Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 28 de junho de 2008

40 anos sem Mário Kosel...

Do BLOG DO CLAUSEWITZ
Por Clausewitz em quinta-feira, 26 de Junho de 2008

Hoje (quinta-feira, 26 de Junho de 2008) comemora-se os 40 anos de aniversário do falecimento de um herói brasileiro, assassinado pelos bandidos que hoje locupletam-se a rodo e às cifras em cima de nossa carcaça. A matéria já foi por mim transcrita e praticamente o texto abaixo do site A verdade sufocada é o mesmo que postei há duas semanas.

Porém, hoje é o dia em que se comemora o frio assassinato de um jovem de 19 anos por bárbaros terroristas que tentavam a 3ª via de tomada do poder em nosso país (a 1ª foi a intentona comunista de 1935, a 2ª foi a revolução de março de 1964 e a 3ª, a guerrilha urbana e rural). Que os mais jovens entendam que estamos nos dias de hoje sob a batuta dessa gentalha que mais do que nunca riem de nossa triste condição de escravos das vontades deles e de nossa condição de povo subjugado a uma tomada do poder inevitável, mas superável.

Basta coragem e superação de medos e egoísmos.

Portanto, a justa homenagem do Blog do Clausewitz (C.T. - e agora também do Cavaleiro do Templo) à memória de Mario Kosel Filho e de sua eternamente enlutada família, nós brasileiros de bem.

“O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar.”

“Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado.”

Às 4h30, a madrugada estava mais fria e com menos visibilidade. Nessa hora, uma sentinela atirou em uma caminhonete, que passava na Avenida Marechal Stênio Albuquerque Lima, nos fundos do QG, e tentava penetrar no quartel. Desgovernada, batera, ainda na rua, contra um poste.

As sentinelas viram quando um homem saltou desse veículo em movimento e fugiu correndo. O soldado Edson Roberto Rufino disparou seis tiros contra o veículo. Mario Kosel Filho, com seu desejo de ajudar o próximo, pensando que se tratava de um acidente de trânsito, saiu do seu posto com a intenção de socorrer algum provável ferido.

Ao se aproximar, uma violenta explosão provocou destruição e morte num raio de 300 metros. Passados alguns minutos, quando a fumaça e a poeira se dissiparam, foi encontrado o corpo do soldado Kozel totalmente dilacerado. O coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau ficaram muito feridos.

Os danos no QG foram muito grandes. Consumava-se mais um ato terrorista da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR. No atentado foram utilizados três automóveis Volkswagen Fusca e uma camionete. O atentado só não fez mais vítimas porque o carro-bomba não conseguiu penetrar no Quartel-General por ter batido em um poste. O soldado Mário Kozel Filho morreu no cumprimento do dever .

Em decreto de 15 de julho de 1968, foi admitido no grau de Cavaleiro da Ordem do Mérito Militar, no Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem Post-Morten, pelo Presidente da República na qualidade de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Militar. Em conseqüência desse decreto, foi promovido post-morten à graduação de 3º Sargento.

Em sua homenagem, a avenida que passa em frente ao Comando Militar do Sudeste passou a ter o nome de Avenida Sargento Mário Kozel Filho. Na Praça Sargento Mário Kozel Filho, gerações e gerações de soldados desfilarão e estarão sempre sendo lembradas do jovem e valente soldado que morreu defendendo aquele Quartel General de um ataque terrorista.

Participaram da ação os seguintes terroristas
:Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Diógenes José de Carvalho Oliveira, José Araújo Nóbrega, Osvaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra de Andrade, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, todos da VPR e Eduardo Collen Leite integrante da Resistência Democrática - REDE, outro grupo guerrilheiro.

Somente em 20 de agosto de 2003, por meio da lei federal nº 10.724, a família de Mário Kosel foi indenizada com uma pensão mensal de R$ 300,00 e depois aumentada para R$ 1.140,00, pela lei federal nº 11.257 de 27 de dezembro de 2005. Em 2005, os deputados Elimar Máximo Damasceno e Jair Bolsonaro apresentaram um projeto de lei, na Cãmara dos Deputados, que inscreve o sargento Mário Kozel Filho no Livro dos Heróis da Pátria. Este projeto continua esquecido em alguma gaveta daquela casa de representantes do povo.

. Observação do site: Inversão de valores:

O senhor Diógenes José Carvalho de Oliveira recebeu de atrasados R$ 400.337,73 e mais uma pensão mensal vitalícia, livre de imposto de renda, no valor de R$ 1627,72 . Quem é Diógenes José Carvalho de Oliveira? Ninguém mais, ninguém menos que um dos 10 terroristas que mataram o soldado Mario Kosel Filho e destroçaram sua família e esse foi apenas um dos inúmeros crimes que ele, conhecido como " Diogenes do PT", cometeu - ver no site http://www.averdadesufocada.com/ , o artigo "Inversão de Valores".

Por todos os seus inúmeros crimes, a Comissão de Anistia e o Ministro da Justiça, Tarso Genro, resolveram premiá-lo com uma belíssima aposentadoria , livre de Imposto de Renda e com atrasados que lhe proporcionarão uma vida tranquila, ao contrário dos familiares de suas vítimas .
Assim como Diógenes do PT, milhares de outros militantes também foram beneficiados com polpudas indenizações.

Somente em 20 de agosto de 2003, por meio da lei federal nº 10.724, a família de Mário Kosel foi indenizada com uma pensão mensal de R$ 300,00 e depois aumentada para R$ 1.140,00, pela lei federal nº 11.257 de 27 de dezembro de 2005.

A grande maioria da mídia dedica reportagens aos mortos da esquerda que lutaram para implantar uma ditadura leninista-marxista no país. Vejamos se lembrarão dos 40 anos desse atentado bárbaro "em nome da liberdade", como eles mentirosamente apregoam. O mesmo acontece no Congresso Nacional e nas Câmaras Municipais, que homenageiam frequentemente personagens como Marighela, Lamarca, Luiz Carlos Prestes, Olga Benário, Elza Monerat, Apolônio de Carvalho e tantos outros. Será que farão uma homenagem , por mais singela que seja, a esse jovem no Congresso, ou na Câmara Municipal de São Paulo, ou no próprio Comando Militar do Sudeste? Será que a mídia vai lembrar de fazer uma reportagem relembrando aos brasileiros esse crime bárbaro? Aos familiares dessas vítimas, esquecidas, pelas autoridades, o nosso desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não serão esquecidas. Eles perderam a vida no confronto com seus verdugos, que embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso. A essas vítimas o reconhecimento da democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão."

Nas origens do morticínio

Do portal do OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho em 26 de junho de 2008

Qual a maior causa de violência, morticínio, opressão e tirania que já se conheceu ao longo de toda a História humana?

Se fizermos essa pergunta ao cidadão comum, as respostas mais freqüentes apontarão o desejo de riquezas, a paixão nacionalista, o expansionismo imperialista, o fanatismo religioso ou ideológico, os preconceitos de raça etc.

Todas essas causas mataram pessoas e oprimiram povos, mas não o fizeram sempre.

1) Desejar riquezas não é o mesmo que extorqui-las à força; na maior parte dos casos esse desejo não só se realiza por meios inofensivos, mas ele precisa da paz e da ordem jurídica para alcançar suas metas. Não pode ser pura coincidência que os países mais ricos e prósperos sejam os menos agressivos e os mais democráticos. Também não pode ser mero acaso que jamais tenha havido uma guerra entre duas democracias capitalistas.

