Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.
sábado, 15 de outubro de 2011
E agora, CONS?
Conheça a farsa que pretendia envolver Olavo de Carvalho, Graça Salgueiro, Paes de Lira, Marcus Boeira e muitos outros professores conservadores e internautas desavisados na maior mentira com o nome conservadorismo no meio dos últimos tempos.
E agora, Cons?
E agora, Cons?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Truque sujo, parte 2
MÍDIA SEM MÁSCARA
ESCRITO POR OLAVO DE CARVALHO | 13 OUTUBRO 2011
MEDIA WATCH - OUTROS
MEDIA WATCH - OUTROS
Que mais se poderia esperar de falsários que convertem uma briga de gangues no assassinato brutal de um indefeso estudante?
Atribuir a ação de uma frase ao sujeito de outra não foi o único truque usado pelos jornalistas Nara Alves e Ricardo Galhardo, do IG, na matéria "Extrema direita universitária se alia a skinheads"(26/09). A isso os IGnobeis acrescentaram mais três expedientes: embelezar a vítima para realçar a feiúra do crime, ampliar desmesuradamente o sentido de uma frase minha para fazer o óbvio parecer uma absurdidade ofensiva, e tomar o imaginário como fato consumado para dar a uma invencionice caluniosa e pueril os ares de coisa certa e provada.
Vamos por partes.
A vítima de que fala a matéria, assassinada a pancadas e facadas, era um membro da Devastação Punk, uma das gangues mais violentas de São Paulo. Era um rematado brigão, que andava armado de soco inglês e estava sendo investigado pela polícia por um homicídio. Morreu no curso de uma pancadaria na qual estiveram envolvidas duas centenas de pessoas, e até agora não se sabe precisamente quem o matou.
O IG limpa a ficha da criatura, apresentando-a apenas como "um estudante". Um inocente estudante assassinado por skinheads é bem diferente de um membro de gangue que se dá mal numa briga de rua. No meio da matéria, vê-se que o cidadão era de fato um punk. Mas a violência punk também aparece embelezada, desculpada como "reação aos grupos de intolerância" – como se punks não tivessem sua própria cultura da violência.
Eis alguns exemplos de como esses idealistas combatem a intolerância:
22 de junho: Punks esfaquearam e mataram o garçom John Clayton Moreira Batista, nos Jardins, por ele não ter lhes emprestado um isqueiro. Quatro adultos e quatro adolescentes – que fariam parte do grupo Devastação Punk – foram detidos pela polícia.
21 de outubro: o menor G. C., 17 anos, foi espancado por um grupo de 25 punks, que saíam de uma casa noturna no Bom Retiro. Nove foram detidos.
14 de outubro: O balconista Jaílton de Souza Pacheco foi esfaqueado e morto, no centro, por três jovens que se identificaram como punks. Motivo: ele se recusou a fazer desconto na venda de um pedaço de pizza. E assim por diante. Confiram na edição 2032 da Veja .
Para Alves e Galhardo, esses e outros feitos foram cometidos na pura intenção de defender as instituições democráticas contra tiranos fascistas skinheads que não emprestam isqueiros e recusam descontos em pizzas.
Falsificadas a cena e a história do crime, o IG está preparado para acentuar os traços monstruosos do "instrutor teórico" que teria inspirado o delito. Olavo de Carvalho, segundo Alves e Galhardo, é um malvado que "prega a pena de morte para comunistas". Que é que se entende por essa expressão? Olavo de Carvalho deseja que os comunistas sejam condenados à pena de morte por serem comunistas, isto é, por delito de opinião. Imaginem as dimensões do banho de sangue se essa ideia fosse levada à prática.
Teria eu pregado semelhante descalabro? Como não me considero imune a momentos de estupidez, e como no improviso de um programa de rádio é possível soltar alguma asneira grossa, fui ouvir a gravação do programa, pronto a retificar quaisquer palavras injustas se as tivesse proferido.
Pois bem. O que eu disse naquele programa é que os líderes políticos e intelectuais do movimento comunista deveriam ser submetidos a julgamento por crimes contra a humanidade, tal como se fizera em Nuremberg com os próceres nazistas e tal como a pequena e brava nação cambojana está fazendo com os chefes do Khmer Vermelho.
Teria o tribunal de Nuremberg julgado e condenado "nazistas", genericamente? Isso teria levado à forca metade da Alemanha. Estaria o Camboja buscando a punição de "comunistas", assim sem mais, por crime de ideologia? É óbvio que não.
O que sugeri é que os líderes de governos admitidamente genocidas deveriam ser submetidos a julgamento e punidos, junto com os mais notórios, obstinados e impenitentes propagandistas e embelezadores mundiais de uma máquina de matar que havia liquidado cinco vezes mais gente do que a ditadura nazista.
Por mais que se odeie a proposta – e ela não foi feita para afagar o ego de ninguém –, ela é bem diferente de "pregar a pena de morte para comunistas". A imprecisão proposital opera prodígios. A troca do específico pelo genérico, pelas mãos de Alves e Galhardo, deu a uma óbvia e irrecusável exigência de justiça os ares de uma apologia do terror e do genocídio.
Que mais se poderia esperar de falsários que convertem uma briga de gangues no assassinato brutal de um indefeso estudante?
Vamos agora às duas organizações estudantis, cuja declaração de que recebem "instrução teórica" supostamente inspirada em mim foi transferida da boca deles para a dos skinheads. Desde logo, não conhecia nenhuma das duas e só fiquei sabendo delas pelo IG. Mas não preciso conhecê-las para saber que não se compõem de alunos meus, já que estes são formalmente proibidos, enquanto forem alunos, de associar-se a qualquer organização militante (quatro mil membros do Seminário de Filosofia podem confirmar o que dezenas de gravações de aula comprovam).
Se a Resistência Nacionalista e a UCC não recebem "instrução teórica" nem de mim pessoalmente, nem de meus alunos, nem de qualquer pessoa autorizada por mim, não têm direito de falar em meu nome ou de posar como praticantes de ideias minhas. Muito menos de apresentá-las com essa identidade sem nem ter-me consultado, revelando a mentalidade traiçoeira com que escreveram a matéria no propósito de me comprometer em atividades políticas que desaprovo totalmente.
Mas, por estranha e errada que me pareça a política dessas duas organizações, ela não constitui crime, nem o IG as acusa disso. Elas só entraram na matéria porque são "de direita" e, como alguns skinheads também o são, ou diz-se que são, isso facilitava a Alves e Galhardo construir, por meio de uma dupla ponte de associações de ideias, um arremedo de ligação entre o movimento skinhead e eu.
A técnica da associação remota já é notória pela tortuosidade com que imagina influências materialmente impossíveis, tratando-as como se fossem elos causais verdadeiros, criminalmente imputáveis. Quem quer que a empregue deveria ser expelido da profissão jornalística por total e absoluta falta de idoneidade.
Quando a deputada democrata Danielle Giffords foi baleada junto com outras cinco pessoas, esquerdistas assanhados se apressaram em lançar a responsabilidade mental do crime sobre a governadora Sarah Palin, por ter utilizado, num cartaz de propaganda, a palavra "alvo" com referência ao 8º. Distrito do Arizona, onde viria a se dar o sangrento episódio.
A técnica junguiana da associação de palavras, que em psiquiatria e psicologia clínica se usa para rastrear as fantasias subjetivas de doentes mentais, passa a servir aí como prova de ligações causais objetivas entre fatos do mundo real. Alvo? Tiro. Tiro? Atentado. Atentado? Danielle Giffords. Logo, Sarah Palin atirou em Danielle Giffords. É a fantasia psicótica transmutada em lógica jurídica.
Mas o site do IG não se contenta com lançar mão desse raciocínio perverso. Acrescenta-lhe um requinte que não teria ocorrido a nenhum acusador de Sarah Palin: ligar o crime à minha pessoa não por meio de uma cadeia de associações, mas sim de duas, encadeadas e superpostas, para levar da causa hipotética remota à causa imaginária remotíssima – um truque sujo que, se usado com frequência bastante, não deixará impune nenhum inocente.
Leia também: Truque sujo.
O lulismo amordaçou o Brasil
PERCIVAL PUGGINA
14/10/2011
É preciso reconhecer. A mitificação de Lula no nível que alcançou só poderia ocorrer mediante o invulgar conjunto de circunstâncias que alia características pessoais do líder; notáveis estratégias de poder e de comunicação social; circunstâncias internacionais favoráveis à economia brasileira; manutenção, durante boa parte de seu governo, das políticas de responsabilidade fiscal iniciadas com Itamar Franco; dotação de significativos recursos para o programa Bolsa Família; simpatia internacional ao perfil do "operário no poder cuidando dos pobres". E por aí vai.
Oitenta e tantos por cento de aprovação no mercado interno, a condição de celebridade internacional e a louvação da mídia mundial compõem um irresistível quadro de mitificação que colocam Lula num altar onde só se pode depositar flores. Critique quem quiser no país, mas não faça isso com Lula. Pega muito mal e retira de você credibilidade para qualquer outra coisa que pretenda dizer. É inútil mostrar que o governo petista se encaminha para fechar uma década com o país ostentando os piores indicadores, seja entre os membros do BRIC, seja entre nossos vizinhos da América Ibérica: a economia que menos cresce, a maior taxa de juros, a menor taxa de investimento, a maior inflação e a maior carga tributária. E as funções essenciais do governo (Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura) numa precariedade que ninguém, em sã consciência, deixará de reconhecer. São afirmações inúteis. Tudo se passa como se, depois de oito anos no poder, Lula nada tivesse a ver com isso. A ele, apenas créditos.
No entanto, há débitos pesados na conta do lulismo instilado ao país. Em artigos anteriores, tenho afirmado que a política exige senso de realidade, que os bons estadistas são pessoas realistas, são pessoas afastadas de utopias e devaneios e interessadas em respostas corretas para duas interrogações essenciais: qual é o problema? qual é a solução? Nesse sentido, reconheça-se, ao romper com os delírios esquerdistas do PT, Lula conseguiu acertos e afastou-se de muitos erros. Mas na política, o realismo de Lula tornou-se cínico, desprovido de restrições de ordem moral. Abrigou à sombra do poder as piores figuras da política nacional. Não apenas as acolheu. Foi buscá-las para compor a base do governo. Entregou-lhes poder, cargos, fatias do orçamento e poderosas empresas estatais. Teve olhos cegos e ouvidos moucos para as patifarias que proliferaram do topo à base da pirâmide do governo. Seu partido, quando na oposição, brandia indignações morais, pedia CPI para carrocinha de cachorro quente e levantava suspeições sobre a honra de quem se interpusesse no seu caminho. No poder, foi o que se viu, o que ainda hoje se vê, e o quanto já veio à superfície nos primeiros meses da presidente Dilma, sob silêncio conivente das instrumentalizadas organizações sociais cuja boca foi emudecida por cargos e recursos públicos.
A corrupção, casada em união estável e comunhão de bens com a impunidade, alcançou níveis sem precedentes. Estudo da Fiesp adverte para o fato de que ela consome algo entre 1,4% a 2,3% do PIB e custa cerca de R$ 69 bilhões nas contas da gatunagem fechadas a cada réveillon. A nação chegou ao fastio e à náusea dos escândalos de cada dia. Há uma indignação silenciosa. Ensaiam-se mobilizações de repulsa à corrupção. Mas elas são escassas, pequenas e de utilidade duvidosa. Por quê? Porque a corrupção pode ter filiais até na mais miserável prefeitura do país, mas a matriz está onde está a grana grossa, no poder central da República, para onde convergem todos os cargos, todas as canetas pesadas, todas as decisões financeiras, todos os contratos realmente significativos. E 23% do PIB nacional. O resto é resto.
