07/11/2009
Por Percival Puggina
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
A DOENÇA BRASILEIRA
André Frantz
O uso da linguagem brasileira transfigurou-se na glamourização da padronização da macaquice, na insanidade da pretensão do vazio, na idiotice do falar por falar. Hoje, tudo o que é dito e escrito no Brasil não apenas carece da mais mínima lógica lastreada na concretude dos fatos do mundo, mas chega ao ponto das extrapolações e contradições mais absurdamente hiperbólicas, as quais conseguem inverter a compreensão do sentido da totalidade do cosmos. É uma coisa impressionantemente monstruosa! O maldizente vulgar, que é quase tudo o que se tem no Brasil hoje, não percebe que o que ele está dizendo contraria a possibilidade de ele estar dizendo o que está dizendo no mesmo instante em que diz o que está dizendo, and so on. O país não pode estar em outro lugar que não a unidade de tratamento intensivo do hospício mais horripilante. As almas brasileiras só podem estar acorrentadas nos últimos porões do inferno. Um horror!
Eu entendo que essa hiperenfermidade aterrorizante é a representação da essência da maldade geral que impera no Brasil. Vejo nesses abusos atentatórios, um reflexo muito nítido daquilo que fundamenta e sustenta o fracasso nacional em todos os campos da existência humana: a confusão. A confusão é o combustível de máxima octanagem do mal, e o “amor” por aquela é a essência deste. Não há o que seja mais desprezível e repugnante do que o orgulho da insanidade escalar. A maldade de Banânia funciona exatamente assim: ela é indireta, porém, poderosa! É a maldade exercida soberbamente por aquele que tem a absoluta certeza de que está praticando o mais puro bem. É a lógica invertida luiciferiana, que, encontrando terreno fértil nas mentes preguiçosas e confusas daqueles que se acostumaram com o sabor amargo da desgraça perpétua, acaba se transmutando na noção mesma de bem, no axioma estruturante de todas as leis de convívio social.
Longe de atenuar a responsabilidade subjetiva pela perenidade da loucura objetiva nacional, o mal disseminado sem intenção é tão devastador quanto aquele que é feito conscientemente. Pior ainda: a falta de intencionalidade e a incapacidade para identificá-lo podem servir como ingredientes importantes que o tornam ainda mais nocivo. No instante em que a consciência moral atua de forma invertida, com os pólos trocados, o senso da realidade é corrompido e a mente passa a trabalhar e a se movimentar dentro de uma estrutura lógica de um mundo de fantasias. O indivíduo acaba por criar justificativas e mais justificativas interiores para fazer um “bem” criado por ele mesmo, algo que seguidamente espelha nada mais do que os seus próprios interesses e conveniências. Como ele evidentemente acaba não fazendo o bem, começa a ficar culpado e, não compreendendo o que deu errado da primeira vez, tenta corrigir o bem que não conseguiu atingir com mais tentativas de fantasias de bem. Enfim, ele acaba injetando ácido no paciente grave pensando que é antibiótico. Isso é uma espécie de neurose da alma que cria novas noções de bem e mal, de verdadeiro e falso, de certo e errado, fato que, em instância final, alimentará sempre o crescimento do mal.
Não é preciso ser um santo para compreender um pouco sobre as origens dessa desgraça nacional. Um sistema com tamanho estrago generalizado nada mais é do que a resultante de um somatório de unidades problemáticas e relações deficientes. O Brasil é um sistema formado por unidades e partes que não prestam. É um país composto por pessoas profundamente confusas, incapazes de prestar ajuda mínima a elas mesmas. A elite tupiniquim, que é o coração do sistema, em seus mais variados aspectos, representa, ao mesmo tempo, a cristalização e a fonte do intenso e extenso fracasso geral da nação continental sul-americana. Todo o universo da elite contemporânea brasileira, representada por intelectuais, acadêmicos, empresários, políticos, banqueiros, jornalistas, etc. virou a representação máxima do refúgio dos pseudo-homens castrados, os quais, locupletando-se conspirativamente com suas fraquezas de caráter, entraram em consenso para a manutenção ad aeternum da progressividade de sua patologia moral crônica. Se a elite está gravemente doente, a sociedade já está praticamente morta.
A elite intelectual de um país funciona como um capitão de navio. Podemos, da mesma forma, fazer uma analogia com uma locomotiva que puxa um trem muito grande e pesado. Se a elite está doente, temos um capitão incapacitado ou uma locomotiva desgovernada. Exatamente como o barqueiro, a morte, ela conduzirá as almas pelo caminho do sofrimento que leva ao dead end, à morte agonizante da inteligência.