2) Todos os povos têm alguma paixão nacionalista, mas só um número pequeno dentre eles agride seus vizinhos em nome dela. Na maior parte dos casos, o nacionalismo exprime-se por meios culturais perfeitamente incruentos, isto quando não é apenas uma reação passiva de autodefesa psicológica contra ameaças de fora.

3) O fanatismo religioso, especialmente islâmico, é bastante demonizado pela mídia, mas, se somarmos o número de vítimas que ele fez desde o início do século, veremos que é irrisório em comparação com as mortes causadas pelas ideologias anti-religiosas. Na modernidade, o fanatismo religioso pode ser causa de conflitos, mas não de genocídio. Apontá-lo como tal é um chavão midiático sem nenhuma base na realidade.

Mesmo as guerras de religião que sacudiram o Ocidente e o Oriente desde a Antigüidade até o fim da Idade Média não produziram um número de vítimas que se comparasse aos das guerras e revoluções modernas sem causa religiosa.

4) O racismo, por fim, parece uma resposta adequada, por estar entre as causas da II Guerra Mundial e do Holocausto. Mas por que, entre tantos racismos que existem no mundo, um único chegou a desencadear uma catástrofe dessas proporções, enquanto os outros produziram somente efeitos locais bem mais modestos, isto quanto não se limitaram a cristalizar-se num estado permanente de hostilidade incruenta entre grupos raciais, tomando a forma da discriminação, do preconceito etc.? Em vez de confundir a parte com o todo, explicando a barbárie nazista pelo “racismo”, é preciso perguntar justamente o que o racismo alemão tinha de diferente dos outros racismos, para que chegasse a produzir resultados tão descomunais.

5) A expansão imperialista causou guerras, revoluções e repressões, mas muitas vezes – a maior parte delas – conseguiu realizar-sepor meios comerciais e culturais inofensivos, não raro levando a paz e a ordem a regiões conturbadas.

Cada uma dessas respostas resvala na verdade mas não chega sequer a tocá-la. Cada um dos fatores apontados pode produzir violência, morticínio, opressão e tirania, mas não o faz sempre ou necessariamente, não o faz por um movimento autônomo, pela mera exteriorização da sua dialética interna, e sobretudo não o faz sem a intervenção de um outro fator, geralmente não mencionado na lista dos demônios populares. Esse fator não só investe os outros de uma força mortífera que eles não têm por si próprios, mas ele por si mesmo, agindo sozinho e com pouca ou nenhuma ajuda deles, pode produzir e tem produzido os mesmos efeitos letais que produziu ao fundir-se com eles.

A maior causa de violência, morticínio, opressão e tirania é a crença de que é possível inventar um futuro melhor para toda a humanidade ou para uma parte significativa dela e realizá-lo através do poder político (C.T. - na "mudernidade" leia-se SOCIALISMO/COMUNISMO. Leiam este artigo que fala do que está nos arquivos da antiga URSS sobre as mortes "do outro lado do muro".). Sem somar-se a essa crença, nenhuma das causas antes mencionadas teria um milésimo do seu potencial mortífero. Sem a promessa utópica, não atrairia multidões de militantes. Sem a concentração do poder político, não teria meios de ação. Poder concentrado em torno de uma promessa de futuro: eis a fórmula infalível do genocídio.

O Joio e o Trigo...

Do BLOG DO CLAUSEWITZ
quarta-feira, 25 de Junho de 2008Mais que um provável bofetada no FORO DE SÃO PAULO, as negociações entre McCain e Uribe nos apresentam a possibilidade de termos um posicionamento mais enfático do governo norte-americano em relação ao problema da guerrilha declarada (FARC, ELN e outros) e da guerrilha institucional (MST, MAB, Via Campesina e outros). Sobre o TLC abaixo citado, caso quiséssemos ser alavancados pelo potencial comercial dos USA, em vez de lulla ficar arrotando insultos velados na OMC, seria bem mais compensador que continuarmos essa senda coitadista de querer fazer nossos vizinhos crescerem, se nem eles mesmos querem. De tudo, apesar da segunda colocação do candidato republicano nas pesquisas de opinião, o mais importante é a sua intenção de manter o plano Colômbia e já de antemão contactar aquele país, que corajosamente se manteve à margem do embrião da URSAL, a UNASUL.

Comentário do Cavaleiro do Templo: ESTOU COM McCAIN E NÃO ABRO.

McCain viajará à Colômbia para discutir tratado

"O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, visitará na próxima semana a Colômbia para se reunir com o presidente Alvaro Uribe e falar do Tratado de Livre Comércio (TLC) que os democratas bloqueiam no Congresso americano. - Isso demonstra que o senador McCain conhece a América Latina e o diferencia de Barack Obama - declarou Hessy Fernández, porta-voz hispânica da equipe do candidato republicano. A porta-voz não deu datas exatas, mas informou que McCain vai se reunir com Uribe, o maior aliado da administração Bush na região, e outros funcionários de seu governo. McCain apóia o TLC com a Colômbia, enquanto Obama se negou a ratificá-lo."

Fonte: JB ONLINE

"Os" intelectuais e seu modelo

Do portal do OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 26 de junho de 2008

O filósofo francês Jean-Yves Béziau dizia que o pensamento universitário no Brasil é a imitação subdesenvolvida de um modelo degenerado. Recentemente, o modelo e sua imitação voltaram a exibir-se nas páginas do noticiário, o único lugar onde podem experimentar, por momentos, uma deliciosa sensação de existência. Em Paris, informa-nos a Folha, “o encontro dos filósofos Alain Badiou e Slavoj Zizek, em 16 de maio passado, foi um show de inteligência e bom humor”. É um equívoco. Dois ídolos da esquerda que se reúnem para afirmar que “o fracasso do socialismo real não invalida o comunismo” constituem, mais propriamente, um espetáculo de mendacidade e humor negro.

Desde logo, a escolha das palavras é um eufemismo cínico. Fracasso é brochar na noite de núpcias. Matar cem milhões de civis é uma exibição de força e de capacidade organizativa como jamais se viu no mundo.

O comunismo não fracassou: apenas mostrou a que veio. Marx, Engels e Lênin sempre afirmaram que o regime comunista se imporia pelo genocídio. Ninguém pode acusá-lo de ter falhado nisso.

Não satisfeitos com o truque idiota, Badiou e Zizek, ao proclamar que "é preciso reabilitar o comunismo", deixaram claro, para alívio geral, que não se referiam àquela coisa medonha que foi o estalinismo. Mas, esperem aí, quem matou cem milhões não foi o estalinismo, a variante russa do comunismo. O estalinismo matou vinte milhões. Os outros oitenta foram assassinados pelo comunismo em geral, principalmente na sua versão maoísta, à qual o próprio Badiou ainda exibe alguma fidelidade residual. Clamar contra “o estalinismo” é a fraude metonímica com que os saudosistas do maoísmo tentam se limpar da cumplicidade com horrores que ultrapassaram a imaginação do próprio Stalin.

Zizek, por seu lado, repele o nivelamento moral de nazismo e comunismo, afirmando que o primeiro matava coletivamente, ao passo que o segundo tentava ao menos formalizar alguma acusação, como nos famosos Processos de Moscou. A comparação revela aquela mistura de ignorância e má-fé sem a qual ninguém pode se tornar um respeitado intelectual de esquerda. Os acusados dos Processos de Moscou eram líderes eminentes do Partido, julgados por traição. Altos funcionários do governo alemão sob acusação similar eram também julgados por tribunais militares ou civis. A massa dos assassinados pelo comunismo não teve o privilégio de nenhum processo judicial. Foram condenados em bloco, por pertencer a grupos sociais indesejáveis, exatamente como os judeus na Alemanha. Nos dois casos, o processo individualizado, que nas democracias é o mais elementar dos direitos humanos, torna-se uma prerrogativa da nomenklatura, enquanto o zé-povinho vai para o matadouro em filas anônimas, sem saber de que é acusado. A simetria é perfeita, mas, para Zizek, invisível.