Mas não há como apontar o dedo nessa direção sem atingir em cheio o peito de quem, durante oito anos, desempenhou a mesma função de seus antecessores. E a estes, Lula, seu partido e fieis seguidores, sistematicamente, responsabilizavam por toda desonestidade existente no país. Quem quer que sentasse para governar, logo vinha o "Fora Collor", o "Fora Sarney", o "Fora FHC". Alguém sabe me dizer por que, de repente, a corrupção não tem nome próprio nem governo definido? Eu sei. O lulismo amordaçou a moralidade nacional.
______________
* Percival Puggina (66) é titular do blog www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.
14/10/2011
É preciso reconhecer. A mitificação de Lula no nível que alcançou só poderia ocorrer mediante o invulgar conjunto de circunstâncias que alia características pessoais do líder; notáveis estratégias de poder e de comunicação social; circunstâncias internacionais favoráveis à economia brasileira; manutenção, durante boa parte de seu governo, das políticas de responsabilidade fiscal iniciadas com Itamar Franco; dotação de significativos recursos para o programa Bolsa Família; simpatia internacional ao perfil do "operário no poder cuidando dos pobres". E por aí vai.
Oitenta e tantos por cento de aprovação no mercado interno, a condição de celebridade internacional e a louvação da mídia mundial compõem um irresistível quadro de mitificação que colocam Lula num altar onde só se pode depositar flores. Critique quem quiser no país, mas não faça isso com Lula. Pega muito mal e retira de você credibilidade para qualquer outra coisa que pretenda dizer. É inútil mostrar que o governo petista se encaminha para fechar uma década com o país ostentando os piores indicadores, seja entre os membros do BRIC, seja entre nossos vizinhos da América Ibérica: a economia que menos cresce, a maior taxa de juros, a menor taxa de investimento, a maior inflação e a maior carga tributária. E as funções essenciais do governo (Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura) numa precariedade que ninguém, em sã consciência, deixará de reconhecer. São afirmações inúteis. Tudo se passa como se, depois de oito anos no poder, Lula nada tivesse a ver com isso. A ele, apenas créditos.
No entanto, há débitos pesados na conta do lulismo instilado ao país. Em artigos anteriores, tenho afirmado que a política exige senso de realidade, que os bons estadistas são pessoas realistas, são pessoas afastadas de utopias e devaneios e interessadas em respostas corretas para duas interrogações essenciais: qual é o problema? qual é a solução? Nesse sentido, reconheça-se, ao romper com os delírios esquerdistas do PT, Lula conseguiu acertos e afastou-se de muitos erros. Mas na política, o realismo de Lula tornou-se cínico, desprovido de restrições de ordem moral. Abrigou à sombra do poder as piores figuras da política nacional. Não apenas as acolheu. Foi buscá-las para compor a base do governo. Entregou-lhes poder, cargos, fatias do orçamento e poderosas empresas estatais. Teve olhos cegos e ouvidos moucos para as patifarias que proliferaram do topo à base da pirâmide do governo. Seu partido, quando na oposição, brandia indignações morais, pedia CPI para carrocinha de cachorro quente e levantava suspeições sobre a honra de quem se interpusesse no seu caminho. No poder, foi o que se viu, o que ainda hoje se vê, e o quanto já veio à superfície nos primeiros meses da presidente Dilma, sob silêncio conivente das instrumentalizadas organizações sociais cuja boca foi emudecida por cargos e recursos públicos.
A corrupção, casada em união estável e comunhão de bens com a impunidade, alcançou níveis sem precedentes. Estudo da Fiesp adverte para o fato de que ela consome algo entre 1,4% a 2,3% do PIB e custa cerca de R$ 69 bilhões nas contas da gatunagem fechadas a cada réveillon. A nação chegou ao fastio e à náusea dos escândalos de cada dia. Há uma indignação silenciosa. Ensaiam-se mobilizações de repulsa à corrupção. Mas elas são escassas, pequenas e de utilidade duvidosa. Por quê? Porque a corrupção pode ter filiais até na mais miserável prefeitura do país, mas a matriz está onde está a grana grossa, no poder central da República, para onde convergem todos os cargos, todas as canetas pesadas, todas as decisões financeiras, todos os contratos realmente significativos. E 23% do PIB nacional. O resto é resto.
Mas não há como apontar o dedo nessa direção sem atingir em cheio o peito de quem, durante oito anos, desempenhou a mesma função de seus antecessores. E a estes, Lula, seu partido e fieis seguidores, sistematicamente, responsabilizavam por toda desonestidade existente no país. Quem quer que sentasse para governar, logo vinha o "Fora Collor", o "Fora Sarney", o "Fora FHC". Alguém sabe me dizer por que, de repente, a corrupção não tem nome próprio nem governo definido? Eu sei. O lulismo amordaçou a moralidade nacional.
______________
* Percival Puggina (66) é titular do blog www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.
MR-8: de bando terrorista a partido político legalizado
MÍDIA SEM MÁSCARA
ESCRITO POR GRAÇA SALGUEIRO | 14 OUTUBRO 2011
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
Para quem não conhece o MR-8, de ideologia declaradamente marxista-leninista, vale lembrar um de seus maiores “feitos”: o seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, no dia 4 de setembro de 1969.
No último dia 4 de outubro o Tribunal Superior Eleitoral deferiu, por unanimidade, o pedido de registro do “Partido Pátria Livre” (PPL), legalização do bando terrorista Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8). Chama a atenção o nome adotado pelo novo partido, considerando que existe no Paraguai um de mesmo nome, e cujas origens também remontam ao terrorismo praticado pelo “Ejercito del Pueblo Paraguayo” (EPP). Seus líderes, Juan Arrom e Anuncio Martí, vivem hoje comodamente no Brasil como “refugiados políticos” onde, com ajuda do “chanceler das FARC”, “Rodrigo Granda”, planejaram o seqüestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente daquele país, Raúl Cubas. Tudo planejado em solo brasileiro, impunemente, sendo depois agraciados com o abrigo governamental através do CONARE.
O PPL foi fundado em 21 de abril de 2009, e desde então labutou na coleta de assinaturas necessárias ao seu registro obtendo 1,2 milhão de assinaturas em 22 estados da Federação, tendo como presidente nacional Sérgio Rubens de Araújo Torres.
Tudo foi feito dentro da legalidade, como determina o TSE, entretanto, não podemos fazer de conta que isto é um simples “exercício de democracia”, como eles costumam dizer, considerando o passado deste “movimento”. Para quem não conhece o MR-8, de ideologia declaradamente marxista-leninista, vale lembrar um de seus maiores “feitos”: o seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, no dia 4 de setembro de 1969. Deste ato participaram, dentre outros, o atual presidente nacional do PPL, Sérgio Rubens, Franklin Martins e Fernando Gabeira, cuja exigência seria a troca do embaixador por 15 terroristas que se encontravam presos, um dos quais era o intocável José Dirceu do PT.
Bandeira do MR-8: mais um partido comunista legalizado para tomar o poder pela via democrática.
Ora, sabemos que o objetivo final dos bandos terroristas não é lutar pela democracia, mas a tomada do poder. Seu desejo é destruir a democracia e implantar um regime socialista-comunista, através da tomada do poder utilizando “todas as formas de luta”. Como ficou provado que através da luta armada o desgaste e perdas em vida era muito grande, e aproveitando-se das Leis de Anistia concedidas em todos os países onde elas existiram, optou-se pela tomada do poder utilizando o regime antes por eles condenado - a democracia -, alcançando assim seu objetivo dentro da legalidade. Foi assim que foram legalizados os Montoneros e ERP na Argentina, o FMLN em El Salvador, os Tupamaros no Uruguai, os EPP no Paraguai, o M-19 na Colômbia e vários outros bandos terroristas que hoje compõem, legalmente, repito, os incontáveis partidos comunistas existentes no Brasil.
Alguém já disse que, quando não se aprende com os fatos do passado, tende-se a repetir os mesmos erros. A legalização do MR-8 chega, não coincidentemente, quando o governo cria a tal “Comissão da Verdade” e quando pretende num futuro próximo convocar uma Assembléia Nacional Constituinte onde se poderá revogar a atual Lei de Anistia e criar outra, onde os militares serão excluídos da mesma como já ocorre em vários países do continente.
Há quase uma década eu venho advertindo os militares brasileiros sobre isto. Agora são os fatos que estão batendo em suas portas e já não me cabe dizer mais nada.
Nivaldo Cordeiro: fracasso da marcha contra a corrupção
Uploaded by nivaldocordeiro on Oct 14, 2011
Editorial do Estadão de hoje tenta associar o fracasso da Marcha contra a Corrupção à relativa prosperidade em que o Brasil se encontra, por força de circunstâncias internacionais. É um utilitarismo cego que obscurece as verdadeiras causas. A primeira é que a direita política, a única oposição real ao PT, está acéfala. Não tem militância, não tem líderes e não tem votos. A segunda é que a bandeira da ética era a do PT, que chegado ao poder mergulhou fundo nas práticas corruptas, como o Mensalão. O PT não tem qualquer interesse em mobilizar seus militantes nesta causa. A terceira é que a prática de mobilização só é eficaz quando resultado de um movimento maior, orgânico, ficando a manifestação como elemento exterior. Esse movimento de oposição não existe, logo manifestações de rua acabam por ser extemporâneas e incapazes de mobilizar multidões. Alie-se a isso o fato de que o dia 12 é consagrado a Maria Mãe de Deus, que retirou dos católicos qualquer interesse pela mobilização.
A Caixa Preta de Darwin
SÉTIMO DIA
Publicado em 05/11/2009
Publicado em 05/11/2009
Afinal, de onde viemos? Qual é a origem do universo? Perguntas como essas tem estado na mente humana por milênios. Com o surgimento do processo cientifico moderno–e em especial o trabalho realizado por Darwin–muitos chegaram à conclusão de que a idéia da existência de Criador era irrelevante e ultrapassada. No entanto, nos últimos anos descobertas cientificas apontam em uma direção diferente. Será que ciência e religião são irreconciliáveis? Será que a ciência moderna e a teoria da evolução refutam plenamente o relato bíblico da criação? Quem aceita o criacionismo precisa, necessariamente, rejeitar a ciência? Essas são algumas das perguntas que serão analisadas durante essa série. Não perca!
Série: A Caixa Preta de Darwin
26/09/2009 | A Origem da Vida [ Download mp3 ]
03/10/2009 | A Ratoeira e a Máquina Molecular [ Download mp3 ]
10/10/2009 | O Universo Sobre o Fio da Navalha [ Download mp3 ]
17/10/2009 | Uma Catástrofe Universal [ Download mp3 ]
24/10/2009 | Posso Dizer que Não Sabia? [ Download mp3 ]
31/10/2009 | Em Busca da Verdade: Ciência ou Religião? [ Download mp3 ]
03/10/2009 | A Ratoeira e a Máquina Molecular [ Download mp3 ]
10/10/2009 | O Universo Sobre o Fio da Navalha [ Download mp3 ]
17/10/2009 | Uma Catástrofe Universal [ Download mp3 ]
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31/10/2009 | Em Busca da Verdade: Ciência ou Religião? [ Download mp3 ]
Fonte: Nova Semente
Políticos viciam a juventude em crack
PEDRO SETTE-CÂMERA
SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2011
Tenho lido no Diário do Balneário que agora querem dar meia passagem para todos os estudantes de 14 a 29 anos em transportes intermunicipais e interestaduais. O governo subsidiaria isso.