O estado de coisas é por demais sério. Creio não ser possível uma compreensão mínima acerca do tamanho do problema que vivemos no Brasil, abstendo-nos de uma análise lastreada numa observação bem mais profunda da mentalidade tortuosa do brasileiro, ou seja, sem trilhar os caminhos espinhosos da análise dos fundamentos doentios subjetivos que invariavelmente levam à autodestruição das consciências individuais.
Entretanto, isto é um assunto imensamente vasto e de profundas complexidades, que requereria o desenvolvimento de uma obra específica para tentar elucidá-lo, o que não é a minha pretensão no presente momento, por fugir de minhas possibilidades momentâneas. Por hora, limito-me às humildes contribuições através de exposições breves, esporádicas e muito superficiais, para ajudar nas tentativas de compreensão daquilo que vejo como sendo um problema de gravidade e complexidade bárbaras, e que, impressionantemente, não está sendo objeto de atenção mínima.
O que precisamos perceber com a máxima urgência no momento, é que as graves anomalias políticas e sociais vividas no Brasil, representadas pelo totalitarismo revolucionário petista, pelos 50 mil homicídios anuais, etc. etc. são detalhes conseqüentes, embora gravíssimos, de uma anomalia muito complexa que começa e ganha força dentro de cada um de nós. Precisamos mudar o eixo do deslocamento de energia e começar a entender o problema real para saná-lo.
No momento atual, é imperativo elevar o nível das discussões às esferas das responsabilidades superiores do plano moral, caso queiramos, efetivamente, alterar o destino sombrio de nosso trem desgovernado. Para que isto seja possível, a existência da vontade de aprimoramento pessoal deve ser identificada e ouvida antes de tudo. Ninguém ajuda outrem sem antes ter ajudado a si mesmo. O mesmo vale tanto para um capitão de time de futebol, quanto para as lideranças de uma nação continental. A punição da própria carne, o aperfeiçoamento pessoal do intelecto e o hábito permanente da autocorreção são prerrogativas pétreas absolutamente imprescindíveis para a possibilidade de qualquer juízo alheio, ou de qualquer proposição que vise à correção ou ajuste de algum problema real do mundo externo.
O primeiro passo para o enfrentamento do mal é, sabendo que ele existe, a busca pela recuperação individual da própria autoconsciência, do intelecto, da alma. Sem isso, não seremos minimamente capazes de distinguir entre a normalidade e a anormalidade, o que quer dizer que será inteiramente impossível diagnosticar corretamente qualquer problema e prescrever tratamentos eficazes. O ponto zero é uma opção pura e simples, é a escolha, a decisão interna para fazer o que deve ser feito. Só compreende a si mesmo aquele que realmente quer. A vontade para a busca do autoconhecimento deve substituir o desejo infantil de exposições públicas deletérias. A vontade, por sua vez, deve se harmonizar com a sinceridade. E isto só é possível quando optamos pela subordinação à verdade, pela decisão de cessão à realidade e de submissão ao princípio da prova real. A docilidade frente à necessidade verdadeira das coisas advém da inquietação moral que se nutre da sinceridade. E a busca contínua pelo senso da verdade através da sinceridade é o que, em última instância, restaura o intelecto e ilumina a vida. A batalha é esta! O resto vem naturalmente e sem maiores esforços.
Se não optarmos pela luta contra a confusão do mal, de forma muito confusa estaremos nos sentenciando à morte agonizante, resultado de uma briga sangrenta de foices entre cegos confusos que acham que o bem é o mal e vice-versa.
O autor é Administrador de Empresas e aluno do Seminário de Filosofia Online do professor Olavo de Carvalho. É natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Ravell: outra vítima de Gustavo Cisneros
*Alejandro Peña Esclusa
Na quinta-feira 18 de fevereiro, o ex-diretor da Globovision, Alberto Federico Ravell, apresentou uma coletiva de imprensa para explicar as razões de sua saída do canal. Entre outras revelações, Ravell denunciou que Gustavo Cisneros contribuiu para sua saída, difundindo calúnias contra ele, as quais qualificou de “telenovelas”.
* Presidente de Fuerza Solidaria e UnoAmérica
Leia a íntegra da petição encaminhada a Lula com o questionário sobre o mensalão federal
Arte/Folha | ||
O Ficha Limpa é fruto de uma esperançosa mobilização social que reuniu 1,5 mi de assinaturas, que por si merecia ser comemorada.
O Projeto de Lei foi entregue a Presidência da Câmara dos Deputados em 29 de setembro de 2009 e o que se viu a seguir foi repugnante:
· O Presidente da Câmara Sr. Michel Temer alegou agenda cheia e outras prioridades, e informou que iria pautar o Projeto para fevereiro de 2010.