Na mesma semana em que a Folha se deleita ante essas exibições de deformidade mental, um grupo de quarenta intelectuais esquerdistas, os mesmos de sempre – autodenominados “os” intelectuais, para dar a entender que fora do seu círculo não há vida inteligente (como se lá dentro houvesse alguma) –, reuniu-se com o presidente da República e, extasiado, recebeu dele duas garantias reconfortantes:

1º. Contrariando o que dissera à agência Reuters (“nunca fui esquerdista”), Lula afirmou que sempre foi de esquerda e é ainda.

2º. Desmentindo a fantasia bushista de um Lula pró-americano, o nosso presidente está cada vez mais afinado e convergente com Hugo Chávez.

Os senhores podem imaginar a satisfação quase erótica com que essas informações foram recebidas por “os intelectuais”. Pena que Zizek e Badiou não estivessem lá.

De passagem, observo: O que caracteriza o sr. Lula não é que ele tenha duas caras -- é que elas permaneçam sempre higienicamente separadas, sem que ninguém, exceto eu, busque decifrar a unidade secreta por trás de um personagem que é homenageado simultaneamente em Davos pela sua conversão ao capitalismo e no Foro de São Paulo por sua fidelidade ao comunismo.

Votem no LULA, digo, no mais inepto

Do portal 20minutos.es

Cliquem aqui e coloquem o LULA no seu devido lugar... Passem para os amigos.


É proibido parar de mentir - Lula, Obama e a mídia brasileira

Do portal do OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 27 de junho de 2008

Seja em ciência política, seja no mero comentário jornalístico, a análise de um candidato a qualquer cargo eletivo, para ter o mínimo de confiabilidade, tem de abranger os seguintes aspectos e suas interrelações:

1. Sua imagem publicitária, o "personagem" criado pela sua campanha, o qual pode coincidir em mais ou em menos com a sua personalidade real.

2. Seu programa de governo ou plano de ação, considerado na sua pura lógica interna.

3. A comparação entre esse plano e a situação externa objetiva que ele promete alterar ou corrigir.

4. As correntes de pensamento atuais ou pretéritas que, de maneira mais próxima ou mais remota, se refletem nesse plano.

5. Os grupos políticos, econômicos e culturais que apóiam o candidato de maneira ostensiva ou discreta.

6. A posição real do candidato ante esses grupos, seja como seu líder efetivo, como seu parceiro permanente ou temporário ou como seu agente e serviçal.

7. As alternativas reais ou possíveis contra as quais sua candidatura se opõe de maneira explícita ou velada.

Só quando esses sete fatores estão esclarecidos você pode ter uma certeza razoável de que conhece o candidato e sabe a que ele veio. É essa a condição sine qua non do alardeado "voto consciente". E não é preciso dizer que essa condição depende, fundamentalmente, dos "formadores de opinião" – dos intelectuais públicos e da mídia.

Pois bem: em duas eleições sucessivas o brasileiro votou em Lula sem ter a menor idéia de que ele era o fundador e presidente da maior organização revolucionária que já existiu na América Latina. Faltaram por completo, na imagem pública do candidato, os itens 5, 6 e 7 da lista. Essas informações foram propositadamente, sistematicamente sonegadas ao eleitor pela propaganda partidária e por toda a "grande mídia", com a cumplicidade passiva da pretensa Justiça Eleitoral.

Essas duas eleições foram ilegais no mais estrito sentido da palavra. Não atenderam às condições mínimas de informação fidedigna que o público precisa para escolher uma marca de automóvel, uma geladeira ou um remédio para hemorróidas. Todos os proprietários de jornais, revistas e canais de TV sabiam disso perfeitamente. A Justiça Eleitoral sabia disso. As Forças Armadas sabiam disso. A cumplicidade geral deu ao crime ares de legitimidade, marcando a ruptura definitiva entre o debate público e a realidade da vida nacional e gerando a atmosfera de alienação e loucura da qual a corrupção e a violência, em doses jamais vistas no mundo, são apenas o sintoma mais visível e escandaloso.

Jamais, na história de qualquer nação, a elite falante, por amor e temor a um grupo político ambicioso e cínico, traiu e ludibriou tão completamente um povo.

Não é de estranhar que, decorridos alguns anos, o hábito da trapaça consciente e fria tenha se impregnado tão profundamente na moral dessa elite que até mesmo ao falar de outros países ela tenha de mentir compulsivamente – e mentir no preciso sentido que interessa ao grupo dominante. Só para dar um exemplo, a cobertura jornalística da candidatura Barack Obama na mídia brasileira limita-se estritamente a vender ao público a sua imagem publicitária -- item 1 da nossa lista --, sem chegar a tocar nem mesmo no seu programa de governo. Ela mente em favor de Obama ainda mais espetacularmente do que mentiu em favor de Lula. Nenhum jornal ou canal de TV brasileiro jamais informou que Obama é um apóstolo da "Media Reform" calculada para eliminar a liberdade de opinião no rádio, um defensor ardente da proibição total de armas de fogo pela população civil (na mesma linha que Hitler adotou na Alemanha), um partidário fervoroso do imediato desmantelamento das defesas americanas anti-míssil (portanto da rendição incondicional ante qualquer poder nuclear estrangeiro). Ninguém jamais informou que ele votou contra a proibição de matar bebês que sobrevivam ao aborto e que ele é um discípulo da "teologia da libertação" na sua versão mais radical e extremada. Ninguém informou que os grupos que o apóiam são círculos bilionários globalistas aos quais ele serve como agente para a destruição da soberania americana e a imediata implantação de um governo mundial pelos meios mais antidemocráticos que se pode imaginar. E ninguém informou que sua maior vantagem ante o concorrente republicano reside precisamente na superioridade dos seus fundos de campanha (400 milhões de dólares contra 85), o que já basta para mostrar que Obama não é de maneira alguma o candidato dos pobres e oprimidos.

Contra todas essas informações essenciais, a mídia brasileira martela e remartela a imagem publicitária baseada exclusivamente na cor da pele. Se Obama fosse candidato a presidente do Brasil, teria a maior votação da nossa história.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sobre a (I)moralidade de Karl Marx

Do portal do MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Ipojuca Pontes
24 de junho de 2008


Ao criticar Apelo aos Eslavos – escrito em que Bakunin (1814/65), a propósito da criação de uma federação eslava, invoca a fraternidade entre os povos e o respeito as fronteiras entre os Estados soberanos –, Karl Marx (1818/83) afirmou, em 1849, na Nova Gazeta Renana:

Image “Justiça, liberdade, igualdade, fraternidade, independência: nada mais encontramos no manifesto pan-eslavista além destas categorias mais ou menos morais que, é certo, soam bem, mas não têm nenhum sentido no domínio histórico e político. Os Estados Unidos e México são dois povos soberanos, duas repúblicas. Como é possível que entre duas repúblicas que, segundo a lei moral, deveriam estar unidas por elos fraternos e federais, tenha eclodido uma guerra por causa do Texas, e que a vontade soberana do povo americano tenha empurrado uma centena de milhas mais adiante as fronteiras naturais em razão das necessidades geográficas, comerciais e estratégicas? Bakunin censura os americanos por fazerem uma guerra de conquista que é um duro golpe na teoria fundada na justiça e na humanidade, mas que é conduzida no interesse da humanidade.
É uma infelicidade se a rica Califórnia foi arrancada dos mexicanos preguiçosos que não sabiam o que fazer dela? Se os enérgicos yankees, graças a exploração das minas de ouro daquela região, aumentam as vias de comunicação, concentram sobre a costa do Pacífico uma população densa e um comércio em expansão, abrem linhas marítimas, estabelecem uma via férrea de Nova York a São Francisco, abrem pela primeira vez o Pacífico à civilização e pela terceira vez na história dão uma nova orientação ao comércio mundial? A independência de alguns californianos pode sofrer com isso, a justiça e outros princípios morais podem ser feridos – mas isto conta, diante de tais realidades que são o domínio da história universal?”

