Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ESPÍRITO SANTO (mas é assim em todo o país): Tratar o caso da universitária que “fumou R$ 50” como destaque em detrimento da fala do representante da mais alta corte do Estado, é uma preocupação que deve inquietar a todos nós

 

SÉCULO DIÁRIO

Afinal, o que é notícia?

Editorial

23/08/2012 18:31 - Atualizado em 23/08/2012 18:59

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Não estamos aqui para jogar pedra em ninguém, pois também temos vidro no nosso telhado. Quem não tem? Mas chamou a atenção o tratamento editorial que boa parte da imprensa capixaba deu às declarações do presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, na sessão da 1ª Câmara Criminal dessa quarta-feira (22).

Pedro Valls – que também relata a ação da "Operação Lee Oswald" – literalmente encostou o Ministério Público Estadual na parede ao exigir a lista completa dos membros do crime organizado envolvidos numa vultosa rede de corrupção montada a partir de Presidente Kennedy, com ramificações em outros municípios capixabas. Uma rede que envolve figuras do alto escalão inclusive do governo anterior.

Insatisfeito com o trabalho realizado pelo MPES, o desembargador recusou a lista apresentada – repleta de “peixes pequenos” - e cobrou da instituição os nomes dos chefões do crime organizado. Nas palavras dele, os que estão no “topo da pirâmide” da corrupção.

Para quem ainda não havia entendido a gravidade dos fatos, Pedro Valls advertiu que estava diante do “maior escândalo de corrupção da história do Espírito Santo”. Ele quis alerta aos presentes que não estava tratando ali de um caso corriqueiro de corrupção, iguais a tantos outros que, infelizmente, temos presenciado no Estado e país afora. Mas um escândalo sem precedentes na história recente do Estado.

Entretanto, toda indignação manifestada pelo presidente do Tribunal diante de um plano tão audaz e ardiloso, parece não ter sensibilizado a maioria dos editores dos veículos capixabas de comunicação de jornais, rádios, internet e TV.

Os dois principais jornais impressos não destacaram o assunto nas chamadas de capa. O primeiro em tiragem, justiça seja feita, deu a notícia no alto esquerdo da página e incluiu os principais trechos da fala do desembargador. Uma foto do desembargador ainda trazia as aspas de indignação: “Não há apenas vagas suposições. Há nomes, há lugares, há valores. Será possível que nada disso seja sequer objeto de apuração?”.

Já o segundo, como se diz no jargão do jornalismo, deu “uma nota de rodapé”, de tão discreta que foi a notícia. Sinceramente, quem se informou pela “nota”, não teve sequer a vaga dimensão dos fatos narrados pelo presidente do Tribunal.

Os principais sites de conteúdo do Estado também trataram o assunto com pouca ou nenhuma relevância. Um deles, simplesmente, ignorou o fato, e não deu sequer uma linha de informação aos seus leitores.

Que nos perdoem aqueles que nos interpretam arrogantes, donos da verdade ou algo que o valha. Longe disso. Não temos a pretensão de assumirmos o papel de ombudsman da imprensa capixaba, mesmo porque, não é essa a nossa vocação. Não queremos também aqui nos investir da função de julgadores, porque também sabemos que essa é uma prerrogativa exclusiva dos leitores. Mas queríamos simplesmente registrar que há algo de estranho na interpretação jornalística reservada a esta notícia.

Independente da linha editorial de cada um dos veículos que se dizem de informação, tratar o caso da universitária que “fumou R$ 50” como destaque em detrimento da fala do representante da mais alta corte do Estado, que alertou que está perante do maior escândalo de corrupção que este Estado já viu, é uma preocupação que deve inquietar a todos nós.

Prezados leitores… Do site Mídia sem Máscara

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

Área de comentários

Prezados leitores,

Não é devido ao conteúdo de artigo algum que fechamos temporariamente a área para comentários no MSM. A verdadeira causa da medida são as recorrentes reclamações sobre o que tem ocorrido ali. A delinquência tomou conta. Ameaças e calúnias a leitores, colunistas e colaboradores voluntários se tornaram recorrentes. Além, é claro, da constante violação da única regra imposta ao debatedores, que é não dar margem a brigas entre cristãos de diferentes denominações.

Qualquer pessoa hoje pode, em minutos, abrir um blog, postar o que bem entender, e divulgar o conteúdo em redes como Facebook, Twitter e Linkedin. Diante disso, fica óbvio que a supressão temporária de uma gentileza de nossa parte em nada atrapalhará o debate das ideias e opiniões apresentadas no Mídia Sem Máscara.

Continuamos a receber, gratos, os e-mails e os artigos de leitores e colaboradores ocasionais, para possível publicação.

Editoria MSM

The Secret History of Western Education [Charlotte Iserbyt - Full]

 


Enviado por GoodFightUploads em 20/06/2011

Charlotte Thompson Iserbyt of http://www.deliberatedumbingdown.com/ served as the head of policy at the Department of Education during the first administration of Ronald Reagan. While working there she discovered a long term strategic plan by the tax exempt foundations to transform America from a nation of rugged individualists and problem solvers to a country of servile, brainwashed minions.

"Fitche laid it down that education should aim at destroying free will, so that, after pupils have left school, they shall be incapable, throughout the rest of their lives, of thinking or acting otherwise than as their schoolmasters would have wished. . ." - Bertrand Russell, The Impact of Science on Society [1953]

"Education in a scientific society may, I think, be best conceived after the analogy of the education provided by the Jesuits. The Jesuits provided one sort of education for the boys who were to become ordinary men of the world, and another for those who were to become members of the Society of Jesus. In like manner, the scientific rulers will provide one kind of education for ordinary men and women, and another for those who are to become holders of scientific power.
Ordinary men and women will be expected to be docile, industrious, punctual, thoughtless, and contented. Of these qualities probably contentment will be considered the most important. In order to produce it, all the researches of psycho-analysis, behaviourism, and biochemistry will be brought into play." - Bertrand Russell [part 3, XIV, Education in a Scientific Society p.251]

"...The task before UNESCO... is to help the emergence of a single world culture with its own philosophy and background of ideas and with its own broad purpose. This is opportune, since this the first time in history that the scaffolding and the mechanisms for world unification have become available and also the first time that man has had the means... of laying a world-wide foundation for the minimum physical welfare of the entire human species. And it is necessary, for at the moment, two opposing philosophies of life confront each other from the West and from the East....You may categorize the two philosophies as two super-nationalisms, or as individualism versus collectivism; or as the American versus the Russian way of life, or as capitalism versus communism, or as Christianity versus Marxism." - Julian Huxley, First Director-General of UNESCO, in "UNESCO: Its purpose and Its Philosophy" [pg 62]

US rejoined UNESCO in 2002
UK rejoined UNESCO in 1997

Negros Segundo o MEC: Uma educação que amputa o cérebro. Comentário de Miguel Nagib


Miguel Nagib, do ESCOLA SEM PARTIDO – SITE ABSOLUTAMENTE FUNDAMENTAL se vocês, papais e mamães, não querem que seus filhos sejam transformados em robôs – mandou e-mail sobre artigo. Reproduzo abaixo o e-mail (com autorização do mesmo) e o artigo citado no mesmo:

. e-mail:

Amigos,

Minha mulher postou o artigo do José Maria na rede do Ministério Público do DF (intranet), e a reação foi surpreendente (em se tratando do Ministério Público): 4 promotores se deram ao trabalho de responder, elogiando o texto!

Por falar em MP, o sindicato dos estabelecimentos particulares de ensino do DF está preparando, por sugestão do promotor público que cuida do inquérito civil instaurado aqui em Brasília para apurar a existência de doutrinação ideológica nas escolas, um seminário sobre este assunto.

Se acontecer, será fato inédito na história do Brasil: escolas particulares debatendo o problema da doutrinação ideológica em sala de aula. Rezemos!

O promotor me indicou para participar como expositor (já que eu sou um dos autores da representação feita ao MP) e eu sugeri mais dois nomes: o Prof. Bráulio Porto, da UnB, e o Prof. Luís Diniz, da UFPR. Como a participação do Diniz envolve custo de passagem e hospedagem, eles ainda não confirmaram. O seminário deve acontecer em outubro, se não me engano, dia 24.

Abraços

Miguel

 

. artigo:

JORNAL OPÇÃO

Negros Segundo o MEC: Uma educação que amputa o cérebro

O Brasil das Olimpíadas segue as diretrizes do Ministério da Educação e trata os negros como seres dançantes e gregários, destituídos de razão pelos feitores de almas

José Maria e Silva

Antes mesmo de pisar em solo inglês para disputar as Olimpíadas de 2012, o Brasil já vinha de uma queda de braço com o Reino Unido. Trata-se de uma disputa econômica para ver quem ocupa o sexto lugar da economia mundial. A princípio, a vitória é do Brasil. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de 2,45 trilhões de dólares em 2011, o Brasil havia ultrapassado o Reino Unido, tornando-se a sexta maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França. Todavia, com a desvalorização do real frente ao dólar, ocorrida nos últimos meses, o PIB brasileiro deve cair para o patamar de 2,34 trilhões de dólares, levando o Reino Unido a recuperar a sexta posição, enquanto o Brasil voltará a ser a sétima economia mundial, ainda assim, à frente da Itália, Rússia e Canadá.

Em outras palavras, o Brasil não é mais o longínquo País de 1936, do qual o escritor Stefan Zweig (1881-1942) se despediu, ao cabo de sua primeira visita, pensando: “Percebi que havia lançado um olhar para o futuro do mundo”. E, antes desse elogio do escritor austríaco, o Conde Afonso Celso, em 1900, enumerando as grandezas que o levavam a ufanar-se do Brasil, indagava a respeito do País: “É verdade que a grandeza não deriva da simples posse de dons valiosos, mas do seu sábio aproveitamento. Por que, porém, deixaremos de pôr em ação os nossos prodigiosos recursos?”. Essa pergunta ainda reboa nos ouvidos da nação, que, a despeito de estar entre as sete maiores economias do mundo, ainda se vê como a pátria da esperança e não das realizações.

O brasileiro nunca percebeu o Brasil como obra sua e, sim, como dádiva de Deus. Por isso, o gigante continua deitado em berço esplêndido, comodamente adaptado ao olhar estrangeiro, que sempre viu o País como uma exuberante natureza morta, destituída de pessoas à altura da história. Como confessa Stefan Zweig: “Imaginava que o Brasil fosse uma república qualquer das da América do Sul, que não distinguimos bem umas das outras, com clima quente, insalubre, com condições políticas de intranquilidade e finanças arruinadas, mal administrada e só parcialmente civilizada nas cidades marítimas, mas com bela paisagem e com muitas possibilidades não aproveitadas — país, portanto, para emigrados ou colonos e, de modo nenhum, país do qual se pudesse esperar estímulo para o espírito”.

A fúria machadiana
E esse mal não é novo. Já incomodava o “Escritor Nacional” (como diria o personagem Donga Novais do novelário de Autran Dourado), a propósito de quem a escritora Nélida Piñon cinzelou a máxima: “Se Machado de Assis existiu, então o Brasil é possível”. Escrevendo semanalmente na “Gazeta de Notícias”, do Rio de Janeiro, entre 24 de abril de 1892 e 11 de novembro de 1900, o criador do alienista Simão Bacamarte dedicou uma de suas crônicas a repudiar o viciado olhar estrangeiro que só via no Brasil a paisagem natural, desprezando completamente o povo que habitava essas paragens, como se não fora digno de constar nem mesmo no rodapé da história.

Em 20 de agosto de 1893, a propósito de um telegrama de Sarah Bernhardt (1844-1923), em que a atriz parisiense desmentia os conceitos a respeito do Brasil que um jornal argentino lhe atribuíra, Machado de Assis (1839-1908) discorre sobre essa espécie de síndrome do Brasil telúrico, sempre mais próximo da natureza do que da cultura. Para desculpar-se com o Brasil, Sarah Bernhardt havia empregado a expressão “ce pays féerique” (“este país feérico”), razão da crítica de Machado: “Uma das minhas convicções (e tenho poucas) era esta: se algum dia Sarah escrever a nosso respeito, não empregará a velha chapa de todos os viajantes que por aqui passam: ce pays féerique. E tu, amiga minha, tu arrancas-me sem piedade esta ilusão do meu outono”.

