Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Prêmio Apache 2009
Quem é Alexander Dugin?
"Perdão? Eu não entendi isso!" - exclamou o jornalista Matvei Ganopolsky na estação de rádio "Ekho Moskvy" (Eco de Moscou). Era noite de 8 de Agosto de 2008 e Ganopolsky estava entrevistando o líder do "International Eurasian Movement" (Movimento Eurasiático Internacional) Alexander Dugin, que tinha acabado de lhe dizer que as ações da Geórgia na Ossétia do Sul eram "genocidas." Ganopolsky não podia acreditar que alguém usaria palavra tão carregada para descrever os eventos na Geórgia. Apenas um dia depois, em 9 de Agosto, apesar do ultraje de Ganopolsky, o Primeiro Ministro Russo Vladimir Putin também descreveu as ações de Tbilisi como "genocidas." Em 10 de Agosto, o sucessor escolhido de Putin, Dmitri Medvedev, que antes comentou sobre o conflito com uma terminologia menos dramática, se enquadrou, dizendo que os eventos dos últimos três dias na Ossétia do Sul eram para serem classificados como "genocídio."
É duvidável que Putin ou Medvedev foram inspirados diretamente por Alexander Dugin a usar a "palavra com G" para descreverem os eventos em Agosto na Geórgia, mas a similaridade das suas hipérboles é um indicativo da direção que a Rússia tem tomado nos últimos anos. Dugin têm se tornado um comentador político prolífico, e alguns dizem, um influente pensador na nova Rússia de Putin. Um bem-conhecido teórico facista na década de 1990, Dugin se apresenta hoje em dia como um "centrista radical" e apóia fortemente as políticas autoritárias domésticas e estrangeiras anti-Ocidente da Rússia. Ambos seus artigos inflamados em defesa de Putin e especialmente seu anti-Americanismo fanático são, aparentemente, populares no Kremlin e na "Casa Branca" de Moscou (o lugar do governo federal). Nenhuma outra explicação é possível para as frequentes aparições de Dugin nos programas nortunos populares nos canais de tevê controlados pelo governo da Rússia, ou seus inúmeros artigos em muitos jornais e websites russos empurrando as últimas direções do Kremlin goela abaixo no povo russo.
A ascenção de Dugin nos últimos anos tem sido irresistível. Isso é apesar do fato de que, na década de 1990, seu auto-estilo "neo-Eurasiano" deu as boas vindas de forma jubilosa ao nascimento iminente na Rússia do "facismo facista" e saudou o ogranizador do Holocausto, Reinhard Heydrich, por ser um "Eurasiano convicto." Naquele tempo Dugin descreveu francamente sua ideologia como "conservadorismo revolucionário," dizendo que a idéia central do facismo é a "revolução conservadora." Ao longo dos anos 1990 o "neo-Eurasiano" fez um bom número de declarações similares, incluindo variadas apologias mais ou menos qualificadas ao Terceiro Reich.
Em anos recentes, para garantir, a retórica de Dugin mudou - se não no tom, então no estilo. Agora ele, estranhamente, frequentemente se posiciona como um sincero "anti-facista," e não hesita em rotular seus oponentes tanto dentro como fora da Rússia como "facistas" ou "Nazi". Paradoxalmente, ele faz isso enquanto ainda admite que suas idéias estão próximas daqueles irmãos Strasser da Alemanha entre guerras. Dugin apresenta esses dois nacionalistas alemães como "anti-hitlerianos." Ele esquece, entretanto, de mencionar que Otto e Gregor Strasser de fato se opuseram a Hitler, mas eram ao mesmo tempo parte e parceiros do movimento facista emergente na Alemanha. Os irmãos Strasser tiveram um papel um tanto significativo em transformar a NSDAP em um partido popular no fim da década de 1920, mas, então, Hitler os expulsou do Partido Nazista. Eles eram dois líderes influentes que se tornaram rivais inconvenientes, tanto político quando ideologicamente.
O crescimento de Dugin não significa, entretanto, que a Rússia está se tornando facista. Figuras públicas russas bem conhecidas não podem, na maioria das vezes, esconder sua aversão ao crescimento do sentimento direitista. Um bom exemplo recente é Sergei Dorenko, o apresentador dos anos 1990 do canal ORT TV (controlado pelo oligarga fugitivo Boris Berezovsky), que teve papel significativo ao ajudar Vladimir Putin a ganhar a eleição de 2000. Como seu mestre Berezovsky, Dorenko era, também, mal visto no Kremlin e foi autorizado a somente promover sua visão crítica controversa na estação de rádio de oposição Eco de Moscou. Durante a recente guerra da Geórgia Dorenko apoiou o Kremlin e como recompensa foi nomeado Chefe do serviço Russo de Notícias, que provê serviços de notícias ao imensamente popular "Russkoye Radio". Uma de suas primeiras decisões lá foi banir Alexander Dugin do ar.
Mas a cada ano que passa o novo século vê uma reaproximação estreita entre a retórica da direira extrema russa e aqueles que estão no topo, e não menos o próprio Putin. A estranha repetição da interpretação de Dugin das ações de Tbilisi como "genocídio" por Putin e Medvedev é meramente um dos muitos sinais.
Além disso, muitos, mais ou menos influentes, atores na "vertical of power" (vertical de poder) de Putin estão, de um jeito ou outro, ligados a Dugin. Viktor Cherkesov, por exemplo, um dos amigos de Putin mais próximos da ex-KGB, é visto como sendo próximo, e simpático (assim como, talvez, auxiliar) a, Dugin desde a década de 1990. O mesmo serve para Mikhail Leontev, um dos mais bem conhecidos comentadores de Tv da Rússia e, de acordo com algumas informações, o jornalista favorito de Putin. Em 2001 Leontev tomou parte na fundação do movimento Eurasiano de Dugin; subsequentemente, ele foi, por um tempo, um membro do Concelho Político dessa organização. Em Fevereiro desse ano, Ivan Demidov, um popular apresentador de TV, foi promovito a Chefe do Diretório de Ideologia no partido Rússia Unida (United Russia party) de Putin. Isso aconteceu apesar do fato de que a poucos meses antes Demidov tinha dito que era um pupilo de Dugin e anunciou que ele poderia usar seus talentos como gerente de relações públicas para disseminar as idéias de Dugin.
A extrema-direita Russa, incluindo algumas dos segmentos cripto-facistas, está se tornando uma parte ainda mais influente no discurso mainstream de Moscou. Sua influência pode ser sentida na grande mídia, na sociedade civil, artes e política russas. Contra esse pano de fundo o enfrentamento crescente entre a Rússia e o Ocidente não é uma surpresa. Caso Dugin e cia. continuarem a inserir sua influência na elite russa e na população, a atual emergência da secunda Guerra Fria entre Moscou e o Ocidente estará entre nós por muitos anos a vir.
[2] Traduzido por Leandro Diniz.
Adiando a realidade
As crianças não estão aprendendo na escola? Não tem problema. Passe-as de ano, mesmo assim. Chame a isso “compaixão”, para não ferir a “auto-estima” delas.
Não podem atingir os padrões de admissão à universidade ao final do ensino médio? Denuncie esses padrões como barreiras arbitrárias a favor dos privilegiados, e exija que exceções sejam feitas.
Não sabem matemática ou ciência depois de entrarem na universidade? Denuncie esses cursos por sua rigidez e insensibilidade, e crie cursos mais fáceis em que os estudantes possam passar e conseguir formar.
Quando eles estiverem no mundo real, pessoas com diplomas e graus universitários – mas sem nenhuma educação real – eles trombarão com um muro. Mas então o acerto de contas já foi adiado por 15 anos ou mais. Claro que as contas podem continuar aparecendo pelo resto de suas vidas.