Para Marx, claro, não contava, e a resposta a Bakunin expressa, com espantosa nitidez, a questão da ética e da moral na doutrina marxista. Não é necessário aqui nenhum esforço para reconhecer que Marx, em nome da real politik, justifica e admite, sem a menor cerimônia, a pilhagem, a exploração e o massacre de “povos preguiçosos” (os mestiços mexicanos) em nome de presumível “domínio histórico universal” empreendido pelos norte-americanos. O que é para o líder anarquista um ato imoral, para Marx não ultrapassa os limites de simples decorrência histórica, pois, segundo entende, os fins justificam os meios.

Analistas costumam ressaltar, repetindo o próprio Marx, que o “socialismo científico” não se ergue sobre uma exigência moral subjetiva, mas em torno de uma teoria objetiva da história – dialética e progressista –, que aceita a expansão colonialista como uma etapa historicamente necessária para a formação do sociedade socialista: a história se faz de contradição, o feudalismo é suplantado pelo capitalismo e o capitalismo, por sua vez, não é o fim da história. Assim, a exigência moral, ou de qualquer conjunto de regras de conduta, seria no capitalismo uma excrescência, embora seja perceptível uma postura moral inseparável à teoria marxista da história:
nela tudo é permitido desde que o seja em função da emancipação da classe operária.

Trata-se de um contra-senso, mas só a partir dele poderia aceitar-se o entendimento da moral como mera “ideologia” subordinada a “interesses particulares de classe”, cujas formas “não podem desaparecer a não ser com o desaparecimento total dos antagonismos de classe”, ou seja, com o advento do comunismo e da moral proletária, que se tornaria a moral definitiva da humanidade.

À margem o fato de
ampliar o abismo entre a conduta ética e o comportamento político – assunto polêmico e de crescente atualidade –, a instrumentalização da ética no contexto da teoria marxista nos leva ao incontornável questionamento dos meios utilizados para se chegar aos fins revolucionários (o poder) e, por extensão, à necessária pergunta: se os fins justificam os meios, quem justifica os fins quando os meios utilizados são maus?

Parte da resposta talvez venha a ser encontrada no exame da própria conduta de Marx, à luz de dados biográficos reais e longe da imagem mítica partidariamente cultivada, na maneira como se comportava com amigos e familiares e, em especial, nos métodos que empregava no confronto com adversários para impor a doutrina comunista e sua ética de resultados.

A primeira coisa a ressaltar em Marx diz respeito ao caráter impositivo.
Marx não pedia, mandava. Não se desculpava, justificava-se. Não dialogava, impunha ou aliciava. Um dos poucos homens com quem conviveu sem brigar, o poeta Heinrich Heine, escreveu que “Marx se julga um Deus Ateu autonomeado”. Quando, por qualquer razão, se impacientava com um circundante – como no caso em que humilhou publicamente o operário Weitling –, partia para explosão verbal. Um observador, Pavel Annenkov, traçou-lhe o perfil: “Falava sempre com palavras imperiosas, que não admitiam contradição, e que se tornavam ainda mais incisivas pela sensação quase dolorosa do tom que perpassava tudo o que dizia. O tom expressava a firme convicção de sua missão de dominar a mente dos homens e de lhes ditar suas leis. Diante de mim erguia-se a encarnação de um ditador democrático.

ImageBoa demonstração do seu caráter revela-se na polêmica que travou com
P. J. Proudhon (1809/65), o socialista francês que o acolheu no exílio, antes de Marx ser expulso de Paris, em 1844. Proudhon tinha se tornado o mestre do socialismo europeu com a publicação de O Que é a Propriedade?, ao ponto de Marx reverenciá-lo, em A Sagrada Família, como criador de “obra que revoluciona a economia política, tornando possível, pela primeira vez, uma verdadeira ciência da economia política”.

Mas Proudhon, desconfiando do caráter de Marx, impregnado de virulência, recusou o convite deste (feito por carta) para ingressar no Comitê Comunista de Correspondência, sediado em Bruxelas.
Ponderou, profético, Proudhon:

“Faço profissão pública de um antidogmatismo econômico absoluto. Se o sr. quiser, investiguemos juntos as leis da sociedade, o modo como essas leis se realizam, o processo segundo o qual chegaremos a descobri-la – mas, por Deus, depois de demolir todos os dogmatismos a priori, não pensemos em doutrinar o povo, não caiamos na contradição do v. compatriota Lutero, que, depois de haver derrubado a teologia católica, colocou-se logo, através de anátemas e excomunhões, a criar uma teologia protestante... Façamos uma boa e leal polêmica; demos ao mundo o exemplo de tolerância sábia e previdente,
mas não nos tornemos os chefes de uma nova intolerância, não nos coloquemos como apóstolos de uma nova religião, mesmo que essa religião seja da lógica, da razão... Com essa condição entrarei na v. associação – senão, não!

“Devo ainda fazer algumas observações à expressão “momento de ação” (revolucionária) de v. carta. Eu creio que não temos necessidade disso para vencer, e que, conseqüentemente, não devemos colocar a ação revolucionária como meio de reforma social,
porque esse meio seria simplesmente um apelo à força, ao arbítrio; em suma, uma contradição.”

A resposta de Marx veio em 1847, com Miséria da Filosofia, depois que Proudhon lançou Sistema das Contradições Econômicas, uma construção antitética que propõe o entendimento da propriedade –
a lado de ser uma apropriação indébita – como uma forma de liberdade. No opúsculo, Marx, irado com a recusa e os comentários de Proudhon, reduz a quem antes considerava “o mais notável socialista francês” à mera condição de “socialista utópico”, um “pequeno burguês oscilante entre o capital e o trabalho”.

Sabe-se hoje que o “socialismo científico” de Marx revelou-se tão utópico quanto o do “pequeno burguês” Proudhon, que, a rigor, jamais encarou o socialismo como uma ciência e repudiou sempre qualquer forma de ditadura, em especial a do proletariado. Depois de ler o arrazoado marxista, o francês resumiu-se a anotar num canto de página: “Um tecido de grosserias, calúnias, falsificações e plágios. Marx é a tênia do socialismo.

De fato, para anular os adversários
o pensador alemão tratava a moral comum aos pontapés. O exemplo dos métodos que empregava para neutralizá-los pode ser avaliado no seu desforço contra Bakunin, por quem, segundo o minucioso historiador inglês Robert Payne (Marx, Londres, 1968), nutria inveja acalentada pelo ódio. O anarquista russo (que, no dizer de Bernard Shaw, inspirou Wagner a compor o Siegfried), dono de personalidade incandescente e oratória libertária, desestabilizou, enquanto pôde, o controle que Marx detinha sobre o operariado europeu e, mais tarde, sobre a Associação Internacional de Trabalhadores. Em desacordo com a política ditatorial levada adiante por Marx, Bakunin articulou a formação de uma federação de associações de trabalhadores que logo ganhou adeptos na França, Itália, Espanha, Suíça e outros países europeus.