Machado de Assis é sarcástico: “O meu sentimento nativista, ou como quer que lhe chamem, —patriotismo é mais vasto, — sempre se doeu desta adoração da natureza. Raro falam de nós mesmos; alguns mal, poucos bem. No que todos estão de acordo, é no pays feérique. Pareceu-me sempre um modo de pisar o homem e as suas obras. Quando me louvam a casaca, louvam-me antes a mim que ao alfaiate. Ao menos, é o sentimento com que fico; a casaca é minha; se não a fiz, mandei fazê-la. Mas eu não fiz, nem mandei fazer o céu e as montanhas, as matas e os rios. Já os achei prontos”.

O escritor lembra, nesta crônica, que há muitos anos havia ciceroneado um estrangeiro no Rio e que este, numa noite em que falaram da cidade e sua história, mostrou desejo de conhecer uma velha construção: “Citei-lhe várias; entre elas a igreja do Castelo e seus altares. Ajustamos que no dia seguinte iria buscá-lo para subir o morro do Castelo. Era uma bela manhã, não sei se de inverno ou primavera. Subimos; eu, para dispor-lhe o espírito, ia-lhe pintando o tempo que por aquela mesma ladeira passavam os padres jesuítas, a cidade pequena, os costumes toscos, a devoção grande e sincera”.

Mas a decepção de sempre aguardava Machado: “Chegamos ao alto, a igreja estava aberta e entramos. Sei que não são ruínas de Atenas; mas cada um mostra o que possui. O viajante entrou, deu uma volta, saiu e foi postar-se junto à muralha, fitando o mar, o céu e as montanhas, e, ao cabo de cinco minutos: ‘Que natureza que vocês têm!’ (...) A admiração do nosso hóspede excluía qualquer ideia da ação humana. Não me perguntou pela fundação das fortalezas, nem pelos nomes dos navios que estavam ancorados. Foi só a natureza”.

Enegrecimento à força

Se Machado de Assis encarnasse uma de suas criaturas, o defunto-autor Brás Cubas, e se fizesse cronista póstumo deste Brasil da Copa e das Olimpíadas, haveria de notar que as coisas pioraram ainda mais e que já não é apenas a geografia do País que se conforma em ser cartão-postal — hoje, é a própria alma da nação que se entrega feito natureza morta. Como no verso do poeta e crítico piauiense Mário Faustino (1930-1962) — “o olhar recebe a forma e esquece a essência” —, o brasileiro é convocado a encarnar em sua própria alma a aparência que o mundo formou dele: um ser feito só de sentidos, em que o instinto é maior do que a razão.

É o que se percebe, por exemplo, no clipe com a canção-tema das Olimpíadas, dirigido por Estevão Ciavatta, da Pindorama Filmes, e lançado na semana passada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O clipe reforça esse Brasil para inglês ver, expresso pela alma carioca no que ela ter de pior — a absorção, em si mesma, do clima tórrido e insalubre, palco da terrível febre amarela, no passado, e da dengue, no presente, como se essas enfermidades do corpo plasmassem o próprio espírito da gente trêfega, que, de modo bisonho e malemolente, desfila por esse vídeo que vai mostrar ao mundo a imagem do palco oficial das Olimpíadas de 2016.

Composta por Arlindo Cruz, Rogê e Arlindo Neto e produzida por Alexandre Kassin, a música-tema “Os Grandes Deuses do Olimpo Visitam o Rio de Janeiro” é interpretada por Diogo Nogueira, Mart’nália, Mr. Catra, Thalma de Freitas, Zeca Pago­dinho, Ed Motta e pelo próprio Arlindo Cruz. Além dos intérpretes, ela reúne vários artistas, como Buchecha, Fernanda Abreu, Fun­do de Quintal, Jorge Aragão, Pedro Luís, Roberta Sá, Ronaldo Bastos, Sandra de Sá, Toni Gar­rido, Zélia Duncan e as Velhas Guardas do Império Serrano e da Vila Isabel. No clipe, aparece até mesmo a escritora Nélida Piñon, fazendo o papel da deusa Atena, em meio a outros artistas, como Fernanda Montenegro e Rodrigo Santoro, que também encarnam personagens mitológicas. Mas a música nada tem a ver com o corpo atlético de Apolo. Ela exalta o corpo relaxado de Baco: “Ficaram na roda de samba até clarear / ficaram até de perna bamba de tanto sambar”.

Os deuses do Olimpo são praticamente os únicos brancos do clipe. A inclusão do negro no imaginário visual do país está sendo feita à custa da exclusão do branco — que, no entanto, representa 47,7% do total de brasileiros, segundo dados do IBGE. Os negros propriamente ditos são apenas 7,6%. Mas como o governo petista — cavalo de santo do racismo de laboratório produzido pela academia — está empenhado em fomentar uma guerra racial no país, os negros passaram a ser chamados oficialmente de “pretos” (termo que até outro dia era amaldiçoado pela ditadura do politicamente correto) e, somados aos 43,1% de pardos — que foram enegrecidos à força — formam um contingente de 50,7% de negros estatísticos. Obviamente, essa população negra só existe na mente pueril das autoridades, teleguiada pela insanidade moral dos intelectuais universitários.

Eugenia às avessas

O clipe das Olimpíadas de 2016 reduz os brasileiros ao perfil simiesco de exportação, em que as gentes dos trópicos são sempre apresentadas como não tendo cérebro, feitas exclusivamente para dançar samba e jogar futebol. E, como sempre, o negro é convocado a fazer esse papel abjeto. Seguindo a política racialista iniciada pelo governo Fernando Henrique e transformada em eugenia às avessas pelo governo Lula, o clipe faz do Brasil um país exclusivamente de negros. E o que é mais grave: uma vez que o País é uma nação de negros, a Prefeitura do Rio entendeu que é também uma nação de bola, pandeiro e cachaça. Só faltou explorar a indefectível imagem das mulatas seminuas esfregando as calipígias formas no rosto louro de algum estrangeiro.

Nos últimos anos, especialmente depois da ascensão de Lula ao poder, o símbolo por excelência do Brasil passou a ser o negrinho de periferia jogando bola nas ruas, utilizado exaustivamente em comerciais de TV. Essa imagem, confesso, me dá asco duplamente: primeiro, por vilipendiar o negro, circunscrito a corpo e sentido, sem cérebro; segundo, por conseguir esconder o verdadeiro e óbvio racismo que está por trás dessa redução do negro a uma espécie de fenômeno bruto da natureza, incapaz de se relacionar com elementos nobres da cultura, como um livro, um violino, uma aquarela. É claro que jogar bola e dançar capoeira não avilta ninguém, mas fazer dessas atividades a expressão por excelência da cultura negra é, sem dúvida, alijar o negro do universo intelectual que produziu o teatro de Shakespeare, as sinfonias de Beethoven, a física de Einstein.

Mas, no fundo, é justamente isso o que faz o Ministério da E­ducação no documento “Orien­tações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais”, publicado em 2006, na gestão do ex-ministro Fernando Haddad, atual candidato a prefeito de São Paulo. Citando o jornalista e sociólogo Muniz Sodré, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o documento do MEC enfatiza textualmente: “Na cultura negra o corpo é fundamental”. Só na cultura negra? — cabe a pergunta. Um povo que não considerasse o corpo como fundamental estaria condenado ao suicídio coletivo. Toda cultura zela pelo corpo com sua melhor tecnologia, sejam as raízes cultivadas pela tradição, seja o bisturi adestrado na ciência. Até a cultura judaico-cristã, acusada de vilipendiar o corpo com jejuns e martírios, foi uma precursora da profilaxia, como se vê nas leis de Moisés.

Mas, obviamente, o MEC não está falando da dimensão simplesmente física e médica do corpo. O documento parte de uma concepção demencial do negro, como se ele não fosse um brasileiro como os outros e tivesse acabado de aportar no Brasil do século XXI proveniente da Angola do século XVI. É o que fica claro no restante do texto do MEC: “Na cultura negra o corpo é fundamental. Sobre o corpo se assenta toda uma rede de sentidos e significados. Esse não é apartado do todo, pertence ao cosmos, faz parte do ecossistema: o corpo integra-se ao simbolismo coletivo na forma de gestos, posturas, direções do olhar, mas também de signos e inflexões microcorporais, que apontam para outras formas perceptivas”.

Negro como natureza
Não há limite para a demência do MEC nas orientações que fornece à escola sobre o modo de tratar a cultura negra. Depois de afirmar que “o corpo é a representação concreta do território em movimento” (uma frase digna de hospício), o documento do MEC sustenta: “Ao contrário de uma percepção de mundo na qual a alma é onde reside a força e a possibilidade de continuidade, para uma cultura negra a força está no corpo, não existe essa ideia de uma força interior alavancada pela ação da fé. Toda possibilidade encontra-se no corpo potente que procura suas mediações nas relações que constitui no cosmos, daí o compartilhamento como práxis ser uma questão fundamental para se entender a dinâmica de uma cultura negra no Ocidente”.

Releiam esta absurda frase: “Para uma cultura negra a força está no corpo, não existe essa ideia de uma força interior alavancada pela ação da fé”. Esse documento do MEC fere frontalmente a Constituição ao querer impedir os negros brasileiros — majoritariamente cristãos — de exercer livremente sua crença. E mais do que ofender a fé do negro, o MEC — neste texto vil e moralmente criminoso — vilipendia a própria humanidade do negro ao negar-lhe a alma, o espírito, a razão, deixando-lhe tão-somente o corpo, como faziam os traficantes de escravos. Estarrece saber que esse documento oficial do MEC foi escrito por cinco mulheres — vítimas potenciais de toda cultura centrada na força física. A mulher só tem lugar na civilização, onde impera o cérebro; onde manda o corpo, ela vira repasto do macho, como ocorre entre a maioria dos animais.

Mas o MEC não se contém em suas orientações sobre a cultura negra na escola e chega a reduzir o negro a um mero elemento da natureza. Eis o que diz o documento: “Todos trocam algo entre si, homens, mulheres, árvores, pedras, conchas. Sem a partilha, não há existência possível. Faz-se necessário pensar que a cultura negra não está marcada por uma necessidade de conversão. Existe um sentido de agregação que não gira em torno de uma verdade única”.

Após esse ataque nada sutil ao cristianismo, o MEC regurgita outras bobagens sobre as “comunidades de matriz africana” (isso existe no Brasil?) para concluir: “Uma visão de mundo negra implica a possibilidade de abertura para o mundo, para a vida e principalmente para o outro. Por exemplo, em uma ‘roda de capoeira’, todos que compartilham os códigos são aceitos, desde que se coloquem como parceiros(as) e respeitem a hierarquia”.

Pensamento mágico do MEC

Para essa abominável pedagogia do MEC, herdeira da nefasta autoajuda marxista de Paulo Freire, o negro não é um brasileiro como os demais: cristão, falante do português, eivado dos mesmos sonhos da gente comum, que quer estudar, trabalhar, constituir família, criar filhos, vencer na vida. Para os lunáticos do MEC, o negro é um ser à parte, prisioneiro da materialidade do seu próprio corpo, que se agrega à natureza como um elemento indistinto dela. O MEC está tratando o negro como sempre tratou o índio: arranca-lhe a alma humana, legada pela civilização, e o atira na paisagem de uma cultura telúrica, que, em vez de ser sujeito da natureza, é tão objeto dela quanto os bichos, as pedras, as plantas. Se isso não for racismo, não sei o que seja.