Acho que a melhor maneira de olhar o problema é pensar na meia entrada para espetáculos. Em que medida ela é defensável? Ora, na medida em que boa parte da produção cultural brasileira não dá prejuízo. Graças à Lei Rouanet, só tem prejuízo quem quer. O empresário pode estrear seu espetáculo com tudo pago. Dali em diante, é lucro. Eu acho, nesse sentido, que meia entrada talvez seja até pouco... Mas o mais interessante é que, do ponto de vista do estímulo que a meia entrada representaria para que o público saísse de casa, ao menos no teatro (a área que mais me interessa especificamente) ela nem funciona. Diversas peças vendem ingressos abaixo da meia em sites de compras coletivas e nem assim a casa fica meio cheia. Ou seja: o problema do teatro brasileiro certamente não é o preço do ingresso. (Até porque uma pessoa de classe média não paga 10 reais para ir ao teatro no Rio mas paga 100 dólares e passagem para os EUA para ver um espetáculo na Broadway.)
E agora a meia-entrada para transportes. É a contrapartida do lobby das empresas de transportes? É o preço da proteção concedida pelo Estado aos feudos de consumidores sem alternativas? Se for, então...
Mas, no meu caso, só posso dizer uma coisa. Eu trabalho com tradução. No dia em que o governo inventar que o estudante pode pagar apenas meia lauda, eu, que não tenho dinheiro no banco nem amigos importantes, vou dobrar meu preço, ou mudar de ramo.
Fico pensando na velha lenga-lenga de “o Brasil não vai para frente”. Se não vai, é porque o estudante quer pagar meia, o empresário quer subsídio, e o governo, para gerenciar tudo isso e dar ares de respeitabilidade à coisa, cobra também a sua taxa, naturalmente de quem não paga meia em nada nem recebe subsídio nenhum.
Os jovens políticos de hoje prometem meia, contribuem para esse esquemão, e vão lembrando de dois em dois anos àqueles seus eleitores que desde os 16 anos já votam quem foi que sempre garantiu seu vício em benesses estatais. Tudo sempre circundado daquele discursinho piegas que vai dizer que meia passagem, meia entrada etc. é a proteção da civilização ocidental, da nossa identidade, nossas raízes etc. Igualzinho a um empresário pedindo proteção estatal a seu feudo contra aqueles malditos empreendedores que vendem coisas mais baratas que os consumidores preferem.
Isso tem fim? Ora, como disse Alan Greenspan, we can always print money.
SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2011
Tenho lido no Diário do Balneário que agora querem dar meia passagem para todos os estudantes de 14 a 29 anos em transportes intermunicipais e interestaduais. O governo subsidiaria isso.
Acho que a melhor maneira de olhar o problema é pensar na meia entrada para espetáculos. Em que medida ela é defensável? Ora, na medida em que boa parte da produção cultural brasileira não dá prejuízo. Graças à Lei Rouanet, só tem prejuízo quem quer. O empresário pode estrear seu espetáculo com tudo pago. Dali em diante, é lucro. Eu acho, nesse sentido, que meia entrada talvez seja até pouco... Mas o mais interessante é que, do ponto de vista do estímulo que a meia entrada representaria para que o público saísse de casa, ao menos no teatro (a área que mais me interessa especificamente) ela nem funciona. Diversas peças vendem ingressos abaixo da meia em sites de compras coletivas e nem assim a casa fica meio cheia. Ou seja: o problema do teatro brasileiro certamente não é o preço do ingresso. (Até porque uma pessoa de classe média não paga 10 reais para ir ao teatro no Rio mas paga 100 dólares e passagem para os EUA para ver um espetáculo na Broadway.)
E agora a meia-entrada para transportes. É a contrapartida do lobby das empresas de transportes? É o preço da proteção concedida pelo Estado aos feudos de consumidores sem alternativas? Se for, então...
Mas, no meu caso, só posso dizer uma coisa. Eu trabalho com tradução. No dia em que o governo inventar que o estudante pode pagar apenas meia lauda, eu, que não tenho dinheiro no banco nem amigos importantes, vou dobrar meu preço, ou mudar de ramo.
Fico pensando na velha lenga-lenga de “o Brasil não vai para frente”. Se não vai, é porque o estudante quer pagar meia, o empresário quer subsídio, e o governo, para gerenciar tudo isso e dar ares de respeitabilidade à coisa, cobra também a sua taxa, naturalmente de quem não paga meia em nada nem recebe subsídio nenhum.
Os jovens políticos de hoje prometem meia, contribuem para esse esquemão, e vão lembrando de dois em dois anos àqueles seus eleitores que desde os 16 anos já votam quem foi que sempre garantiu seu vício em benesses estatais. Tudo sempre circundado daquele discursinho piegas que vai dizer que meia passagem, meia entrada etc. é a proteção da civilização ocidental, da nossa identidade, nossas raízes etc. Igualzinho a um empresário pedindo proteção estatal a seu feudo contra aqueles malditos empreendedores que vendem coisas mais baratas que os consumidores preferem.
Isso tem fim? Ora, como disse Alan Greenspan, we can always print money.
The Cutting Edge: Nova Ordem Mundial.
THE CUTTING EDGE
Nossos Objetivos
Como Apresentamos Nossa Mensagem
Portanto, decidi sempre alinhar três pontos. São eles:
Apresentação
Acreditamos que este site forneça a mais completa, concisa e abrangente fonte de informações sobre profecias bíblicas e a Nova Ordem Mundial. Nossa organização cristã é um ministério de propagação do evangelho que está ligado a uma igreja batista independente e fundamentalista. Estamos dedicados ao estudo das Escrituras como a única revelação de Deus e de Seu Filho, Jesus Cristo.
Se você é um cristão fundamentalista que já tem conhecimento da N. O. M. e que está buscando uma maior compreensão de como os eventos atuais estão afetando nossas vidas, ou alguém que está procurando respostas para algumas perguntas básicas, sabemos que encontrará o que está buscando em nossos materiais bem-organizados e apresentados.
- Explicar os propósitos e aspirações da N. O. M.
- Explicar como sua implementação afetará o cidadão comum e sua família.
- Mostrar como as famílias estão sendo influenciadas agora, antes de avançarmos realmente para dentro desse sistema.
Equipado com essas informações, você aprenderá a (1) proteger a si mesmo, seus filhos, sua família, parentes e amigos; (2) viver uma vida cristã triunfante em um mundo cada vez mais problemático.
Este ministério está dedicado a examinar os fatos que estão por trás das notícias e oferecer uma compreensão singular, que você não conseguiria obter de outras fontes. Nenhum outro ministério cristão fornece esse serviço único e abrangente com o objetivo de proteger você, sua família e seus amigos.
Fornecemos essas importantes informações e compreensões de três formas:
- Com diversas transcrições do nosso antigo programa de rádio, que fez muito sucesso.
- Com análises dos eventos atuais de um modo totalmente diferente de qualquer outro ministério cristão fundamentalista.
- Por meio de mensagens gravadas de nossos seminários.
O aspecto mais interessante do nosso ministério é que por meio do nosso processo de ensino, mostramos que todos os planos da Nova Ordem Mundial, quando completados, cumprirão dezenas de profecias bíblicas ao pé da letra!
Desde o início de minha pesquisa, quando senti a direção do Espírito Santo me levando a investigar o lado ocultista do plano para produzir o Anticristo, percebi que Satanás é um mentiroso; portanto, como reconhecer quais partes do seu plano são reais e quais são falsas? Conclui que o único modo seguro de prosseguir seria adotar a prática adotada pelos capitães de navios nos dias anteriores ao advento na navegação por instrumentos eletrônicos sofisticados.
Quando os capitães tentavam levar seu navio até um porto, eles selecionavam três marcadores distintos que poderiam alinhá-los diretamente às docas. Dois marcadores somente não seriam suficientemente confiáveis, porque você pode alinhar incorretamente dois pontos quaisquer; somente o alinhamento com três pontos fornecia ao capitão da embarcação a segurança para levar seu navio até as docas.
- O ponto específico do Plano dos Illuminati
- A doutrina bíblica
- A profecia bíblica
Se uma parte específica do plano dos Illuminati não se alinha com a doutrina ou com a profecia bíblica, eu o descarto e nunca o menciono. Já rejeitei muitas partes do plano com base nesse fundamento. A palavra dos Illuminati não significa nada para mim! Entretanto, a parte interessante é que quando adotei essa filosofia, percebi uma verdade muito emocionante: a parte do plano dos Illuminati que se alinha, quando implementada, cumpre precisamente a profecia bíblica, em dezenas de ocorrências. O plano deles é a maior prova da onipotência e onisciência do nosso Deus!
Ao transmitirmos tudo isto para você, nosso enfoque principal é em seus filhos e em sua família. Além disso, sempre procuramos informá-lo com base em nosso conhecimento e nos fatos. Não acreditamos que exista uma conspiração por trás de cada arbusto, não ensinamos violência de forma alguma, não promovemos revoltas e levantes contra as autoridades constituídas.
Nossa premissa é que, uma vez que você compreender os planos da Nova Ordem Mundial, poderá ver o progresso dela nas notícias do dia-a-dia.
Não definimos datas em que as coisas acontecerão; em vez disso, seguimos o ensino bíblico que os cristãos que conhecem as profecias bíblicas somente poderão conhecer o quadro grande, isto é, que estamos no período do fim dos tempos.
Não ensinamos que o mundo vai acabar ou que será destruído. A Bíblia também não ensina isso. O que ela ensina é que o Messias retornará para julgar os incrédulos, estabelecer Seu Reinado e governar o mundo durante mil anos.
Finalmente, acreditamos que o tempo está próximo. Israel retornou à sua terra e todas as profecias estão se cumprindo.
Um Convite
Junte-se a nós e permita que este site se torne o recurso cristão mais importante em sua vida.
Se todo esse conceito da Nova Ordem Mundial é novo para você, sugerimos que comece sua leitura pelos seguintes artigos, que são transcrições do nosso antigo programa de rádio:
CE1040, "A Nova Ordem Mundial Lutando Contra as Restrições — Parte 1 de 4"
CE1041, "A Nova Ordem Mundial Lutando Contra as Restrições — Parte 2 de 4"
CE1042, "A Nova Ordem Mundial Lutando Contra as Restrições — Parte 3 de 4"
CE1043, "A Nova Ordem Mundial Lutando Contra as Restrições — Parte 4 de 4"
CE1076, "Compreendendo os Planos Finais da Nova Ordem Mundial"
CE1010, "Nossos Filhos na Nova Ordem Mundial"
CE1086, "Compreendendo os Segredos das Trevas — Proteja seus Filhos"
CE1083, "As Sete Virtudes Pagãs, Segundo a Bíblia Satânica"
CE1087, "A Rápida Degradação Espiritual Indica a Proximidade do Julgamento Físico"
CE1009, "O Paganismo da Maçonaria"
CE1011, "Atividades Satânicas das Sociedades Secretas"
CE1073, "O Vaticano e as Sociedades Secretas em Busca da Nova Ordem Mundial"
CE1008, "A Adoração à Virgem Maria e às Deusas Pagãs"
CE1080, "Ensinos Bíblicos Sobre o Anticristo — Os Planos da N. O. M. Cumprem Esses Ensinos"
Agradecemos sua visita. Sinta-se à vontade para entrar em contato se tiver perguntas sobre este ministério cristão.
A estupidez cansativa dos intelectuais modernos
PERSPECTIVAS
Sexta-feira, 14 Outubro 2011
Sexta-feira, 14 Outubro 2011
“A origem da História é a consciência humana (…) a História é constituída pela consciência” — Eric Voegelin, “A Consciência do Fundamento”
Este conceito de “História” consta de um opúsculo precioso de Eric Voegelin, o “filósofo maldito” que muita pouca gente estuda — se bem que eu duvido que muitos licenciados em filosofia tenham a capacidade necessária para entender Eric Voegelin; não estudar Eric Voegelin é desculpar insuficiências próprias. Penso até que Eric Voegelin se tornou ininteligível: o conceito de Fundamento deixou de ter um sentido na experiência humana objectiva: o Fundamento sobrevive, recalcado, sob a crusta do embotamento espiritual do Homem ocidental.