Sem condições de destruir o prestígio de Bakunin e temendo o seu poder de liderança, Marx, com o objetivo de desmoralizá-lo, publica na Nova Gazeta Renana informação de que o líder russo era um agente secreto da polícia czarista, dando como fonte suposta documentação em mãos da escritora Georg Sand. Ao tomar conhecimento da calunia, Sand, indignada, exigiu imediata retratação. Marx justificou-se afirmando que assim procedia “para defender o movimento socialista dos governos capitalistas”.

Mas não ficou por aí. Durante o congresso da Internacional em Haia, em 1872, ressabiado pela avassaladora atuação de Bakunin e suas idéias desestatizantes,
denuncia-o por atos irresponsáveis de fato cometidos pelo terrorista Netchaiev (uma carta de ameaça ao editor de O Capital), sem que Bakunin tivesse participação direta no episódio – o que determina sua exclusão da Internacional.

Reconhecendo, no entanto, a força de Bakunin e certo de que na Europa, cedo ou tarde, a Internacional cairia em mãos deste, Marx, então conhecido como o “Doutor do Terror Vermelho”, numa manobra maquiavélica transfere a sede do seu Conselho Geral para Nova York – o que, em termos práticos, significou o fim da Internacional.

Outro traço do caráter de Marx é o que aponta para a completa falta de escrúpulos quando se tratava de alterar dados e informações que, de algum modo, servissem a causa do “socialismo científico. No discurso inaugural da Internacional, em 1864, Marx, como registra o historiador Leslie Page (K. Marx and Critical Examination of his Works, Londres, 1987), para impressionar os trabalhadores adultera deliberadamente mensagem orçamentária de Gladstone (várias vezes primeiro ministro inglês), de 1863. Na oração, escreveu Gladstone sobre o crescimento da riqueza nacional: “Veria quase com apreensão e dor este inebriante crescimento da riqueza e poderio se acreditasse que está circunscrito a classe conservadora. A condição média do trabalhador inglês, é uma felicidade sabê-lo, melhorou nos últimos 20 anos, a um grau que sabemos extraordinário e que podemos qualificar como sem paralelo na história de qualquer país e de qualquer época.” Marx, mutilando e invertendo tudo, fez Gladstone dizer: “Este crescimento inebriante de riqueza e poderio está totalmente circunscrito a classe dos proprietários.

Na manipulação de dados estatísticos contidos nos Livros Azuis de Biblioteca do British Museum, publicados pelo governo e fonte para a elaboração dos capítulos XIII e XV de "O Capital", a conduta do pai do “socialismo científico” chega a ser, segundo analistas da Universidade de Cambridge (apud Paul Johnson, em Intellectuals, W&N, 1988) de “assombrosa temeridade”, concluindo que “há um desapreço quase criminoso no uso das fontes”, o que coloca “qualquer parte da obra de Marx sob suspeita”. Para comprovar SUA verdade, Marx, QUE DURANTE TODA SUA VIDA JAMAIS ENTROU DENTRO DE UMA FÁBRICA, usa material sabidamente desatualizado e elege como exemplo indústrias pré-capitalistas, com mais de 40 anos de atraso, que não tinham condições para incorporar novas maquinarias.

No capítulo de apropriação intelectual Marx ultrapassa os limites da pura desonestidade. Para compor seus escritos eivados de metáforas apocalípticas, toma como seu aquilo que foi criado por outros, sem apontar autoria. De Marat, se apropria da frase “o proletariado não tem nada a perder, exceto os grilhões”. De Heine, “a religião é ópio do povo”; e, de Louis Blanc, via Enfantin, sacou a formula “de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades”. De Shapper, tirou a convocação “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos”, e, de Blanqui, a expressão “ditadura do proletariado”. Até mesmo sua obra mais bem acabada e de efeito vertiginoso, O Manifesto Comunista (1848, em parceria com Engels), tem-se, entre os anarquistas, como plágio vergonhoso do Manifesto da Democracia, de Victor Considérant, escrito cinco anos antes.

ImageMarx considerava que as leis morais não haviam sido criadas para ele – é o que indica o seu modo de agir em vida. Para além das idéias, os métodos por ele empregados influenciaram de modo catalisador a prática comunista, no século 20: sem eles, dificilmente Lênin, Trotski, Stalin, Mao, Fidel, Pol Pot e congêneres encontrariam respaldo moral para justificar seus crimes contra a humanidade. Depois da derrocada da União Soviética, levantada a cortina do terror, viu-se que mais de 100 milhões de pessoas tinham sido destroçadas em nome de uma absurda “moral proletária”, que, estranhamente, parece ainda pontificar como se nada tivesse ocorrido (C.T. - leia aqui).

O fim da existência de Marx foi patético. Morreu praticamente só, aos 65 anos, depois de percorrer estações balneárias para mitigar o sofrimento físico, lastimando-se de dores generalizadas na laringe, brônquios, tumores, insônia e suores noturnos. Ao médico que dele cuidava, deixou bilhete, no qual dizia “só encontrar certo alívio numa terrível dor de cabeça – pois a dor física é a único ‘estupefaciente’ da dor psíquica”.

Sua família foi a grande vítima. Dos seis filhos que teve com a mulher, Jenny, uma aristocrata, três morreram na primeira infância, em decorrência do estado de penúria a que foram submetidos, e os outros – as filhas Jenny, Laura e Leonor – terminaram a vida cometendo suicídio. O único sobrevivente, Freddy, filho de Marx com a empregada, Helene, nunca reconhecido pelo pai, foi adotado por Engels para “salvar as aparências”. Jenny, a mulher, prematuramente envelhecida pelo sofrimento, morreu aparentemente sem perdoar o marido por ter engravidado a empregada.

Com os pais, Marx não se comportou de modo menos egoísta. Por ocasião da morte do pai, Heinrich, vítima de câncer no fígado, não compareceu ao enterro porque, segundo ele próprio, “não tinha tempo a perder”. Por conta disso, a mãe, Henriette, saturada de pagar suas dívidas, com ele cortou relações, não antes de adverti-lo: “Você devia juntar algum capital em vez de só escrever sobre ele.”

Mas foi ao cometer grosseria com a amigo e provedor de todas as horas, Engels (1820/95), que Marx concedeu a chave para explicação de sua moralidade. Após a morte da companheira amada Mary Burns, Engels escreve ao amigo dizendo-se arrasado pelo fato (Karl Marx, Francis Wheen, Record, 2001). Marx, por carta, responde que a notícia o surpreendeu, mas logo passa a tecer considerações sobre as próprias necessidades pessoais. Engels, magoado com a frieza do outro, suspende dádivas e correspondência. O que leva Marx, apressado, não propriamente a pedir desculpas pela conduta mesquinha, mas a admitir, com franqueza brutal, que “em geral, nessas situações, meu único recurso é o cinismo”.

