ESTA NEM AS MELHORES PROFECIAS PREVIRAM...
Foto: RicardoStuckert/
LULA - na ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - EXPLICANDO A NOVA ORTOGRAFIA
E OS IMORTAIS PRESTANDO A MAIOR ATENÇÃO!!!!!!
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
ESTA NEM AS MELHORES PROFECIAS PREVIRAM...
Foto: RicardoStuckert/
LULA - na ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - EXPLICANDO A NOVA ORTOGRAFIA
E OS IMORTAIS PRESTANDO A MAIOR ATENÇÃO!!!!!!
Delegates of several Latin-American Non Governmental Organizations (NGOs) gathered in Bogotá , Colombia , between December 12 and December 14, 2008, to explore ways to defend democracy and freedom, which has been severely restricted and threatened in the continent. The delegates decided to establish a confederation of NGOs – christened UnoAmerica — to pursue their common goals. UnoAmerica will primarily function as an instrument for Latin American democratic sectors to exchange information, coordinate action, and support each other. The Final Declaration signed by the delegates is the following:
The failure of governments to eradicate poverty in Latin America , in spite of it being the richest continent on Earth, allowed the growth and development of the Sao Paulo Forum (FSP), an organization that brought together all the leftist movements and political parties in the region, including the Colombian narco-terrorist guerrilla group FARC (Colombian Revolutionary Armed Forces).
The members of the Sao Paulo Forum take advantage of people's needs in order to manipulate the poor, promising “social justice” and better economic conditions. However, once in power, they don't solve any of the crucial problems in our countries, but instead introduce Marxist ideological models that divide our societies into factions based on class and race, promoting hate, violence and anarchy.
At present, there are fourteen Latin American governments connected to the Sao Paulo Forum. Although most of them reached power through democratic elections, some are destroying democracy from within, eliminating separation of power, checks and balances and fundamental rights. Such is the case with Hugo Chavez ( Venezuela ), Evo Morales ( Bolivia ), Rafael Correa ( Ecuador ), Cristina Kirchner ( Argentina ) and Daniel Ortega ( Nicaragua ).
To achieve their goals, the members of the Sao Paulo Forum do not resort to firing squads to eliminate their enemies, as was done in Cuba by Fidel Castro, the most prominent founding member of the FSP. They now use more modern and sophisticated methods. One basic process is through constitutional reforms that allow them to control all three branches of power, and to remain permanently in the Presidency. Elections are rigged and voting secrecy is, in practice, eliminated. Although these attacks on democracy are executed quite openly, other “moderate” members of the FSP -- Brazil 's Lula da Silva (co-founder of the FSP along with Fidel Castro), Uruguay 's Tabaré Vázquez and Chile 's Michelle Bachelet -- don't complain or criticize their radical counterparts.
The FSP has a transnational project that disregards national borders or sovereignty. To achieve their goals, FSP members intervene in the internal affairs of other countries, funding candidates of their liking, supplying military equipment, and even making decisions on internal conflicts using related organizations such as the Union of South American Nations (UNASUR). Democratic political and social forces, on the other hand, have so-far limited their action to their own national territory.
These two very different methods of operation have so far placed Latin American democrats at a serious disadvantage, hampering their ability to counterbalance the advance of the FSP. UnoAmerica is an attempt to correct that imbalance.
In addition to the goal of counteracting FSP, UnoAmerica will design economic programs to promote industrialization and development in our continent, in order to help solve the oldest and most serious problems in our region – poverty, illiteracy and even hunger -- as an antidote to totalitarianism.
Poverty and illiteracy are the main barriers to the consolidation of democracy and freedom in Latin America . There are no other real obstacles to development in a region full of resources.
We invite all democratic forces in Latin America to join this initiative. We invite them to work together to promote a better future in which freedom, social justice, solidarity and integration, and the rule of law will prevail.