Para completar, o documento do MEC chega a flertar com o pensamento mágico, que vê na cultura do negro brasileiro uma circularidade ancestral. Eis o que diz o texto, sentenciosamente: “E aqui vale uma pequena abordagem relativa à circularidade. Para a cultura negra (no singular e no plural), o círculo, a roda, a circularidade é fundamento, a exemplo das rodas de capoeira, de samba e de outras manifestações culturais afro-brasileiras. Em roda, pressupõe-se que os saberes circulam, que a hierarquia transita e que a visibilidade não se cristaliza. O fluxo, o movimento é invocado, e assim saberes compartilhados podem constituir novos sentidos e significados, e pertencem a todos e todas elas”.

Alguém consegue imaginar cientistas e matemáticos movimentando-se em rodas de capoeira para formular teoremas, descobrir o antibiótico, inventar o avião? Pensar é concentrar-se. Esse negro gregário, plástico, permanentemente aberto ao outro que o MEC inventa não é capaz de criar civilização — é objeto e não sujeito de sua própria cultura.

E aí voltamos ao clipe das Olimpíadas de 2016, da Prefeitura do Rio, que segue integralmente as diretrizes do MEC e das universidades relativas à cultura negra. O clipe mostra um Dionísio caindo de bêbado nas ruas (numa infeliz referência a Baco, que é o antônimo de Olimpíadas) e ainda um trabalhador negro, de calção e sem camisa, carregando uma geladeira ao mesmo tempo em que dança. É essa a imagem que o Brasil vende ao mundo: a de um povo tão esculhambado que não leva a sério nem o trabalho. E, como sempre, cabe ao negro encarnar esse papel vergonhoso.

Como se não bastasse tudo isso, entre os negros chamados a representar o Brasil monocromático do samba está um tal Mr. Catra. Fui pesquisar quem é o sujeito. Ele se diz convertido ao judaísmo apenas para poder praticar a poligamia de Fernandinho Beira-Mar, com várias mulheres e mais de 20 filhos, dos quais ele nem sabe o nome. Suas letras — facilmente encontradas na Internet — colocam as mulheres muito abaixo das cadelas de rua. Impossível citá-las aqui como exemplo. Seria como abrir o esgoto. Não creio que alguma corrente do judaísmo aprove isso. Mas a Prefeitura do Rio, o MEC e os intelectuais universitários aprovam. Tanto que Mr. Catra é um queridinho da mídia.

Feitores de almas

É lamentável que se dê espaço tão nobre para esse tipo de negro, como se ele fosse representativo da cultura afro-brasileira. Os negros legaram ao Brasil, entre muitas outras coisas, o maior poeta simbolista do país, que é também o maior escritor de um dos Estados mais brancos — o poeta Cruz e Sousa (1861-1898), de Santa Catarina. Também legaram um dos maiores músicos eruditos da América Latina, o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), em cuja obra se inspira o próprio Hino Nacional Brasileiro. E seria preciso escrever um verdadeiro tratado de história e sociologia do conhecimento para enumerar todos os mulatos — começando por Machado de Assis, Lima Barreto (1881-1922) e o engenheiro André Rebouças (1838-1898) — que, em plena escravidão, legaram obras fundamentais ao país em todas as áreas.

Mas tanto no clipe das Olímpiadas, quanto nas diretrizes do MEC e nas teses universitárias, não há lugar para esse tipo de negro altivo, cerebral, não gregário. Para racialistas do MEC e da academia, os negros foram feitos para dançar e sorrir. Não sentem tristeza, não sabem o que é reflexão, não se permitem ser introspectivos. E andam sempre em bando, como se não fossem indivíduos, mas reses de algum rebanho. Sua música jamais seria um blues. É sempre um samba, falando ao corpo, jamais à alma. Aliás, todas as manifestações culturais tidas como autenticamente negras pelas universidades — como a capoeira, o hip hop, a roda de samba, o funk — costumam ter essas duas características: são gregárias e dançantes, condenando o negro a viver em bando, superficialmente.

Ao tratar o negro dessa forma, a universidade brasileira age da mesma forma que os brutais traficantes de escravos. Foram eles que criaram — na base do açoite — esse negro dançante e sorridente. No livro “A Vida dos Escravos do Rio de Janeiro (1808-1850)”, a historiadora norte-americana Mary Karasch descreve a venda de escravos no Valongo (o grande mercado de negros da corte) e conta que os comerciantes negreiros, a fim de convencer os compradores de que suas peças não estavam com “preguiça” ou depressão, ministravam-lhes estimulantes como pimenta, gengibre e tabaco. “Um segundo remédio para a nostalgia era ‘estimular’ os africanos a cantar e dançar a música de suas terras natais”, acrescenta a historiadora.

“Assim, o som de tambores e palmas e das canções africanas enquanto os escravos dançavam contribuía para a atmosfera do Valongo. Se alguns escravos se recusassem a tomar parte, um feitor forçava-os a dançar, porque acreditavam que a falta de movimento estimularia a nostalgia e assim diminuiria seus lucros. Além disso, exigia-se com frequência que os africanos dançassem de ‘maneira alegre’ durante seu exame físico, a fim de convencer os compradores de sua saúde excelente. Se expressassem seus verdadeiros sentimentos ou apatia e depressão eram açoitados”, conta a historiadora. Felizmente, o negro se libertou dos feitores de corpos; mas precisa se libertar dos feitores de almas — que o espreitam com a escravidão mental.

A CONDENAÇÃO DO CORONEL USTRA

 

BLOG DO HEITOR DE PAOLA

 

Publicado em 20 de agosto de 2012 por heitor


Osmar José de Barros Ribeiro


19 Ago 2012

A recente condenação do Cel Ustra é, segundo não poucos advogados, uma aberração jurídica, além de propaganda da esquerda inconformada com a derrota que lhe foi imposta no passado.

Tais advogados afirmam a incompetência do juiz, haja vista que a Constituição indica que o foro adequado seria um Tribunal Federal, já que o seu Art. 109 diz que Aos juízes federais compete processar e julgar:..“as causas relativas aos direitos humanos…”. E mais, que o parágrafo 6º do Art. 37, da Constituição Federal, assevera que O Estado responde pelos atos de seus agentes e, à época, a legislação afiançava que Nenhuma ação poderá ser proposta de reparação civil seja para dano material ou moral decorrente de ato ilícito ou de relação contratual. Isto posto, leis posteriores não poderão retroagir para alcançar o réu. Finalmente, o suposto dano moral, já foi regiamente reparado pelo Estado, independente de qualquer ação dos atingidos. Assim, é fácil concluir que o objetivo é, tão somente, atingir o Cel Ustra, usado como bode expiatório, visando desmoralizá-lo e, indiretamente, as Forças Armadas.

Por outro lado, há que considerar a manifestação de um civil, meu amigo, que envergonhado e inconformado com o lento mas constante avanço da mentira que vai tomando foros de verdade graças ao apoio governamental e da imprensa, fundamente infiltrada, frisa que A condenação do Cel Ustra é façanha das mais importantes da esquerda. Um militar de excelente currículo, que ganhou a guerra contra o terror, é condenado por um juiz civil nas barbas das três Forças Armadas, as quais não moveram um só músculo frente à safadeza que se perpetrou.

Vou mais longe: o Coronel Ustra foi condenado com o aval do Exército, porque os que falam pelo Exército são os seus chefes e quem me aponta uma só palavra do general Enzo Peri (e nomeia outros) contra esta patuscada sinistra? Os protestos de que ouvi falar foram todos de civis (Graça Salgueiro, por exemplo, psicóloga aposentada, Olavo de Carvalho, escritor e filósofo) ou de oficiais da Reserva.

Pouco ou nada importa se a tal condenação tem ou não tem respaldo jurídico. A esquerda não está no poder para respeitar esta ou aquela lei, ou vocês não viram as condenações  dos militares argentinos ou do Cel Plazas Vega na Colombia?

Duas, apenas duas pessoas comportaram-se com dignidade em toda esta história: o próprio Coronel Ustra, que recorreu à Justiça sempre que pôde, mantendo-se discretamente  disciplinado e sua esposa, D. Maria Joseíta Brilhante Ustra, que tem defendido seu marido e, por extensão, o Exército Brasileiro, com o espírito guerreiro que falta aos nossos generais.

Ao casal Brilhante Ustra meu respeito e minha solidariedade. Às Forças Armadas brasileiras, que um dia respeitei, meus pêsames.

Eis aí duas opiniões: uma, com embasamento jurídico; outra, exprimindo a revolta contra o abandono ao qual foi relegado um Oficial disciplinado e leal que, além de tudo, ostenta uma impecável folha de serviços prestados ao Exército e ao Brasil.

Ao longo dos séculos, em todos os Exércitos, foi e é demonstrado que apenas a confiança dos comandados em seus comandantes conduz à vitória. Essa confiança, lastreada nos Princípios de Chefia, é que leva o Soldado, sem hesitação, ao cumprimento das missões as mais árduas e perigosas. Sem ela, periclita a disciplina, torna-se um fardo a dedicação ao serviço e decai a capacidade de combate.

É o que nos mostra a História.

ARTIGO: O Ministro Desbocado.

 

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

quarta-feira, agosto 22, 2012

Por Nilson Borges Filho (*)

José Antônio Dias Toffoli se fez gente grande em 1985, quando completou maioridade civil e penal. Ano seguinte, o jovem e promissor aluno ingressou no curso de direito da USP, diplomando-se  em 1990. Ao colar grau como bacharel em direito e, ainda recém formado, sentiu-se vocacionado para a magistratura.  Prestou concurso, mas, por sorte, foi reprovado em duas oportunidades, para o cargo de juiz estadual em São Paulo. Sorte? Claro, se não fosse assim hoje estaria penando em alguma comarca do interior paulista, presidindo audiências chatérrimas, ouvindo testemunhas que mentem e julgando  briga de rua.

O futuro ministro foi eliminado já na prova preambular, aquela  tal onde prevalecem as cruzinhas nas alternativas corretas. Mas e daí? Importa esclarecer que Sua Excelência, nos tempos esquisitos de hoje, ocupa uma das 11 cadeiras da mais alta corte do sistema jurídico brasileiro. Não é pouca coisa, para quem foi incapaz de ser aprovado em concurso para juiz de primeira instância. Ou seja, o jovem advogado que sequer chegou às provas de sentença (teses) e aos exames orais para se fazer juiz, vai decidir se os réus do esquema do mensalão serão condenados ou absolvidos. 

Dias Toffoli vai dizer se o seu ex-chefe petista, José Dirceu,  vai pegar cadeia ou se sairá pela porta da frente do Supremo, livre e solto. Não é segredo para ninguém, que o ministro Dias Toffoli, como advogado, fez carreira jurídica no entorno do PT. Dali foi um pulo para chegar a assessor da Casa Civil, cujo titular era, ninguém  menos, do que o poderoso capitão do time de Lula. Se deu bem, logo chegou à chefia da Advocacia Geral da União, função com status de ministro de Estado.

Nada mal, para o menino de Marília que desejava ser apenas um  magistrado de primeiro grau. Mas o que vale é ter amigos poderosos e vértebras frágeis. Por decisão do ex-presidente Lula, Dias Toffoli foi escolhido para ocupar uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal. Tipo de coisa de uma república mequetrefe : um obscuro advogado, sem qualquer lastro intelectual, ligado até o pescoço com um partido político, reprovado em dois concursos para a magistratura estadual, é elevado a categoria de ministro do Supremo.

Dotado de um currículo medíocre, que tem a profundidade de um pires, Sua Excelência, amigo de mensaleiros, a quem, provavelmente, irá julgar, não teve o menor pudor em não se declarar impedido no processo do mensalão. Dias Toffoli chegou ao STF por vias transversas e, por consequência, faz parte de um grupo de 11 pessoas que formam a elite da elite dos agentes públicos, que  tem o poder descomunal de  decidir sobre  a vida e o patrimônio de milhões de cidadãos. É coisa de gente grande. 

O ministro já esteve  metido em algumas situações atípicas para um juiz, inclusive com processos em juízo, mas como réu. Recentemente, numa festa com a nata da sociedade brasiliense, o ministro Dias Toffoli, alterado e verbalizando impropérios não compatíveis com o uso da toga, destratou Ricardo Noblat. E, descontrolado,  colocou a mãe do jornalista no meio.