Ipojuca Pontes é escritor e cineasta

Publicado pelo Jornal da Tarde (São Paulo), Sábado, 20 de outubro de 2001


O MST perdeu uma bandeira



Por Denis Rosenfield

É da maior importância a Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público gaúcho contra o MST, numa defesa intransigente do direito de propriedade, da democracia representativa e do Estado de Direito. Nenhum MP, estadual ou federal, adotou uma atitude semelhante. Em todo caso, trata-se de uma novidade que, fazendo jurisprudência, pode fazer com que o País fortaleça as suas instituições, faça valer as suas leis e produza uma maior segurança jurídica, condição para a paz pública.

A ação do Ministério Público foi imediatamente acolhida pelo juiz de Carazinho, RS, que, em caráter liminar, deferiu o pedido. Este reside, primeiramente, na desocupação dos acampamentos limítrofes à Fazenda Coqueiros, mais de uma dezena de vezes invadida, objeto de mais de uma centena de ações criminosas e considerada produtiva pelo Incra e pela Ouvidoria Agrária Nacional .

Esses acampamentos, cedidos ao MST ou arrendados, constituíam verdadeiras bases operacionais de suas ações, fustigando a fazenda com o intuito de inviabilizá-la economicamente.

A Ação Civil Pública considera esses acampamentos bases operacionais para ações criminosas, não tendo nada a ver com a reforma agrária. Uma vez deferida a liminar, a Brigada Militar cumpriu a ordem judicial, chegando aos acampamentos de madrugada, pegando o MST desprevenido. Suas lideranças lá não estavam e os seus ocupantes não ofereceram nenhuma resistência. A desocupação foi pacífica, com a Brigada Militar desmontando completamente os acampamentos. A governadora Yeda Crusius tomou a decisão de cumprir imediatamente a ordem judicial. Houve, portanto, uma sintonia republicana entre o MP, o Judiciário e o Executivo, com a Brigada Militar assumindo plenamente as suas funções.

O MST acusou recepção. Em seu site chegou, em dois dias, a publicar cinco matérias sobre o caso quando, normalmente, publica de quatro a cinco informações e análises por dia. Em todo caso, pareceu completamente desnorteado, denunciando um suposto clima de luta anticomunista prévio a 1964. Pôs em causa a Veja , o Estadão e o MP gaúcho. Em nenhum momento contestou as informações e as análises, procurando, todo o tempo, simplesmente desqualificá-las. O problema é que os fatos citados e analisados são muito sólidos e os emessistas não querem entrar no mérito deles, pois, assim, os convalidariam. Utilizaram a tática esquerdista, muito usada, de desqualificar ou denegrir os que embasam a análise. O documento do MP parte de uma compreensão correta da natureza do MST, apoiado em sólida documentação e provas.

Documentos são utilizados, livros analisados, jornais e revistas pesquisados. Depoimentos de policiais militares, invadidos e invasores são colhidos. O resultado consiste em mostrar a natureza revolucionária, leninista, do MST, que age entre a legalidade e a ilegalidade, seguindo uma tática elaborada por Lênin, em seu livro O que fazer?. Joga com a democracia como um instrumento empregado para subvertê-la, não tendo nenhum valor em si mesmo. Age na ilegalidade cometendo os mais diferentes tipos de crime: esbulho possessório, formação de quadrilha, uso de armas, seqüestros, etc., mostrando o seu pouco apreço pelas leis e pelo direito de propriedade. Age na legalidade apresentando-se como um movimento social que possui escolas e conta, mesmo, com financiamento público. Usa o espaço público democrático com o intuito de repetir as experiências socialistas autoritárias e/ou totalitárias. A relativização da propriedade privada é uma condição, para eles, de instauração de sua própria dominação socialista.

No passado, a fonte principal de financiamento do MST era constituída por doações internacionais, em particular a Igreja Católica, mediante a organização internacional Caritas. Hoje, ela foi substituída por recursos provenientes do próprio Estado brasileiro, isto é, do bolso dos contribuintes.

Eles são de dois tipos: diretas e indiretas. As diretas provêm dos seguintes ministérios e órgãos estatais:

a) Ministério do Desenvolvimento Agrário e Incra, mediante recursos dados à formação de militantes e auxílios como lonas e tendas usadas nas invasões;

b) Ministério do Desenvolvimento Social, com os recursos destinados aos assentados e acampados mediante o Bolsa-Família e a Cesta Básica ;

c) Ministério da Educação, através do financiamento das "escolas" emessistas e seus cursos de "formação" de professores
.

As indiretas - pelos mesmos ministérios - são mediadas por organizações-laranjas. Destacam-se entre elas, conforme já apurado pelo CPMI da Terra, a Anca, o Iterra e a Concrab. Essas organizações se cruzam com o MST tanto nos endereços, nos sites, em dirigentes, em destinação de recursos e em contas bancárias. Esses acordos e convênios, plenos de irregularidades, conforme já contestado pelo Tribunal de Contas da União, exibem desvios de recursos públicos para financiar atentados ao Estado de Direito e à democracia representativa.

A Ação Civil Pública procura a responsabilização jurídica do MST, não se resignando a uma suposta não-personalidade jurídica, que ampararia seus crimes e seus propósitos revolucionários. Para isto, lança mão do conceito de personalidade judiciária. A personalidade judiciária é um conceito que dá conta de uma "comunidade de fato", que se traduz por lideranças reconhecidas, interlocução com órgãos estatais, presença na mídia e endereço conhecido. Não se pode tampouco desconhecer que essa organização política não adotou personalidade jurídica para fugir dos rigores da lei, com o intuito de agir impunemente, afrontando sistematicamente o Estado de Direito.

Comunidades de fato e, nesta perspectiva, pessoas "formais" podem ser litigadas em juízo. Logo, o MST pode configurar o pólo passivo da ação impetrada pelo Ministério Público. Abre-se, portanto, a possibilidade de que o próprio MST possa ser, no futuro, considerado "ilegal", o que lhe retiraria legitimidade política e cortaria suas fontes de financiamento.

Denis Lerrer Rosenfield é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Jornal do Comércio

Correção - Cavaleiro do Templo ganha seu terceiro prêmio internacional


Prêmios são uma delícia (sem frescura)!!! Desta vez, TRÊS (e não dois como eu havia publicado anteriormente) blogs indicaram-me para receber mais este, o blog do Gaúcho e da Gabriela, o MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO, o do Paschoal, O COPISTA e o do Carl, o Blog do Clausewitz.

A briga está ficando boa, do jeito que eu gosto.

Agradeço a confiança destes amigos em armas e dos internautas que prestigiam o Cavaleiro do Templo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O dia em que os pobres enriqueceram

Do portal do ESTADÃO
por Alexandre Barros

Política é fascinante, não pelo que se sabe que vai acontecer, mas, sobretudo, pelo que não se consegue antecipar.

Durante anos o discurso dos políticos era o de que eles iam melhorar a vida dos pobres. Inúmeras políticas foram feitas em nome disso. Algumas úteis. A maioria, desperdício, porque o dinheiro não chegou aos pobres - comida que foi, no meio do caminho, por políticos desonestos e burocratas honestos, encarregados de distribuir o dinheiro. Em troca de um bom salário, é claro.

O caso é que, pelo menos desde a década de 1950, ocorreram coisas aparentemente desordenadas: uma indústria nacional montada a elevadíssimo custo, uma ampliação da educação (mesmo que sem muito controle de qualidade, o que ficou claro era que melhor era que as pessoas tivessem alguma educação do que nenhuma); a decadência do ensino público e o crescimento da oferta do ensino privado, controlado pelo mercado; a montagem de uma infra-estrutura feita, basicamente, pelos governos militares, por razões militares; a montagem de uma rede de telecomunicações nacional, a instalação de uma indústria aeronáutica e a abertura comercial iniciada em 1991.

