declaração de Mr. Brown – que, apesar do nome é branco de olhos azuis – quando declarou que Lula teria dito em particular que sempre culpou os outros, agora que era Presidente tinha que culpar a “elite” do primeiro mundo. Se seu objetivo era fazer Lula de bobo, como constou, mas eu não acredito, conseguiu um efeito oposto: tirou de Lula a pecha mais abominável de todas, a de racista. Então, Lula é apenas um idiota, mas não parece que a Rainha o tenha contratado como bobo da corte, hábito há muito abandonado pelas monarquias por ser politicamente incorreto.
* * *
Alguns aspectos do caso merecem consideração mais profunda.
2. Lula estava errado? A culpa da crise atual não está exatamente na Meca dos loiros de olhos azuis endinheirados, Wall Street? Quanto aos banqueiros internacionais serem brancos, por acaso não é verdade? Andaram circulando fotos de um CEO negro de importante banco americano. Mas Chief Executive Officer não é banqueiro, é um empregado dos verdadeiros banqueiros, os proprietários dos bancos. Um Executivo é contratado para executar as decisões tomadas pelos donos e pode ser despedido a qualquer momento. E quando se aposenta não leva o banco consigo, só aqueles que servem para sentar. Merval Pereira, lulista de carteirinha, na ânsia de mostrar-se indignado, citou um banqueiro de Mumbai, confundindo gregos com troianos - perdão, índios com indianos, num ridículo retorno a Colombo! É verdade que alguns índios americanos já são grandes empresários – o Hard Rock Cafe foi comprado por uma tribo de Oklahoma. Mas bancos, não.
3. Lula não sabe disto, nem gostaria de saber, mas foram os loiros de olhos azuis europeus que inventaram os totalitarismos genocidas do século XX e produzem e vendem armas, inclusive urânio enriquecido, para alimentar a fúria das teocracias muçulmanas atuais, e depois fingem de aliados de Israel. Foram os ascendentes de Mr. Brown e da Rainha – e de Sarkosy - que inventaram o narcotráfico ao inundar a China de ópio para tornar os chineses dóceis e faze-los aceitar os famosos “negócios da China”. E cada tentativa séria do Império do Meio de cortar o tráfico era respondida com guerras, duas delas extremamente devastadoras e humilhantes.
4. As palavras de Lula não se dirigiam aos intelectuais que agora o criticam, sua fala se dirigia a três alvos principais:
- o público interno, seu eleitorado cativo, que adora ouvir falar mal dos “gringos” e já está alardeando a importância com que foi tratado pela “zelite” aquele retirante nordestino pobre que se transformou em estrela da política internacional. Quem o critica não conhece, como ele, a força do ódio invejoso que move multidões. Se o ódio explorado por Hitler era contra os judeus, o de Lula é a “zelite”, os ricos e famosos tupiniquins que o financiam, e a gringada loira de olhos azuis
- os não-brancos e pobres do “terceiro mundo”, de quem Lula já é um herói, o igual a eles que fala de igual para igual com os poderosos do mundo
- e, finalmente, o masoquismo dos ricos loiros de olhos azuis que, seja por que razão for – talvez culpa pelos horrores da colonização e por viverem melhor – adoram as agressões dos lulas da silva.
* * *
Enquanto isto as “oposições” ficam criticando o acessório, sem ver o essencial, criando ações inócuas como a dos Cansados e dos 16% (que fim levaram? Já cansaram também?).
Fico com Sun Tzu:
“Quem conhece sua força e não a do inimigo tem metade das chances de perder a batalha”.
Só metade?
Idéias marxistas não chegaram à fase atual
Um absurdo que as profecias do Karl Marx estejam servindo de ideologia para os que querem dirimir os efeitos da crise. Alguém poderia ter tido a lucidez de lembrar duas coisas. Primeiro, a crise atual não foi prevista por Marx. Nem em sonho ele poderia ter imaginado o estágio de desenvolvimento e complexidade que os mecanismos de crédito atingiriam nestes primeiros anos do século XXI. Marx achava que o capitalismo encontraria seu fim nas fortes crises recessivas clássicas - aquelas ocasionadas por excesso de produção e falta de demanda, com a crescente insatisfação dos proletários produzindo a energia revolucionária para que se passasse de forma violenta ao comunismo.