Os “intelectuais” ocidentais têm muita culpa no cartório. Gente cega; e o pior cego é aquele que não quer ver. E são esses “intelectuais” os principais responsáveis por situações como esta:
as redes sociais em geral censuram a ética cristã
.
as redes sociais em geral censuram a ética cristã
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No tempo de Plutarco, não ter consciência do Fundamento era ser considerado irracional; hoje, dá-se um fenómeno inverso, e absurdo ad Nauseam: se, por um lado, a subjectividade é hoje elevada a um valor supremo através da sacralização dos direitos subjectivos, por outro lado as experiências humanas — subjectivas portanto — em relação ao Fundamento são consideradas absurdas ou idiossincráticas, obrigando o sujeito a remeter a sua expressão para o âmbito exclusivamente privado.
Para onde quer ir esta gente? Eu não os consigo entender. Quando leio, por exemplo, Edgar Morin (um dos “intelectuais” mais badalados depois da queda do muro de Berlim), deparo-me com um “metafísico anti-metafísico”, a contradição e ambiguidade personificadas, um ateu que já não é ateu mas que procura um “novo ateísmo”.
E qual é o Fundamento dessa “nova religião” ateísta de Morin? Simplesmente não tem fundamento nenhum: a nova religião de Morin é um castelo de cartas desprovido de uma fundação metafísica firme, experiencial e lógica. Morin procura a resposta em Montesquieu e nos mentores ideológicos do jacobinismo que diziam que a religião ideal seria o “Cristianismo sem Cristo”. Estes modernos intelectualóides de urinol não conseguem perceber uma ideia tão simples como esta: a História não é a mera reificação do tempo e do espaço humanos: “a História é constituída pela consciência”…
Não conseguem compreender que a nossa ideia acerca do Fundamento sofreu, ao longo de milénios, uma acumulação e sobreposição de novos conceitos, mas sem que a ideia original e mitológica de Fundamento possa desaparecer sem se sacrificar a coerência de uma qualquer nova religiosidade (imanente, que seja), e até colocar em perigo o futuro do Homem.
Essa ideia original de Fundamento mantém-se presente na “consciência humana” que é “a origem da História”. Erradicar as noções axiológicas primordiais de Fundamento, ligadas à cosmogonia e ao nosso lugar no universo, é separar o Homem de si mesmo em um exercício colectivo de dissociação existencial; é condenar o Homem à não-existência subjectiva; é matá-lo por dentro.
A política não pode ignorar esta dimensão da realidade humana.
O que os “intelectuais” e ideólogos (como Morin, Slavoj Žižek, e quejandos) estão a fazer é colaborar em um crime contra a espiritualidade humana. Ao mesmo tempo que o Cristianismo e a sua ética são perseguidos pelos intelectuais de merda, vemos nos jornais situações como esta:
“Uganda: el negocio del sacrificio ritual de niños”
. E como é que Morin protestaria contra esta barbaridade? Defendendo um Cristianismo sem Cristo, ao mesmo tempo que diz que Karl Marx não teve nada a ver com o estalinismo?
“Uganda: el negocio del sacrificio ritual de niños”
. E como é que Morin protestaria contra esta barbaridade? Defendendo um Cristianismo sem Cristo, ao mesmo tempo que diz que Karl Marx não teve nada a ver com o estalinismo?
Como é possível ao intelectual moderno ser tão estúpido?
GRÉCIA: alguns factos chegam a ser ridículos...
FORUMM
06 July 2011 : 15:37:44
GRÉCIA: alguns factos chegam a ser ridículos... (Leiam que tem muito de actual!)
Retirado do fórum do Jornal Económico - 29/06/2011
Lê-se, por vezes, que os Gregos, coitadinhos, são um pobre povo periférico que está a sofrer as agruras de uma crise internacional aumentada às mãos da pérfida Merkel.
Já é tempo de sair desta superficialidade, de perceber que os Gregos têm culpas no cartório, que não foram sérios e que não o estão a ser.
Os Gregos levaram a lógica dos "direitos adquiridos" até à demência, até à falta de vergonha.
Contam-se factos inauditos.
Os exemplos desta falta de seriedade são imensos, a saber:
1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantem o Instituto para a Protecção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários dedicados à sua conservação.
2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público.
Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos.
Há 40 mil mulheres neste registo que custam ao erário publico 550 milhoes de euros por ano. Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente.
O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos ...
3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos. Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.
4 - Num acto de gestão muito "social" (para com o fornecedor), os hospitais gregos compram pace-makers quatrocentas vezes (400) mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.
5 - Existem seiscentas (600) profissões que podem pedir a reforma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens).
Porquê ?
Porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste.
Dentro deste rol, temos cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro...
6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.
7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexactidão dessa atribuição.
8 - Chegava-se ao ponto de só se pagarem os prémios de alguns seguros quando fosse preciso usufruir deles!
9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009).
O triplo de Portugal!
10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores. Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.
Anteontem, 27/06, o Prof.Marcelo, acrescentou mais uma à lista.
Afirmou ele: " Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro.
Agora digo eu: sabem o que significa isso?
Significa que os proprietários não pagam impostos.
Eu já tinha ouvido dizer que os gregos não pagavam impostos.
Ora, a grande receita do Estado provém dos impostos.
Isto quer dizer que o erário publico do Estado grego esta vazio, totalmente vazio.
Quer dizer, os milhões da UE é que serviram, durante todos estes anos, para manter o nível de vida atingido dos gregos.
Não admira que já tenham estoirado 115 mil milhões e agora precisem de mais 108 mil milhões.
Um Abraço UMM
Eduardo Filipe
Posso não voltar..., mas vou
06 July 2011 : 15:37:44
GRÉCIA: alguns factos chegam a ser ridículos... (Leiam que tem muito de actual!)
Retirado do fórum do Jornal Económico - 29/06/2011
Lê-se, por vezes, que os Gregos, coitadinhos, são um pobre povo periférico que está a sofrer as agruras de uma crise internacional aumentada às mãos da pérfida Merkel.
Já é tempo de sair desta superficialidade, de perceber que os Gregos têm culpas no cartório, que não foram sérios e que não o estão a ser.
Os Gregos levaram a lógica dos "direitos adquiridos" até à demência, até à falta de vergonha.
Contam-se factos inauditos.
Os exemplos desta falta de seriedade são imensos, a saber:
1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantem o Instituto para a Protecção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários dedicados à sua conservação.
2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público.
Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos.
Há 40 mil mulheres neste registo que custam ao erário publico 550 milhoes de euros por ano. Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente.
O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos ...
3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos. Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.
4 - Num acto de gestão muito "social" (para com o fornecedor), os hospitais gregos compram pace-makers quatrocentas vezes (400) mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.
5 - Existem seiscentas (600) profissões que podem pedir a reforma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens).
Porquê ?
Porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste.
Dentro deste rol, temos cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro...
6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.
7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexactidão dessa atribuição.
8 - Chegava-se ao ponto de só se pagarem os prémios de alguns seguros quando fosse preciso usufruir deles!
9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009).
O triplo de Portugal!
10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores. Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.
Anteontem, 27/06, o Prof.Marcelo, acrescentou mais uma à lista.
Afirmou ele: " Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro.
Agora digo eu: sabem o que significa isso?
Significa que os proprietários não pagam impostos.
Eu já tinha ouvido dizer que os gregos não pagavam impostos.
Ora, a grande receita do Estado provém dos impostos.
Isto quer dizer que o erário publico do Estado grego esta vazio, totalmente vazio.
Quer dizer, os milhões da UE é que serviram, durante todos estes anos, para manter o nível de vida atingido dos gregos.
Não admira que já tenham estoirado 115 mil milhões e agora precisem de mais 108 mil milhões.
Um Abraço UMM
Eduardo Filipe
Posso não voltar..., mas vou
Insinuar e depois investigar
CAVALEIRO DO TEMPLO (ou CAVANHAQUE DO TEMPLO para os abaixo)
Em toda investigação séria o investigador busca dados que comprovem ou neguem as suspeitas, correto? Se não for assim, não é coisa de gente decente, não é coisa de gente que mereça respeito, não é coisa de conservador.
Se eu desconfiou que meu vizinho matou meu cachorro, que nesta manhã foi encontrado morto em meu quintal, uma das primeiras coisas que vou fazer é descobrir se meu vizinho e família estavam pelas redondezas no dia do "assassinato". Uma pessoa indecente faz o contrário: fala, acusa, divulga na internet e, só depois, vai ver onde estavam os "suspeitos".
Já a pessoa ainda mais indecente faz tudo o que a indecente fez e vai além: depois de descobrir que o vizinho e toda a sua família estão viajando para as Bahamas desde o mês passado, se cala, não se retrata das acusações ou insinuações, fica em silêncio deixando toda a podridão que sua alma produziu continuar a repercutir pelo mundo afora.
Estas pessoas são conservadoras? Evidente que não. Jamais podem alegar isto.
Recentemente um artigo misturou dois personagens: um "fictício" chamado "Cavanhaque do Templo" e um outro "sr. Brum", pinçado de um artigo de um de meus professores. Meu nome tem Brum, meu blog chama-se Cavaleiro do Templo, nas fotos apareço de cavanhaque. Não precisa desenhar para o cidadão entender do que se trata, depois que souber destas três informações sobre mim.
Mesmo assim perguntei: estão falando de mim? Resposta: nãaaaaaaooooooooo...
Mas o responsável pelo grupo (CONS) resolveu, bem como no caso do "cachorro morto", perguntar ao autor do artigo sobre o "sr. Brum" se eu era o sujeito, definido no artigo como um desafeto do autor. Recebeu a resposta: o "sr. Brum" não é o Alex Brum Machado, este mesmo que vos fala. Precisa dizer que não houve sequer uma menção, que dirá retratação?
Este grupo pousa de santo e de vítima de conspirações, mas são como os devotos de Mao, Stalin e Che, as belas criaturas de Deus, cheias de boas intenções e que receberam Dele uma missão: salvar o universo. As inversões que fazem mostram isto claramente. São revolucionários, imbecis juvenis em sua maioria que, do alto de seus 20 e poucos aninhos (o grupo foi fundado por um quando tinha seus 16/17 aninhos, vejam só...), acreditam firmemente - como todo revolucionário - que todas as suas ações são desculpáveis.
Abaixo a resposta do professor Olavo de Carvalho (tenho autorização para publicá-la) a um dos membros daquele grupo, o CONS, que depois de recebê-la disse não ter motivos para se retratar. Afirma ter sido induzido a erro pelo então presidente de seu próprio grupo.
Detalhe: esta mesma pessoa foi quem publicou sobre o Cavanhaque do Templo e a insinuação sobre o "sr. Brum". Pessoa(s) de um moral elevadíssima!!!
Prezado Alex,
Se você tiver acesso a ele, por favor, diga que em princípio Olavo não se associa a nenhuma causa. Ele se ocupa de entender e explicar o que acontece na realidade. Quanto a esses grupos "direitistas" e "conservadores", em "Democracia normal e patológica" ele afirma categoricamente:
"Não é preciso dizer que, nessas circunstâncias [anormais], grupos ultraminoritários de extrema-direita, como a Resistência Nacionalista, inflados pela propaganda negativa que recebem da esquerda, passam a se sentir mais importantes do que são e vislumbram, excitados, as mais belas oportunidades de futuro, sem perceber que elas, tanto quanto eles próprios, só têm a existência fantasmal das sombras de um delírio."
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/12476-democracia-normal-e-patologica-ii.html
Enfim, é isso.
Obrigada pelo alerta.