· Um mês após a entrega do projeto ainda não havia relator designado e foi engavetado.
· Não houve registro de posicionamento de outros deputados.
· Em 4 de novembro o Deputado José Genoino subiu a tribuna para condenar o projeto, disse que a proposta era “inconstitucional e autoritária”. Foi uma defesa em causa própria afinal ele é réu no STF no processo do mensalão.
· Genoino foi apoiado por quatro deputados, entre eles Geraldo Pudim (PR-RJ), que já foi alvo de questionamentos na Justiça, e Ernandes Amorim (PTB-RO), que responde a processos e inquéritos.
Temos que lembrar muitos políticos (1/3 do atual congresso) são fichas suja, garantem sua impunidade concorrendo a cargos eletivos, o que lhes garante fóro privilegiado e os colocam fora do alcance da justiça. Cometem diversos crimes, até de homicídio, e investem milhões para obter o número suficiente de eleitores para elegê-los.
O GOLPEDepois de quatro meses de engavetamento os “lideres partidários” decidiram modificar o texto da proposta, o motivo segundo eles:
“Haveria dificuldades de aprovar o veto à candidatura de políticos com condenação em primeira instância na Justiça”
Até 17 de março esse grupo apresenta um "substitutivo". A proposta determinará como inelegível quem tiver contra si decisão judicial colegiada de “segunda instância”. E, para não minar pretensões eleitorais imediatas com vigência somente em 2012.
Duas perguntas importantes feitas por D. Tomás Balduino (*)
(*) D. Tomás Balduino, 87 anos, mestre em teologia e pós-graduado em antropologia e linguística, é bispo emérito da cidade de Goiás e conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
"Quando há uma pessoa pedindo, o Congresso tem de ouvir. Quando há 1,5 milhão, tem de fazer" - palavras do deputado Índio da Costa (DEM-RJ)
Estamos perdendo esta batalha, mas um dia teremos parlamentares honrados que mereçam os votos do digno povo brasileiro!
Waldemar S. Martins (Lord)Responsável pelo caranovanocongresso.blogspot.com
A inversão revolucionária em ação
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 21 de julho de 2008
http://www.olavodecarvalho.org/semana/080721dc.html
Tanto em artigos de jornal como em aulas e conferências tenho exposto algumas conclusões de um longo estudo empreendido sobre a mentalidade revolucionária. As principais são as seguintes:
1. A mentalidade revolucionária, tal como aparece documentada nos escritos e atos de todos os líderes revolucionários desde o século XV, sem exceção notável, não consiste na adesão a esta ou àquela proposta político-social concreta, mas numa certa estrutura de apreensão da realidade, caracterizada pela inversão da ordem temporal e causal e da relação sujeito-objeto, daí decorrendo uma variedade de inversões secundárias.
2. Essas inversões não configuram apenas uma “doença espiritual”, no sentido que F. W. von Schelling e Eric Voegelin dão ao termo, mas uma doença mental em sentido clínico estrito. A mentalidade revolucionária é uma variante específica do “delírio de interpretação”, síndrome descrita pioneiramente pelo psiquiatra Paul Sérieux em seu livro clássico Les Folies Raisonnantes. Le Délire d'Interprétation (Paris, Alcan, 1909; acessível online em http://web2.bium.univ-paris5.fr/livanc/?cote=61092&p=1&do=page).
Observações do dr. Sérieux: “Enquanto em geral as psicoses demenciais sistematizadas repousam sobre perturbações sensoriais predominantes e quase permanentes, todos os casos que aqui reunimos são, quase que exclusivamente, baseados em interpretações delirantes; as alucinações, sempre episódicas quando existem, não desempenham neles papel quase nenhum... A ‘interpretação delirante’ é um raciocínio falso que tem por ponto de partida uma sensação real, um fato exato, o qual, em virtude de associações de idéias ligadas às tendências, à afetividade, assume, com a ajuda de induções e deduções erradas, uma significação pessoal para o doente... A interpretação delirante distingue-se da alucinação e da ilusão, que são perturbações sensoriais. Difere também da idéia delirante, concepção imaginária, inventada ponto por ponto, não deduzida de um fato observado.” Difere ainda, segundo o autor, da mera interpretação falsa, isto é, do erro vulgar, por duas razões: (1) “O erro é, no mais das vezes, retificável; a interpretação delirante, incorrigível.” (2) “O erro permanece isolado, circunscrito; a interpretação delirante tende à difusão, à irradiação, ela se associa a idéias análogas e se organiza em sistema.”