A lista é maior, mas vou ficar por aqui. O curioso dessa lista e do que não coloquei nela, por falta de espaço, é que ela não foi obra dos políticos, como um todo. Foi obra de alguns personagens, individuais ou coletivos, que tomaram decisões para satisfazer as suas necessidades específicas.

Juscelino queria reeleger-se. Os militares queriam um Brasil poderoso. Collor queria mais liberdade de consumo. E o PSDB queria reformar o País. Cada um fez um pouco do que queria, por razões privadas, e poucos efeitos dramáticos eram vistos como resultado de cada uma dessas políticas. Só que, independentemente do desejo de cada um dos atores que protagonizaram ou implementaram essas decisões, seus efeitos se foram acumulando, mas, ainda assim, eram pouco visíveis.

O fusível que detonou os efeitos cumulativos de todas essas políticas e tornou a mudança visível foi a continuada política antiinflacionária e o aparente milagre da queda dos juros. De repente, os efeitos sobre os quais muito pouca gente refletia se acumularam e desaguaram como se se rompesse uma barragem: com dinheiro que pouco se desvaloriza e crédito farto, os pobres entraram no mercado de consumo para valer.

Aí apareceram vários nós, especialmente nas áreas controladas pelo Estado e pelo governo, que não mudaram quase nada nesse período. Os setores que menos nós tiveram foram os privatizados mais cedo: telefonia, mineração, indústria aeronáutica, indústria automobilística e rodovias (só as privatizadas). Os nós foram maiores e mais embaraçados nos setores em que o Estado não só permaneceu, como pouco ou nada fez: saúde, educação pública, transportes urbanos, rodovias não-privatizadas, transporte aéreo e infra-estrutura.

Povo consome e pessoas se esquecem de olhar que o milagre da multiplicação dos pães só pôde ocorrer quando entrou nisso tudo um ingrediente essencial: dinheiro estável e barato.

Penamos ainda durante o governo passado e no primeiro mandato do atual presidente, até que o milagre apareceu.

Os aeroportos e as companhias de aviação não davam mais conta de tanta gente querendo voar. As ruas pararam de dar conta de tantos carros novos (e usados), cujos donos queriam ir para o trabalho ou passear. Os sistemas de transporte de massa não davam mais conta das pessoas que precisavam chegar ao trabalho, porque agora tinham emprego.

Em resumo, tudo o que ficou por conta do capitalismo se resolveu - ou porque o capitalismo era dinâmico, ou porque algum político ou burocrata se distraiu e deixou o capitalismo funcionar.

Enquanto isso, socialistas e estatistas continuavam a tentar vender aos pobres a idéia que eles tinham de ter muita consciência crítica e aspirar ao paraíso socialista (que, claramente, não incluía consumir os malditos bens capitalistas), composto de péssimos serviços de saúde, educação e segurança, mal prestados ou não prestados.

O mais curioso é que o atual governo, não se sabe bem por que (eu, pelo menos, não sei), mas talvez por distração ou coincidência, acreditou que uma política monetária austera iria melhorar a situação. E melhorou: agora o presidente chama a atual inflação de inflação boa, porque os pobres estão comendo melhor.

Não vou discutir os discursos de Sua Excelência, mas o mais curioso é que ele e seus bem remunerados burocratas, mais os 513 senhores e senhoras que se reúnem na Câmara dos Deputados e os 81 no Senado, insistem em dar ao povo mais do mesmo: o que não deu certo.

Criam mais algumas dezenas de universidades públicas condenadas ao mau ensino e à ineficiência. Tentam passar uma lei para financiar uma saúde mal produzida pelo Estado e provêem uma segurança em que todos confiam mais no guardas privados do que nas polícias estatais. E o presidente do STF, quando vai ao Rio de Janeiro, tem um carro blindado, confortavelmente alugado com o nosso dinheiro. Melhor que ele não sinta os efeitos do milagre.

Bem-vindos ao Brasil novo, em que os pobres ficaram ricos e o governo não aprendeu que tudo o que deu certo foi resultado do capitalismo. Mas, ainda assim, não acredita no que vê e ainda acha que o estatismo vai dar certo.

Tinha razão Milton Friedman quando disse que, como o governo não produz nada, apenas repassa o dinheiro que tira de quem paga imposto, não importam nem o preço pago nem a qualidade do serviço, porque, afinal de contas, ele gasta o dinheiro dos outros, supostamente em benefício dos outros.

Bem-vindos ao país em que os pobres enricaram. Preparem-se: eles gostaram. Daqui para a frente quererão mais.

Alexandre Barros é pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do Centro Universitário (Unieuro), de Brasília E-mail: alex@eaw.com.br

Piada satânica

Do portal do OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 12 de junho de 2008

Outro dia um amigo meu me perguntou se eu não havia reparado que, no intervalo de uma geração, condutas descritas pela psiquiatria como neuróticas e até psicóticas passaram a ser aceitas como normais. Não apenas como normais – respondi –, mas como normativas, louváveis e obrigatórias. Os passos seguintes são: (a) marginalizar e criminalizar toda reação de repulsa; (b) tornar a repulsa psicologicamente impossível, expelindo-a do repertório das condutas admitidas na sociedade.

Só a paranóia indisfarçável permite, por exemplo, que, num país onde ocorrem 50 mil homicídios por ano, os assassinatos de 120 homossexuais, espalhados ao longo de um ano num território de oito milhões e meio de quilômetros quadrados, sejam descritos como uma onda genocida homofóbica. No entanto, basta alguém apelar à comparação estatística e instantaneamente ele mesmo, entre gritos de revolta e lágrimas de indignação da platéia, é acusado de homofóbico e apóstolo do genocídio. A hipótese de confrontar o número de gays assassinados com o de gays assassinos, indispensável cientificamente para distinguir entre um grupo ameaçado, um grupo ameaçador e um grupo que não é nem uma coisa nem a outra, acabou por se tornar tão ofensiva que a mera tentação de sugeri-la já basta para você ser processado por homofobia, antes mesmo de haver lei que a proíba.

Mutatis mutandis, o sr. Luiz Mott alega como prova do ódio generalizado anti-gay uns noventa e poucos casos de agressões a homossexuais ocorridos num prazo de quatro meses em São Paulo, mas quem ousará cotejar esse número com a quantidade de agressões cometidas pelos próprios militantes gayzistas num só dia da Parada Gay na mesma cidade? Raciocinando pelo critério estatístico do sr. Mott, diríamos que os gays são um perigo público. A conclusão é absurda, mas decerto menos absurda do que proclamar que eles estão em perigo.

Proibido o senso das proporções, o fingimento histérico e o hiperbolismo paranóico em favor de grupos de interesse tornam-se deveres cívicos indeclináveis. A loucura tornou-se obrigatória, e quem quer que recuse ser contaminado por ela é um criminoso, um réprobo, um doente mental incapacitado para a vida em sociedade.

O sr. presidente da República acaba de dar foros de exigência estatal a essa estupidez psicótica, ao declarar que toda e qualquer oposição ao homossexualismo é “a doença mais perversa que já entrou numa cabeça humana” (C.T. - e olhem que se este presidente falasse alguma verdade sobre qualquer assunto que fosse, ele estaria aí falando de si mesmo. Vejam isto).