Olavo de Carvalho
Confissões de Luiz Garcia, um dos potentados da redação de O Globo, reveladas durante um simpósio da University of Tulane, em março de 2008, por Carolina Matos, em conferência intitulada (sem ironia aparente) Partisanship versus professionalism:
“Fizemos um enorme esforço para atrair o pensamento esquerdista para O Globo. E fizemos isso em tal extensão que depois tivemos de procurar um direitista que escrevesse bem, e escolhemos Olavo de Carvalho, o que hoje lamentamos um bocado. Toda a esquerda tem acesso ao Globo: Élio Gaspari, Zuenir Ventura, Veríssimo... E também os ativistas, as ONGs. Estamos fazendo uma coisa balanceada.”
Leram? Leiam de novo. Com o maior ar de inocência, com aquela consciência limpa de quem não quer sujá-la num confronto com os próprios atos, o criador da página de opinião de um grande diário brasileiro apresenta sua noção de jornalismo balanceado, isento, equilibrado:
franquear as páginas do jornal para “toda a esquerda”, um exército inteiro de editorialistas, cronistas, analistas e ongueiros, depois camuflar o partidarismo concedendo um espacinho a um – isso mesmo: um, um único – articulista de direita, em seguida reduzir um pouco mais esse espacinho e no fim ainda reclamar que o convidado, um brutamontes sem educação, ultrapassou a quota de direitice admitida.
Em matéria de disfarce, isso foi tão eficiente quanto limpar bumbum de elefante com um cotonete.
Mas disfarçar era totalmente desnecessário: quem, entre as multidões, reclamaria do viés esquerdista do Globo? Brasileiro não lê jornal. Num país de 180 milhões de habitantes, a tiragem dos maiores diários, somada, mal chega a dois milhões de exemplares. A imagem que o zé-povinho tem dos jornais é a de trinta anos atrás: o Estadão ainda é os Mesquita, O Globo ainda é Roberto Marinho. Diga ao cidadão comum que O Globo é de esquerda, e ele rirá na sua cara com aquele ar de infinita superioridade que é o privilégio sublime da completa ignorância. De outro lado, o esquerdismo da mídia nacional é mais que hegemônico: é uma instituição tão antiga, tão sólida, tão tradicional e intocável que acabou por se tornar um estado natural. O jornalismo de esquerda já nem pode ser reconhecido como tal, pois há três gerações não existe um de direita que lhe sirva de contraste. A firme obediência ao programa esquerdista passa hoje como a encarnação mesma do profissionalismo idôneo, mainstream. Fanatismo, propaganda, distorção ideológica, só na coluna do Olavo de Carvalho, é claro. Pois não é que o safado teve a ousadia de contar para todo mundo que o Foro de São Paulo existia, quando a massa de seus colegas de ofício se empenhava solicitamente em ajudar essa central da subversão a crescer em silêncio? Por que ele não se limitou ao direitismo cool, educado, àquele amável direitismo de centro que festeja a eleição de Barack Obama como uma glória da democracia americana e de vez em quando até verte umas lágrimas (de crocodilo ou não) pelos terroristas mortos nos “anos de chumbo”?
Se querem entender como essa mudança aconteceu, leiam o livro de Alzira Alves de Abreu, Eles Mudaram a Imprensa (FGV, 2003). São “depoimentos de seis jornalistas que, na qualidade de diretores de redação, tiveram uma participação fundamental na reformulação ou na criação de órgãos de imprensa brasileiros nas últimas três décadas do século XX”. Dos seis entrevistados, cinco são esquerdistas. Só faltou, dessa geração de reformadores célebres, o Cláudio Abramo, que já tinha morrido. E Cláudio era um devoto de Leon Trotski. Isso, meus amigos, é a mídia brasileira. Ser esquerdista, no ambiente que esses homens criaram, não requer nem mesmo uma tomada de posição pessoal: é só você não pensar no assunto, e a força da rotina geral o arrastará insensivelmente para a esquerda sem que você tenha de assumir a mínima responsabilidade por isso.
Se Luiz Garcia parece não ter a menor consciência de que confessou uma manipulação abjeta, delituosa até, não é porque seja cínico de propósito: é porque, no meio em que ele vive, a insensibilidade moral para com os abusos do esquerdismo se tornou uma espécie de norma de redação.