Noutro artigo explicarei a diferença específica entre a mentalidade revolucionária e as demais variedades de delírio de interpretação. Aqui pretendo apenas ilustrar algo que tenho dito e repetido dezenas de vezes: a inversão da realidade é um fator tão constante e onipresente no pensamento revolucionário de todas as épocas, que praticamente podemos encontrar amostras dele no que quer que os porta-vozes de ideologias revolucionárias digam sobre assuntos do seu interesse político. A quantidade de exemplos disponíveis é tão imensa, que a única dificuldade para o pesquisador é o “embarras de choix”, a escolha dos casos mais óbvios e ilustrativos.
Seleciono aqui, a esmo, um artigo do sr. Leonardo Boff publicado no último dia 14 (v. Que futuro nos espera?).
Citando Arnold Toynbee, o autor diz que uma constante na decadência das civilizações é a ruptura do equilíbrio entre a quantidade de desafios e a capacidade de resposta de cada civilização. “Quando os desafios são de tal monta que ultrapassam a capacidade de resposta, a civilização começa seu ocaso, entra em crise e desaparece.”
Aplicando esse conceito à descrição do panorama atual, diz o sr. Boff: “Nosso paradigma civilizacional elaborado no Ocidente e difundido por todo o globo, está dando água por todos os lados. Os desafios globais são de tal gravidade, especialmente os de natureza ecológica, energética, alimentar e populacional que perdemos a capacidade de lhe dar uma resposta coletiva e includente. Este tipo de civilização vai se dissolver.”
Após resenhar com a ajuda de Eric Hobsbawm e Jacques Attali algumas possibilidades de desenvolvimento catastrófico da situação, o sr. Boff enuncia a única esperança que resta, no seu entender: “A humanidade, se não quiser se autodestruir, deverá elaborar um contrato social mundial com a criação de instâncias de governabilidade global com a gestão coletiva e eqüitativa dos escassos recursos da natureza.” Em suma: governo mundial socialista.
Todos os fatos mencionados no artigo são reais, mas colocados sistematicamente nos lugares errados.
1. Os desafios que o sr. Boff menciona para ilustrar a tese de Toynbee não a ilustram, mas vão parar muito longe dela. O que Toynbee tem em vista não são dificuldades materiais como as citadas, mas acima de tudo a pressão simultânea de um “proletariado interno” e de um “proletariado externo”, ambos empenhados em destruir a civilização visada. O primeiro pode ser exemplificado pelos imigrantes ilegais que recebem do governo americano toda sorte de benefícios (negados até aos residentes legais) e com isso se fortalecem para hostilizar a cultura local e lutar pelo desmembramento dos EUA. O “proletariado externo” é representado pela multidão de organizações empenhadas numa violenta e incessante campanha de anti-americanismo, na qual o próprio sr. Boff é uma voz de destaque ao menos na escala brasileira. A ação dos dois proletariados é intensamente fomentada e subsidiada pelos adeptos do governo mundial, que em seguida apresentam o decorrente enfraquecimento dos EUA como um fenômeno impessoal e involuntário, camuflando a profecia auto-realizável mediante o apelo a “constantes históricas”.
2. Dos quatro desafios citados pelo sr. Boff – crise ecológica, alimentar, populacional e energética –, os três primeiros afetam muito menos o Ocidente do que os países comunistas e islâmicos e suas respectivas áreas de influência. Nunca houve desastre ecológico que se ombreasse aos efeitos da explosão em Chernobyl ou da poluição geral na China, nem há drama populacional que se compare com o chinês, nem carência alimentar tão assustadora quanto se observa nos países da África sob domínio islâmico e comunista (Sudão, Zimbábue). Se um paradigma foi algum dia ameaçado pelos três problemas que o sr. Boff assinala, é o paradigma anti-ocidental da China, da Rússia, dos países islâmicos. No Ocidente, em vez de superpopulação, o que há hoje é despopulação; em vez de carência alimentar, obesidade endêmica; e em nenhuma parte do mundo os riscos ecológicos, reais ou imaginários, estão sob controle tão estrito quanto nos países capitalistas desenvolvidos. Como poderia uma civilização encontrar-se ameaçada de extinção iminente por desafios que nela estão ausentes ou sob controle? E como poderia ser substituída com vantagem por um “novo paradigma” inspirado justamente nas nações que sucumbem inermes ante esses mesmos desafios? A inversão da realidade é aí tão simétrica, tão patente, tão literal, tão ingênua até, que não se poderia desejar um exemplo mais claro e didático do delírio de interpretação.