Abraços,
Roxane (obs.: esposa do professor Olavo de Carvalho)
Em toda investigação séria o investigador busca dados que comprovem ou neguem as suspeitas, correto? Se não for assim, não é coisa de gente decente, não é coisa de gente que mereça respeito, não é coisa de conservador.
Se eu desconfiou que meu vizinho matou meu cachorro, que nesta manhã foi encontrado morto em meu quintal, uma das primeiras coisas que vou fazer é descobrir se meu vizinho e família estavam pelas redondezas no dia do "assassinato". Uma pessoa indecente faz o contrário: fala, acusa, divulga na internet e, só depois, vai ver onde estavam os "suspeitos".
Já a pessoa ainda mais indecente faz tudo o que a indecente fez e vai além: depois de descobrir que o vizinho e toda a sua família estão viajando para as Bahamas desde o mês passado, se cala, não se retrata das acusações ou insinuações, fica em silêncio deixando toda a podridão que sua alma produziu continuar a repercutir pelo mundo afora.
Estas pessoas são conservadoras? Evidente que não. Jamais podem alegar isto.
Recentemente um artigo misturou dois personagens: um "fictício" chamado "Cavanhaque do Templo" e um outro "sr. Brum", pinçado de um artigo de um de meus professores. Meu nome tem Brum, meu blog chama-se Cavaleiro do Templo, nas fotos apareço de cavanhaque. Não precisa desenhar para o cidadão entender do que se trata, depois que souber destas três informações sobre mim.
Mesmo assim perguntei: estão falando de mim? Resposta: nãaaaaaaooooooooo...
Mas o responsável pelo grupo (CONS) resolveu, bem como no caso do "cachorro morto", perguntar ao autor do artigo sobre o "sr. Brum" se eu era o sujeito, definido no artigo como um desafeto do autor. Recebeu a resposta: o "sr. Brum" não é o Alex Brum Machado, este mesmo que vos fala. Precisa dizer que não houve sequer uma menção, que dirá retratação?
Este grupo pousa de santo e de vítima de conspirações, mas são como os devotos de Mao, Stalin e Che, as belas criaturas de Deus, cheias de boas intenções e que receberam Dele uma missão: salvar o universo. As inversões que fazem mostram isto claramente. São revolucionários, imbecis juvenis em sua maioria que, do alto de seus 20 e poucos aninhos (o grupo foi fundado por um quando tinha seus 16/17 aninhos, vejam só...), acreditam firmemente - como todo revolucionário - que todas as suas ações são desculpáveis.
Abaixo a resposta do professor Olavo de Carvalho (tenho autorização para publicá-la) a um dos membros daquele grupo, o CONS, que depois de recebê-la disse não ter motivos para se retratar. Afirma ter sido induzido a erro pelo então presidente de seu próprio grupo.
Detalhe: esta mesma pessoa foi quem publicou sobre o Cavanhaque do Templo e a insinuação sobre o "sr. Brum". Pessoa(s) de um moral elevadíssima!!!
Prezado Alex,
Se você tiver acesso a ele, por favor, diga que em princípio Olavo não se associa a nenhuma causa. Ele se ocupa de entender e explicar o que acontece na realidade. Quanto a esses grupos "direitistas" e "conservadores", em "Democracia normal e patológica" ele afirma categoricamente:
"Não é preciso dizer que, nessas circunstâncias [anormais], grupos ultraminoritários de extrema-direita, como a Resistência Nacionalista, inflados pela propaganda negativa que recebem da esquerda, passam a se sentir mais importantes do que são e vislumbram, excitados, as mais belas oportunidades de futuro, sem perceber que elas, tanto quanto eles próprios, só têm a existência fantasmal das sombras de um delírio."
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/12476-democracia-normal-e-patologica-ii.html
Enfim, é isso.
Obrigada pelo alerta.
Abraços,
Roxane (obs.: esposa do professor Olavo de Carvalho)
Os símbolos da fé
CONDE LOPPEUX DE LA VILLANUEVA
Aqui em Belém do Pará estamos no Círio de Nazaré, uma festa católica que existe há mais de duzentos anos. Um dado interessante dessa comemoração é que Belém vira uma cidade quase 100% católica. Não há um lugar onde não se faça menção à Virgem Maria. Os edifícios, condomínios e casas sempre ostentam a figura da Mãe de Jesus, seja em cartazes ou imagens de berlinda. Até garagens viram verdadeiros santuários. Faixas, balões coloridos e confetes são espalhados por quase todas as ruas e avenidas, saudando a Nossa Senhora de Nazaré. Até as repartições públicas são infestadas de símbolos católicos. Observo uma faixa da COSANPA com as seguintes palavras: “a família cosanpeana saúda a Virgem de Nazaré”. “O Departamento Jurídico da Caixa Econômica Federal saúda a Virgem de Nazaré”. O prédio da Polícia Federal estava colorido de imagens representando a Santa. E outra faixa, particularmente interessante, que dizia, em plena Avenida Nazaré: “a fé mora aqui”.
Postos de gasolina também possuíam os símbolos da festa. Uma imagem da Santa ou então uma mensagem era cena dominante nos recintos. Até mesmo uma pequena oficina em plena Augusto Montenegro saudava a Virgem. Do homem mais rico ao mais pobre, do dignitário ao homem comum, do governador ao eleitor, do assalariado, empresário ou funcionário público, sem contar o homem do interior, o pescador, o ribeirinho, o navegador da romaria fluvial, a popularidade da Virgem ganha uma unanimidade impressionante.
Eu mesmo cheguei a presenciar evangélicos e judeus participando do Círio de Nazaré. A festividade adquire contornos que transcendem ao próprio catolicismo. Virou algo orgânico, parte da cultura da cidade e do estado e absorve até os não-católicos. Há, é claro, uma minoria ranzinza de evangélicos, que esbravejam o “paganismo” da comemoração. No entanto, estes ficam a ver navios, de preferência, enfeitados com a imagem da Virgem.
Não menos impressionante é a procissão. Da Basílica de Nazaré até a Igreja da Sé, vemos um verdadeiro mar de gente, que se mexe como ondas. Eu tenho poucas dúvidas em afirmar que o Círio de Nazaré é a maior festa católica do Brasil. Na última noticia que li, o Círio movimentou nada menos do que dois milhões de pessoas. Quando eu fui à noite da trasladação, eu mesmo tive dificuldade de ver a Santa passar, enterrado que estava neste mar de gente. Ademais, o Círio lembra um Auto de Fé. Há pessoas que pagam “promessas”, penitências, como também milhares de pessoas seguram a corda do círio, num suplício digno do espírito medieval. E são pessoas jovens. Alguns conseguiram uma casa, tiveram uma graça alcançada por conta da saúde do pai, do filho, do irmão, da mulher ou de algum outro parente, ou então passaram no vestibular, raspando sua cabeça e recordando da sua vitória, ao ingressar na faculdade. Vi mulheres segurando ex-votos de cabeças, pernas, braços, casas ou então levando seus filhos vestidos de anjos, com asinhas de algodão. Ou então pessoas que entravam na Igreja, ajoelhadas, até o púlpito.
A procissão é genuinamente pacífica. Não vi nenhum incidente de violência ou agressão. No máximo o desconforto do “empurra-empurra” das multidões ou então os desmaios, por conta do calor e dos esforços sobre-humanos dos penitentes. E quando a berlinda da Virgem passa, o povo parece entrar numa catarse tremenda. Milhares levantam as mãos e oram. Muita gente chora. E entre as sacadas dos edifícios, as pessoas soltam fogos e balões quando a procissão passa, além de papéis picados e confetes. Enfim, é uma festa linda, que representa o fervor católico profundo do povo paraense.
Penso, cá com meus botões, sobre a mania tola de alguns promotores públicos, procuradores e militantes ateus, de se revoltarem contra os crucifixos e símbolos religiosos, em nome do chamado “Estado laico”. Recentemente fui a várias repartições do judiciário para resolver alguns problemas jurídicos e a cruz estava lá, imponente, gloriosa, dominando o recinto. Aliás, encontrei até uma capela, com direito a Virgem Maria dentro. Contudo, o “Estado laico” virou um objeto de culto, na cabeça de seus apologetas. É uma espécie de Estado sem espírito, sem tradição, sem cultura, preso a uma abstração legal criada por gente que, no fundo, possui uma confissão. Só que é uma confissão materialista da sociedade e da política.
O que seria da Prefeitura de Belém ou do Estado do Pará se ignorasse o Círio de Nazaré e a manifestação de milhões de pessoas nas ruas e nas casas, em nome do Estado laico? Os funcionários públicos, que demonstraram sua fé numa bela tradição, deveriam ser proibidos de colocar faixas ou imagens nas repartições públicas, por conta dessa laicidade? A guerra contra as cruzes também seria a guerra contra a Santa “Nazica”? Percebe-se aí o irrealismo e até o fanatismo implícito na guerra contra a religião.
O mais grotesco no ateísmo militante e no secularismo é a sua feiúra espiritual e estética. Quando a cruz é tirada de cima da parede dos tribunais e deixa um completo vazio, mal se percebe a quebra do simbolismo incutido aí. É a quebra simbólica do poder espiritual da religião cristã na vida política. Por mais que o Estado republicano seja declarado “laico”, ele não é isento das influências religiosas que desenvolveram sua cultura política, ética, moral e jurídica. Muitos apelam afirmando que a cruz significa um “privilégio” indevido do catolicismo sobre outras religiões.
No entanto, é querer negar a realidade elementar, ao desconsiderar que o catolicismo não é apenas mais uma religião, e sim o elemento civilizador e organizador dos valores e da cultura religiosa do país. Isso o distingue dentre outras religiões. Quando os secularistas apelam à liberdade religiosa e ao atendimento das minorias religiosas para retirar crucifixos ou símbolos religiosos católicos da esfera pública, na verdade, a estratégia tem como finalidade o simples enfraquecimento todas as religiões. Ou seja, para o Estado laico, tanto faz a cultura católica, a crença do I Ching ou o satanismo light. Todos eles são nivelados por baixo, em favor de uma cultura secular ateísta. Para o ateu militante, a nivelação religiosa consiste justamente em reduzir todo credo a uma superstição, a um capricho, que deve ser dissociado de toda a esfera política e cultural. Neste aspecto, lamentavelmente, os acólitos das religiões minoritárias acabam se tornando idiotas úteis desse jogo. Em nome do ódio comum ao catolicismo, muitos segmentos protestantes ou espíritas acabam aderindo à falácia implícita da secularização do Estado, quando na prática, acabam contribuindo para a descristianização da sociedade como um todo. É por conta desse catolicismo institucional, orgânico, que está impregnado em nossa cultura, que o cristianismo ainda tem força política. Ele é tão profundo nas raízes culturais do país, que até o protestantismo e o espiritismo adquirem todo um escopo moral católico, ainda que importem visões teológicas distintas. As vertentes do puritanismo e do calvinismo norte-americano e europeu jamais vingariam no Brasil. Como também o espiritismo original, com seu viés original pseudo-cientificista, esotérico e até gnóstico, tivera que se adaptar aos conceitos da moralidade e caridade católicas. Ou será que algum espírita kardecista brasileiro médio seguiria os ditames da Madame Blavatsky? Não é estranho que muitos espíritas ainda se casem na Igreja Católica?
As religiões minoritárias, no geral, não possuem respostas contundentes a respeito de instituições como o casamento, a família ou uma boa parte dos valores cristãos vigentes. Na prática, todas elas parecem contribuir para a secularização estatal, uma vez que não consagraram sacramentos ou ritos às instituições e as deixam livres para a mão forte do governo. A revolta protestante renegou os elementos simbólicos incutidos na tradição da Igreja. Foi também o protestantismo histórico que consagrou a estrutura familiar aos auspícios do Estado, retirando o poder da Igreja e dessacralizando a família. A diversidade teológica dos evangélicos, confusa, muitas vezes anti-histórica, fora das tradições essenciais do cristianismo, não ajuda em nada para dar uma resposta aprofundada aos anseios da sociedade cristã vigente. E do espiritismo só podemos esperar um manual de auto-ajuda, para aqueles indivíduos de formação superior fascinados por idéias esotéricas e carentes de uma ortodoxia sólida. O catolicismo, por assim dizer, é a única religião que tem um caráter genuinamente institucional e constitucional.