O Brasil não merece isso. Ainda em 2012, a presidente Dilma terá que nomear mais dois ministros para o STF, nas vagas de Ayres Brito e Cezar Peluso, que se aposentam por completarem 70 anos. Espera-se da presidente que melhore a qualidade da corte. Tanto entre  advogados, quanto a magistrados e membros do ministério público existem nomes que honrariam o cargo.

(*) Nilson Borges Filho é doutor em direito, professor e articulista colaborador deste blog.

Relatório da investigação revela que vínculo do bicheiro com a empreiteira vai além da relação com o ex-diretor da empresa no Centro-Oeste Cláudio Abreu

 

VEJA

22/08/2012 - 09:47

CPI do Cachoeira

PF aponta Carlinhos Cachoeira como sócio oculto da Delta

 

Carlinhos Cachoeira, deixa o Congresso, em Brasília, com destino ao complexo penitenciário da Papuda, após comparece à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Congresso, nesta terça-feira

O bicheiro Carlinhos Cachoeira: relação estreita com empreiteira que serve ao setor público (Andre Dusek/AE)

Relatório da Polícia Federal em poder da CPI aponta a proximidade entre Fernando Cavendish, dono da Delta, e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Elaborado pela Operação Monte Carlo, o documento que trata exclusivamente dos negócios da empreiteira diz que Cachoeira era sócio oculto da empresa e mantinha relações próximas com diretores da Delta.

Leia também:
CPI tenta ouvir ex-tesoureiro de Perillo e chefe da polícia de Goiás
CPI do Cachoeira: procuradora diz sofrer ameaças
Rede de escândalos: o caso Cachoeira

"Observa-se que este vínculo Cachoeira-Delta não é feito apenas por meio de Cláudio Abreu (diretor da empresa no Centro-Oeste). Cachoeira tem, também, relação muito próxima com outros diretores regionais da Delta, e até com o seu presidente Fernando Cavendish", afirma a PF.

Desde que a Monte Carlo foi deflagrada, em 29 de fevereiro, a Delta sustenta que as suspeitas da PF recaem exclusivamente sobre Abreu. Contudo, dados obtidos pela CPI indicam operações financeiras envolvendo a matriz, no Rio. Cavendish tem depoimento marcado para o dia 28.

O relatório afirma que os contratos da Delta estão marcados por suspeitas de irregularidades. A PF também faz referência ao "estreito vínculo de amizade" entre Cavendish e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Em nota, a Delta diz desconhecer o relatório e nega ligações entre Cavendish e Cachoeira. "A empresa vem sendo auditada, investigada e é objeto de diversas ações de questionamento em pelo menos três CPIs e ninguém, em tempo nenhum, demonstrou ter qualquer argumento ou provas plausíveis destinados a sustentar essa tese de parte da PF."

(Com Agência Estado)

“Se você encurtar o seu, eu encurto o meu”. É Lewandowski cuidando do estado do direito

 


VEJA

24/08/2012 às 5:59

Ao fim da sessão de ontem, depois do chilique de Lewandowski (ver posts abaixo), o ministro Ayres Britto afirmou ao revisor que lhe dará, na segunda, o direito à tréplica, como ele queria, depois que Joaquim Barbosa, o revisor, fizer as suas ponderações ou contestações. Aí o ministro se acalmou.

Ou seja, foi preciso ministrar a Lewandowski um pouquinho de Lexotan antirregimental — já que o Artigo 21 garante a palavra a Barbosa. Nervoso, o revisor ameaçou não comparecer à sessão se não pudesse responder…

É o fim da picada!

Parte da segunda-feira, como se vê, será usada para tratar ainda do Item 3, que é apenas uma parte pequena do processo. Britto também pediu aos dois que sejam mais sintéticos no seu voto. Lewandowski concordou — desde que Barbosa faça o mesmo. Segundo informam Vera Magalhães e Andréia Sadi, na Folha, o revisor afirmou: “Se você encurtar o seu, eu encurto o meu, sem problemas”.

Não vou fazer piada de rua. Não! Vou é elevar a referência. Parece que, para Lewandowski, voto longo é, assim, uma espécie de categoria de pensamento. Não espero viver para presenciar o dia em que ministros farão concurso para ver quem tem o voto mais cumprido.

Por Reinaldo Azevedo

Debate do mensalão: revisor absolve João Paulo

 

Publicado em 23/08/2012 por vejapontocom

Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, absolve o deputado João Paulo Cunha. A postura do presidente do STF, Ayres Britto, também foi tema do sétimo debate sobre o julgamento.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mensalão: Lewandowski livra João Paulo Cunha de crime de corrupção

 

VEJA

23/08/2012 - 15:51

Mensalão

Ministro revisor afirmou que a acusação não apresentou provas de que o deputado tenha beneficiado Marcos Valério

Laryssa Borges e Gabriel Castro

O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF)

O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) - Fellipe Sampaio /SCO/STF

O revisor do processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira,durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que não há provas de que o deputado petista João Paulo Cunha (PT-SP) tenha dado “tratamento privilegiado” à agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, em um processo de licitação na Câmara dos Deputados. O magistrado afirmou estar convencido que os 50 000 reais recebidos pelo parlamentar do esquema do valerioduto foi utilizado para o pagamento de pesquisas eleitorais.

“Esses 50 000 reais nada tinham a ver com a licitação, mas tinha referência clara com a pesquisa eleitoral que se pretendia fazer em Osasco. Não há liame entre vantagem indevida e ato de oficio”, opinou Lewandowski. Seu entendimento sobre o crime de corrupção passiva imputado a Cunha vai em sentido contrário ao defendido pelo relator do mensalão, Joaquim Barbosa. Na última semana, Barbosa disse que Cunha recebeu 50 000 reais em propina do esquema e que beneficiou ilegalmente o publicitário mineiro com contratos na Câmara.

Leia também: entenda o escândalo do mensalão

O revisor do mensalão não explorou as contradições de João Paulo Cunha, que em um primeiro momento disse que o dinheiro recebido do valerioduto era para pagar uma fatura de TV a cabo. “O repasse foi autorizado e providenciado pelo secretário de finanças do PT, Delúbio Soares, com a finalidade de custear as pesquisas eleitorais em quatro municípios de Osasco. A verdade processual, que surge dos autos, é que João Paulo Cunha recebeu numerário para custear pesquisas”, disse o ministro. “O réu solicitou 50 000 reais diretamente ao Partido dos Trabalhadores, o que foi autorizado e providenciado por Delúbio Soares, para pagar pesquisa efetivamente realizada”, completou.

Em seu voto, Ricardo Lewandowski também insistiu no argumento de que o Ministério Público, responsável pela acusação do mensalão, não conseguiu provar que o deputado tenha privilegiado a agência de Marcos Valério no Congresso, ainda que a denúncia revele que menos de 1% dos 10,7 milhões de reais gastos pela Câmara com a agência de publicidade SMP&B foi destinado a cobrir serviços efetivamente prestados pela empresa.

O ministro citou depoimentos de dirigentes de agências de publicidade que participaram da licitação na época e que comprovariam a “inexistência de qualquer favorecimento para a agência vencedora”. “O Ministério Público não logrou produzir uma prova sequer, nem um mero indício de que João Paulo Cunha tenha interferido nos trabalhos da comissão (de licitação da Câmara) ou influenciado seus membros para favorecer ou dar tratamento privilegiado à SMP&B”, defendeu o revisor.

Ele disse que a prova judicial produzida nos autos, incluindo depoimentos, mostra que “havia plena autonomia de todos os integrantes da comissão de licitação”, o que, segundo ele, comprovaria que Cunha não atuou em benefício de Marcos Valério.

“Não há na denúncia nem nas alegações finais nenhuma descrição precisa ou aproximada do alegado tratamento privilegiado que o réu teria conferido à SMP&B durante o certame em troca da suposta vantagem indevida”, concluiu Lewandowski.

Ato de ofício – Em seu voto, o ministro revisor ainda defendeu a tese de que é preciso haver um ato de ofício – a prática, atraso ou omissão do agente público – para que possa ser caracterizado o crime de corrupção passiva. Com isso, ele indica que, nas próximas etapas do julgamento do mensalão, deverá avaliar se os parlamentares mensaleiros praticaram ou não o ato de ofício, ou seja, de votaram ou não em favor do governo após receber propina.

“No delito de corrupção passiva o que se pune é o tráfico da função pública”, disse.

Umberto Eco e a identidade europeia

 

perspectivas

Quinta-feira, 23 Agosto 2012

Filed under: A vida custa,cultura,Esta gente vota,Europa,politicamente correcto,Ut Edita — O. Braga @ 2:10 pm

«No seio da própria civilização ocidental, vamos adquirindo de forma cada vez mais acentuada a consciência daidentidade europeia. Talvez essa identidade não se manifeste quando visitamos outro país europeu, porque nessa situação é mais evidente a percepção da diferença — mas essas mesmas diferenças são notadas por um milanês que viaja até Palermo, ou por um calabrês que chega a Turim.

A identidade europeia afirma-se, no entanto, mal entramos em contacto com uma cultura extra-europeia, incluindo a cultura norte-americana: num congresso, num Serão passado entre amigos de países diferentes, ou até no decorrer de uma viagem turística, há momentos em que de repente nos apercebemos de que há uma sensibilidade comum, que nos faz estar mais próximos dos pontos de vista, do comportamento e dos gestos de um francês, de um espanhol ou de um alemão do que dos de um não-europeu.»

— Umberto Eco, “A Passo de Caranguejo”, 2007, página 42 (o sublinhado é meu).

Esta opinião de Umberto Eco é absolutamente falsa e irracional. Dizer, por exemplo, que um português se sente mais próximo de um alemão do que de um brasileiro ou de um angolano; ou dizer que um espanhol se sente mais próximo de um inglês do que de um argentino; ou dizer que um inglês se sente mais próximo de um grego do que de um australiano — é pura mentira e uma falácia de todo o tamanho. É uma desonestidade intelectual vinda de um intelectual de esquerda como é Umberto Eco. É a negação ostensiva e propositada da pura evidência dos factos em nome da construção de um leviatão europeu que, alegadamente, serviria o propósito da paz à custa da repressão causada por um totalitarismo suave.

A identidade europeia

Poderá Umberto Eco argumentar que a validade do seu argumento da “identidade europeia” se aplica apenas aos países europeus sem uma história colonial consistente e consequente — como, por exemplo, a Itália ou a Alemanha. Mas o argumento é, ainda assim, muito fraco, porque o grau de diferenciação existente entre um italiano e um alemão, por exemplo, não é menor do que o grau de diferenciação que existe entre um francês e um alemão — e as diferenças são enormes.

Em alternativa, Umberto Eco poderá argumentar que existe uma “identidade europeia” a nível de intelectuais de esquerda que partilham uma mundividência política similar, senão mesmo idêntica. Aqui, até posso estar de acordo. Não me custa nada admitir que Umberto Eco e, por exemplo, Habermas, Fernando Savater e o falecido e histriónico Jacques Derrida, tenham tido uma mundividência semelhante acerca da Europa e de uma putativa “identidade europeia”. Mas o que o Umberto Eco não tem o direito de fazer é confundir a mundividência intelectual da esquerda, por um lado, com a mundividência que cada um dos povos da Europa tem de si mesmo e dos outros.

Esta mania esquerdista de considerar universais os seus próprios valores, como se estes tivessem que ser necessariamente impostos de forma coerciva à maioria das pessoas, é algo de extremamente irritante e até nauseabundo.

Chávez se exiliará en Brasil

 

ROBERTO CARLO OLIVARES

WEDNESDAY, AUGUST 22, 2012

Mis correos electrónicos fueron intervenidos (hackeados) el jueves en horas de la noche. Ambos correos (robertocarlo14@gmail.com y robertocarlo14@hotmail.com) ya han sido recuperados con la ayuda de expertos informáticos con los que comparto amistad debido a la lucha que mantenemos contra el régimen castro-chavista.