Nenhuma dessas condições estão presentes na atual crise. Segundo, as contradições e injustiças que embalaram politicamente as teorias de Karl Marx na Europa por quase todo o século XX praticamente não existem mais nos países avançados e foram minoradas em quase todo o mundo. O capitalismo deu condições extraordinárias de habitação, saúde, conforto e aposentadoria a milhões de pessoas. Só nos anos que antecederam a crise, tirou da miséria centenas de milhões de famílias no Brasil, China e Índia. É esse progresso que está sendo colocado em risco pela crise. Foram necessários grandes homens e grandes mulheres para chegar até esse estágio. É de indivíduos formidáveis, e não de críticas ao "sistema capitalista" emanadas do cemitério do marxismo, que virá a solução para impedir que a crise destrua tudo.
(Enviado pelo autor)
Leia também: |
Pela restauração intelectual do Brasil
Os artigos que aqui publiquei em 13 e 27 de fevereiro (A tragédia do estudante sério no Brasil e Se você ainda quer ser um estudante sério...) rendem até hoje cartas e perguntas que não posso responder uma a uma. Elas refletem não só o anseio inatendido de conhecimento por parte de tantos estudantes brasileiros, mas uma necessidade mais profunda e geral. Um país não pode sobreviver por muito tempo sem alguma vida intelectual na qual ele se enxergue e se reconheça como unidade histórica, cultural e espiritual. Isso falta totalmente no Brasil de hoje. As discussões públicas entre pessoas supostamente letradas perdem-se em fatos isolados, em tagarelice ideológica sem nenhum proveito ou na exteriorização fortuita de impressões grupais totalmente alienadas. Já não apreendem nem a nação como conjunto, nem muito menos a sua situação no mundo, na civilização, na História. O Brasil tornou-se invisível a si mesmo, e na treva geral crescem monstros. Talvez o mais feio deles seja justamente a esperança cretina de livrar-se de todos os outros a curto prazo, mediante ações práticas na esfera política, saltando sobre a necessidade prévia da restauração intelectual. Nenhum ser humano ou país está mais louco do que aquele que acredita poder resolver todos os seus problemas primeiro, para tornar-se inteligente depois. A inteligência não é o adorno do vitorioso, é o caminho da vitória. Não é a cereja do bolo, é a fórmula do bolo. Quando chegarão os brasileiros a compreender uma coisa tão óbvia? Quando chegarão a compreender que nem tudo pode ser resolvido com formulinhas prontas, com pragmatismos rotineiros, com improvisos imediatistas ou mesmo com técnicas da moda, por avançadas que sejam, se não há por trás delas uma inteligência bem formada, poderosa, capaz de transcendê-las infinitamente e por isso, só por isso, capaz de manejá-las com acerto? A sólida estupidez do petismo triunfante é a culminação de pelo menos cem anos de desprezo ao conhecimento. A aposta obsessivamente repetida no poder mágico da ignorância esperta levou finalmente ao resultado inevitável: a bancarrota cultural, moral e política.
Não há nada, nada mais urgente, neste país, do que criar uma geração de estudantes à altura das responsabilidades da inteligência. Ao dizer isso, estou consciente de pedir urgência para uma tarefa que, por sua natureza, é de longuíssimo prazo. A vida intelectual não se improvisa: ela resulta da confluência feliz de inumeráveis trajetos existenciais pessoais numa nova linguagem comum laboriosamente construída com materiais absorvidos, a duras penas, de tradições milenares. Quando a urgência imperiosa vem amarrada à demora invencível, o espírito humano é testado até o máximo da sua resistência. Nada mais difícil do que aliar a intensidade do esforço contínuo à longa espera de resultados incertos. Contra o desespero em tais circunstâncias, o único remédio está na fórmula de Goethe: “É urgente ter paciência.”