A atual orgia de salvamento financeiro é um adiamento da realidade democrática – do rico, tanto quanto do pobre, do irresponsável, tanto quanto do responsável, do ineficiente, tanto quanto do eficiente. É o triunfo da filosofia da neutralidade de julgamento de que temos ouvido tanto nos círculos mais sofisticados.
Ficamos sabendo que o colapso dos Três Grandes fabricantes de automóveis de Detroit teria repercussões em todo o país, causando demissões em massa nas empresas de autopeças e o fechamento de concessionárias de costa a costa.
Um renomado economista do passado, J.A. Schumpeter, costumava se referir ao progresso no capitalismo como “destruição criativa” – a substituição do negócio que perdeu sua utilidade pelo negócio que aprimorará a criatividade tecnológica e organizacional, elevando os padrões de vida no processo. De fato, isso é o que aconteceu cem anos atrás, quando aquela nova maravilha tecnológica, o automóvel, espalhou destruição por todas as formas de transporte a tração animal.
Por milhares de anos, cavalos foram o máximo em transporte, sejam em carroças ou em carruagens reais, sejam em bondes, nas cidades ou em arados, nas fazendas. As pessoas investiram suas fortunas em algo com uma história de confiabilidade de muitos séculos.
Todas essas pessoas foram abandonadas? O que dizer de todos que fabricavam as coisas usadas nos e pelos cavalos – aveia, arreios, ferraduras e carroças? Não caíram feito dominós quando os cavalos foram substituídos pelos carros?
Infelizmente, para todos que tinham, de boa fé, participado dos vários ramos de negócio que envolvesse os cavalos, não houve um governo compassivo que tenha aparecido e os salvado ou apresentado um pacote de estímulos.
Eles tiveram que encarar a realidade, naquele lugar e momento, sem nem mesmo adiá-la.
Quem diria que os mesmos que os substituíram ficariam em situação similar cem anos depois?
De fato, a indústria automobilística não está nem perto da situação catastrófica em que então se encontrava a indústria da tração animal. Não há nenhum substituto do automóvel no horizonte. Tampouco o público decidiu se virar indefinidamente sem carros.
Enquanto os Três Grandes de Detroit estão demitindo milhares de trabalhadores, a Toyota está contratando milhares de trabalhadores exatamente aqui nos EUA, onde parte substancial dos Toyotas é fabricada.
Isso salvará Detroit ou Michigan? Não.
Detroit e Michigan têm seguido políticas esquerdistas clássicas, tratando os negócios como presas, não como patrimônio. Eles ajudaram a matar a galinha dos ovos de ouro. O mesmo fizeram os sindicatos. E os administradores que os apoiaram para serem apoiados.
Toyota, Honda e outros fabricantes estrangeiros não irão para Detroit, apesar de lá existirem muitos experientes trabalhadores da indústria automobilística. Esses fabricantes estão evitando as regiões de indústria pesada [rust belts] e as políticas que fizeram desses lugares cinturões enferrujados [rust belts].
O salvamento financeiro dos Três Grandes de Detroit seria apenas o mais recente dos adiamentos da realidade. Quanto aos concessionários, eles podem provavelmente vender Toyotas tão facilmente quando eles vendiam Chevrolets. E Toyotas demandam, da indústria de autopeças, o mesmo número de pneus por carro, tanto quanto de outras peças.
Publicado por Townhall.com
Encontradas covas das FARC
Trecho logo abaixo, íntegra AQUI
A Procuradoria da Colômbia encontrou covas em uma zona do sul do país que abrigam, segundo moradores do local, os cadáveres de até 1.150 civis e combatentes, supostamente enterrados ali por guerrilheiros das FARC, informou hoje à EFE uma fonte desse órgão.
¿Cuándo llaman a Gloria Cuartas?
Cale a boca, farsante!
Em entrevista divulgada pela agência Carta Maior, José Luís Del Roio, 65, brasileiro transfigurado em senador na Itália pelo Partido da Refundação Comunista entre 2006 e 2008, protesta contra a insistência do governo italiano em obter a extradição de Cesare Battisti: "O Brasil não pode entregar um homem inofensivo a um governo fascista", diz ele. Del Roio adverte que o governo Berlusconi está trazendo o fascismo de volta à Itália e tentando criminalizar como terroristas os heróis da luta revolucionária comunista.
A imaginação popular está tão bem adestrada na deformação gramsciana do senso das proporções, que poucas pessoas notam o grotesco da situação quando um comunista adverte contra os perigos do fascismo italiano. Como o leitor pode observar no meu artigo anterior, o regime de Mussolini nem mesmo entra na lista dos poderes genocidas que marcaram o século 20 como a etapa mais sangrenta da história humana – lista na qual os governos comunistas da URSS e da China são responsáveis por mais da metade do total dos assassinatos em massa praticados por autoridades estatais contra suas próprias populações civis.
Os comunistas são os mais frequentes usuários do termo "fascista" para queimar a reputação dos seus adversários, mas eles sabem perfeitamente bem que lhes falta por completo a mais mínima autoridade moral para isso, não só pelo fato de que o uso monstruosamente elástico que dão ao termo acaba por esvaziá-lo de qualquer sentido identificável, rebaixando-o a mera expressão subjetiva de ódios irracionais, mas também porque, comparado aos feitos homicidas do comunismo, o fascismo italiano, por mais repugnante que seja em si mesmo, começa a parecer um hotel de cinco estrelas. A desproporção entre as culpas do acusador e as do acusado é tamanha, que a única resposta cabível ao sr. Del Roio é: Cale a boca, farsante! Todo comunista, e o sr. Del Roio não constitui exceção, é cúmplice moral dos crimes mais hediondos já praticados contra a espécie humana, e está, por definição, excluído do rol das pessoas decentes cuja opinião merece ser ouvida com atenção e respeito.
A distância entre o governo Berlusconi e o fascismo é uma coisa tão óbvia que só uma mente deformada não consegue enxergá-la. Para o sr. Del Roio, porém, o mero sentimento de incomodidade que afeta os italianos quando vêem a imigração usada como instrumento de ocupação cultural já é uma prova inequívoca de "fascismo". Mas mesmo que o gabinete Berlusconi estivesse repleto de camisas-negras e cantasse Facceta nera no início de todas as suas sessões, sua periculosidade seria quase nula em comparação com as tradições que o próprio sr. Del Roio representa. Nessas condições, a simples disposição de discutir as opiniões dessa criatura num jornal respeitável já é, de certo modo, corromper a opinião pública, cegando-a para os verdadeiros termos da equação em jogo. Nenhum comunista tem o direito moral de falar em "liberdade", "direitos humanos" e coisas dessa ordem – nem mesmo quando, na falsidade geral do quadro que ele impinge ao público, alguns fatos se destacam como verdades isoladas. Mas na entrevista do sr. Del Roio não há nem mesmo verdades isoladas. Ele considera um escândalo, por exemplo, que o governo italiano tente neutralizar velhos conflitos históricos recusando-se a endossar a distinção maniqueísta que transforma todos os fascistas em demônios e todos os partiggiani comunistas em heróis angélicos. Como militantes comunistas, os partiggiani carregavam nas costas mais crimes de assassinatos em massa do que Mussolini ousaria sequer imaginar. Se, no contexto local e momentâneo, lutavam ao lado de democratas sinceros contra um regime autoritário, isto não faz deles "combatentes pela liberdade", mas apenas aproveitadores que tentaram se utilizar de uma aliança com os democratas para substituir o mero autoritarismo de Mussolini pelo totalitarismo de Stalin. Não há mérito nenhum nisso. Há apenas hipocrisia e cinismo, exatamente como nos terroristas brasileiros pagos e treinados por Fidel Castro para trocar o autoritarismo brando e hesitante dos nossos militares por um regime de feição cubana, com um agente da polícia secreta para cada 28 habitantes.