Não pretendo aqui desmerecer a ação muitas vezes gloriosa de evangélicos empedernidos, que lutam pelos valores do cristianismo. E tampouco de espiritas honestos, que fazem um grande trabalho de caridade. No entanto, ao atacarem a Igreja Católica, estão enfraquecendo a defesa do cristianismo. Até porque não há algo que possa substituir o vácuo deixado pelos católicos. Pelo contrário, o vácuo será ocupado pelo ateísmo militante e pela descristianização completa da sociedade. Essa descristianização não alcançará apenas os arquétipos simbólicos de cruzes ou imagens de santas, mas também a própria estrutura da família e dos valores da sociedade, pautada no cristianismo. Se hoje há uma sólida e virulenta campanha secularista e atéia, com a agenda pró-casamento gay, pró-aborto, pró-ditadura politicamente correta, é por conta do esvaziamento do espirito cristão, que começa a partir dos símbolos. E o que não é símbolo na religião?
Seria muito triste se Belém do Pará, colorida, festiva, devota na procissão do Círio de Nazaré, renunciasse aos símbolos católicos construtores de sua própria identidade religiosa. Aliás, seria ruim se a nação brasileira inteira se esquivasse dos símbolos cristãos vigentes no país. O secularismo é triste até na estética. O simbolismo do Estado laico, junto com o ceticismo e o amargor, é apenas um vazio, uma negação, o nada.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Postos de gasolina também possuíam os símbolos da festa. Uma imagem da Santa ou então uma mensagem era cena dominante nos recintos. Até mesmo uma pequena oficina em plena Augusto Montenegro saudava a Virgem. Do homem mais rico ao mais pobre, do dignitário ao homem comum, do governador ao eleitor, do assalariado, empresário ou funcionário público, sem contar o homem do interior, o pescador, o ribeirinho, o navegador da romaria fluvial, a popularidade da Virgem ganha uma unanimidade impressionante.
Eu mesmo cheguei a presenciar evangélicos e judeus participando do Círio de Nazaré. A festividade adquire contornos que transcendem ao próprio catolicismo. Virou algo orgânico, parte da cultura da cidade e do estado e absorve até os não-católicos. Há, é claro, uma minoria ranzinza de evangélicos, que esbravejam o “paganismo” da comemoração. No entanto, estes ficam a ver navios, de preferência, enfeitados com a imagem da Virgem.
Não menos impressionante é a procissão. Da Basílica de Nazaré até a Igreja da Sé, vemos um verdadeiro mar de gente, que se mexe como ondas. Eu tenho poucas dúvidas em afirmar que o Círio de Nazaré é a maior festa católica do Brasil. Na última noticia que li, o Círio movimentou nada menos do que dois milhões de pessoas. Quando eu fui à noite da trasladação, eu mesmo tive dificuldade de ver a Santa passar, enterrado que estava neste mar de gente. Ademais, o Círio lembra um Auto de Fé. Há pessoas que pagam “promessas”, penitências, como também milhares de pessoas seguram a corda do círio, num suplício digno do espírito medieval. E são pessoas jovens. Alguns conseguiram uma casa, tiveram uma graça alcançada por conta da saúde do pai, do filho, do irmão, da mulher ou de algum outro parente, ou então passaram no vestibular, raspando sua cabeça e recordando da sua vitória, ao ingressar na faculdade. Vi mulheres segurando ex-votos de cabeças, pernas, braços, casas ou então levando seus filhos vestidos de anjos, com asinhas de algodão. Ou então pessoas que entravam na Igreja, ajoelhadas, até o púlpito.
A procissão é genuinamente pacífica. Não vi nenhum incidente de violência ou agressão. No máximo o desconforto do “empurra-empurra” das multidões ou então os desmaios, por conta do calor e dos esforços sobre-humanos dos penitentes. E quando a berlinda da Virgem passa, o povo parece entrar numa catarse tremenda. Milhares levantam as mãos e oram. Muita gente chora. E entre as sacadas dos edifícios, as pessoas soltam fogos e balões quando a procissão passa, além de papéis picados e confetes. Enfim, é uma festa linda, que representa o fervor católico profundo do povo paraense.
Penso, cá com meus botões, sobre a mania tola de alguns promotores públicos, procuradores e militantes ateus, de se revoltarem contra os crucifixos e símbolos religiosos, em nome do chamado “Estado laico”. Recentemente fui a várias repartições do judiciário para resolver alguns problemas jurídicos e a cruz estava lá, imponente, gloriosa, dominando o recinto. Aliás, encontrei até uma capela, com direito a Virgem Maria dentro. Contudo, o “Estado laico” virou um objeto de culto, na cabeça de seus apologetas. É uma espécie de Estado sem espírito, sem tradição, sem cultura, preso a uma abstração legal criada por gente que, no fundo, possui uma confissão. Só que é uma confissão materialista da sociedade e da política.
O que seria da Prefeitura de Belém ou do Estado do Pará se ignorasse o Círio de Nazaré e a manifestação de milhões de pessoas nas ruas e nas casas, em nome do Estado laico? Os funcionários públicos, que demonstraram sua fé numa bela tradição, deveriam ser proibidos de colocar faixas ou imagens nas repartições públicas, por conta dessa laicidade? A guerra contra as cruzes também seria a guerra contra a Santa “Nazica”? Percebe-se aí o irrealismo e até o fanatismo implícito na guerra contra a religião.
O mais grotesco no ateísmo militante e no secularismo é a sua feiúra espiritual e estética. Quando a cruz é tirada de cima da parede dos tribunais e deixa um completo vazio, mal se percebe a quebra do simbolismo incutido aí. É a quebra simbólica do poder espiritual da religião cristã na vida política. Por mais que o Estado republicano seja declarado “laico”, ele não é isento das influências religiosas que desenvolveram sua cultura política, ética, moral e jurídica. Muitos apelam afirmando que a cruz significa um “privilégio” indevido do catolicismo sobre outras religiões.
No entanto, é querer negar a realidade elementar, ao desconsiderar que o catolicismo não é apenas mais uma religião, e sim o elemento civilizador e organizador dos valores e da cultura religiosa do país. Isso o distingue dentre outras religiões. Quando os secularistas apelam à liberdade religiosa e ao atendimento das minorias religiosas para retirar crucifixos ou símbolos religiosos católicos da esfera pública, na verdade, a estratégia tem como finalidade o simples enfraquecimento todas as religiões. Ou seja, para o Estado laico, tanto faz a cultura católica, a crença do I Ching ou o satanismo light. Todos eles são nivelados por baixo, em favor de uma cultura secular ateísta. Para o ateu militante, a nivelação religiosa consiste justamente em reduzir todo credo a uma superstição, a um capricho, que deve ser dissociado de toda a esfera política e cultural. Neste aspecto, lamentavelmente, os acólitos das religiões minoritárias acabam se tornando idiotas úteis desse jogo. Em nome do ódio comum ao catolicismo, muitos segmentos protestantes ou espíritas acabam aderindo à falácia implícita da secularização do Estado, quando na prática, acabam contribuindo para a descristianização da sociedade como um todo. É por conta desse catolicismo institucional, orgânico, que está impregnado em nossa cultura, que o cristianismo ainda tem força política. Ele é tão profundo nas raízes culturais do país, que até o protestantismo e o espiritismo adquirem todo um escopo moral católico, ainda que importem visões teológicas distintas. As vertentes do puritanismo e do calvinismo norte-americano e europeu jamais vingariam no Brasil. Como também o espiritismo original, com seu viés original pseudo-cientificista, esotérico e até gnóstico, tivera que se adaptar aos conceitos da moralidade e caridade católicas. Ou será que algum espírita kardecista brasileiro médio seguiria os ditames da Madame Blavatsky? Não é estranho que muitos espíritas ainda se casem na Igreja Católica?
As religiões minoritárias, no geral, não possuem respostas contundentes a respeito de instituições como o casamento, a família ou uma boa parte dos valores cristãos vigentes. Na prática, todas elas parecem contribuir para a secularização estatal, uma vez que não consagraram sacramentos ou ritos às instituições e as deixam livres para a mão forte do governo. A revolta protestante renegou os elementos simbólicos incutidos na tradição da Igreja. Foi também o protestantismo histórico que consagrou a estrutura familiar aos auspícios do Estado, retirando o poder da Igreja e dessacralizando a família. A diversidade teológica dos evangélicos, confusa, muitas vezes anti-histórica, fora das tradições essenciais do cristianismo, não ajuda em nada para dar uma resposta aprofundada aos anseios da sociedade cristã vigente. E do espiritismo só podemos esperar um manual de auto-ajuda, para aqueles indivíduos de formação superior fascinados por idéias esotéricas e carentes de uma ortodoxia sólida. O catolicismo, por assim dizer, é a única religião que tem um caráter genuinamente institucional e constitucional.
Não pretendo aqui desmerecer a ação muitas vezes gloriosa de evangélicos empedernidos, que lutam pelos valores do cristianismo. E tampouco de espiritas honestos, que fazem um grande trabalho de caridade. No entanto, ao atacarem a Igreja Católica, estão enfraquecendo a defesa do cristianismo. Até porque não há algo que possa substituir o vácuo deixado pelos católicos. Pelo contrário, o vácuo será ocupado pelo ateísmo militante e pela descristianização completa da sociedade. Essa descristianização não alcançará apenas os arquétipos simbólicos de cruzes ou imagens de santas, mas também a própria estrutura da família e dos valores da sociedade, pautada no cristianismo. Se hoje há uma sólida e virulenta campanha secularista e atéia, com a agenda pró-casamento gay, pró-aborto, pró-ditadura politicamente correta, é por conta do esvaziamento do espirito cristão, que começa a partir dos símbolos. E o que não é símbolo na religião?
Seria muito triste se Belém do Pará, colorida, festiva, devota na procissão do Círio de Nazaré, renunciasse aos símbolos católicos construtores de sua própria identidade religiosa. Aliás, seria ruim se a nação brasileira inteira se esquivasse dos símbolos cristãos vigentes no país. O secularismo é triste até na estética. O simbolismo do Estado laico, junto com o ceticismo e o amargor, é apenas um vazio, uma negação, o nada.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
CO-CÔNS não se trata de outra coisa: A tradição revolucionária
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Publicado em Quarta, 13 Julho 2011 20:46
Escrito por Olavo de Carvalho
O dado mais importante da história mundial desde há mais de dois séculos é também, por força de sua onipresença mesma, o mais frequentemente negligenciado – quando não totalmente ignorado – pelo comentário político usual.
Esse dado é o seguinte: o movimento revolucionário é a única tradição de pensamento político-estratégico que tem uma existência contínua e um senso de unidade orgânica desde pelo menos o século XVIII. Todas as correntes adversárias são efusões parciais, locais, temporárias e inconexas.
A marcha avassaladora do pensamento revolucionário é como uma enchente que não se defrontasse pelo caminho senão com velhos pedaços de muro erguidos a esmo, um aqui, outro ali, em toda a extensão de uma planície aberta.
A unidade da tradição revolucionária não consiste, é claro, de uma coerência em bloco, de um acordo universal em torno de princípios explícitos, tal como se tentou criar na URSS sob o nome de "marxismo-leninismo". Ao contrário, existem no seio dela antagonismos profundos, talvez insanáveis, que com freqüência se exteriorizam em lutas sangrentas. O que caracteriza a sua unidade é que toda a multidão das suas correntes e facções compõe um patrimônio comum do qual os intelectuais revolucionários estão conscientes e que alimenta, de geração em geração, os debates dos partidos e organizações revolucionárias.