Quanto à crise energética, ela não existe nos EUA mas é um risco possível, que se torna iminente graças à ação... de quem? Dos mesmos adeptos do governo mundial, as Pelosis e Obamas, que bloqueiam por todos os meios a abertura de novos poços de petróleo, fazendo com que a nação proprietária das maiores reservas de petróleo do mundo se torne dependente de fornecedores estrangeiros. Estes, por sua vez, com o dinheiro que arrecadam do seu maior cliente, financiam não só campanhas de propaganda contra ele, mas até mesmo movimentos terroristas, ao mesmo tempo que eles próprios se armam até os dentes para a “guerra do povo inteiro” (expressão do general Giap adotada por Hugo Chávez) contra o “dominador imperalista” que os alimenta. Em resultado da “quebra da ordem imperial – são palavras do sr. Boff – entra-se num processo coletivo de caos... A globalização continua mas predomina a balcanização com domínios regionais que podem gerar conflitos de grande devastação... Esta situação extrema clama por uma solução também extrema”. A solução extrema é, evidentemente, aquela acima apontada, o socialismo planetário.
Ou seja: dos quatro “desafios” que segundo o sr. Boff inviabilizam a civilização do Ocidente e clamam pelo advento do governo mundial, três só existem entre os inimigos do Ocidente e o quarto é inoculado no Ocidente por eles mesmos na base do espalhar doenças para vender remédios.
O sr. Boff, sendo ele próprio um dos agentes da operação – ainda que dos mais modestos –, sabe de tudo isso. Sua percepção dos fatos é exata. Sua interpretação do quadro é que é toda invertida, detalhe por detalhe, compulsivamente, para criar um sistema de erros no qual a perfídia revolucionária possa parecer a mais alta expressão do bem e da virtude.
Hilary White
3 de fevereiro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um novo estudo revelou que pacientes julgados estarem em estado “vegetativo” ainda têm função cerebral e podem até mesmo se comunicar em alguns casos. Publicado na Revista de Medicina da Nova Inglaterra, o estudo examinou 54 pacientes com “desordens de consciência” e avaliou sua “capacidade de gerar reações deliberadas” durante duas “tarefas estabelecidas de imagens mentais”.
Cinco dos pacientes puderam “deliberadamente modular” sua atividade cerebral e três desses exibiram “algum sinal de consciência”. Um dos cinco pôde comunicar respostas de sim ou não a perguntas simples.
Esses resultados, disseram os pesquisadores, indicaram que alguns pacientes diagnosticados como vegetativos podem ter alguma medida de “consciência preservada”.
Os pesquisadores concluíram “que uma pequena proporção de pacientes em estado vegetativo ou minimamente conscientes tem atividade cerebral que reflete alguma consciência e percepção”.
“Cuidadoso exame clínico resultará em reclassificação do estado de consciência em alguns desses pacientes. Essa técnica poderá ser útil para estabelecer comunicação básica com pacientes que parecem não reagir”.
A pesquisa, dirigida pelo Dr. Martin M. Monti, da Unidade de Ciência Cerebral e Cognitiva do Conselho de Pesquisa Médica em Cambridge, Inglaterra, também alertou sobre os elevados índices de diagnósticos errados, até 40 por cento, em casos de pacientes em “estado minimamente consciente”.
O relatório observou que “reação intencional a estímulos” é crucial na hora de avaliar pacientes em “estado vegetativo” e tem “implicações para subseqüente assistência e reabilitação, bem como para tomada de decisões legais é éticas”. Em jurisdições que permitem a remoção de órgãos de pacientes julgados com “morte cerebral”, tal tomada de decisão é uma questão de vida e morte.
“Ficamos perplexos quando aconteceu isso”, Monti disse para o jornal The New York Times. “Acho literalmente estupendo. Esse era um paciente que críamos estava em estado vegetativo havia cinco anos”.
Bobby Schindler, irmão de Terri Schiavo, que morreu depois que a sonda de alimentação dela foi removida sob ordens de seu marido, respondeu às descobertas do estudo, dizendo que ele desejava que tal tecnologia estivesse disponível para sua irmã.
“É perturbante para mim quando vejo esse tipo de pesquisa”, Schindler disse. “Estávamos tentando conseguir esses tipos de testes para Terri, mas o tribunal não nos permitiu realizá-los”.
O caso de Schiavo iniciou uma tormenta de publicidade entre 1998 e 2005. No fim, os tribunais ficaram do lado dos médicos que testificaram que Schiavo estava em persistente estado vegetativo, sem esperança de recuperação — embora os médicos que os Schindlers tivessem trazido para o tribunal dissessem que havia chance de recuperação.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês:
http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10020403
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