Quando a agência Carta Maior divulga a entrevista do sr. Del Roio sem dar ao leitor a mínima ideia do contexto histórico em que se inserem as suas palavras, ela faz propaganda comunista e desinformação. Não discuto, por demasiado cínica, a tentativa que o entrevistado faz de classificar o autor de quatro assassinatos como “homem inofensivo”. Nem discuto a comparação que ele monta entre Cesare Battisti e os governantes estrangeiros exilados no Brasil, Marcelo Caetano e Alfredo Stroessner. No caso deste último, a comparação, embora juridicamente despropositada, é quase justa do ponto de vista moral. No de Marcelo Caetano, que jamais foi um ditador, mas apenas herdeiro acidental de uma ditadura que ele tentou abrandar por todos os meios, é totalmente absurda. Mas, nos dois casos, equalizar chefes de Estado com um assassino já condenado pela justiça é obviamente capcioso. Nenhum desses dois políticos estava condenado com sentença transitada em julgado, que é precisamente o caso de Battisti – um homem que seus próprios companheiros de militância repelem como assassino feroz indigno de piedade.
No mesmo momento em que a Carta Maior espalha a mensagem do sr. Del Roio como se fosse uma defesa sincera dos direitos humanos, começa em Phnom Penh o primeiro julgamento de um genocida comunista – um dos líderes do Khmer Vermelho –, com meio século de atraso e sem a mais mínima repercussão na mídia internacional. O esforço pertinaz da classe jornalística em toda a parte para ocultar os crimes comunistas sob espantalhos de ocasião como o fascismo italiano ou o ex-ditador chileno Augusto Pinochet é, em si mesma, um crime contra a humanidade. Mas esse crime já se tornou tão rotineiro que já ninguém mais o percebe como tal.
PS - Aviso recebido do historiador Carlos Azambuja: José Luiz del Roio fez um curso de luta armada em Cuba, em 1968/1969, sob o codinome de "Barba Ruiva", quando militante da ALN.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
UNOAMERICA - The Foro de São Paulo. A Threat to Freedom in Latin America
Por Alejandro Peña Esclusa Politica The demolition of the Berlin Wall and the implosion of the Soviet Empire in 1990, in addition to the adoption of private enterprise in China, led to the belief that the long nightmare of the Marxist social engineering experiment was over. The world was moving towards globalization- depicted by the phrase “global village”. Martes, 24 de Febrero de 2009 |
Prologue The demolition of the Berlin Wall and the implosion of the Soviet Empire in 1990, in addition to the adoption of private enterprise in China, led to the belief that the long nightmare of the Marxist social engineering experiment was over. The world was moving towards globalization- depicted by the phrase “global village”. The once powerful communist parties of Western Europe were shamed into changing their names and doctrine. In Latin America, the only Marxist country was Cuba, suffering under the iron fist of a senile dictator. Cuba had just lost the Soviet subsidies that allowed it to pay for its oil and food. The predictions of Francis Fukuyama, in the sense that ideology would no longer subsist, rang true. Liberal economics would be the rule the world over. Many in Colombia, myself included, thought the communist guerrillas –FARC and ELN- would quickly sue for peace. At the time, there was little inkling that they would prosper and grow by becoming masters of the “up-stream” end of the drug trade. No one heeded to a desperate initiative set in motion by Fidel Castro, who urgently needed to break out of his isolation. Castro turned to the leader of the most powerful leftist party in the Americas: Luiz Inácio Lula da Silva of the Worker’s Party of Brazil (PT). Lula had nearly won the presidency a year before. Together, they arranged the largest meeting of leftist parties and terrorists ever held on the Continent. The event was hosted by Lula in Sao Paulo, his power base. Elsewhere on the Continent, communism was in a profound crisis. The Sandinistas would lose power in 1990, in an election forced upon them, and the communist insurgency in El Salvador was on the wane. It was in those difficult times, having lost the support and guidance of Moscow, that the Sao Paulo Forum (FSP) was born. It would become a broad and effective alliance of communist parties and guerrilla movements that would soon make spectacular progress towards recovering lost ground and advancing the Marxist cause throughout the Continent. It included communist parties and others with different names but similar ideologies, as well as terrorist movements. This was quite in line with the Marxist doctrine on the combination of all forms of struggle. Along with the Colombian Communist Party, the FSP included the Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) and the Ejército de Liberación Nacional (ELN), the Peruvian Communist Party, the MRTA guerrillas and similar combinations in other countries. Few politicians or democratic leaders on the Continent took notice of the newborn threat. They thought it was just another rabble of loud Marxists, nostalgic for the collapsed Soviet Empire, a group organization that would be convened every so often to denounce cruel and heartless capitalism and the imperialistic United States. After all, it now seemed that communism was effectively dead, a painful aberration of history, and - like Nazism before it - would soon become politically irrelevant. What a serious mistake! There were, of course, long speeches and Marxist rhetoric, but the FSP would be much more than the usual talking meeting. It is a real continental organization, much more effective than Stalin’s stodgy COMINTERN. In fact, the mutual support among its members has allowed communists, sometimes in alliance with more moderate parties, to rise to power in Argentina, Brazil, Chile, Uruguay, Paraguay, Bolivia, Ecuador and Nicaragua. That same solidarity also allowed Marxism to survive in Cuba, after a half century of economic failure. The FSP candidates lost presidential elections by slim margins in Mexico and Peru. Luck played its part in that success. Hugo Chavez, after a failed coup in 1992, was pardoned and released from prison by President Caldera. He was elected president of Venezuela in 1998. His party, Movimiento V República (MVP), had joined the FSP in 1995. Oil prices, long stagnant, would soon start their climb to record highs. Chavez used his oil revenues to fund candidates of his choice and to buy the votes of small Caribbean island states. The FSP’s next target is El Salvador, where the party of the former FMLN guerrillas, generously funded by the clownish Venezuelan president, has a good chance of winning the presidency. The FSP has developed strategies and techniques to gain power through democratic elections. Several campaigns and political parties have been funded through PDVSA, the Venezuelan state-owned oil company, and the FARC have contributed to others. Once power is secured, there are strategies to hold on to it. One is, of course, and not surprisingly, to develop popular hatred of the “Empire” (the US), as well as class confrontation. But, beyond that, most regimes have fueled ethnic mistrust. The governments try to give the impression that they are following democratic procedures, but electoral fraud is used blatantly, and all power is concentrated eventually in the executive branch. A new constitution is drafted - one that concentrates power in the executive branch and allows repeated reelection. The armed forces that fought armed subversion are reduced through “judicial warfare,” which includes disowning laws on amnesty for the military but, of course, not for terrorists. Violent militias or pressure groups, outside formal government control, are organized to intimidate the opposition –along the line of Hitler’s infamous “brown shirts”. One of the few who has called attention to the FSP and its importance is Alejandro Peña-Esclusa. He has traveled to a number of countries to warn anyone who would listen about the threat to freedom and democracy on the Continent posed by the FSP. Few listened, and fewer still did anything to counteract the threat. For the press, all of this was not newsworthy. Government leaders usually do not see threats beyond their borders. Business leaders do not look much beyond their next accounting period, and many think they can somehow deal with any government that comes to power. In the Colombian case, it has long been known that Chávez and Correa supported the FARC guerrilla in various ways, including safe havens and easy access to weapons and supplies. Glaring proof of this was found in the computer files of Raúl Reyes, the FARC’s second in command, killed in Ecuador by an air strike on his camp in Ecuadoran territory. The strike was carried out by the Colombian Air Force. The Colombian government has leaked a minimal part of the contents of those files, but has decided to keep most of the evidence secret, in the hope of maintaining good relations with its neighbors and trading partners. One example is the evidence concerning Brazilian government officials who had extensive relations with the FARC. The FSP is a threat to all democracies and the Reyes files should be open to all, especially to those who now suffer under FSP dictatorships and those who are endangered by the FSP conspiracy. |
A "excelência" da medicina cubana e o "humanismo" das FARC
Ninguém sabe, artigo de José Carlos de Azevedo
José Carlos de Almeida Azevedo é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA), e foi reitor da UnB (Universidade de Brasília).