Nenhum intelectual revolucionário que se preze pode se dar o luxo de ignorar as variedades internas do movimento, nem as mais remotas e insignificantes, nem as que lhe pareçam extravagantes, estéreis, desprezíveis ou abomináveis. Até mesmo entre as facções mais hostis do movimento revolucionário, como o fascismo e o comunismo, o diálogo foi intenso, não só no campo das idéias, mas no da estratégia e da tática. Josef Stálin enxergava o corpo inteiro do nazifascismo como uma peça bem integrada dos seus planos de dominação mundial, manobrando-o para seus próprios fins mediante a alternância maquiavélica de apoio estratégico e combate mortal (v. Viktor Suvorov, Iceberg. Who Started the Second World War?, Bristol, UK, Pluk Publishing, 2009).
Nada de semelhante observou-se jamais na “direita”. Entre as suas facções e divisões reina a mais incompreensiva hostilidade, quando não aquele desprezo olímpico que torna a ignorância mútua uma espécie de dever. Só para dar um exemplo mais flagrante, até hoje não foi possível nenhum diálogo entre a direita americana e a européia, que se movem em esferas epistemológicas e semânticas incomunicáveis. Um fator complicante é acrescentado pelo fato de que muitos movimentos soi disant reacionários ou conservadores só o eram no seu discurso de auto-justificação ideológica: na prática, erguendo utopia contra utopia, acabavam se integrando no próprio movimento revolucionário que alegavam combater. De nada adiantou, nisso, a advertência antecipada de Joseph de Maistre: "Não precisamos de uma contra-revolução, mas do contrário de uma revolução." Os movimentos contra-revolucionários, nos quais tantos reacionários e conservadores apostaram suas belas esperanças, nunca passaram da ala direita do processo revolucionário, fortalecendo-o na medida mesma em que imaginavam debilitá-la.
Até hoje, todas as reações que se oferecem ao movimento revolucionário são apenas pontuais, reagindo às suas manifestações particulares e esgotando-se em combates periféricos que deixam incólume o coração do monstro. É como se cada conservador, reacionário, liberal, cristão tradicionalista ou judeu ortodoxo só se desse conta da malignidade do processo revolucionário quando este fere os valores que são caros à sua pessoa ou comunidade, sem reparar na infinidade de outros pontos de ataque em torno de bolsões de resistência dispersos, onde franco-atiradores oferecem uma obstinada e vã resistência parcial a um cerco geral e multilateral.
Para complicar um pouco mais as coisas, o movimento revolucionário é uma entidade protéica, infinitamente adaptável às mais variadas circunstâncias, de tal modo que lhe é sempre possível absorver em seu proveito, reinserindo-as dialeticamente na sua estratégia geral, todas as bandeiras de luta parciais e isoladas, levantadas aqui e ali por adversários que só o enxergam por partes e fragmentos. Isso faz dos governos revolucionários os dominadores absolutos da “desinformação estratégica”, onde há pelo menos um século vêm realizando as proezas mais espetaculares, reduzindo seus adversários à condição de "idiotas úteis" a serviço de planos que transcendem infinitamente seus horizontes de consciência. Na medida em que essas derrotas e humilhações do campo reacionário se sucedem e se acumulam, formando um patrimônio negativo considerável, mais forte é a tendência de negar os fatos deprimentes mediante um discurso de autolisonja triunfal perfeitamente ilusório, recobrindo a ação revolucionária com novas e novas camadas de invisibilidade protetora.
Os políticos e os serviços de inteligência dos EUA continuam se gabando de que "venceram a Guerra Fria", quando tudo o que conseguiram foi aumentar consideravelmente o poder mundial da KGB – inclusive dentro do território americano –, servindo de intrumentos para a realização de planos traçados já desde os anos 40 por Lavrenti Beria para ampliar o raio de ação do movimento revolucionário por meio de um simulacro de autodesmantelamento do Estado comunista.
Note-se que Beria não foi nem mesmo pioneiro no uso desse artifício. Em 1921 Lênin conseguiu persuadir os governos, os serviços secretos e os investidores ocidentais de que o comunismo recém-implantado na Rússia estava em vias de extinção e ia ser em breve substituído por um sistema capitalista democrático. Com isso, não só obteve os capitais de que necessitava para consolidar o regime comunista, mas também se livrou de milhares de opositores exilados, que, persuadidos a voltar à Rússia para lutar contra o regime alegadamente moribundo, foram aprisionados e assassinados tão logo desembarcaram em território russo (v. Edward Jay Epstein, Deception. The Invisible War between the KGB and the CIA, New Tork, Simon & Schuster, 1989, pp. 22-30).
Esse vexame colossal parece não ter ensinado nada aos serviços de "inteligência" ocidentais, que vêm caindo no engodo de novo e de novo, com a solicitude mecânica de cães de Pavlov, sem jamais admitir que foram enganados.
Na II Guerra, novamente foram feitos de otários, despejando ajuda bilionária nos cofres de Stalin porque acreditaram que a URSS era a vítima desprevenida de um ataque alemão, quando o fato era que o governo soviético, além de instigar e apoiar em segredo os nazistas para que desencadeassem uma guerra mundial, já havia começado ele próprio a guerra antes de Hitler, atacando os países neutros que separavam a URSS da Alemanha e assim preparando a invasão da Europa, que deveria seguir-se aos primeiros e aparentes sucessos do Exército alemão no Ocidente. O dinheiro americano praticamente criou o parque industrial soviético, que até hoje é enaltecido na Rússia como realização pessoal de Stalin.
O mais admirável em tudo isso foi que o plano concebido por Stalin para usar os alemães como "navio quebra-gelo da Revolução" não eram nem mesmo secretos. Foram alardeados mil vezes em documentos oficiais e no Pravda, sem que os líderes e os serviços de inteligência das democracias ocidentais conseguissem ver neles nada mais que efusões verbais de patriotismo inócuo. Quando terminou a guerra, a URSS saíra definitivamente do seu isolamento e se tornara a potência mundial que dominava, com a força de seus exércitos de ocupação e governos locais títeres, metade da Europa, precisamente como Stálin vinha anunciando desde os anos 30.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
Publicado em Quarta, 13 Julho 2011 20:46
Escrito por Olavo de Carvalho
Um fator complicante é acrescentado pelo fato de que muitos movimentos soi disant reacionários ou conservadores só o eram no seu discurso de auto-justificação ideológica: na prática, erguendo utopia contra utopia, acabavam se integrando no próprio movimento revolucionário que alegavam combater
O dado mais importante da história mundial desde há mais de dois séculos é também, por força de sua onipresença mesma, o mais frequentemente negligenciado – quando não totalmente ignorado – pelo comentário político usual.
Esse dado é o seguinte: o movimento revolucionário é a única tradição de pensamento político-estratégico que tem uma existência contínua e um senso de unidade orgânica desde pelo menos o século XVIII. Todas as correntes adversárias são efusões parciais, locais, temporárias e inconexas.
A marcha avassaladora do pensamento revolucionário é como uma enchente que não se defrontasse pelo caminho senão com velhos pedaços de muro erguidos a esmo, um aqui, outro ali, em toda a extensão de uma planície aberta.
A unidade da tradição revolucionária não consiste, é claro, de uma coerência em bloco, de um acordo universal em torno de princípios explícitos, tal como se tentou criar na URSS sob o nome de "marxismo-leninismo". Ao contrário, existem no seio dela antagonismos profundos, talvez insanáveis, que com freqüência se exteriorizam em lutas sangrentas. O que caracteriza a sua unidade é que toda a multidão das suas correntes e facções compõe um patrimônio comum do qual os intelectuais revolucionários estão conscientes e que alimenta, de geração em geração, os debates dos partidos e organizações revolucionárias.
Nenhum intelectual revolucionário que se preze pode se dar o luxo de ignorar as variedades internas do movimento, nem as mais remotas e insignificantes, nem as que lhe pareçam extravagantes, estéreis, desprezíveis ou abomináveis. Até mesmo entre as facções mais hostis do movimento revolucionário, como o fascismo e o comunismo, o diálogo foi intenso, não só no campo das idéias, mas no da estratégia e da tática. Josef Stálin enxergava o corpo inteiro do nazifascismo como uma peça bem integrada dos seus planos de dominação mundial, manobrando-o para seus próprios fins mediante a alternância maquiavélica de apoio estratégico e combate mortal (v. Viktor Suvorov, Iceberg. Who Started the Second World War?, Bristol, UK, Pluk Publishing, 2009).
Nada de semelhante observou-se jamais na “direita”. Entre as suas facções e divisões reina a mais incompreensiva hostilidade, quando não aquele desprezo olímpico que torna a ignorância mútua uma espécie de dever. Só para dar um exemplo mais flagrante, até hoje não foi possível nenhum diálogo entre a direita americana e a européia, que se movem em esferas epistemológicas e semânticas incomunicáveis. Um fator complicante é acrescentado pelo fato de que muitos movimentos soi disant reacionários ou conservadores só o eram no seu discurso de auto-justificação ideológica: na prática, erguendo utopia contra utopia, acabavam se integrando no próprio movimento revolucionário que alegavam combater. De nada adiantou, nisso, a advertência antecipada de Joseph de Maistre: "Não precisamos de uma contra-revolução, mas do contrário de uma revolução." Os movimentos contra-revolucionários, nos quais tantos reacionários e conservadores apostaram suas belas esperanças, nunca passaram da ala direita do processo revolucionário, fortalecendo-o na medida mesma em que imaginavam debilitá-la.
Até hoje, todas as reações que se oferecem ao movimento revolucionário são apenas pontuais, reagindo às suas manifestações particulares e esgotando-se em combates periféricos que deixam incólume o coração do monstro. É como se cada conservador, reacionário, liberal, cristão tradicionalista ou judeu ortodoxo só se desse conta da malignidade do processo revolucionário quando este fere os valores que são caros à sua pessoa ou comunidade, sem reparar na infinidade de outros pontos de ataque em torno de bolsões de resistência dispersos, onde franco-atiradores oferecem uma obstinada e vã resistência parcial a um cerco geral e multilateral.
Para complicar um pouco mais as coisas, o movimento revolucionário é uma entidade protéica, infinitamente adaptável às mais variadas circunstâncias, de tal modo que lhe é sempre possível absorver em seu proveito, reinserindo-as dialeticamente na sua estratégia geral, todas as bandeiras de luta parciais e isoladas, levantadas aqui e ali por adversários que só o enxergam por partes e fragmentos. Isso faz dos governos revolucionários os dominadores absolutos da “desinformação estratégica”, onde há pelo menos um século vêm realizando as proezas mais espetaculares, reduzindo seus adversários à condição de "idiotas úteis" a serviço de planos que transcendem infinitamente seus horizontes de consciência. Na medida em que essas derrotas e humilhações do campo reacionário se sucedem e se acumulam, formando um patrimônio negativo considerável, mais forte é a tendência de negar os fatos deprimentes mediante um discurso de autolisonja triunfal perfeitamente ilusório, recobrindo a ação revolucionária com novas e novas camadas de invisibilidade protetora.
Os políticos e os serviços de inteligência dos EUA continuam se gabando de que "venceram a Guerra Fria", quando tudo o que conseguiram foi aumentar consideravelmente o poder mundial da KGB – inclusive dentro do território americano –, servindo de intrumentos para a realização de planos traçados já desde os anos 40 por Lavrenti Beria para ampliar o raio de ação do movimento revolucionário por meio de um simulacro de autodesmantelamento do Estado comunista.