Tampoco tuve acceso a mi página web ni a Twitter. Tanto el Twitter como mi página web se encuentran supeditados a mi correo electrónico, pero por razones obvias de seguridad la clave de acceso es distinta, por lo tanto los "hackers" no pudieron accesar ni al Twitter ni a mi BLOG.

En ninguno de los dos correos tenía información sensible ni comprometedora (se quedaron con las ganas), y sigo teniendo los contactos de la mayoría de las personas ya que tenía un registro impreso con sus respectivos correos electrónicos e información básica.

Debido a que no tuve acceso en casi 4 días a mis correos electrónicos, quiero hacerles saber que no recibí ni envié ninguna información desde el jueves 16 de agosto en horas de la tarde, hasta el lunes 20 a las 7 a.m. cuando fueron recuperados.

Si recibieron alguna información desde mis correos electrónicos en ese lapso de tiempo, no fue enviada por mí. Les agradezco reenviar a mi email la información que crean pertinente y si recibieron de igual manera alguna información enviada por los "hackers", hacérmela llegar de inmediato.

(Tiembla el tirano) Lo ocurrido el lunes por la noche en la represa Francisco de Miranda (Caruachi) es una muestra fehaciente de que se perdió el miedo y de que los venezolanos ya ven, huelen y presienten una nueva Venezuela. Si los trabajadores de SIDOR y las empresas básicas de Guayana no tuvieran la esperanza de que Chávez será derrotado el 07 de octubre, no se hubiesen envalentonado ante el omnipotente déspota.

No solo le dieron una puñalada certera hace pocas semanas cuando la oposición ganó contra todo pronóstico las elecciones sindicales de Ferrominera con casi el 20% de diferencia, sino que ahora se le enfrentan de cara a cara al tirano enfermizo y lo hacen correr como alma que lleva el diablo. En este caso el sentido de la expresión además de figurativo es literal, a Chávez se lo llevará el diablo sin miramientos de ningún tipo.

Lo cierto del caso es que la cohesión de varios líderes sindicales “chavistas” y de oposición, que ya no creen en sandeces y ven en Capriles quien estuvo en Ciudad Bolívar hace una semana una esperanza real y palpable; logró que se perdiera el miedo. Anhelan otro camino y lo ven a la vuelta de la esquina.

Obviamente el despecho del líder, ungido por los Dioses del Olimpo, tendría que pagarlo alguien y decidieron detener a varios trabajadores de Edelca y Cadafe porque supuestamente “sabotearon” la transmisión del acto que se llevaba a cabo con una planta eléctrica.

El colmo de la desidia y la incapacidad, utilizar una planta de energía en una central hidroeléctrica que produce el 12% de la energía nacional y que obviamente fue construida por los gobiernos democráticos. Aunque usted amigo lector no lo crea, esa es la revolución castro-chavista.

Los trabajadores detenidos supuestamente ya han sido dejados en libertad.

Lo que ocurrió en Guayana es solo un abreboca de lo que sucederá en el país si se atreven a vulnerar la voluntad popular el 07 de Octubre. Por eso en mi columna pasada dije que Chávez está atormentado, perdió los barrios y la clase obrera. Esa gente no se cala un fraude.

Bien por mi gente obrera y trabajadora, el 07 de Octubre haremos respetar la voluntad mayoritaria de la población. Preparen, apunten y fuego al cañón.

(Un rincón del exilio) El régimen le tiene una persecución montada al director de VEPPEX (Venezolanos Perseguidos Políticos en el Exilio) y a varios de sus integrantes. El Teniente José Antonio Colina es el director de VEPPEX, organización no gubernamental y sin fines de lucro con sede en Miami, FL. Después de haber luchado incesantemente contra el régimen y después de haber fracasado el movimiento cívico-militar de Altamira, Colina tuvo que huir del país.

Contra viento y marea llegó a los EE.UU. donde fue detenido y estuvo preso por un lapso de dos años y cuatro meses. El régimen pidió su extradición acusándolo de terrorista. Según el régimen Colina había sido el autor material e intelectual de las bombas colocadas en las embajadas de España y Colombia en el año 2003.

Durante el tiempo que estuvo detenido, el Teniente Colina fue trasladado a 4 cárceles en diferentes regiones de los Estados Unidos e hizo una huelga de hambre de 33 días.

Después de 850 días de encarcelamiento, fue dejado en libertad ya que el gobierno de los EE.UU. no encontró pruebas suficientes de peso para extraditarlo.

Actualmente el Teniente Colina se encuentra protegido por una resolución de la Convención de las Naciones Unidas contra la tortura, pero no puede salir de la Florida; inmigración lo mantiene bajo un programa de supervisión intensiva.

La persecución del régimen no se remite solo al Teniente Colina, otros miembros también han sido perseguidos y pedidos en extradición. El comisario Johan Peña, solicitud de extradición año 2.010. Mario Rocco (director VEPPEX-España) solicitud de extradición año 2.010, y Nixon Moreno (director VEPPEX-Panamá) solicitud Agosto 2.012.

Todos los ciudadanos antes mencionados han sido perseguidos e intimidados de manera brutal, sus vidas han cambiado para siempre y sus familiares han sido amedrentados hasta la saciedad con todo el peso criminal del régimen venezolano.

Todos ellos al igual que muchos venezolanos que nos hemos visto en la necesidad de abandonar la patria para resguardar nuestra humanidad e intelectualidad, llevamos el estigma doble del exilio: la persecución del régimen y la incomprensión de muchos compatriotas que nos tildan de cobardes por no habernos quedado en Venezuela.

El tiempo pondrá todo en su lugar. En el exilio hay muchas sabandijas sin duda alguna, pero la mayoría de los compatriotas son gente decente y trabajadora. En la historia patria de Venezuela el exilio siempre ha regresado para ser gobierno. Eventualmente esa situación se reeditará y podremos separar públicamente el monte de la hierba.

Por ahora solo la unión nos conducirá a la victoria final.

(Clíver Alcalá Cordones) Hace dos semanas el Mayor General Clíver Alcalá Cordones (uno de los narco-generales y el militar de más valía que tiene Chávez) hizo entrega del mando de la IV División Blindada y Guarnición de Maracay y Zona Operativa de Defensa Integral Aragua al General de División Víctor Luis Flores Urbina, en un acto protocolar que se desarrolló en los nuevos espacios de la 42 Brigada de Infantería Paracaidista, ubicada en la Base Aérea El Libertador.

En el acto también se encontraba el Comandante del Ejército, Carlos Antonio Alcalá Cordones, hermano de Clíver y más chavista que el propio Chávez.

El nuevo Comandante de la IV División Blindada y Guarnición de Maracay y Zona Operativa de Defensa Integral Aragua, el General de División Víctor Luis Flores Urbina, será ahora el hombre con más poder de fuego en todo el Ejército venezolano.

La División Blindada y Guarnición de Maracay, comandada en una época por el inefable Raúl Isaías Baduel, es determinante por su posición geográfica y por su batallón de paracaidistas.

Me informan que el nuevo Comandante es un militar de carrera que en privado ha dicho que no moverá un solo soldado el 07 de octubre, porque eso es un problema político que lo deben resolver los políticos. Ya veremos que hará el General cuando tenga el agua al cuello. Tendremos que esperar, falta poquito.

Por ahora Clíver Alcalá Cordones, el militar más fiel y “cojonudo” que tiene el tirano, pasa a comandar la Región Estratégica Integral (REDI) Guayana. Allí podrá proteger para beneficio del régimen la extracción ilegal de uranio, oro y diamantes.

Podrá también abrir nuevas rutas para el contrabando de la gasolina y la droga hacia Brasil y comandará impecablemente las rutas clandestinas de droga hacia África Occidental.

Buena suerte Clíver, aprovecha estos últimos meses, te queda poco y no te vas a poder esconder. ¡Firmes!

(Durán Centeno) El embajador de Venezuela en Panamá, el militar retirado Jorge Luis Durán Centeno, además de corrupto y vividor es un cínico de gran envergadura. Varios compatriotas me han contactado para denunciar al susodicho que se la pasa en el club Beirut de Ciudad de Panamá, “chupando” whiskey 18 años con varios miembros de dudosa reputación pertenecientes a la comunidad árabe del país centroamericano.

El militar embajador vive como jeque en una zona residencial de alta alcurnia denominada “Condado del Rey”.

Se la pasa con varios guardaespaldas en una camioneta Toyota de paquete donde recorre casinos y bares de féminas alegres, cuando se encuentra estresado y atosigado por la enorme carga de trabajo político y diplomático. Sin duda alguna otro candidato más a ser investigado y debidamente procesado cuando asuma el nuevo gobierno democrático de la nación.

Una banda de corruptos parasitarios son los representantes del régimen, tendrán que pagar sus andanzas, debe haber justicia, sino, será imposible la reconciliación.

Declaraciones de Durán Centeno: “Los venezolanos están aquí para evitar ser enjuiciados, aquí no hay tantos compatriotas como se dice. Todos son como los de la oposición: mentirosos, golpistas y amigos de los Estados Unidos".

Fuente: http://diariodecaracas.com/pol%C3%ADtica/embajador-llama-golpistas-mentirosos-sus-propios-compatriotas

(Centro Carter) Resulta que el afamado, solvente y respetable Centro Carter, dirigido por el expresidente norteamericano Jimmy Carter, conocido como el manisero y uno de los presidentes peor evaluados en la historia de los EE.UU., se abstendrá de participar como observador internacional en la elección presidencial del 07 de Octubre.

Según nota de prensa del Centro Carter, rechazaron la invitación del CNE en calidad de acompañante internacional. Ellos deseaban participar como observador internacional de la misma forma que lo han hecho en comicios anteriores.

Según la explicación del Centro Carter, el objetivo de la figura de acompañante “es invitar a individuos extranjeros a observar las actividades relativas al día de la votación mediante una presencia política mayormente simbólica, mientras que el propósito de la observación es el de invitar a organizaciones internacionales a evaluar el proceso electoral en su conjunto de manera sistemática”.

Es decir, los querían para tenerlos de utilería. Así será el intento de fraude que tienen planificado que ni siquiera los “guabinosos” del Centro Carter estarán en el país ese día. Ojo con estos detalles, cuando los vamos sumando llegamos a conclusiones nada alentadoras. Es por ello que insisto en ir a votar y quedarnos movilizados en la calle.

Si el régimen cree que podrá burlar la voluntad del pueblo así de fácil, se llevará una sorpresa monumental. Los observadores seremos nosotros mismos, no necesitamos organizaciones tarifadas como el Centro Carter para saber si hubo fraude o no.

(Los estudiantes como punta de lanza) Precisamente en este aspecto tan álgido como es la defensa del voto y la movilización popular, serán los estudiantes los que deberán llevar la batuta.

Así como en el pasado han sido ellos los que han forzado al régimen a dar marcha atrás impregnando a la sociedad civil de valentía y patriotismo, el 07 de Octubre han de ser punta de lanza en la defensa del voto.

Se deben organizar puntos de encuentro liderizados por los estudiantes en caso de que la voluntad popular sea irrespetada, o el resultado de la elección sea postergado por el CNE creando zozobra y desinformación..

El país entero deberá estar movilizado durante el acto electoral y no podemos regresar a nuestras casas, debemos permanecer en los centros electorales ayudando a los testigos y cuidando cada voto. Los estudiantes han de tomar la delantera y deben prepararse para ayudar en la logística además de tener planes de contingencia.

La lucha es mancomunada pero no podemos esperar que los políticos y los militares actúen por nosotros. Debemos dar el ejemplo y los estudiantes ya curtidos en la materia, deberán coadyuvar el movimiento patriótico libertario.

Las redes sociales serán determinantes para comunicarnos y movilizarnos minuto a minuto. Debemos organizarnos, no aceptarán el resultado democrático de buenas a primeras, hay que forzar la barra.

(El tirano se exiliará en Brasil) Fuentes militares me informan que si Chávez llega vivo al 07 de Octubre y no puede imponer su fraude electoral, se irá a Brasil. No entregará el poder alegando su condición médica.