Em janeiro de 2008 nevou em Bagdá e isso não ocorreu em todo o século 20; no mesmo ano e no atual, nevou na Síria, na Turquia, na Grécia e em grande parte da Ásia.
Na Europa e nos EUA o inverno é inclemente e nevou nos desertos de Mojave e de Las Vegas. Nada disso foi previsto pelos xamãs e videntes do IPCC, que, há 20 anos, fazem "projeções climáticas" para 20 ou mais anos depois. Mas o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) previu as enchentes de Santa Catarina com acerto e uma semana de antecedência. A frase é de Mark Twain: "Clima é o que esperamos; tempo, é o que recebemos".
Há hoje apenas uma prova do "aquecimento antropogênico": os computadores do IPCC e adeptos. É certo que a quantidade de CO2 no ar cresce muito tempo depois de a temperatura aumentar. Satélites e sondas meteorológicos também comprovam que, nos últimos 13 anos, a temperatura ficou estável nos dez primeiros e caiu nos três últimos.
O clima na Terra muda há bilhões de anos e a temperatura sobe há uns 20 mil, desde o fim da Era Glacial, quando uma enorme parte do hemisfério Norte esteve sob uma camada de gelo com mais de um quilômetro de espessura e o nível dos oceanos era uns 150 metros inferior ao atual.
Se não existe a teoria do clima, que modelos climáticos os videntes do IPCC processam nos seus supercomputadores? Um estudo de Koutsoyianis e outros autores, de 2008, confirma que "o desempenho dos modelos é fraco; em escala de 30 anos (...) as projeções não são confiáveis e o argumento comum de que o seu desempenho é melhor em larga escala não tem fundamento".
Em 2007, K.Trenberth, meteorologista do IPCC, disse que "não há previsões climáticas feitas pelo IPCC. E nunca houve". Mas os xamãs dizem que há "consenso científico" sobre a influência do CO2 no clima, o que fez R. Lindsay, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA), dizer: "Chegaram ao consenso antes de a pesquisa ter começado".
O que significam então os fatos mencionados no primeiro parágrafo? Só os pobres em espírito sabem. É ainda impossível provar se a Terra aquece ou esfria ou se começou a nova Era Glacial anunciada nos anos 1970 por atuais videntes do IPCC.
O clima depende de fatores físicos, químicos, geológicos, biológicos, oceânicos, glaciais, astronômicos e astrofísicos, mas eles garantem que o CO2 é o responsável e citam sempre dois estudos do século 19, de Fourier e Arrhenius, ambos sem validade científica atual e com muitos erros, mas por eles reverenciados com enternecido fervor religioso.
O artigo de Fourier é uma exposição literária, sem uma só equação e com muitos erros conceituais, apesar de não ter sido assim àquela época. Arrhenius errou ao calcular a temperatura da Terra se não existisse o CO2 no ar e ao atribuir as eras glaciais à diminuição desse gás; prático, disse que a sua teoria só poderia ser contestada se provassem que a retirada do CO2 não esfriaria a Terra e assim deu o mote para o "sumo sacerdote do aquecimento", o norte-americano Al Gore: "A ciência está feita". Quem quiser que prove o contrário.
O IPCC desconhece o que fez o físico meteorologista C.T.R. Wilson, inventor da "cloud chamber" -câmara de nuvens-, com a qual pretendia reproduzi-las em laboratório; ganhou o Nobel de Física de 1927 porque a câmara possibilitou comprovar muitas previsões das teorias da relatividade e quanta. Wilson é o precursor dos importantes estudos sobre o clima no Instituto de Pesquisas Espaciais da Dinamarca e no Cern.
Às mudanças drásticas no clima ocorridas nos últimos 10 mil anos são atribuídos os colapsos das civilizações acadiana (Mesopotâmia, 2200 a.C); maia (Mesoamérica, há 1.200 anos); moche (Peru, há 1.500 anos); e tiwanaku (Bolívia/Peru, há mil anos).
Tudo isso ocorreu sem um grama do CO2 "antropogênico" no ar. Nem a devastação de cerca de 400 mil quilômetros quadrados nas pradarias dos EUA e do Canadá ("dust bowl", 1930 a 1936) é fruto desse gás, pois foi causada pela seca e o mau uso da terra.
Aos cultores dessa ciência climática vudu, sem teoria nem comprovação experimental, restou fazer ameaças, frases feitas e reuniões estridentes no Rio, em Bali e em Poznam para salvarem a Terra. E ungir mais um sumo pontífice, o barão Stern of Brentwood, que, na Oxonia Lectures de 2006, fez a cândida confissão: "Em agosto ou julho do ano passado, eu tinha uma ideia sobre o efeito estufa, mas não estava seguro".
Meses depois, sacramentado como sábio pelo governo inglês para elaborar o relatório Stern, um cartapácio de 700 páginas, quer fortalecer o ecoterrorismo. O barão veio a esta Terra dos papagaios e causou enorme sensação, apesar da sua sabença oca.
(Folha de SP, 25/2)
A inversão revolucionária em ação
Tanto em artigos de jornal como em aulas e conferências tenho exposto algumas conclusões de um longo estudo empreendido sobre a mentalidade revolucionária. As principais são as seguintes:
1. A mentalidade revolucionária, tal como aparece documentada nos escritos e atos de todos os líderes revolucionários desde o século XV, sem exceção notável, não consiste na adesão a esta ou àquela proposta político-social concreta, mas numa certa estrutura de apreensão da realidade, caracterizada pela inversão da ordem temporal e causal e da relação sujeito-objeto, daí decorrendo uma variedade de inversões secundárias.
2. Essas inversões não configuram apenas uma “doença espiritual”, no sentido que F. W. von Schelling e Eric Voegelin dão ao termo, mas uma doença mental em sentido clínico estrito. A mentalidade revolucionária é uma variante específica do “delírio de interpretação”, síndrome descrita pioneiramente pelo psiquiatra Paul Sérieux em seu livro clássico Les Folies Raisonnantes. Le Délire d'Interprétation (Paris, Alcan, 1909; acessível online em http://web2.bium.univ-paris5.fr/livanc/?cote=61092&p=1&do=page).
Observações do dr. Sérieux: “Enquanto em geral as psicoses demenciais sistematizadas repousam sobre perturbações sensoriais predominantes e quase permanentes, todos os casos que aqui reunimos são, quase que exclusivamente, baseados em interpretações delirantes; as alucinações, sempre episódicas quando existem, não desempenham neles papel quase nenhum... A ‘interpretação delirante’ é um raciocínio falso que tem por ponto de partida uma sensação real, um fato exato, o qual, em virtude de associações de idéias ligadas às tendências, à afetividade, assume, com a ajuda de induções e deduções erradas, uma significação pessoal para o doente... A interpretação delirante distingue-se da alucinação e da ilusão, que são perturbações sensoriais. Difere também da idéia delirante, concepção imaginária, inventada ponto por ponto, não deduzida de um fato observado.” Difere ainda, segundo o autor, da mera interpretação falsa, isto é, do erro vulgar, por duas razões: (1) “O erro é, no mais das vezes, retificável; a interpretação delirante, incorrigível.” (2) “O erro permanece isolado, circunscrito; a interpretação delirante tende à difusão, à irradiação, ela se associa a idéias análogas e se organiza em sistema.”
