JULIO SEVERO
24 de setembro de 2010
Hilary White
LONDRES, Inglaterra, 18 de agosto de 2010 (Notícias Pró-Família) — O sistema de assistência social britânico está sendo muito criticado depois que foi revelado na semana passada que um homem mentalmente deficiente tem de receber os serviços de uma prostituta à custa do dinheiro público. O jornal Sunday Telegraph revelou que a viagem é parte de um programa nacional de assistência instituído pelo governo trabalhista anterior que também fornecia o pagamento para pessoas deficientes terem acesso a clubes de lap dance, feriados no exterior e assinaturas de serviços de namoro via internet. O assistente social do homem anônimo, que falou na condição de anonimato, defendeu a decisão, dizendo que “recusar oferecer a ele esse serviço seria uma violação dos direitos humanos dele”. O assistente social disse para o Telegraph que a assistência social está aí para “identificar e suprir as necessidades” de clientes, e descreveu o jovem como “irado e frustrado”.
O homem de 21 anos com problemas desenvolvimentais está com viagem marcada para a Holanda no próximo mês para visitar um prostíbulo na cidade de Amsterdã. O assistente social disse que a visita ao prostíbulo é apenas uma parte da viagem planejada. “Ele está planejando fazer mais do que apenas ter sexo — ele vai ter um feriado”, disse ele.
O homem fez dois “cursos de conscientização sexual e saúde sexual” e agora quer “testá-lo”. Ele acrescentou: “As moças de Amsterdã são muito mais protegidas do que as inglesas das ruas. Deixem que ele se divirta um pouco — é o que quero”.
“Você preferiria que pudéssemos controlar isso, guiá-lo, educá-lo, sustentá-lo e entender o processo e no final acabar satisfazendo as necessidades dele num lugar seguro e autorizado onde a felicidade e o crescimento dele como pessoa sejam a coisa mais importante?”
O plano de 520 milhões de libras, chamado “Priorizando as Pessoas: Transformando a Assistência Social aos Adultos”, foi elogiado como um meio de fornecer aos idosos e aos deficientes assistência adicional com dispositivos de mobilidade e assistência doméstica. Um documento publicado em 2007 disse que o plano era “priorizar as pessoas por meio de uma reforma radical dos serviços públicos, dando às pessoas condições de viver suas próprias vidas conforme quiserem… e promover suas próprias necessidades individuais para independência, bem-estar e dignidade”.
Pedidos de Liberdade de Informação revelaram que quatro autoridades da prefeitura local confessam que “fazem vista grossa” ao pagamento de “trabalhadores do sexo” feitos por parte de clientes deficientes. A prefeitura de Trafford, na Grande Manchester, disse que o orçamento para a assistência aos deficientes pode ser gasto em qualquer coisa contanto que não seja ilegal, “ou qualquer coisa que não traga má reputação à prefeitura”. Um porta-voz da prefeitura de Knowsley em Merseyside disse que pedidos para o financiamento de sexo seriam “examinados na base de cada caso individual”.
Uma organização que promove sexo pago para indivíduos com deficiência revelou que 53 por cento das prefeituras têm uma estratégia que “explicitamente dava recursos, meios e direitos” para os deficientes buscarem sexo. A organização, chamada TLC Trust, diz que trabalha para “encontrar serviços sexuais e terapêuticos adequados” para pessoas com deficiência, “ao convidar responsáveis trabalhadores do sexo, artistas de strip-tease, terapeutas de massagem e professores tântricos para se registrarem no seu site, para o benefício de homens e mulheres deficientes que podem desejar emprega-los”.
Contudo, a organização disse que a prática ainda não é alastrada. A maioria das prefeituras disse que não “faria vista grossa” à transferência de suas verbas para pagar por sexo. Das 121 prefeituras que responderam, 97 por cento disseram que não tinham nenhuma norma acerca do tema, deixando para a discrição dos assistentes sociais e supervisores locais.
Três anos atrás, um asilo britânico para deficientes, administrado por uma freira anglicana, havia feito o planejamento para um homem deficiente ter sexo com uma prostituta. O asilo Douglas em Oxford, conforme revelação do Telegraph, havia cooperado de forma ativa para encontrar uma “trabalhadora do sexo” para Nick Wallis, um paciente de 22 anos que sofre da distrofia muscular de Duchenne. No entanto, não se compreendia muito na época que a prática era considerada parte das atividades normais da assistência social financiada pelo governo. Matthew Elliot, diretor executivo de Aliança dos Contribuintes do Imposto de Renda disse que foi “profundamente preocupante” que o dinheiro público tivesse sido gasto dessa maneira. Ele disse: “Muitos contribuintes do imposto de renda ficarão chocados e ofendidos que o dinheiro que era destinado à assistência social vem sendo usado desse jeito”.
“Além disso, é profundamente preocupante que esse plano estatal tenha sido tão vulnerável a esses abusos. É essencial que onde verbas públicas estão envolvidas, haja um pouco de restrições em funcionamento que impeçam o dinheiro de ser desperdiçado dessa forma”.
Neil Coyle, diretor de políticas na Aliança da Deficiência, disse: “Os órgãos públicos não existem para encontrar parceiros sexuais para as pessoas”.
“Quando as pessoas vão às prefeituras em busca de ajuda, elas estão buscando serviços essenciais para manter algum nível de existência com dignidade — ajuda para se vestir e tomar banho”.
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