Prioridade máxima de Temporão: R$ 40 milhões no pregão do KY para alargar a paciência dos contribuintes
O ministro da Saúde enlouqueceu de vez. Falta verba para comprar medicamentos para hemofílicos e para bolsas de coletas de sangue. Mas Temporão mandou comprar 15 milhões lubrificantes KY para distribuir aos gays. Vai torrar cerca de R$ 40 milhões no dia 22 de dezembro. Recentemente, o ministro mandou distribuir pênis de borracha e uma cartilha ensinando as técnicas mais prazeirosas do sexo anal. É o Bolsa-Boiola. Temporão está confundindo a defesa da liberdade de opção sexual com boa administração do dinheiro público. Sucumbiu à “Gaystapo”, as patrulhas do movimento GLS. Chegou a hora de reagirmos contra as loucuras desse ministro.
O Artigo 5 da Constituição garante uma série de direitos fundamentais e inalienáveis, como a liberdade de expressão, de opinião, de credo, de organização política, etc e etc. Não fala da liberdade de opção sexual, mas acredito que devemos respeitá-la por interpretação complacente - ou por simples amor à democracia, aos direitos civis e o respeito ao próximo. Portanto, é dever do Estado proteger as minorias sexuais da discriminação e da violência. Assim como criar políticas próprias de saúde, em especial para o controle da AIDS.
Na quarta-feira 17 de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou a última extravagância de seu ministro, José Gomes Temporão - o edital de licitação número 142/2008, para a aquisição de 15 milhões de sachês de gel lubricante à base de água, o conhecidos KY, geralmente usado para facilitar o sexo anal (leia parte do edital ao final deste artigo).
O pregão do KY será às 10 horas da manhã da próxima segunda-feira 22 de dezembro. Tudo muito rápido, para não dar na vista. O Erário deve gastar cerca de R$ 40 milhões, calcula o funcionário do Ministério da Saúde que me forneceu o edital.
Está sendo preparado por um assessor do círculo íntimo de Temporão um outro edital semi-secreto para a compra de 1 bilhão de camisinhas. Os armazéns do ministério estão neste momento abarrotados de preservativos para serem distribuídos à população. Mas Temporão decidiu comprar mais 1 bilhão de camisinhas já lubrificadas. A licitação vai sair do armário na próxima semana. Está programada para o dia 29 de dezembro, no apagar das luzes do ano. Deve consumir outro R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Por que tanta pressa? Por que tanto discrição com o dinheiro público?
A fonte das informações acima esclarece que a única prioridade do ministro Temporão é a comunidade gay e o programa DST-Aids. Os hospitais, isso é público, estão derretendo por falta de verba. Falta dinheiro para toda a sorte de medicamentos essenciais. Neste exato instante, por exemplo, faltam nos hospitais públicos bolsa para coleta de sangue e os hemoderivados fatores VIII e IX da coagulação, essenciais para a sobrevivência dos hemofílicos. O dinheiro está sendo desviado para KY, camisinhas e pênis de borracha.
Recentemente, Temporão mandou comprar e distribuir pênis de borracha para usar em educação sexual e cartilhas ensinando as melhores técnicas de penetração anal entre parceiros do mesmo sexo. Ninguém entendeu direito o que a didática do prazer tem a ver com prevenção à Aids. Agora, ao aparecer com o pregão do KY e de outro bilhão de camisinhas, Temporão está instituindo o Bolsa-Boiola.
LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA?
Não acredito, em hipótese alguma, que Temporão esteja legislando em causa própria. Nesse caso, seria prevaricação.
Vale lembrar que Roma teve grandes imperadores bissexuais, como Júlio César e Otávio Augusto, ou mesmo homossexuais convictos, como Adriano. Também teve governantes como Heliogábalo, que usava sua condição de gay para legislar em causa própria. No poder, Heliogábalo perdeu o equilíbrio emocional, passou a se vestir de mulher até chegar ao desplante de entregar todo o poder do império a um de seus favoritos, um escravo!. Heliogábalo fez tantas loucuras usando o dinheiro público para proteger seus prazeres que ele e seu amante acabaram trucidados.
Não há nenhum indício de que Temporão esteja prevaricando. Entretanto, como Heliogábalo, ele anda muito mal assessorado. Afinal, desde quando se previne Aids ajudando os gays a praticar uma penetração anal mais prazeirosa? E não me venham com a falácia de suposta homofobia. Estamos aqui discutindo tão-somente a boa gestão do dinheiro dos nossos impostos.