Noutro artigo explicarei a diferença específica entre a mentalidade revolucionária e as demais variedades de delírio de interpretação. Aqui pretendo apenas ilustrar algo que tenho dito e repetido dezenas de vezes: a inversão da realidade é um fator tão constante e onipresente no pensamento revolucionário de todas as épocas, que praticamente podemos encontrar amostras dele no que quer que os porta-vozes de ideologias revolucionárias digam sobre assuntos do seu interesse político. A quantidade de exemplos disponíveis é tão imensa, que a única dificuldade para o pesquisador é o “embarras de choix”, a escolha dos casos mais óbvios e ilustrativos.
Seleciono aqui, a esmo, um artigo do sr. Leonardo Boff publicado no último dia 14 (v. Que futuro nos espera?).
Citando Arnold Toynbee, o autor diz que uma constante na decadência das civilizações é a ruptura do equilíbrio entre a quantidade de desafios e a capacidade de resposta de cada civilização. “Quando os desafios são de tal monta que ultrapassam a capacidade de resposta, a civilização começa seu ocaso, entra em crise e desaparece.”
Aplicando esse conceito à descrição do panorama atual, diz o sr. Boff: “Nosso paradigma civilizacional elaborado no Ocidente e difundido por todo o globo, está dando água por todos os lados. Os desafios globais são de tal gravidade, especialmente os de natureza ecológica, energética, alimentar e populacional que perdemos a capacidade de lhe dar uma resposta coletiva e includente. Este tipo de civilização vai se dissolver.”
Após resenhar com a ajuda de Eric Hobsbawm e Jacques Attali algumas possibilidades de desenvolvimento catastrófico da situação, o sr. Boff enuncia a única esperança que resta, no seu entender: “A humanidade, se não quiser se autodestruir, deverá elaborar um contrato social mundial com a criação de instâncias de governabilidade global com a gestão coletiva e eqüitativa dos escassos recursos da natureza.” Em suma: governo mundial socialista.
Todos os fatos mencionados no artigo são reais, mas colocados sistematicamente nos lugares errados.
1. Os desafios que o sr. Boff menciona para ilustrar a tese de Toynbee não a ilustram, mas vão parar muito longe dela. O que Toynbee tem em vista não são dificuldades materiais como as citadas, mas acima de tudo a pressão simultânea de um “proletariado interno” e de um “proletariado externo”, ambos empenhados em destruir a civilização visada. O primeiro pode ser exemplificado pelos imigrantes ilegais que recebem do governo americano toda sorte de benefícios (negados até aos residentes legais) e com isso se fortalecem para hostilizar a cultura local e lutar pelo desmembramento dos EUA. O “proletariado externo” é representado pela multidão de organizações empenhadas numa violenta e incessante campanha de anti-americanismo, na qual o próprio sr. Boff é uma voz de destaque ao menos na escala brasileira. A ação dos dois proletariados é intensamente fomentada e subsidiada pelos adeptos do governo mundial, que em seguida apresentam o decorrente enfraquecimento dos EUA como um fenômeno impessoal e involuntário, camuflando a profecia auto-realizável mediante o apelo a “constantes históricas”.
2. Dos quatro desafios citados pelo sr. Boff – crise ecológica, alimentar, populacional e energética –, os três primeiros afetam muito menos o Ocidente do que os países comunistas e islâmicos e suas respectivas áreas de influência. Nunca houve desastre ecológico que se ombreasse aos efeitos da explosão em Chernobyl ou da poluição geral na China, nem há drama populacional que se compare com o chinês, nem carência alimentar tão assustadora quanto se observa nos países da África sob domínio islâmico e comunista (Sudão, Zimbábue). Se um paradigma foi algum dia ameaçado pelos três problemas que o sr. Boff assinala, é o paradigma anti-ocidental da China, da Rússia, dos países islâmicos. No Ocidente, em vez de superpopulação, o que há hoje é despopulação; em vez de carência alimentar, obesidade endêmica; e em nenhuma parte do mundo os riscos ecológicos, reais ou imaginários, estão sob controle tão estrito quanto nos países capitalistas desenvolvidos. Como poderia uma civilização encontrar-se ameaçada de extinção iminente por desafios que nela estão ausentes ou sob controle? E como poderia ser substituída com vantagem por um “novo paradigma” inspirado justamente nas nações que sucumbem inermes ante esses mesmos desafios? A inversão da realidade é aí tão simétrica, tão patente, tão literal, tão ingênua até, que não se poderia desejar um exemplo mais claro e didático do delírio de interpretação.
Quanto à crise energética, ela não existe nos EUA mas é um risco possível, que se torna iminente graças à ação... de quem? Dos mesmos adeptos do governo mundial, as Pelosis e Obamas, que bloqueiam por todos os meios a abertura de novos poços de petróleo, fazendo com que a nação proprietária das maiores reservas de petróleo do mundo se torne dependente de fornecedores estrangeiros. Estes, por sua vez, com o dinheiro que arrecadam do seu maior cliente, financiam não só campanhas de propaganda contra ele, mas até mesmo movimentos terroristas, ao mesmo tempo que eles próprios se armam até os dentes para a “guerra do povo inteiro” (expressão do general Giap adotada por Hugo Chávez) contra o “dominador imperalista” que os alimenta. Em resultado da “quebra da ordem imperial – são palavras do sr. Boff – entra-se num processo coletivo de caos... A globalização continua mas predomina a balcanização com domínios regionais que podem gerar conflitos de grande devastação... Esta situação extrema clama por uma solução também extrema”. A solução extrema é, evidentemente, aquela acima apontada, o socialismo planetário.
Ou seja: dos quatro “desafios” que segundo o sr. Boff inviabilizam a civilização do Ocidente e clamam pelo advento do governo mundial, três só existem entre os inimigos do Ocidente e o quarto é inoculado no Ocidente por eles mesmos na base do espalhar doenças para vender remédios.
O sr. Boff, sendo ele próprio um dos agentes da operação – ainda que dos mais modestos –, sabe de tudo isso. Sua percepção dos fatos é exata. Sua interpretação do quadro é que é toda invertida, detalhe por detalhe, compulsivamente, para criar um sistema de erros no qual a perfídia revolucionária possa parecer a mais alta expressão do bem e da virtude.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
The Left's Assault on Language - Olavo citado nos Estados Unidos
Many conservatives now hesitate to identify themselves as conservatives or as being on the Right. One reason for this hesitation, no doubt, is the erratic way President Bush conducted himself in office.
Another reason is less known and almost never discussed. The definition of the terms Left and Right have been deliberately and carefully altered over the last few decades, just as most terms that apply to social issues have ("gay" "marriage", fundamentalism, racism, Supreme Court "striking down" laws, references to men with sex changes as "she", etc.).
The term "right" or "conservative" has been co-opted by the Left (I mean “Left” in the original sense) so that it now includes people in the extreme middle and on the near Left. Hence, the policies of G.W. Bush, even those relating to border control and immigration, are referred to erroneously as rightwing. After all, most Americans accept at face value Bush’s extravagant claim to be a conservative. This is because few understand that Bush's thinking has been heavily influenced by the "religious" Left, flying under the radar and generally mislabeled, deliberately again, as "religious right." Bush did not accept miscreant schemes like the SPP, the Mexican truck highway, open borders and amnesty for illegal immigrants only because he wanted to cater to business interests, as the Left and pseudo-Right stoutly maintain. He did so because he believed the “evangelical” myth that nationalism – and hence, national sovereignty as opposed to allegiance to world or supranational government – is anti-Christian, which is utter and absolute nonsense.
If we accept these unacceptable redefinitions of English, then, of course, we can no longer use the terms Left and Right because they are in constant flux at the whim of the Left.
But why should we chase after the Left's definition du jour as so many hapless tagalongs have done on their way to our current state of semi-anarchy? We must accept no other definition than the original organic one and it is not our fault if some foolishly accept bogus definitions – that is, it is not our fault if some have lacked the discernment to see how our language has been deliberately eroded by interest groups to their own benefit and to the detriment of our nation.