Cuba está descartada por ser una nación aislada, Fidel se encuentra senil y a veces no reconoce ni siquiera a su entorno más cercano. Además las relaciones entre Chávez y Raúl Castro no son cordiales, son impuestas por las circunstancias.

En Brasil Chávez tendría la protección incondicional de Lula y la presidenta Dilma. Igualmente el tirano sería el centro de atención utilizando la plataforma de UNASUR para despotricar y hasta planificar su regreso a Venezuela si así lo decidiese en algún momento, buscando la desestabilización del nuevo gobierno democrático.

En Brasil sería tratado de su cáncer en el hospital Sirio Libanes bajo la más estricta supervisión médica, alejado del ajetreo cotidiano pero siempre buscando el centimetraje mediático que el gigante del sur le podría proporcionar. El “show man” se irá de Venezuela y morirá bajo sus condiciones si el país se le enreda y su fraude electoral es denunciado.

Ya no tiene fuerzas para pelear, perdió los barrios, la clase obrera le revira, Capriles se afianza en las encuestas y en el corazón del pueblo, no tiene apoyo militar considerable y los chavistas moderados desean un final pacífico. Como buen político busca una salida honrosa y la excusa de la enfermedad le vendrá como anillo al dedo para abandonar el país y dejarle al vicepresidente la tarea de entregar la banda presidencial.

Aquí no habrá derramamiento de sangre ni podrán imponer el fraude.

Lo intentarán sin duda alguna, pero la presión cívico-militar libertaria impondrá otra agenda. La agenda de la victoria democrática y de la restauración civilista de la nación.

El tirano enfermizo será forzado a admitir su derrota, de no hacerlo será apresado de inmediato. El país ha cambiado, el miedo se perdió, un Chávez vulnerable y aterrado camina aletargado a su sepulcro. El régimen criminal ya ha sido derrotado, la estocada final será sublime y ensordecedora.

El mundo occidental civilizado será testigo del otoño democrático venezolano. La patria de Bolívar está a punto de renacer, sus hijos valerosos y altivos dejarán una huella indeleble en la historia contemporánea universal. ¡Ánimo compatriotas, faltan pocos días! El universo conspira a nuestro favor.

“Yo siento por lo presente y por los siglos futuros”

Simón Bolívar

¡Patria, Democracia y Libertad!

Roberto Carlo Olivares

robertocarlo14@hotmail.com

Blog: www.robertocarlo14.com

Twitter: @robertocarlo14

22-08-12

ESPÍRITO SANTO: (operação) Lee Oswald*: Pedro Valls exige lista completa do crime organizado

 

SÉCULO DIÁRIO

 

O presidente do TJES devolveu denúncia ao Ministério Público. Ele questionou exclusão de outros supostos envolvidos no que classificou como o “maior escândalo de corrupção da história do ES"

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Nerter Samora

22/08/2012 17:27 - Atualizado em 22/08/2012 18:17

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, surpreendeu novamente ao devolver a denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPES) sobre os episódios de corrupção flagrados na “Operação Lee Oswald”. Citando a existência de um “crime organizado”, Pedro Valls questionou a exclusão de outras pessoas citadas durante as investigações na ação – restrita apenas a envolvidos com a quadrilha que atuava no município de Presidente Kennedy. 

No voto proferido durante a sessão da 1ª Câmara Criminal desta quarta-feira (22), o presidente do Tribunal – que também relata a ação – pediu o avanço nas investigações sobre irregularidades em prefeituras e até no governo do Estado, como a polêmica sobre os deferimentos fiscais na gestão Paulo Hartung (PMDB) e a fila de empreiteiros que decidiam os rumos de licitações públicas em municípios capixabas. 

“A existência de um ‘crime organizado’ que paira acima de pessoas, municípios, partidos políticos e órgãos do Poder Executivo em suas facetas municipal e estadual. Não podemos ‘pessoalizar’ ou ‘municipalizar’ esta questão, transformando-a em algo menos, pequeno ou paroquial. Pois a verdade é que estamos diante de uma ação penal cujo conteúdo tem clara amplitude estadual”, justificou. 

O chefe do Poder Judiciário capixaba afirmou que, caso seja confirmado, as investigações tem potencial para se tornar o “maior escândalo de corrupção de nossa história”. Entretanto, Pedro Valls rejeitou o fato da denúncia oferecida trazer apenas os nomes de 44 pessoas - entre elas, o prefeito afastado de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB), e mais 43 pessoas – vereadores, empresários, secretários municipais – que estariam ligados aos episódios de corrupção no município.  

“Após ter tomado as providências iniciais que me competiam, aguardei em absoluto silêncio por mais de 100 dias. Mas hoje chega a hora de falar e de perguntar. Quantas das autoridades do presente e do passado mencionadas, a nível municipal e estadual, foram ouvidas? Quais contratos e atos foram recolhidos para comparação? Quais empresas mencionadas foram objeto de investigação?”, indagou com base em interceptações telefônicas trazidas nos autos que apontam para a formação de “fila de licitações”. 

Pedro Valls citou trechos de diálogos entre empresários e até mesmo declarações de uma promotora de Justiça que descrevem a atuação da fila. Entre as empresas que teriam ficado de fora da apuração, o magistrado cita a Estrutural Construtora – empresa do primo do ex-governador – e empresas de recolhimento de lixo. “Vemos aqui não meros indícios ou suposições. Há evidências de que algo muito mais grave acontece neste Estado. [...] Há nomes, há lugares, há valores. Será possível que nada disso seja sequer objeto de apuração?”, criticou. 

Sem atingir diretamente a cúpula do MPES, Pedro Valls cita ainda a colaboração recebida em “vários setores da sociedade”, como a resposta da empresa Ferrous Resources nas suspeitas sobre a venda de terrenos em Kennedy e o desmembramento das investigações pela Polícia Civil das fraudes no sistema de privação de adolescentes – que culminou na “Operação Pixote”, deflagrada na última semana com a prisão de 13 pessoas ligadas aos contratos de ressocialização do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). 

No voto, o desembargador relembrou que procurou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir o auxílio de uma força-tarefa da Polícia Federal para investigar os fatos descritos na primeira decisão sobre a “Lee Oswald”, em abril deste ano. “Após ter tomado as providências iniciais que me competiam, aguardei, em absoluto silêncio, mais de 100 dias. Mas hoje chega a hora de falar e de perguntar”, justificou. 

Pedro Valls sinalizou que apenas será possível julgar o caso “com justiça” após a inclusão dos supostos chefe da organização criminosa que atua no Estado: “A população capixaba precisa saber que ‘estrutura piramidal’ de corrupção é esta, e quem estaria lá no topo, pontificando como chefe do crime organizado e decerto rindo da impunidade de que gozaria. Não podemos excluir estas pessoas sem que tenha havido a devida apuração”. 

O voto do desembargador foi acompanhado pelos procuradores de Justiça, Fernando Zardini, ex-chefe da instituição, e Josemar Moreira, que representavam o MPES no colegiado. Depois da devolução da denúncia, Zardini tentou se esquivar das críticas do chefe do Judiciário. O procurador alegou que as investigações não foram encerradas e que a denúncia pode ser aditada após novas descobertas. 

Entretanto, Pedro Valls fez questão de minimizar a questão no voto – já que não concede entrevistas à imprensa sobre o caso. “O que se busca é que o órgão do Parquet, ao optar pela exclusão das diversas pessoas e dos vários episódios mencionados no inquérito policial, fundamente, manifeste-se de forma expressa sobre as razões da referida exclusão”, afirmou ao citar várias jurisprudências que vão contra a prática chamada de arquivamento implícito.

Quase denunciados

Constavam na relação de denunciados na ação penal proposta pelo Ministério Público e devolvida pelo presidente do Tribunal de Justiça:

Marcos Fernando Moraes

Reginaldo dos Santos Quinta

Constancio Borges Brandão

Geovana Quinta Costalonga

Juliana Bahiense Fontão Cruz

Flavio Jordão da Silva

Marcio Roberto Alves da Silva

Jovane Cabral da Costa

José Roberto da Rocha Monteiro

Cláudio Ribeiro Barros

Jurandy Nogueira Junior

Alexandre Pinheiro Bastos

Maria Andressa Fonseca Silva

Silvia França de Almeida

Fabrício da Silva Martins

Samuel da Silva Moraes Junior

Paulo César Santana Andrade

Carlos Fernando Zaché

Rodrigo da Silva Zaché

Juliana de Paula

Alessandra Salomão Rodrigues

Sabrina da Silva Tesch

Fabio Saad Junger

Joel Almeida Filho

Antonio Lidiney Gobbi

Clarindo de Oliveira Fernandes

Diogo Nicoli Fontana

Dorlei Fontão da Cruz

Edino Luis Rainha

Eduardo Dias Martins

Fernando Ramos Passoni

Geraldo Lorencini

Jadson Santos da Silva

Jose Augusto Galito

Manoel Jose Abreu Alves

Paulo César Pessoa

Pedro Augusto Marques Magnago

Pedro Josino Cordeiro

Vera Lucia de Almeida Terra

Charlene Carvalho Secchin

Ely Ângelo Jordão Gomes

José Carlos Jordão Gomes

Walas Bueno da Silva

Eurico Correa de Moraes

 

___________________________________________________

ESPÍRITO SANTO: Operação Lee Oswald. Fonte: SITE DO TJES* ESPÍRITO SANTO: Operação Lee Oswald - Pimentel. Fonte: SITE DA VEJA*

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

As eleições nos EUA

 

Publicado em 22/08/2012 por nivaldocordeiro

Os EUA são o país em que a social-democracia, em crise no mundo todo, não alcançou hegemonia, de sorte que podemos ter, nas próximas eleições, a chegada ao poder da plataforma política republicana, comprometida com o desmonte do Estado gigante. Será uma ruptura e uma resposta à crise que assombra a mundo todo, com a derrocada da social-democracia. Os impactos podem ser muito poderosos, inclusive gerando referencial teórico e político para que o conservadorismo surja como contraponto e solução para a crise mundial. A esquerda social-democrata perderá a hegemonia. Se a crise for resolvida com a receita conservadora poderemos ter um projeto político para o futuro consolidado, por muitas décadas.

“Profecia” do sertanista Orlando Villas Boas

 

Enviado por prosaepolitica em 05/06/2008

Pra quem não viu, o P&P traz aqui a reportagem da Band TV, do jornalista Fábio Pannunzio, que está se mostrando um dos melhores do país, onde mostra a profecia realizada há 6 anos pelo sertanista Orlando Villas Boas, no Dia Mundial do Meio Ambiente.

Pouco antes de morrer, Orlando Villas Boas denunciou interesses estrangeiros na Amazônia e fez uma profecia sobre o futuro de terras indígenas na região. Veja na reportagem de Fábio Pannunzio, que em uma reportagem anterior já denunciava a presença ostensiva de estrangeiros na região.

Publicado por: www.prosaepolitica.com.br

Menina de 12 anos presa no Paquistão por blasfêmia contra o Alcorão

 

Publicado em 21/08/2012 por wendellmarinho

Maior absurdo que já ouvi falar, condenar uma criança com síndrome de down a morte, por causa de umas folhas queimadas de um livro supostamente sagrado, de pessoas atrasadas. Espero que as instituições que cuidam do ser humano, e principalmente de crianças pelo mundo, lutem contra esse ato bárbaro, com a moral de pessoas da era do bronze.

Links:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/08/menina-e-presa-por-queimar-paginas-do-alcorao-no-paquistao.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6092167-EI8143,00-Prisao+de+menina+por+queimar+paginas+do+Alcorao+gera+polemica.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6090229-EI8143,00-Paquistao+presidente+pede+explicacoes+sobre+menina+presa+por+blasfemia.html

Mensalão: o que poucos sabem, e o Brasil deveria saber

 

BRASIL ACIMA DE TUDO

18 de agosto de 2012

Por Manoel Pastana (*)
Procurador da República

“Juízes, Polícia, Ministério Público, advogados públicos. Porque eles têm um poder de chantagear os poderes públicos. E dizem: ou você faz isso ou a gente vai criar uma tremenda encrenca.” (Trecho de entrevista do Corregedor-Geral do MPF, Eugênio Aragão, falando sobre “chantagem” para aumento de salário)

Vive-se um momento histórico com o julgamento do Mensalão. Isso todo mundo sabe. O que quase ninguém sabe é que as provas são escassas. Contra José Dirceu, apontado como o líder do esquema criminoso, não existem provas, apenas indícios e meras conjecturas. Por meio deste artigo, mostrarei, entre outras coisas - como a explicação para a declaração transcrita acima - a razão da carência de provas no processo Mensalão.