GESTÃO TRANSVIADA
Recentemente, Temporão baixou uma norma mandando o SUS fazer cirurgia de mudança de sexo para os travestis. Com direito a dois anos de acompanhamento psicológico para o transsexual e para sua família, que está perdendo um filho, apesar de estar ganhando uma filha.
Falta dinheiro para transplantes. Falta dinheiro para cirurgias plásticas corretivas, como para crianças queimadas. Ninguém opta por necessitar de um coração, uma córnea, ou por deformar o corpo com o fogo. Os gays, por sua vez, insistem em dizer que o homossexualismo não seria uma distorção psicológica, mas sim uma opção, uma orientação. Se fosse uma psicopatia, então o Estado teria por dever dar tratamento. Mas é uma opção. Os travestis optaram por ser assim.
Então porque o Estado precisa pagar dois anos de tratamento psicológico para os transsexuais e seus pais? Se Temporão fosse um ministro sério, ofeceria acompanhamento psicológico também para os pais daquele garoto de três anos que morreu baleado pela PM do Rio — cujo policial assassino dias atrás foi absolvido pela Justiça. Eles não optaram por perder o filho, morto por um agente do Estado. Eles sim, precisam de acompanhamento psicológico com dinheiro público.
MANIFESTO CONTRA A GAYSTAPO
A explicação mais plausível para essas opções de Temporão é que ele seja um ministro incompetente. Um fraco. Está sucumbindo ao lobby do Movimento GLS. Houve um tempo em que os homossexuais eram agredidos nas ruas. Depois passaram a ser apenas discriminados em seus empregos. Então surgiram movimentos em defesa dos direitos dos gays, lésbicas e assemelhados.
Organizaram as paradas gays, instituiram o tal Dia do Orgulho Gay, mobilizaram simpatizantes, fizeram lobby nos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, por direitos justos e legítimos, como plano de saúde para companheiros do mesmo sexo. Ao fim ao ao cabo, os movimentos gays deram uma enorme contribuição para a lapidação das instituições democráticas e o Estado de Direito.
Os gays mobilizados, enfim, têm sido tão importantes nesta virada de século para a afirmação dos princípios fundamentais da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, quanto o movimento sindical o foi em priscas eras.
Ocorre que de uns tempos para cá, pelo menos no Brasil, o que era um movimento está se transformando numa patrulha ideológica. As campanhas contra a discriminação se transformaram em pressão para que os adolescentes assumam suas porções femininas (ou masculinas, no caso das garotas). Está virando anomalia amar homens e mulheres — agora só se pode amar “pessoas”.
De vítimas, os gays estão se transformando em agressores. Se alguém acredita que ser gay não é o normal, que o normal é ser hetero, é logo taxado de homófobo. Tal qual Hitler com sua Gestapo, estão criando uma Patrulha do Pensamento, a Gaystapo.
Exagero? Homofobia? Ora, ora, lembro-me de um caso exemplar ocorrido meses atrás com o então-presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal. Ele é o homem de confiança da ministra Dilma Roussef no setor elétrico. Pois foram pedir R$ 2 milhões ao presidente de Furnas, Luis Paulo Conde, para o patrocínio da Parada Gay do Rio de Janeiro. Conde, titubeante, até pensou em dar o dinheiro. Mas Cardeal vetou.
Ora, desde quando uma estatal elétrica tem a ver com opção sexual? Se está sobrando dinheiro em Furnas, que patrocine escolas e postos de saúde para os desabrigados das barragens e outras vítimas sociais de suas ações predatória. Isso é o certo. Que patrocinem ações de recuperação do meio ambiente — ou até mesmo ONGs ou seminários ambientais. Quem tem que patrocinar parada gay é a Johnson&Johnson, fabricante do KY do do Jontex, a Ambev ou a companhia marítima dona dos transatlânticos Eugenio C e Eugenio G.