Another great example, by the way, is red states vs blue states, a word pair that is perfectly crafted to make the unwary forget that red China was communist, or that red was the preferred color of the Russian Revolution. We are now all the same under our newspeak definitions.
To understand these stealthy changes and to know what the Left – in the original sense of that word – is all about, you can rely on the writings of Olavo De Carvalho, who may well be the foremost authority anywhere on the Left and on the useful idiots who aid and abet them. He still knows the correct meanings of words (in more than one language) and refuses to let the Left lead him around by the nose.
All of this language change madness is a perfect illustration of why conservatives have the duty to "stand athwart history and yell 'stop,'" according to William Buckley’s definition.
Sadly, many of us have instead yelled: "take it slow going over the cliff."
Those who have done so are conservatives only by the Left's definition. Isn't it time to stand our ground, reclaim our language and stop being maneuvered by these weasels?
Then we can have our name back, without apology.
Donald Hank is a former language teacher, currently operating a technical translation agency in Wrightsville, PA. A former language teacher, he holds an undergraduate degree in French and German from Millersville State University (PA), a Master’s degree in Russian language and literature from Kutztown State College (also in PA), has studied Chinese for 3 years in Taiwan at the Mandarin Training Center, and is self-taught in other languages, having logged a total of 8 years abroad in total immersion situations. He is also the founder of Lancaster-York Non-Custodial Parents, a volunteer organization that provides Christian counseling for non-custodial parents.
CONHEÇA A MENTE DE UM SOCIALISTA
Sobre a doença mental: a mente infantilizada
1) "Idiotas úteis" e a doença mental
2) Mais sobre a doença mental
Uma coisa é certa e quem se colocar contra o argumento vai ter que se ver com o desenvolvimento de todas as crianças já nascidas nesse planeta. Crianças deixadas por própria conta não viram seres humanos adultos, educados, falantes, escreventes e pensantes. A assistência quase que full time é necessária para que uma criança humana cresça e se desenvolva no que podemos chamar um ser humano. Seja essa atenção dada pelos pais, ou contratados, seja por escolas ou avós, é inevitável que uma criança seja assistida em tempo integral. Esse fato inexorável da realidade nos trás conseqüências gigantescas. E nos deixa uma boa dose de margem para argumentar que: o ser humano é a-essencial.
Por a-essencial quero dizer que o ser humano não tem um conjunto de ações e maneiras de ser pré-programadas que se auto desenvolvem, como num leão ou num cão, que em menos de 15 minutos de nascidos já andam, procuram a teta da mãe e se viram, em grande parte, sozinhos. O ser humano precisa de um guia, para desenvolver as aptidões que estão latentes em seu “programa”. O ser é capaz de falar? Sim! Mas não sozinho. O ser é capaz de escrever? Sim! Mas não sozinho. E assim por diante. Friso bem essa parte, pois é fundamental para todo o desencadear das idéias que virão. Aceito o fato de que a criança torna-se mais plenamente humana quando educada, vamos ao que interessa.
O que representa a individualidade humana é o Ser. Compartilhamos todos essa característica tão fantástica de ser. Existimos. Mas ao existir somente nada muda e nada individualiza. O que nos torna únicos é nossa posição na existência, ou a manifestação do Ser no campo material como princípio de individuação. Assim eu sou eu e somente eu sou agora no meu lugar. Minha posição na existência diz quem sou eu. Creio que devemos levar em conta que a posição aqui não deve ser pensada somente em termos de referências espaciais quantitativas. Mas como referência primariamente qualitativa, e necessariamente quantitativa. Então é por eu ser um ser que persiste no tempo e sofre as modificações internas e externas nas quais eu sou influenciado e influencio ao mesmo tempo, que posso me chamar de Eu sem nenhum problema. Em adição a essa referência individual está o fato de eu me lembrar que eu sou eu. De nada adianta ser uma pedra, que é individual, mas não sabe que é nem se lembra que está sendo. Pela memória consciente sabemos que somos, e só somos porque persistimos no tempo como seres pontuais que influenciam e são influenciados ao mesmo tempo, ou seja temos consciência.
É a dupla, memória consciente e consciência da memória, que nos dá a capacidade de saber tudo o que foi dito anteriormente. Se achou difícil de entender tente se lembrar de como você ouve uma música. A primeira nota é tocada em um tempo totalmente diferente da última nota, as variações, cada uma delas, é independente das outras, a sequência é que faz a música, e a chamamos de música pois conseguimos guardar na memória desde a primeira nota até a última as unindo, na síntese intelectual, no que chamamos propriamente de uma música. A lembrança da sequência de notas tocadas de certa maneira com certa ênfase é que juntamos em um bloco só e ouvimos como uma música, e por fim temos a experiência total dela. Assim como a música só é capaz de existir pela memória, pela consciência da memória e a memória da consciência, que acontecem simultaneamente. Só podemos nos perceber como seres pelo mesmo processo. E é exatamente nesse ponto que diferimos dos outros animais, que não possuem a simultaneidade da memória consciente e da consciência da memória.
Alguns fanfarrões apressados poderão pensar que se é assim que a coisa se desenvolve podemos entrar num ciclo eterno que fica auto-retornando em si mesmo e prende a memória a si mesma enquanto temos consciência de algo ilusório, teríamos a consciência sempre das memórias e nunca de novas coisas. Mas para esses que adoram reduzir o ser humano, ou a mente, a um esquema torto só tenho que lembrar que somos dotados de uma capacidade infinita de conhecer o conhecimento que conhecemos. Assim temos consciência da memória ao lembrar que somos conscientes de nossa memória consciente. Podemos ser conscientes da nossa consciência, e ter consciência que somos conscientes da nossa consciência, ampliando o espectro a camadas impossíveis de qualquer limite. Fugindo assim das determinações positivistas que são a moda que ainda perdura em nossa sociedade.
Esse ponto requer uma explicação mais profunda. Temos o conjunto psico-físico, que envolve o nosso corpo e a nossa psiqué, ou mente, mas temos ainda o princípio de individuação. Esse é o nosso Ser próprio. Esse Ser que nos dá nosso intelecto caminha conjuntamente com a mente e o corpo. Temos assim um conjunto tríplice de: intelecto, mente e corpo. Quem nunca sentiu um impulso carnal, que se manifesta pela mente, e uma vontade oposta no intelecto, que nos diz, ou pergunta, se aquilo é bom ou não, não é humano. Essa dualidade do corpo-mente e intelecto é latente. Dessa maneira muitos são os que reduzem o indivíduo à sua mente, que é necessariamente ligada ao corpo e por isso constitui com ele um sistema. Mas isso de maneira alguma descreve o indivíduo totalmente. Assim temos o intelecto.
O conjunto corpo-psiqué não passa do nosso ferramental básico, que vai ser utilizado pelos meios educacionais para se transformarem em alguma coisa. Quando falo em meios educacionais não confundam com esse raio de pedagogia que temos atualmente, falo simplesmente do fato da mãe ensinar o filho primeiramente a andar, depois a falar, e posteriormente a escrever. Sem contar os modos de se comportar e práticas sociais normais. Quando falo que a mãe “ensina” o filho a andar é mera força de expressão, pois a criança se arrasta e engatinha sozinha, assim como pronuncia sua primeira palavra por conta própria. Isso mostra que em grande parte temos certas pré-disposições, mas só florescem no seio da família, no contato com outros seres humanos. Parece que tudo isso que eu falo é tocar no óbvio, mas esquecemos completamente do óbvio. É característica intrínseca do óbvio passar despercebido. É óbvio que nós respiramos, mas praticamente não lembramos disso no dia a dia.