Aos leitores deste jornal, empresários na maioria, digo sem rodeios: a responsabilidade de vocês nisso é enorme. As universidades tornaram-se instrumentos do crime organizado, empenhados em tapar bocas, paralisar consciências, destruir talentos, perverter vocações, secar todas as fontes de uma restauração possível e, é claro, gastar dinheiro público. Custam caro e só servem para o mal. É preciso inventar o quanto antes novas formas de estruturação social da vida intelectual e torná-las economicamente viáveis. Só o empresariado pode tomar essa iniciativa. Só ele tem capacidade de organização e de aglutinação de recursos para isso. O sistema dos think tanks talvez funcione, se assimilado com a devida seriedade e adaptado eficazmente às condições brasileiras. Os modelos da Heritage Foundation, da Atlas Foundation, do Hudson Institute estão aí para ser estudados. Nos EUA eles tornaram-se centros irradiantes de energia positiva capaz de contrabalançar, e com freqüência vencer, o ativismo imbecilizante dos comissários-do-povo universitários.
***
Enquanto isso, posso sugerir, aos candidatos a membros de uma hipotética intelectualidade brasileira do futuro, algumas normas gerais que talvez os ajudem, na escuridão ambiente, a encontrar o caminho.
A formação da inteligência se dá em dois planos simultâneos: o propriamente intelectual, ou cognitivo, e o espiritual, ou inspiracional. O que você sabe depende de quem você quer ser; o modelo do que você pode ser depende do que você sabe. A ligação entre os dois planos é ignorada pelo ensino atual porque ele nem mesmo entende que existe uma dimensão espiritual, embora às vezes fale dela, até demais, confundindo-a com o simples culto religioso, com a moral ou com a psicologia.
***
No plano intelectual, o estudante deve esforçar-se para obter a mais alta qualificação possível, adotando como modelos da sua auto-educação as práticas melhores registradas historicamente: as da Academia platônica, do Liceu aristotélico, da universidade européia no século XIII (com seus ecos residuais na filosofia cristã moderna, por exemplo La Vie Intellectuelle de A. D. Sertillanges e Conseils sur la Vie Intellectuelle de Jean Guitton), da intelectualidade superior alemã no século XIX e austríaca no começo do século XX (tal como descrita, por exemplo, nos depoimentos de Eric Voegelin, Otto Maria Carpeaux e Marjorie Perloff) e, last not least, da tradição americana de liberal education (v., além do clássico How to Read a Book de Mortimer J. Adler, The Trivium, de Sister Miriam Joseph, Another Sort of Learning, de James V. Schall, e The House of Intellect, de Jacques Barzun).
O objetivo primeiro da educação superior é negativo e dissolvente: consiste em “desaculturar”, no sentido antropológico do termo: desfazer os laços que prendem o estudante à sua cultura de origem, às noções consagradas do “nosso tempo”, à ilusão corrente da superioridade do atual, e fazer dele um habitante de todos os tempos, de todas as culturas e civilizações. Não se pode chegar a nada sem um período de confusão e relativismo devido à ampliação ilimitada dos horizontes. Não basta saber o que pensaram Abrahão e Moisés, Confúcio e Lao-Tseu, Péricles e Sócrates, ou os monges da Era Patrística: é preciso um esforço para perceber o que eles perceberam, imaginar o que eles imaginaram, sentir o que eles sentiram. Não se preocupe em arbitrar, julgar e concluir. Em todas as idéias que resistiram ao tempo o bastante para chegar até nós há um fundo de verdade. Apegue-se a esse fundo e faça sua coleção de verdades, não se impressionando muito com as contradições aparentes ou reais. Aprenda a desejar e amar a verdade como quer que ela se apresente. Acostume-se a conviver com as contradições, já que você não terá tempo, nesta vida, para resolver senão um número insignificante delas.
A educação universitária brasileira é toda ela anti-educação, já que visa somente a inculcar no aluno a mentalidade dominante da classe acadêmica atual (quando não o slogan partidário da semana), julgando o passado à luz do presente e nunca o presente à luz do passado. Isso é prender o estudante num provincianismo temporal -- ou cronocentrismo, como costumo chamá-lo -- ainda mais lesivo do que qualquer etnocentrismo geográfico, racial, religioso ou político. “Todas as épocas são iguais perante Deus”, ensinava Leopold von Ranke. A inteligência humana tende poderosamente à universalidade, mas só se aproxima dela vencendo as barreiras culturais do espaço e do tempo, uma por uma. Resista ao triunfalismo presunçoso da atualidade. Quando ler o que algum pensador de hoje acha de Platão, pergunte o que Platão acharia dele. Em noventa e nove por cento dos casos você verá que o suposto progresso do conhecimento veio amplamente neutralizado por um concomitante progresso da ignorância. Jean Fourastié, em Les Conditions de l’Esprit Scientifique, observava que, ao lado da história do saber, seria preciso escrever a história do esquecimento. Comece já.