Pois Valter Cardeal, num rasgo de sensatez, vetou a concessão da verba. Publiquei esse fato na imprensa. No dia seguinte, Cardeal foi alvo de passeadas, ameaças de processo e até de representação da Comissão de Direitos Humanos da OAB. A Gaystapo agiu rápido, implacável como os nazistas. Cardeal foi obrigado a pedir desculpas, voltou atrás e deu dinheiro para os gays. Foi um erro.
É provável que Temporão não esteja prevaricando, mas apenas sucumbindo à Gaystapo. É um ministro fraquinho, incompetente. Qualquer que seja a opção, é hora dos cidadãos que pagam impostos se manifestarem, de exigirem seriedade na gestão das verbas da Saúde. Instituir o Bolsa-Boiola é uma idéia que nem o imperador Heliogábalo teve o desplante de fazer.
* * *
EIS O EDITAL DO PREGÃO N.°142/2008
PROCESSO N° 25000.019579/2008-71
Tipo de Licitação: MENOR PREÇO
Data: 22/12/2008
Horário: 10:00 horas
Local: Esplanada dos Ministérios, Bloco “G”, Ed. Anexo, Ala “A”, Sala 423, Brasília/DF
A União, por intermédio da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos – CGRL da Subsecretaria de Assuntos Administrativos – SAA do Ministério da Saúde, mediante o Pregoeiro, designado pela Portaria nº 02, de 20 de maio de 2008, publicada no D.O.U do dia 21 de maio de 2008, torna público para conhecimento dos interessados que na data, horário e local acima indicados fará realizar licitação na modalidade de PREGÃO, do tipo menor preço, conforme descrito neste Edital e seus Anexos.
1.DO OBJETO
1.1.O presente Pregão tem por objeto a aquisição do produto abaixo, conforme Termo de Referência – Anexo I:
ITEM
PRODUTO QUANTIDADE
01
Gel Lubrificante
15.000.000 de sachês
1.2. Os interessados em participar desta Licitação poderão obter este Edital na Esplanada dos Ministérios, Bloco G,
Ministério da Saúde, Anexo “A”, 4º andar, Hall, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou no sitewww.comprasnet.gov.br.
W.H.Auden, August 1968.
A crise de 1929 está completando oitenta anos e de novo a humanidade encontra-se confrontada com peripécias equivalentes. As mentes lúcidas da época não se enganaram com o que estava acontecendo. Se a multidão idiotizada não sabia muito bem o que a esperava, tanto os agentes do mal sabiam o que faziam como aqueles que lhes davam combate. Hitler, Stalin e Mussolini tinham seus objetivos bem claros. Na América os progressistas dominavam a Presidência da República e não hesitaram em pôr em marcha a Grande Sociedade. Entre nós tivemos a experiência do Estado Novo, fascista em estado puro. Havia um acordo entre os lideres políticos de que o caminho da prosperidade e da redenção humana passava pelo Estado Grande. Pensadores e filósofos nos dois Hemisférios passaram a legitimar o retorno ao Estado Total, que vigeu desde os tempos bíblicos, tendo sido domesticado somente no Advento cristão.
Homens como Ortega y Gasset, Von Mises, Raymond Aron e Irving Babbit faziam solitário contraponto a essa regressão histórica. Eles viam o enorme perigo que era a construção da Grande Sociedade, seja aquela de vertente comunista ou nazista (sua variante nacionalista), seja a fascista, que teve nos EUA um seguidor entusiasta. O redemoinho de destruição que viria embaralhou um pouco o sentido das palavras, mas oitenta anos depois é possível retornar ao ponto de partida e ver mais claramente. Só com a eleição de Barack Obama e o triunfo completo do Partido Democrata é que essa plataforma fascista alcançou o apogeu nos EUA. Não podemos esquecer que na Europa essa forma de organização social em que o Estado é tudo, compra, vende, tributa, emprega e regula a vida cotidiana de cada um – o Estado Total – já é uma realidade há muito tempo.
Obviamente que a liberdade como aquela entendia pela tradição judaico-cristã e pelos liberais clássicos está em vias de desaparecer, com todas as conseqüências dessa constatação. O cultivo dos valores morais, dos direitos fundamentais e da ética visigótica que coloca o primado da moralidade sexual e da propriedade foi definitivamente sepultado. O mundo mudou violentamente, de tal sorte que ficamos espantados ao percorrer os caminhos de volta dessa jornada.