Tudo isso serve para ilustrar que ao longo do crescimento humano somos determinantemente dependentes e nessa dependência outra característica é muito importante para o bom desenvolvimento humano. A alimentação. Se nos alimentarmos de papelão diariamente durante nosso crescimento desde o nascimento é claro e óbvio que danos irreversíveis vão acontecer. Uma alimentação minimamente satisfatória deve ser administrada para um funcionamento saudável do corpo humano. A analogia fica bem clara quando falo que a mente também é assim. Quando alimentada com as formas mais obtusas de alimentos ela se torna deficiente e capenga, se afasta do intelecto (aqui não como operador racional dos pensamentos, mas como princípio de individuação próprio do ser humano). Não é surpresa que ao serem criados desde pequenos crendo que judeus eram a escória da humanidade a juventude hitlerista realmente acreditou nisso. Assim como as crianças Hutus que cresceram em meio ao genocídio de 1994 hoje em dia são militantes e revolucionários que vêem os Tutsis de maneira deformada. Ou seja, o modo como a mente vai se moldar depende totalmente das informações que lhe chegam. É bem difícil que uma mente que nunca viveu em um ambiente democrático saiba o que seja democracia, por mais que tome conhecimento teórico sobre a coisa. As teorias, informações abstratas, só possuem valor depois de certa medida de vivência mesma, mais ou menos é a passagem da mente para o intelecto, assim o fortalecendo. Assim podemos concluir que quanto melhor o nível de informações que chegam durante a formação de uma criança melhor. Se se deseja que a criança tenha uma mente aberta e ampla, dê-lhe informações amplas. Se se deseja que a criança seja ignorante nada lhe apresente. É uma lógica simples e cabal.
Mas isso não significa uma permissividade. Não é porque temos a capacidade de formarmos uma mente ampla que isso signifique que devemos pensar tudo, ou pensar qualquer coisa. Devemos ser capazes de ter um ferramental amplo. Esse ferramental, no caso o mental, é indispensável para a formação e qualificação do intelecto. Quando um ser humano não é estimulado a reforçar seu intelecto criamos seres passionais, emotivos, sensíveis a qualquer besteira, manipuláveis, fracos e infantis. Como o corpo físico obedece a certa lógica do mundo material para se desenvolver e agir, podemos falar também da lógica do intelecto. Quando esquecemos o intelecto criamos os andróides de Issac Asimov. Esses andróides, ou robôs, possuem mentes reativas que funcionam no mundo com certa capacidade de análise, movimento e ação. Mas eles por serem projetados tem em sua programação três leis básicas da robótica, leis criadas pelo próprio Isaac, que controlam seu “instinto”, são essas: 1) Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal; 2) Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei; 3) Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis. Essas três leis regem os cérebros dos robôs e a maioria das histórias do livro Eu, Robô giram em torno de problemas lógicos causados por situações várias em que robôs entram em conflito interno por não conseguirem se livra das contradições da sua programação. Nesse ponto o filme estrelado por Will Smith, com o mesmo nome do livro, aplica cabalmente a lógica de Issac no computador central que controla todos os outros robôs em um link por satélite. A beleza do filme está em acompanhar de forma coerente e precisa a lógica dos contos do autor. Nesse filme o criador do robô central prevendo, pela lógica imputada na central robótica, que seria um caos e perigo para os seres humanos cria um outro tipo de robô. Que será o protagonista da aventura. Esse outro robô difere determinantemente dos outros por um único fator. Quando previu o desastre total o criador dos robôs só consegue quebrar a sequência lógica de movimentos programados ao inserir outro cérebro no andróide. Esse outro cérebro é encarregado de avaliar as situações em que as três leis valem e ter autonomia de pensamento em relação à lógica estrita de ação do primeiro cérebro. Dessa maneira essa era a única saída possível para quebrar a corrente de acontecimentos apocalípticos que estavam em curso.
Esse filme ilustra muito bem a condição humana. E o desenvolvimento do segundo cérebro é a nossa natureza mais básica. O que inquieta muitos é que nosso segundo “cérebro” não tem natureza física, mas somente sutil. Nosso intelecto, nosso Eu que “habita” o corpo material, não é visível. Essa qualidade do ser humano é ignorada na quase totalidade dos casos da ciência e das especulações intelectuais.
Se queremos educar nossos filhos para que tenham autonomia intelectual, não é possível que primeiro não saibamos o que significa. Recorramos ao sábio Mário Ferreira dos Santos para nos esclarecer: “A intelectualidade é a função que capta semelhanças e diferenças. Chama-se intuição intelectual a intuição quando capta semelhanças e diferenças. (Intelecto vem de inter e lec. Inter significa entre, e lec é um radical que significa tomar, captar. Daí temos: ler, que vem de legere, eleger, de e-lec, tirar para fora, separar; assim coleccionar,seleccionar). É por meio da intelectualidade, que o ser humano põe ordem ao caos dos acontecimentos, dos factos, que formam o existir.” Cabe esclarecer que o existir também engloba o próprio ser. Sem força intelectual ele não consegue sequer saber o que se passa com ele. E não podemos negar que a consciência e a memória são qualidades do intelecto.
Atualmente criamos nossos filhos para serem completos des-intelectualizados, e isso não é no sentido de intelectual como aquele ser pensador, reflexivo ou recluso e dedicado aos estudos. Mas no sentido de que as situações e os fatos mais imbecis são devidamente ignorados, mal-interpretados, distorcidos etc. Criamos um exército de seres tão fracos intelectualmente que não conseguem fazer os links mais pueris entre causa e conseqüência, entre atores ativos e receptores passivos, entre determinantes fixas e as variáveis, ou seja, nada que ouse passar pela visão clara e objetiva (no sentido mais amplo) da realidade consegue ser intuído. Todo o processo da existência é deformado ou mal interpretado pelas mentes infantis que temos hoje. As mentes infantis estão tanto nas crianças, nos adolescentes e até nos adultos. Cada vez mais infantilizados, fracos, débeis e pueris os seres humanos perdem qualquer capacidade de realização, transformação, auto-controle e interação com o mundo. Resultando no ápice da idiotização quando vemos hoje pais recorrendo a juízes, pois não conseguem controlar seus filhos.
É característico das mentes infantis acreditarem em tudo que dizem para elas, ou pelo menos acreditar em tudo que certas figuras de autoridade lhe dizem, secas de informação e carentes de autoconsciência reflexiva elas passam a maior parte do tempo concordando ou discordando. Não existe realidade para uma criança e sim apenas a construção de um mundo etéreo. É característico das mentes infantis bradarem por tudo que desejam, sem qualquer filtro mental. A mente infantil é aquela que age indiscriminadamente. Toda a culpa pelos seus atos é automaticamente impugnada aos pais. Não é coincidência que em nossos tempos de bilhões de mentes infantilizadas as relações tenham sempre que ser regulamentadas e regidas por um poder de autoridade. Hoje temos a conjunção das mentes infantis com as três leis de Asimov. Se sair daquela programação dá curto e tudo pára. E é justamente o que acontece ao nosso redor. Quando todos os jornais dão palavras de ordem, fazem todas as análise que serão repetidas pelas bocas populares, montam um séquito de pseudo-autoridades científicas para dizer a cada hora o que deve ou não deve fazer, dão dicas e pitacos de como cuidar da saúde, como cuidar da casa, como cuidar dos filhos, dos cães, da natureza, combater a discriminação etc., não podem concluir nada além daquilo que mostra o discurso típico de um pai para o filho.
Essa carência intelectual é notável e se dá justamente na parte da consciência e da memória. Atingidas full time com novas visões da realidade, cada vez mais contraditórias, essas pessoas por não possuírem as mais básicas ferramentas mentais são capazes de defender dois discursos simultaneamente sem saber que eles são obviamente contraditórios. São capazes das atrocidades lógicas, mentais, físicas e concretas mais díspares.