Não digo isso genericamente. É de uma norma muito prática que estou falando. Quando ler os clássicos, use tudo, absolutamente tudo o que vier a aprender com eles como instrumento analítico para a compreensão do presente, incluída nisso a sua própria vida pessoal. Fora o conteúdo filosófico e sapiencial mais geral, há tesouros de sociologia, de psicologia e de ciência política em Confúcio, em Shânkara, em Platão, em Aristóteles, em Dante, em Sto. Tomás, em Shakespeare. Uma longa convivência com esses sábios lhe dará uma idéia do que seja a verdadeira autoridade intelectual, da qual seus professores na universidade são caricaturas grotescas. Não se deixe iludir por erros de detalhe que a ciência moderna se gaba de ter “superado”. Quase sempre a superação é ilusória e só serve para, logo adiante, ser superada por sua vez. Você lê nos manuais, por exemplo, que Galileu “superou” a física de Aristóteles. Durante quatro séculos essa bobagem foi repetida como verdade terminal. Só por volta de 1950 os estudiosos perceberam que a física de Aristóteles não era uma física, mas uma metodologia científica geral, bem mais sutil do que Galileu poderia jamais ter percebido, e muito bem adequada às necessidades da ciência mais recente. Os famosos erros assinalados por Galileu existiam, mas eram detalhes secundários que não afetavam de maneira alguma o conjunto da proposta.
Qualquer que seja a questão em estudo, busque atender a três condições: (1) a abrangência máxima da informação básica, (2) o conhecimento do status quaestionis (já explico) e (3) a variedade das perspectivas.
A abrangência da informação obtém-se trocando a absorção casual pela pesquisa sistemática das fontes. Uma lista bibliográfica o mais completa possível é o melhor começo em qualquer investigação. Se você souber somente os títulos e datas dos livros publicados sobre determinado assunto, já terá uma visão inicial bem apropriada do problema antes mesmo de ler o primeiro deles. Não se perca, porém, na multidão de trabalhos acadêmicos atuais, a maioria deles produzida só por exigência administrativa ou carreirismo. Comece com as obras mais antigas, e isso facilitará a seleção das mais recentes.
O status quaestionis, “estado da questão” é a evolução dos debates sobre um determinado ponto desde a origem da discussão até hoje. O conhecimento do status quaestionis distingue o erudito profissional do palpiteiro amador. (Todos os professores universitários que conheço no Brasil, com exceções que não chegam a meia dúzia, são palpiteiros amadores. Esqueça-os. Aprenda três ou quatro línguas e só use o português para ler material universitário de Portugal, que é muito bom em todas as áreas. Se não puder sair do Brasil fisicamente, saia intelectualmente. O que há de valioso na nossa cultura passada assimila-se em dois anos no máximo, com exceção da obra de Mário Ferreira dos Santos, que leva uma vida inteira, mas que você pode carregar debaixo do braço na sua fuga para fora do país ou para dentro de si mesmo.)
A variedade das perspectivas consiste na habilidade de pensar um problema exatamente como o pensaram os diversos autores que trataram dele. Isso exige algo mais que leitura inteligente. Exige a capacidade de você se identificar imaginativamente com a visão de cada um enquanto a está estudando, sem se preocupar em julgá-la ou contestá-la, mas sabendo que mais cedo ou mais tarde ela será julgada e contestada automaticamente quando você passar à leitura de outros autores. Deixe que a discussão, na sua mente, vá se montando sozinha, aos poucos, com os vários materiais contraditórios que você colhe das leituras. No momento em que a acumulação de material chegar a abranger o campo inteiro do status quaestionis, você terá uma experiência intelectual maravilhosa: quando os vários ângulos pelos quais você enxerga um problema não refletem apenas a sua imaginação, mas tudo aquilo que de melhor e mais inteligente se escreveu a respeito ao longo dos tempos, as conclusões a que você chega já não são meras opiniões pessoais – elas já são conhecimento em sentido pleno. Isso não quer dizer que você descobriu “a verdade”, é claro, mas significa que se aproximou dela tanto quanto possível à parte mais dedicada e mais séria da humanidade. Seu horizonte já não será o da subjetividade individual, será o do conhecimento humano. Você talvez ainda seja um anão. Mas já estará sentado sobre os ombros de gigantes.