Por que o então procurador-geral da República (PGR), Antonio Fernando, autor da denúncia do Mensalão,NÃO foi sequer criticado por petista algum do alto escalão, apesar de ter imputado ao PT a tentativa de perpetuação no poder, por meio de “sofisticada organização criminosa? Além disso, ele “acusou” de chefe da organização, José Dirceu, um dos expoentes do partido situacionista e amigo pessoal de Lula. Antonio Fernando não sofreu crítica e ainda foi reconduzido no cargo pelo ex-Presidente Lula. Será que Lula e os caciques petistas nada fizeram contra Antonio Fernando porque compreenderam que ele apenas cumpriu o seu dever legal? Quem acredita nessa hipótese, provavelmente também acredita em Papai Noel, Saci Pererê, Mula sem cabeça, duendes...

Peço escusas pela ironia, mas é que a situação é muito séria e procuro amenizar para facilitar a leitura. Assinalo que eu não seria irresponsável de escrever sem conhecimento de causa, pois tenho um nome e um cargo a zelar (sou procurador da República e estou na ativa). Há 31 anos encontro-me no serviço público, ocupei diversos cargos, todos conquistados por concurso. Aliás, só na área jurídica, passei em seis concursos, sendo três em primeiro lugar.

As evidências mostram que a imputação de Antonio Fernando na denúncia do Mensalão NÃO é inverídica. Caso fosse, certamente ele teria sofrido terríveis ataques e jamais seria reconduzido. Mas não foi o fato de a imputação ser verídica que nada fizeram contra ele, pois eu fiz acusação verídica contra um integrante do PT, que resultou na primeira cassação do mandato de um parlamentar federal do referido partido, fato ocorrido no início do Governo Lula, e minha vida virou um inferno. Sofri covarde e doentia perseguição dentro e fora do Ministério Público Federal (MPF).

No meu entendimento, o que fez Antonio Fernando não sofrer nenhuma represália foi ter deixado Lula fora do rol acusatório, apesar de ele ter assinado atos normativos e documentos, escandalosamente destinados a fomentar o esquema criminoso.

Entre os vários fatos praticados por Lula que beneficiaram o esquema criminoso, consta o envio, em 2004, de mais de 10 milhões de cartas (assinadas por Lula) a aposentados, incentivando-os a tomar empréstimos consignados em folha de pagamento, que proporcionaram lucros fantásticos ao banco BMG que, segundo a denúncia, foi uma das instituições financeiras que participou da “sofisticada organização criminosa”. Só para se ter uma ideia, o referido banco, com apenas 10 agências e em curto espaço de tempo, fez milhares de empréstimos a aposentados, faturando quantia superior a três bilhões de reais, ganhando da Caixa Econômica Federal, com suas mais de duas mil agências. Na formalização do convênio que beneficiou o BMG, passaram por cima de tudo, inclusive, exoneram uma servidora do INSS que se recusou a publicar o fraudulento convênio celebrado em tempo recorde.

A ausência de Lula na peça acusatória enfraqueceu demasiadamente a denúncia, pois o que também deveria ser atribuído a ele foi imputado exclusivamente a José Dirceu. Ocorre que este, ao contrário de Lula, não assinou documento algum, sequer um bilhete. Assim, não há nenhuma prova no processo que aponte a participação do ex-chefe da Casa Civil. O que há são frágeis indícios e meras conjecturas de forma que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá que mudar totalmente a sua jurisprudência para poder alcançá-lo. É por isso que a defesa insiste tanto que o julgamento seja técnico, pois juridicamente é quase impossível condená-lo. Faltam provas.

Para condenar José Dirceu, alegou-se a aplicação da teoria do domínio do fato, que é adotada pela maioria dos países democráticos. Ocorre que a aplicação dessa teoria não dispensa a produção de provas; caso contrário, estar-se-ia orbitando na seara da responsabilidade penal objetiva, que é repelida pelo ordenamento jurídico dos países democráticos, incluindo o Brasil.

Antonio Fernando, além de deixar o ex-Presidente da República fora da acusação, inviabilizou a produção de provas efetivas (e não meras conjecturas), aptas a comprovar a existência da “sofisticada organização criminosa”. Vou indicar alguns itens (são muitos) que apontam nessa direção:

1) Marcos Valério destruiu provas (queimou notas fiscais), 19 membros da CPMI (tinha 20 membros) solicitaram a Antonio Fernando que pedisse a prisão dele. Antonio Fernando não o fez, alegando que não havia elementos e nem necessidade da prisão. Nos meus 16 anos de atuação no MPF na área criminal, nunca vi um investigado que tenha dado tanto motivo para ser preso e não foi.

2) – A esposa de Valério foi flagrada tentando sacar milionária quantia junto a um banco em Belo Horizonte. Desesperado, o “operador do Mensalão” procurou Antonio Fernando e se colocou à disposição para colaborar nas investigações, objetivando os benefícios da delação premiada (estava com muito medo de ser preso, juntamente com a esposa). Antonio Fernando recusou a colaboração de Valério, alegando que a delação seria “prematura e inoportuna”. Tudo indica que ele não queria que Valério falasse. A título de informação, a queda do ex-governador do DF (José Arruda) somente foi possível graças à colaboração de Durval Barbosa (operador do mensalão do DEM) que, beneficiado pela delação premiada, entregou provas que derrubaram o ex-governador. Se não fosse isso, Arruda jamais teria caído.

3) - Sílvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, em entrevista a um jornal de grande circulação, disse que Marcos Valério lhe afirmara que, se ele (Valério) falasse o que sabia, derrubaria a República. Em vez de Antonio Fernando propor delação premiada ao ex-secretário, cujo nome é repetido na denúncia 50 vezes, propôs a ele suspensão do processo em troca de prestação de serviço à comunidade o que, obviamente, foi prontamente aceito e Sílvio Pereira ficou fora do processo, não tendo que prestar depoimento. Para um bom entendedor...

4 - Para sepultar de vez a possibilidade de produzir provas efetivas que demonstrassem, juridicamente, a existência da “sofisticada organização criminosa”, Antonio Fernando, em vez de arrolar Roberto Jefferson como testemunha, uma vez que foi quem levou a público o esquema criminoso, ou então propusesse a ele a delação premiada, preferiu apenas acusá-lo. Assim, na condição de réu, sua palavra tem pouco valor para incriminar José Dirceu.

5 - Curiosamente, nas alegações finais, o atual PGR, Roberto Gurgel, por diversas vezes, utiliza os depoimentos de Jefferson “como prova” do envolvimento de José Dirceu. Por exemplo, à fl. 44, item 72, das alegações finais apresentadas por Gurgel, ele transcreve trecho do depoimento de Jefferson, no qual este afirma que, em 2005, Dirceu teria lhe dito que, juntamente com Lula, recebeu um grupo da Portugal Telecom para tratar do adiantamento de oito milhões de euros que seriam repartidos entre o PT e o PTB. Veja-se trecho da declaração de Jefferson transcrito nas alegações finais por Gurgel:

“QUE em um encontro com JOSÉ DIRCEU na Casa Civil ocorrido no início de janeiro de 2005, o então ministro afirmou que havia recebido, juntamente com o Presidente Lula, um grupo da Portugal TELECOM e o Banco Espírito Santo que estariam em negociações com o Governo brasileiro (...)” Grifei.

6 - Ora, se esse depoimento de Jefferson é verdadeiro e pode ser utilizado como prova, conforme entende o PGR, considerando que Lula participou da reunião, por que ele não foi acusado? A presença de Lula na trama para angariar recursos com a Portugal TELECOM era meramente figurativa, uma espécie de boneco ambulante, totalmente manipulado e dominado por José Dirceu, por isso o ex-Presidente da República não fora acusado? Ainda que essa hipótese fosse verdadeira, pelo artigo 29 do Código Penal, Lula deveria figurar no rol dos acusados.

O ex-PGR Antonio Fernando, assim como o atual, Roberto Gurgel, pertencem ao grupo tuiuiú. Tuiuiú é uma ave do Pantanal que tem dificuldade para alçar voo. É assim que se consideravam alguns procuradores na época do ex-PGR Geraldo Brindeiro e, por isso, eles mesmos se denominaram de tuiuiú. Os tuiuiús são extremamente afinados com o PT. O grupo chegou ao poder com Claudio Fonteles, primeiro PGR nomeado por Lula. Fonteles foi ferrenho defensor de Lula (e do PT). Perseguiu impiedosamente procuradores que de alguma forma tentaram investigar/processar (de verdade e não por faz de conta) integrantes do Partido do governo. Por exemplo, um pouco antes de vir a público o escândalo do Mensalão, um procurador tentou obter de Carlinhos Cachoeira um vídeo que poderia alcançar Dirceu, então chefe da Casa Civil. Cachoeira gravou o procurador e o caso foi a público.

O procurador sofreu terrível perseguição dos tuiuiús, sob a alegação de que não poderia ter ouvido Cachoeira à noite. Depois de escapar da estapafúrdia acusação, o procurador pediu exoneração do MPF, faltando pouco tempo para a aposentadoria. Foram vários procuradores que sofreram perseguição. Por outro lado, outros foram favorecidos. Por exemplo, um procurador, que costumava ocupar espaço na mídia acusando integrantes do governo FHC, solicitou “ajuda financeira” a diversas empresas. Para tanto, utilizou uma estagiária da Procuradoria que enviava ofícios às empresas beneficiadas com o trabalho institucional do MPF. O procurador em questão chegou a receber dinheiro de Daniel Dantas. Tudo foi devidamente comprovado, mas ele nunca foi responsabilizado.

Fonteles, sem nenhum amparo legal, por meio da portaria “reservada” nº 628, de 20 de outubro de 2004, criou um disfarçado serviço de inteligência no MPF; concedeu função gratificada a pessoas sem vínculo com a Administração Pública como, por exemplo, para que um garçom cursasse faculdade, Fonteles deu a ele uma função gratificada, à revelia da lei. Apesar de Claudio Fonteles ter agido como um soberano, ignorando as restrições legais, algumas vezes ele recuava. Por exemplo, os tuiuiús queriam mandar embora um procurador novato que caiu na antipatia deles. Na votação no Conselho Superior do MPF, Fonteles, como presidente do Colegiado, chegou a votar duas vezes para destruir a carreira do procurador, mas desistiu, pressionado por conselheiros que apontavam a flagrante violação à lei.

Os sucessores, Antonio Fernando e Roberto Gurgel, são mais ousados do que Fonteles. Eles não recuam. Em agosto de 2004, Fonteles queria promover a subprocurador-geral da República, Eugênio Aragão, procurador que passara os últimos anos no exterior cursando doutorado. Pelas regras da promoção por merecimento, as chances do referido procurador seriam ínfimas, pois os procuradores concorrentes permaneceram na batente do serviço, enquanto que o preferido de Fonteles estudava na Alemanha.

Fonteles colocou a promoção para votação às pressas porque, pouco tempo depois, os tuiuiús ficariam em minoria no Conselho Superior, onde é realizada a votação. Membros do Conselho que não faziam parte do grupo dos tuiuiús promoveram questão de ordem, exigindo o cumprimento da lei.

Diante da embaraçosa situação, Claudio Fonteles  recuou, mas Antonio Fernando e Roberto Gurgel não. Depois de muita discussão, uma conselheira, que não fazia parte do grupo tuiuiú, pediu vista do processo. Tal pedido acabava com a pretensão de promover Eugênio Aragão, pois quando o processo voltasse a julgamento, os tuiuiús, que na época tinham seis membros no Conselho (o colegiado tem 10 integrantes), estariam em minoria, pois, logo em seguida, haveria (como de fato houve) renovação na composição do Conselho e dois novos membros, não pertencentes ao grupo tuiuiú, tomariam o lugar de dois tuiuiús.