Isso não seria importante se não tivesse conseqüências para a vida prática e para a vida do espírito. Seria um simples passatempo de um observador diletante, mas infelizmente não é. Na vida prática temos a eclosão das crises econômicas e políticas, que teve agora um novo ciclo aberto com o setembro negro, de desdobramentos imprevisíveis. A vida do espírito, esta está em franca decadência, ficando agora confinada a indivíduos isolados, verdadeiros restos de Israel que são preservados pela graça de Deus, partilhando de angústias indizíveis.
O fato é que oitenta anos depois voltamos ao mesmo ponto da espiral descendente que então se formava, como um furacão demoníaco. Voltamos ao mesmo ponto, mas em alguns degraus inferiores. Estamos mais perto do olho do furacão. O deus dos ventos presente no Zaratustra de Nietzsche agora sopra seu bafo infernal com mais vigor. Essa realidade foi escrita em pedra, por toda a eternidade, no poema de Yeats:
Tudo se desmancha no ar. O centro não segura
a imensa anarquia solta sobre o mundo.
Terrível maré de sangue invade tudo e
as cerimônias da inocência são afogadas.
Os homens melhores não têm convicção;
e os piores estão tomados pela intensa paixão do mal.
Outro poeta não foi menos atento ao que estava acontecendo, W.H.Auden. Em 1929 ele escreveu o poema que ficou até 1945 sem título e inédito. Era demasiado profético e apenas com a consumação dos acontecidos é que veio à luz. O título foi sintomático: “
It is time for destruction of error.
The chair are being brought in from the garden,
The summer talk stopped on that savage coast
Before the storms, after the guests and birds:
In sanatoriums they laugh less and less,
Less certain of cure; and the loud madman
Sinks now into a more terrible calm.
The falling leaves know it, the children,
As play on the fuming alkali-tip
Or by the flooded football ground know it –
This is the dragon’s day, the devourer’s:
Orders are given to the enemy for a time
With underground proliferation of mould,
With constant whisper and with casual question,
To haunt the poisoned in his shunned house,
To destroy the efflorescence of the flesh,
The intricate play of the mind, enforce
Conformity with the orthodox bone.
You whom I gladly walk with, touch,
Or wait for as one certain of good,
We know it, know that love
Needs more than the admiring excitement of union,
More than the abrupt self-confident ferewell,
The heel on the finishing blade of grass,
The self-confidence of the falling root,
Needs death, death of grain, our death,
Death of the old gang; would leave them
In sullen valley where is made no friend,
The old gang to be forgotten in the spring,
The hard bitch and the riding-master,
Stiff underground; deep in clear lake
The lolling bridegroom, beautiful, there.
Oitenta anos depois podemos recitar o poeta com toda atualidade. Nada do que escreveu envelheceu, mas tudo se agravou. É como se o infernal Plutão rompesse nos céus em duelo apocalíptico com Saturno, devorando a humanidade. Os demônios estão à solta. O falcão não é mais controlado pelo falcoeiro.
De pouco adianta na prática analisar o Estado que se agigantou ao limite. Bem sabemos que análises brilhantes não livraram a humanidade dos tenebrosos anos Trinta, menos ainda os avisos apavorados das vozes proféticas. Os alertas não foram poucos, mas não havia ouvidos para ouvir. Foi como que um encontro com o Destino: forças postas em movimento garantiam que o desfecho seria inevitável e o curso dos acontecimentos não poderia ser mudado sem antes uma grande destruição.
Ortega y Gasset, em um dos seus brilhantes textos, mostrou que a combinação do idealismo com a poderosa máquina estatal moderna levou à tentativa de perfeição humana pelo Estado. Não por acaso ele partiu da obra de Cervantes, DOM QUIXOTE DE LA MANCHA, o grande profeta dos tempos modernos. O primeiro gesto dessa perfeição falsificada, que redundou na nefasta experiência do século XX, foi a expulsão dos judeus da Espanha quatrocentista, gesto capital que antecedeu Auschwitz. O primeiro Estado nacional moderno nem bem nasceu e enveredou pela engenharia social. Era o quixotismo com toda força em ação, o descolamento completo do real. Aquela primeira grande alucinação trouxe enorme sofrimento e perdas para o Reino de Espanha, mas quem se importou? Não haveria, desde então, mais lugar para aqueles que não se conformassem com os ditames estatais de ocasião. Antes os judeus, agora os cristãos. Os homens de poder não se contentariam mais em se dar conta dos fatos como eles são, precisarão agora aperfeiçoar a natureza. O poder crescente do Estado, junto com a alienação dos governantes, formou a receita letal que veio crescendo desde então.