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Para avançar no plano espiritual, o estudante deve estar aberto à realidade do transcendente e do infinito, tendo ante essa dimensão a atitude gnoseologicamente apropriada e psicologicamente obrigatória de admiração contemplativa, temor reverencial e confiança existencial.
Para muitas pessoas hoje em dia, sobretudo os ditos “intelectuais”, essa percepção é inacessível e até inconcebível. Não por coincidência, são as pessoas que mais opinam a respeito, umas teorizando a sua própria incapacidade sob a forma de tagarelice materialista, cientificista, agnóstica etc., outras tratando de disfarçá-la por meio de conversas estereotipadas sobre religião, estados místicos, esoterismo, alquimia etc. Essas duas modalidades de tergiversação podem requerer muito estudo, e vidas inteiras se gastam no seu cultivo. O estudante deve aprender a reconhecer ambas à distância e fugir delas mais que depressa.
Caso pertença a alguma confissão religiosa, o estudante deve tomar seus ensinamentos como mistérios simbólicos cujo conteúdo não é fácil de discernir e cujo influxo vivificante pode secar pela adesão prematura a interpretações dogmáticas e receituários morais prontos. A religião não é uma doutrina para ser “acreditada” ou uma tábua de mandamentos morais exteriores como um código civil. Ela é um conjunto de acontecimentos de ordem histórico-espiritual cuja notícia nos chega pelas escrituras sagradas e pela tradição. Esses acontecimentos podem, em parte, ser confirmados historicamente, mas não podem ser historicamente compreendidos, pois prosseguem até hoje e seu sentido só se elucida nesse prosseguimento, na medida em que você toma ciência de que eles o envolvem pessoalmente. Você pode participar deles através dos ritos, da prece, da fé e sobretudo dos milagres. A fé não significa adesão a uma doutrina, mas confiança numa Pessoa em cuja humanidade transparece, de maneira ao mesmo tempo auto-evidente e misteriosa, a presença do transcendente e do infinito. Milagres acontecem o tempo todo, mas a maioria das pessoas é estúpida, distraída ou fechada demais para percebê-los (leiam James Rutz, Megashif). Mesmo a experiência reiterada das preces atendidas, carregada do inevitável desconforto cognitivo da desproporção entre a causa aparente e o efeito real, pode ser neutralizada ex post facto por meio de racionalizações de um puerilismo atroz, que muitos chamam de “ciência”. Mas talvez pior do que a falta de experiência, ou do que a experiência neutralizada, é a substituição da experiência objetiva do milagre por um sucedâneo psíquico – uma emoção, um subjetivo não-sei-quê -- a que alguns dão o nome pomposo de “meu encontro com Jesus”, “minha fé” ou coisa assim, sem entender que com isso sobrepõem os seus estados de alma à realidade suprema do próprio Deus. Deus se manifesta nos fatos do mundo, da natureza, da história, e no curso objetivo da vida de cada um, não fazendo afagos na alma de quem quer que seja. Por incrível que pareça, são esses afagos o máximo que alguns esperam encontrar na religião, enquanto outros, ateus ou até sacerdotes, acreditam piamente que ela consiste nisso na melhor das hipóteses e tiram daí conseqüências que lhes parecem muito científicas, como fez o clássico da cretinice antropológica americana, Edward Sapir, ao definir a religião como busca da “paz de espírito”, que se também pode alcançar com um comprimido de Valium. O estudante tem de aprender a fugir dessas vulgaridades, mesmo ao preço de colocar entre parênteses toda a questão “religiosa” até melhor entendimento.
Publicado originalmente em www.olavodecarvalho.org
Temos mais um Bolsonaro macho!!!
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