S. Excia reforça suas palavras insistindo em aparecer em cerimônias oficiais ao lado do sr. Luiz Mott, aquele mesmo que discursa sobre arte pornô abraçado à estátua de um bebê pelado do sexo masculino, transmitindo de maneira nada sutil a idéia de que bebês são ou devem tornar-se objetos de desejo sexual como quaisquer outros (se não acreditam, confiram em http://www.youtube.com/watch?v=FlmfZdyk2YA). A propaganda da pedofilia é aí mais do que evidente, mas, ao condecorar o sr. Mott por “mérito cultural” (como se ele próprio tivesse mérito ou cultura), o sr. Lula joga todo o peso da sua autoridade presidencial no blefe cínico que nos força a negar o que vemos e a crer, em vez disso, na encenação oficial de altas intenções humanitárias e culturais. Não há prepotência maior do que exigir que um ser humano sacrifique sua consciência, sua inteligência a até sua capacidade de percepção sensível no altar do absurdo. “Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?”, perguntava Groucho Marx. Quando a piada se transfigura em realidade, o humorismo se transmuta em palhaçada satânica.

Totalmente insensível ao grotesco da sua performance, o louco sobe à cátedra e dá lições de psiquiatria, catalogando como doentes os que achem que há algo de errado em erotizar a imagem de um bebê, e ainda propondo, como terapêutica, a prisão de todos eles.

E há quem acredite que é possível discutir racionalmente, polidamente, com pessoas como os srs. Lula e Mott...

Hora do MST

Do blog MOVCC

Opinião – O Globo

Uma das inúmeras virtudes da democracia é permitir a observação
de como os diversos agentes políticos se movimentam na sociedade. Não há projeto de poder dissimulado, plano oculto, que resista à exposição existente nas livres disputas democráticas. Mais cedo ou mais tarde cai a máscara da organização política que pretenda enganar a opinião pública.

Um caso exemplar é o MST, surgido no Sul do país de uma aliança entre a Teologia da Libertação, fração da Igreja, e segmentos da esquerda radical. Um produto, enfim, dos laboratórios de ideologias das décadas de 60 e 70, quando se tentou misturar Marx e Cristo.

O MST alçou a antiga bandeira da reforma agrária, simpática a boa parte da população, até ficar evidente que o verdadeiro projeto do movimento é antidemocrático, autoritário. Só pela força o projeto de país dos sem-terra seria executado. O próprio avanço da agricultura moderna, no qual "latifúndio improdutivo" é termo que caiu em desuso, ajudou a desmontar o ardil dessa organização política, que se apresentava como defensora de agricultores oprimidos pelo "grande capital".

O vandalismo, tendo como alvo grandes e modernas empresas, o recrutamento de lumpens, na ausência dos "agricultores oprimidos" - já absorvidos pela grande empresa agrícola ou levados pelas migrações a médias e grandes cidades -, para operações de cunho terrorista, revelaram por inteiro o que são o MST e satélites (Movimento dos Atingidos por Barragens e Via Campesina, esta uma organização multinacional).

Pesquisa realizada pelo Ibope nas regiões metropolitanas, sob encomenda da Vale - uma das vítimas da organização - , demonstra a perda de sustentação política do MST na população urbana: 45% associam a sigla à violência; 60% acham que o movimento e aliados se aproximam da criminalidade, e 69% consideram que esses grupos mais manipulam e geram conflitos do que organizam e conscientizam. A prova da mudança de rumo do MST está na redução no número de ocupações e acampamentos, substituídos cada vez mais por ataques ao agronegócio (destruição de laboratórios agrícolas) e empresas internacionalizadas (obstrução de ferrovias da Vale).

Já passou da hora de o poder público defender o estado de direito democrático do avanço do MST. Nesse sentido, merece apoio a decisão do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul de promover uma ação pública contra o movimento. Não era sem tempo.


CAMPANHA - “JULGAR O CHÁVEZ”

Do blog MOVCC


Mais de 30 associações estão apoiando a campanha “Julgar o Chávez”, onde várias organizações encaminharam a petição à Corte Penal Internacional de Haya para que se investigue o presidente por sua ligação com as FARC.

William Cárdenas - advogado da Plataforma de Venezuelanos em Madrid, uma das organizações demandantes, considera que há indícios suficientes para estudar o caso, sobretudo, depois das informações obtidas do PC de Raúl Reys. - "As FARC cometeram crimes de lesa humanidade, como seqüestros e assassinatos. Acreditamos que é um feito gravíssimo, como sugerem os computadores de 'Reyes', que Chávez tenha patrocinado e financiado a guerrilha", sustenta Cárdenas.

Em uma carta dirigida ao fiscal da CPI Luis Moreno Ocampo em 14 de março passado, eles asseguram que existem "provas sobre a possível atuação do presidente Hugo Chávez em apoio ao grupo guerrilheiro, expressado no suporte econômico, logístico, estratégico e armamentista".

Se a Corte autorizasse a abertura de uma investigação para posteriormente julgar o mandatário venezuelano, seria a primeira vez que essa instância judicial trataria de um caso relacionado a um chefe de estado em atividade. De momento, não tem data prevista para que a CPI tome uma decisão,"é um processo complexo e longo, porém temos confiança", disse Cárdenas.

Para sensibilizar a comunidade internacional no caso, a Plataforma de Venezuelanos em Madrid iniciou a campanha "Julgar a Chávez", que iniciou há uma semana em Miami.

"Agora queremos organizar um grande evento em associações de toda Europa em Madrid, mas de momento já contamos com o apoio de 30 organizações", comentou. Entre elas, a Associação de Mães e Mulheres Venezuelanas no exílio (Amavex), a Resistência Civil de Venezuelanos no exterior (Recivex), entre outras.

A Plataforma a qual representa Cárdenas nasceu em 2002 e está formada por um grupo de cidadãos venezuelanos que residem na Espanha. Esta organização já denunciou Chávez em varias ocasiões ante o tribunal de Haya, sem êxito até a data, por "violação dos direitos humanos". Material da AOL/Latina – tradução de Arthur (MOVCC)

O "presidente" do Brasil é um louco de pedra!

Do blog BOOTLEAD

Um relatório preparado por alguns peritos psiquiátricos, que por meio de vídeos, gravações e em exposições públicas (avaliações in-loco), considerando as infalíveis e desconexas oratórias do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticaram que o atual “chefe da nação” e "comandante-supemo" das FFAA, se submetido a uma Junta Pericial Psiquiátrica, deveria sofrer interdição imediata por absoluta incapacidade civil (restrição legal ou judicial ao exercício da vida civil por incapacidade de avaliar plenamente a realidade e de distinguir o lícito do ilícito), além de apresentar claros sinais de uma personalidade psicopática, apresentando sintomas de “Narcisismo Maligno” (incapacidade em estabelecer relações que não sejam exploradoras, incapacidade de identificar valores morais, incapacidade de compromisso com os outros e inexistência de sentimentos de culpa, como também apresenta uma permanente disposição para atos hostis e agressivos com seus discordantes), tal psicopatia desdobra-se em utilizar o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência e através deste encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada, além de utilizar a mentira como uma ferramenta de trabalho.

Normalmente está tão treinado (neste caso o treinamento durou mais de duas décadas) e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada, ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, etc.

Sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, a seu personagem do momento, de acordo com a circunstância, seus interlocutores ou do público ao qual esteja se dirigindo.

Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

Enfim, como todos os psicopatas ele é portador de uma grande insensibilidade moral, faltando-lhe totalmente juízo e princípios de decência, do mesmo modo que é totalmente desprovido de qualquer noção de ética.

ESTE PSICOPATA NOS CONDUZIRÁ A UM FINAL FUNESTO, QUEM VIVER VERÁ!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".