O Estado não é apenas o novo deus, é o único deus desses homens arrogantes e desprovidos da Revelação. Mas o Estado é apenas a ferramenta pela qual indivíduos particulares, usando das prerrogativas dadas pelo poder, puderam dar dimensão ao seu ego inflado. Os reis não tão católicos de Espanha (não estou reescrevendo a história, estou dizendo que eram apenas católicos nominais, contrários à doutrina) provaram da maçã envenenada do poder absoluto. O grande símbolo desse momento é aquele criado por Leonardo da Vinci, contemporâneo de D. Fernando e D. Isabel, sua rainha: o homem vitruviano, que desde então foi largamente difundido, a ponto de suplantar o símbolo da cruz como representação religiosa. É Vênus, a Estrela da Manhã, o símbolo do Anticristo, desde então cantado em prosa e versos. “Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago!” (Lc 10,18)
Veja, caro leitor, que esse símbolo representará o novo humanismo renascentista, marcando o resgate das antigas filosofias gregas sepultadas, o epicurismo e o estoicismo, que ressurgiram com grande vigor àquela época. Hoje essas tradições tornaram-se dominantes, dando origem ao Novo Mundo, à própria modernidade. Não haveria Reforma religiosa sem o homem vitruviano. O homem vitruviano pretende tornar literal a máxima sofística de que “o homem é a medida de todas as coisas”, mais um resgate da antiguidade, de Protágoras. Foi descoberta a quadratura do círculo. Sua representação está em toda parte onde a estrela de cinco pontas estiver gravada. É a expressão da máxima arrogância humana, seu desprezo profundo pelas coisas de Deus. Praticamente esse símbolo tremula em todas as bandeiras das nações modernas, mais das vezes em substituição ao antigo símbolo da cruz no Ocidente. Basta ver o escudo da nossa República, que substituiu o escudo Imperial, mudança emblemática dos novos tempos.
[Fui encontrar em um texto despretensioso de Beckett[1] uma bela descrição do símbolo, associado à morte e à desolação. Ei-la: “De seu leito ela vê se levantar Vênus. Mais uma vez. De seu leito com tempo ela vê se levantar Vênus seguida pelo sol. Sente raiva então do princípio de toda vida. Mais uma vez. À tarde com céu claro ela desfruta da desforra de Vênus. Diante de outra janela. Sentada rígida em sua velha cadeira de carvalho com travessas e sem braços. Ela emerge dos derradeiros raios e cada vez mais brilhante declina e se abisma por sua vez. Vênus”. Não sei se Beckett, neste texto tardio, tinha a intenção de dar uma abordagem religiosa, mas o simbolismo é muito forte a despeito de suas intenções. O personagem feminino é como a nossa civilização, a morrer. Um trecho seguinte é ainda mais assustador: “De tanto – fiasco de tanto fiasco a loucura se imiscui. De tantos escombros. Vistos não importa como não importa como ditos. Receio de escuridão. Do branco. Do Vazio. Que ela desapareça. E o resto. De uma vez por todas. E o sol. Derradeiros raios. E a lua. E Vênus. Só céu preto”. Não escapa aqui ao observador o marcante simbolismo do Crescente, o Anticristo estampado na sua inteireza. Esta última descrição, de tão plástica, lembra um quadro de Van Gogh ou os versos de Walt Whitman citados por mim.]
Oitenta anos depois o triunfo do símbolo do pentagrama sobre o mundo é total. No poder assim como nas artes e no cotidiano. Tempos de cantar o Anticristo. Tempos de destruição. É o infernal Plutão rasgando o céu de Saturno.
[1] Beckett, Samuel, MAL VISTO MAL DITO, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008