É substancial que as características que contribuem para o equilíbrio intelectual, e seu crescimento, não são materiais. O intelecto por ser uma função sutil não é regido pelas determinações espaço-temporais. O corpo humano se desenvolve ao longo do tempo, ele vai-se tornando cada vez mais humano na medida em que se transforma. Esse tipo de transformação é quantitativa. Por ser assim, determina certas afetividades e sensibilidades próprias dos corpos. Como um corpo extenso qualquer que é definido pela sua disposição quantitativa, que termina por determinar também algumas de suas propriedades qualitativas, assim o corpo humano também o é. Nesse mesmo campo podemos esclarecer que o corpo humano se torna pleno quando suas partes quantitativas se tornam de tal ou qual modo. Mas o desenvolvimento do intelecto não corresponde a essa relação descrita. O intelecto por ser puramente qualitativo não “cresce”. Ele, por participar da qualidade, se torna mais intelectual ou menos intelectual. Aqui a analogia é como o branco que é mais branco na medida em que se aprimora na brancura. O tempo e o espaço não interferem nesse processo. Desse modo é risível achar que por estar em uma escola assistindo aulas durante boa parte da sua vida um indivíduo irá automaticamente qualificar seu intelecto.
As mudanças qualitativas do intelecto só se dão no âmbito da determinação individual. O papel do estudante é aprender, mas para tal é preciso querer aprender. Interessar-se pelo conteúdo e buscá-lo ativamente. Esse processo é fundamental para o desenvolvimento do intelecto como capacidade de síntese e divisão da realidade. Em grande parte isso se dá através da linguagem. A fala e a escrita contribuem ativamente para tal desdobrar das capacidades intelectuais. Por isso a tão buscada erradicação do analfabetismo. Essa questão é ainda mais profunda quando constatamos que não é o domínio da técnica de leitura e escrita que desenvolve o intelecto, mas como essas técnicas serão utilizadas. Como disse mais acima o conjunto corpo-psiqué é uma ferramenta que deverá se desenvolver, quem usa essa ferramenta é o indivíduo como Ser. Assim o aprendizado da leitura e da escrita são ferramentas que precisarão de um foco em sua utilização. Martelar um prego pequeno com uma marreta gigantesca é o uso descabido da ferramenta para o fim que lhe é próprio. Pensando nesse caminho qualquer tipo de matéria escolar só é necessária quando o indivíduo sente que aquele conhecimento lhe falta. A busca da completude do intelecto só pode ser buscada individualmente.
Quando a educação era ministrada na reclusão da residência essa necessidade era premente. Envolvido diretamente no contexto da vida que vivia a mente que era educada dava sentido para aquele aprendizado. Quando este é dissociado da vida privada, ou pelo menos erigido como modelo educacional nacional, o indivíduo não percebe mais essa integração. Qualquer tipo de aprendizado pressupõe uma posição daquele que ensina. Seja por achar que a educação é necessária ao desenvolvimento do indivíduo, seja por questões práticas de gerência dos negócios da família, ou ainda pelo fomento do conhecimento como forma de integração pessoal, a educação passada diretamente pelo próximo não distanciava das questões morais e dos valores ali contidos. Em tempos que a educação era um privilégio da aristocracia, ela era vista como forma de melhorar o indivíduo para a vida que iria ter e não tinha qualquer papel pedagógico universal dos direitos à educação de hoje. Quando possuímos um exército de professores que nada mais querem que apenas ganhar seu salário, esse ensino não passa de mera formalidade, ou necessidade de mercado. Não podemos esquecer que a maioria das pessoas não necessita diretamente de um conhecimento aprofundado em história, geografia, química, biologia, física etc. O que antigamente era ensinado aos indivíduos eram matérias muito mais básicas e necessárias. Não é tão estranho que antigamente um político era jusfilósofo, entendia de medicina e flertava com outras áreas. Tudo isso aprendido de maneira autodidata. Quando você priva o intelecto das matérias básicas de sua formação relega o indivíduo a uma prisão, na qual ele é incapaz de se conhecer, conhecer o mundo ou saber o mínimo para avaliar qualquer tipo de conhecimento que seja.
Isso caracteriza o ataque direto à consciência e à memória. Esquecendo da consciência, do intelecto em última instância, e sobrecarregando a memória com informações que não possuem nenhum nexo lógico, que fomentam a desestruturação dos valores tradicionais ao desvincular o aprendizado do crescimento moral, abrindo espaço para a doutrinação ideológica antes mesmo do aprendizado das ferramentas de análise do indivíduo e pregando conceitos deturpados a nossa educação atual não faz mais nada que desequilibrar mentalmente os alunos e tornar suas mentes débeis e deformadas. Não é estranho que o aprendizado das gerações sucessivas desde a década de 1950 decaiu a níveis alarmantes. A dissociação do desenvolvimento do sujeito de seu aprendizado trouxe malefícios enormes ao quadro da sociedade mundial.
Se ainda temos expoentes nos níveis técnicos, no campo da aplicação estrita de conhecimentos técnicos, no campo humano a desordem é generalizada. Quando o conhecimento universal e tradicional é extinto sendo substituído pela permissiva militância e o informacionismo descabido é exatamente isso que acontece. Criamos gerações inteiras de zumbis, ou de idiotas-úteis, que nada mais fazem que sobreviver sem qualquer sentido em suas vidas. Perdendo toda noção do que seja um ser humano autônomo e íntegro essas mesmas gerações deformadas nunca poderão passar as próximas gerações o tipo de conhecimento que fomentará o intelecto, causando uma notável infantilização das mentes.
Quando se esgotam as energias da mente com informações a serem seguidas, e não se ensinam as ferramentas intelectuais de análise e decisão que tornam as existências autônomas, só podemos concluir que isso causa uma estafa mental absoluta no indivíduo. A capacidade intelectual de síntese e separação se esvai no mundo das possibilidades e nunca vêm a se tornar concreta. Quando a capacidade de perceber o campo dialético da existência não existe, e com isso tornando a capacidade de análise de qualquer situação concreta inexistente, o indivíduo, já de muletas mentais, é manipulável em qualquer nível pela ação constante do condicionamento mental perpetrado pelas mídias. Não é difícil vermos cidadão fazendo cara feia para um fumante que está a meia distância quando ao mesmo tempo não acham horrível a fumaça negra de carros, caminhões e vans. É só por essa i-lógica que podemos estabelecer que o resfriamento de boa parte do mundo é devido ao aquecimento global causado pelo homem. Ou pensamentos do tipo “rouba, mas faz”. Quando as capcidades de interação com um mundo complexo e articulado para desestruturar a mente do cidadão não estão presentes, esse mesmo mundo parece um emaranhado indecifrável de causas e conseqüências, onde o cidadão se vê como se numa selva sem bússola.
Quando falei mais acima que a dupla, consciência da memória e a memória consciente, faz o ser do ser humano mais humano, não foi à toa. Tudo o que descrevi só abre o caminho para que os seres ignorem suas capacidades intelectuais mais básicas e tratem o mundo como uma selva, na qual o único tipo de avaliação que pode existir é “gosto” ou “não gosto”, ou “concordo” ou “não concordo”. Mentes infantis são incapazes de perceber o mundo conscientemente. Assim é fácil ver a maioria das pessoas falando que “não concordo com seu ponto de vista” quando na verdade nada foi opinado, mas simplesmente descrito. É notável no caso de Barack Obama. Quando descrito como criminoso, a primeira coisa que fazem é “não concordar com a opinião”, como se fosse realmente uma opinião e não uma descrição literal do sujeito. A in-capacidade de ver o mundo de forma natural e saudável só pode acontecer pela total perversão da mente humana. E é isso que chamei de doença mental.
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Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.