Para possibilitar o imediato “julgamento” do processo de promoção, Antonio Fernando e Roberto Gurgel tiveram a “brilhante” ideia de submeter o pedido de vista à votação. Isso mesmo. Violando flagrantemente o regimento interno do Conselho, que permite vista em qualquer processo, eles alegaram que em processo de promoção não é possível pedido de vista. Realizada a votação, por seis votos (exatamente os seis tuiuiús) a quadro, decidiram que não caberia pedido de vista em processo de promoção. Um absurdo.

Negado o pedido de vista, o processo foi posto em votação e o preferido de Fonteles, Eugênio Aragão, restou promovido.  O escandaloso fato ocorreu na Sexta Sessão Ordinária de 2004, do Conselho Superior do MPF.

Em novembro de 2005, a imprensa noticiou que Eugênio Aragão e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça, na época, sob a tutela de Márcio Thomaz Bastos, o mesmo que depois se tornou defensor do Carlinhos Cachoeira, influenciaram autoridades americanas para não fornecerem à PF documentos relativos à movimentação financeira de Duda Mendonça no exterior, investigado no inquérito do Mensalão.

O relatório que informava a atuação de Eugênio Aragão atrapalhando as investigações da PF foi assinado por quatro delegados e dois peritos. Instaurou-se o inquérito administrativo nº 1.00.001.000116/2006-87 contra Eugênio, mas a comissão concluiu que não havia provas para puni-lo. O relator do inquérito no Conselho entendeu que havia provas, mas ocorreu a prescrição.

Eugênio Aragão atualmente é corregedor-geral do MPF. Ele, como todo tuiuiú, ocupa poleiro alto na cúpula da Instituição e é bastante afinado com o Governo. Ano passado, logo após assumir como corregedor, deixou transparecer (exceção, pois os tuiuiús costumam disfarçar muito bem) o afinamento com a situação. Por causa do movimento em prol de aumento de salário, ele disse que juízes, policiais, membros do Ministério Público e advogados públicos chantageiam o Estado. Vejamos trecho da entrevista do referido tuiuiú:

A Polícia Federal e o Ministério Público, o Judiciário, os Auditores Fiscais. As carreiras que hoje têm poder de pressão sobre o Estado e sobre suas instituições são as que mais são valorizadas. Ou seja, juízes, Polícia, Ministério Público, advogados públicos. Porque eles têm um poder de chantagear os poderes públicos. E dizem: ou você faz isso ou a gente vai criar uma tremenda encrenca.”

Eugênio Aragão é um tuiuiú que não sabe disfarçar como os outros sabem. Assim, pelo fato de ele não saber disfarçar, não foi reeleito para o Conselho Superior do MPF. Coisa rara, pois é muito difícil um tuiuiú perder uma eleição. Para se ter uma ideia, a Constituição Federal não prevê eleição para escolha do procurador-geral da República. Todavia, os “democráticos” tuiuiús inventaram uma eleição que escolhe três nomes para “ajudar” o Presidente da República na nomeação do procurador-geral. Até hoje, todos os que ficaram em primeiro lugar na lista de votação foram nomeados procurador-geral. Um detalhe interessante é que só são eleitos tuiuiús e o primeiro lugar da lista é sempre o procurador-geral que está no cargo ou quem ele indique.

Embora Eugênio Aragão tenha perdido a eleição para o Conselho no ano passado, ficou pouco tempo sem cargo elevado na cúpula do MPF. Dois meses depois, foi nomeado corregedor-geral. Os tuiuiús transformaram a cúpula do MPF em propriedade particular. Quem não é tuiuiú ou simpatizante do grupo não tem vez. Eles ocupam todas as funções da cúpula, bem como onde o MPF tem representação como no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A audácia é tão grande que até o filho do Antonio Fernando foi assessor de uma conselheira do CNMP. Ou seja, o órgão Colegiado que tem a missão de combater o nepotismo abrigava como assessor o filho do Presidente.

Aliás, a exemplo do filho do Lula que parece ser um fenômeno nos negócios, o filho de Antonio Fernando é um fenômeno no serviço público. Isso porque, quando terminou o mandato do pai no CNMP, ele ocupou o cargo de assessor no Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e quem o nomeou foi o então procurador-geral, Leonardo Bandarra, que hoje está afastado da função, acusado de corrupção. Mas o menino prodígio não ficou por muito tempo no MPDFT, alçou voo e foi ser assessor na Vice-Procuradoria-Geral Eleitoral, onde reina a tuiuiú Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral. Se os tuiuiús continuarem no poder, esse rapaz vai muito longe...

A “briguinha” entre petistas e tuiuiús, que a imprensa tem divulgado ultimamente, tudo indica, é só aparência. Na prática, a realidade é outra. Citarei alguns episódios, entre muitos ocorridos, que evidenciam essa hipótese. Vários procuradores da República pediram ao PGR, Roberto Gurgel, que arguisse a suspeição do ministro Dias Toffoli. Apesar da notoriedade da suspeição (e até mesmo do impedimento), Gurgel preferiu não arguir “para não atrasar o julgamento”. Ora, o MPF, além de titular da ação penal, é fiscal da lei. Assim, tem o dever de agir de acordo com a ordem jurídica.

Com efeito, o PGR jamais deveria silenciar diante de hipóteses indicativas de parcialidade do julgador (suspeição e impedimento são hipóteses legais que indicam parcialidade), mormente em caso tão importante. A possibilidade de atraso no julgamento não justifica o descumprimento da lei. Daí, como a norma prevê que determinadas situações importam em comprometimento da imparcialidade do julgador, o fiscal da lei não pode se omitir, ainda que sua atuação resulte em “atraso no julgamento”. Atraso, aliás, que seria pequeno (no máximo alguns dias), insignificante diante da dúvida eterna que pairará sobre a imparcialidade não aferida pela Corte.

No final da “sustentação oral” na Ação Penal do Mensalão, o PGR, Roberto Gurgel, pediu a expedição de mandados de prisão, imediatamente após o julgamento. Ora, Gurgel, assim como qualquer estudante de Direito, sabe que a Constituição Federal alberga o princípio da presunção de inocência, isso quer dizer que o condenado só pode ser preso, após o trânsito em julgado da decisão condenatória.  Apesar de o STF ser a última instância do Judiciário, as suas decisões estão submetidas ao mesmo princípio constitucional, ou seja, elas também devem passar pelo crivo do trânsito em julgado para serem executadas.

Assim, o trânsito em julgado não ocorre com o fim do julgamento, uma vez que depende da publicação do acórdão e dá ausência de recurso (mesmo perante o STF, é cabível recurso após qualquer julgamento). Dessa forma, caso houvesse, de fato, interesse na prisão dos acusados, principalmente, a de José Dirceu, Gurgel justificaria o pedido, fundamentando a pretensão no artigo 312 do Código de Processo Penal (assegurar a aplicação da lei penal). Assinalo que não seria difícil justificar essa hipótese.

Roberto Gurgel tão somente pediu a emissão de mandado de prisão, sem sequer apresentar justificativa alguma. Agiu como o seu antecessor (Antonio Fernando), que fez de tudo para não pedir a prisão de Marcos Valério, quando ele destruía provas. Depois, ao ofertar a denúncia, sem justificativa alguma, pediu a prisão de todos os acusados, sabedor de que jamais seria decretada, pois seria impossível realizar a instrução processual com elevado número de acusados presos. Sabia que o STF iria negar, como de fato negou. Ou seja, deixou de cumprir a lei, pois deveria ter pedido a prisão de Valério no momento oportuno e ainda jogou para a galera, requerendo decreto prisional em momento inoportuno, deixando a impressão de que ele fez a sua parte, mas o STF não quis prender. É muita...

São incontáveis os casos que demonstram a extrema ousadia de os tuiuiús “justificarem” suas extravagantes atitudes. Vou contar mais um caso que ocorreu recentemente. Roberto Gurgel engavetou o Inquérito policial 042/2008 (Operação Vegas) por quase três anos. Instado pela CPMI a justificar a omissão, ele respondeu, por escrito, invocando os princípios da operação controlada (hipótese prevista na Lei 9.034, art. 2o, inciso II, que permite o retardo da atuação policial), ou seja, o engavetamento, na justificativa de Gurgel, não foi omissão, mas sim “ação controlada”. Curioso é que somente ele e a sua esposa, que é subprocuradora-geral da República e o auxilia nos casos mais importantes, sabiam da “operação controlada”. O STF não sabia, a Polícia Federal não sabia, os procuradores da República que atuam na primeira instância e o juiz federal também não sabiam. Só o casal sabia da “operação controlada”.

Incrível é que Gurgel ainda teve a coragem de dizer que, graças à sua “estratégia” (de engavetar o inquérito), o esquema criminoso de Cachoeira foi desvendado. Veja-se o que ele disse no ofício encaminhado ao presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo: “Se assim não tivesse agido a Procuradoria Geral da República, não se teria desvendado o grande esquema criminoso protagonizado por Carlos Cachoeira.”Ora, a operação que resultou na prisão de Cachoeira ocorreu em outra investigação (Operação Monte Carlo – inquérito policial 089/2011), instaurada porque Gurgel engavetou a primeira investigação (Operação Vegas – inquérito policial 042/2008). A título de informação, não acredito que o engavetamento da investigação foi para favorecer o ex-senador Demóstenes Torres. A intenção, com certeza, foi outra...

Peço desculpas pela extensão do texto, mas o assunto é muito importante para ser tratado em poucas linhas. Enfatizo que escrevi o mínimo, pois as barbaridades praticadas pelos tuiuiús são inúmeras. Eles sabem dissimular muito bem. Comportam-se como se fossem serenos, equilibrados, justos. Na verdade, praticam verdadeiras atrocidades, seja perseguindo, seja favorecendo. Eles são extremamente ousados, basta ver que Gurgel engavetou a Operação Vegas por longo tempo e ainda teve a ousadia de dizer que se tratava de “operação controlada” e, graças à sua “estratégia”, o esquema de Cachoeira foi desvendado. O mesmo eles estão fazendo com o Mensalão. Deixaram Lula fora da acusação e fizeram de tudo para não produzir provas; porém, caso o STF condene mesmo sem provas, eles cantarão vitória e dirão que a condenação ocorreu graças ao trabalho deles. Contudo, se o STF mantiver a sua jurisprudência e absolver, os tuiuiús dirão que a culpa é do Supremo que não pune.

Concluo este artigo dizendo que não inventei nada (tenho prova de tudo que afirmo), inclusive ofertei representação contra o ex-PGR Antonio Fernando, pelo fato de ele não ter incluído Lula na denúncia, apesar da abundância de provas contra o ex-Presidente da República. Os tuiuiús arquivaram a minha representação sob pífios argumentos. Posteriormente, em abril de 2011, representei ao PGR, Roberto Gurgel, contra o ex-Presidente Lula. Curioso é que, em determinados casos, Gurgel age rápido. Por exemplo, ele recebeu uma representação contra um procurador que é odiado pelos tuiuiús. Imediatamente ele despachou, designando um procurador para tomar as medidas criminais contra o procurador perseguido.

No caso da representação que fiz contra Lula, Gurgel engavetou por um ano e dois meses. Depois de eu muito insistir sobre o andamento da representação, ele me enviou ofício, informando que a arquivou porque os fatos que imputo a Lula estão sendo apurados no inquérito 2.474, em trâmite no STF. Esse inquérito, que tem pertinência com o esquema do Mensalão, tramita no Supremo desde março de 2007.

(*) Manoel Pastana - Autor do livro autobiográfico De Faxineiro a Procurador da República
Fonte: http://www.manoelpastana.com.br/index.php/noticias/511-mensalao-o-que-poucos-sabem-e-o-brasil-deveria-saber.html

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".