Note-se que Beria não foi nem mesmo pioneiro no uso desse artifício. Em 1921 Lênin conseguiu persuadir os governos, os serviços secretos e os investidores ocidentais de que o comunismo recém-implantado na Rússia estava em vias de extinção e ia ser em breve substituído por um sistema capitalista democrático. Com isso, não só obteve os capitais de que necessitava para consolidar o regime comunista, mas também se livrou de milhares de opositores exilados, que, persuadidos a voltar à Rússia para lutar contra o regime alegadamente moribundo, foram aprisionados e assassinados tão logo desembarcaram em território russo (v. Edward Jay Epstein, Deception. The Invisible War between the KGB and the CIA, New Tork, Simon & Schuster, 1989, pp. 22-30).
Esse vexame colossal parece não ter ensinado nada aos serviços de "inteligência" ocidentais, que vêm caindo no engodo de novo e de novo, com a solicitude mecânica de cães de Pavlov, sem jamais admitir que foram enganados.
Na II Guerra, novamente foram feitos de otários, despejando ajuda bilionária nos cofres de Stalin porque acreditaram que a URSS era a vítima desprevenida de um ataque alemão, quando o fato era que o governo soviético, além de instigar e apoiar em segredo os nazistas para que desencadeassem uma guerra mundial, já havia começado ele próprio a guerra antes de Hitler, atacando os países neutros que separavam a URSS da Alemanha e assim preparando a invasão da Europa, que deveria seguir-se aos primeiros e aparentes sucessos do Exército alemão no Ocidente. O dinheiro americano praticamente criou o parque industrial soviético, que até hoje é enaltecido na Rússia como realização pessoal de Stalin.
O mais admirável em tudo isso foi que o plano concebido por Stalin para usar os alemães como "navio quebra-gelo da Revolução" não eram nem mesmo secretos. Foram alardeados mil vezes em documentos oficiais e no Pravda, sem que os líderes e os serviços de inteligência das democracias ocidentais conseguissem ver neles nada mais que efusões verbais de patriotismo inócuo. Quando terminou a guerra, a URSS saíra definitivamente do seu isolamento e se tornara a potência mundial que dominava, com a força de seus exércitos de ocupação e governos locais títeres, metade da Europa, precisamente como Stálin vinha anunciando desde os anos 30.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
De 2010: Paes de Lira critica PNDH-3 na frente de Vanucchi.
Uploaded by deppaesdelira on Apr 27, 2010
No dia 20/4, o Deputado Federal Paes de Lira participou de audiência pública para debates sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 com o Ministro Paulo Vanucchi. Em sua fala, Paes de Lira lembrou que foi o primeiro parlarmentar a criticar o novo plano. Paes de Lira repetiu, face a face com o representante do Governo, seu posicionamento contra as tentativas de legalização do aborto, a desconfiguração das famílias, e os perigos previstos no texto do PNDH-3.
Teologia da Missão Integral
JULIO SEVERO
11 de outubro de 2011
11 de outubro de 2011
Pode o Evangelho ser usado como mero palanque de uma ideologia?
“A Teologia da Missão Integral é uma variante protestante da Teologia da Libertação”.
Julio Severo
“Deus ouviu nossas orações!” Assim disse uma viúva ao abrir a porta da frente de sua pobre casa e ver, com seu filho, várias caixas de compras de alimentos, roupas e outros produtos. Tudo estava ali, na frente de sua porta, sem identificação nenhuma do bondoso doador. Mas a viúva sabia que, fosse quem fosse, tinha sido um instrumento dAquele que toca os corações para essas preciosas expressões de amor.
Testemunhos semelhantes se repetem em todas as épocas e lugares: em suas necessidades, pessoas oram e recebem bênçãos especiais de doadores desconhecidos. São desconhecidos movidos por Aquele que é amor e humildade, e praticam o amor sem nenhuma ambição de aparecer, conforme Jesus mesmo ensinou:
“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.” (Mateus 6:1-4 ACF)
Essa é a beleza da vida cristã: o amor em ação, em obediência ao Senhor Jesus Cristo, se expressa em humildade. A caridade cristã é uma ação movida por puro amor, nunca por ideologia.
Amor versus ideologia
Mas quando entra a ideologia, entra a imposição e vai embora o amor.
Onde Deus dá a cada pessoa a liberdade de ajudar quem realmente precisa, a ideologia usa a força bruta para tirar dos outros com a desculpa de ajudar os necessitados.
Deus ajuda, mediante seus servos, pelo amor.
A ideologia, mediante seus adeptos, impõe, em nome do amor.
Deus usa as pessoas voluntariamente.
A ideologia faz uso do Estado para obrigar as pessoas.
Essa é a diferença básica entre ideologia e amor inspirado por Deus.
A ideologia gosta de lidar com dinheiro, principalmente dinheiro dos outros. Enquanto na vida cristã cada seguidor de Cristo usa seus próprios recursos para abençoar quem está em necessidade, os adeptos da ideologia usam o dinheiro que é tirado dos outros, muitas vezes pela força. E usam não somente para ajudar quem supostamente precisa, mas também a si mesmos, tal qual fazia Judas.
Judas, o apóstolo que traiu Jesus, era responsável pelo dinheiro que as pessoas voluntariamente doavam para os pobres. Ele usava o dinheiro para ajudar não somente os pobres, mas também a si mesmo, e ainda assim aceitou suborno para trair o Mestre.
A traição ao Mestre pode ocorrer de diversas formas. Quando um cristão só ajuda os pobres com o dinheiro dos outros, vive disso e promove uma ideologia que defende o Estado no papel de tirador do dinheiro dos outros para supostas caridades, o nome de Jesus não é glorificado. É traído.
O que, por exemplo, faria um pastor adepto da Teologia da Missão Integral viajar a Venezuela para dar apoio a Hugo Chavez, por suas políticas supostamente voltadas aos pobres? Por que esse pastor não procurou um bom trabalho a fim de fazer, com o dinheiro de seu suado salário, caridade para os pobres?
Assistência apostólica seletiva
Tanto os adeptos da Teologia da Libertação quanto os adeptos da Teologia da Missão Integral se julgam mais apóstolo do que os doze apóstolos de Jesus. Os primeiros apóstolos tinham na igreja um ministério de caridade não voltado aos descrentes ou à sociedade, nem mesmo a todos os crentes. Era voltado exclusivamente às viúvas que preenchessem certos requisitos:
“Cuide das viúvas que não tenham ninguém para ajudá-las. Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, são eles que devem primeiro aprender a cumprir os seus deveres religiosos, cuidando da sua própria família. Assim eles pagarão o que receberam dos seus pais e avós, pois Deus gosta disso. A verdadeira viúva, aquela que não tem ninguém para cuidar dela, põe a sua esperança em Deus e ora, de dia e de noite, pedindo a ajuda dele. Porém a viúva que se entrega ao prazer está morta em vida. Timóteo, mande que as viúvas façam o que eu aconselho para que ninguém possa culpá-las de nada. Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente dos da sua própria família, negou a fé e é pior do que os que não crêem. Coloque na lista das viúvas somente a que tiver mais de sessenta anos e que tiver casado uma vez só. Ela deve ser conhecida como uma mulher que sempre praticou boas ações, criou bem os filhos, hospedou pessoas na sua casa, prestou serviços humildes aos que pertencem ao povo de Deus, ajudou os necessitados, enfim, fez todo tipo de coisas boas. Mas não ponha na lista as viúvas mais jovens; porque, quando os seus desejos fazem com que queiram casar de novo, elas abandonam a Cristo. E assim elas se tornam culpadas de quebrar a primeira promessa que fizeram a ele. Além disso, elas se acostumam a não fazer nada e a andar de casa em casa; e, pior ainda, aprendem a ser mexeriqueiras, metendo-se em tudo e falando coisas que não devem. Por isso, eu quero que as viúvas mais novas casem, tenham filhos e cuidem da sua casa, para que os nossos inimigos não tenham motivos para falar mal de nós. Pois algumas viúvas já se desviaram e seguiram Satanás. Se alguma mulher cristã tem viúvas na sua família, ela deve ajudá-las. Que ela não ponha essa carga sobre a igreja, para que a igreja possa cuidar das viúvas que não tenham ninguém que as ajude!” (1 Timóteo 5:3-16 NTLH)
A ajuda da igreja era seletiva. Todas as viúvas em necessidade não tinham um direito automático de receber assistência. Elas tinham primeiramente de passar por alguns testes de qualificação moral.
Contudo, mais comumente adeptos de teorias cristãs de linha marxista se baseiam na decisão dos primeiros apóstolos orientando toda a igreja judaica a entregar suas propriedades à liderança apostólica. Mas, ao contrário do que uma interpretação de Teologia da Missão Integral (MTI) faria, a intenção dos apóstolos jamais foi transformar a igreja numa mega-agência de caridade para toda a sociedade.
O mesmo capítulo 5 de Atos que fala sobre entregar tudo aos apóstolos fala também sobre apóstolos cheios de poder do Espírito Santo: “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos”. (Atos 5:12)
O verdadeiro Cristianismo pratica caridade para quem realmente precisa e merece, e faz sinas e prodígios no meio do povo: curas, expulsões de demônios, etc. Os adeptos da MTI, que não são conhecidos por sinais e prodígios de curas e libertação no meio do povo, são mais conhecidos por defenderem o papel da igreja como uma força de pressão sobre o Estado em sua ânsia de tirar os recursos dos cidadãos para supostas práticas de caridade sem a seletividade que os apóstolos tinham.
Decisão dos apóstolos: inspiração estatal, ideológica ou meramente eclesiástica?
A decisão dos apóstolos de que todos os membros da igreja tinham que ter tudo em comum tinha como objetivo:
* Deixar os membros pobres e enriquecer os apóstolos, assim como se faz na moderna Teologia da Prosperidade.
* Criar um sistema político para tirar de quem não tem para dar a quem não tem, conforme propõe a Teologia da Missão Integral.
Se você escolheu uma das duas opções, você errou.
O que os apóstolos fizeram não foi um meio de se enriquecer à custa dos membros. E eles também não estavam usando a igreja para criar um sistema político. Foi exclusivamente uma decisão interna, uma decisão voltada apenas para a igreja judaica. Jamais foi intenção deles transformar sua experiência de igreja em teocracia socialista, pressionando o Estado a impor sobre a sociedade uma repartição forçada de bens.
Uma transferência desse sistema para a esfera secular teria de impor certas medidas:
* Todos os cidadãos deveriam se submeter à autoridade dos apóstolos estatais e a insubmissão teria a mesma conseqüência que sofreram Ananias e Safira: a pena de morte.
* Todos os cidadãos deveriam entregar todos os seus bens aos apóstolos estatais.
Mesmo que ousemos considerar a possibilidade dos apóstolos aceitando a secularização de sua decisão particular para sua igreja, transferindo-a para a sociedade, qual seria o resultado?
A igreja judaica dos 12 apóstolos sofreu muito economicamente quando foi atingida por uma grande crise de fome que atingiu todo o Império Romano. Mas as igrejas fundadas e dirigidas pelo Apóstolo Paulo na Ásia Menor e Europa, que também estavam no Império Romano, não só tiveram força econômica para prevalecer sobre a crise de fome, mas até mandavam ajuda para a empobrecida igreja judaica.
Havia uma diferença marcante: Paulo não quis trazer para suas próprias igrejas as práticas dos apóstolos de Jerusalém, que haviam estabelecido tudo em comum. (Veja um estudo mais detalhado aqui.)
Assistencialismo forçado
Se uma grande fome atingir o mundo — e onde há políticas socialistas predominantes, a miséria é inevitável a curto ou longo prazo —, até mesmo as igrejas cristãs serão afetadas, inclusive igrejas dirigidas por apóstolos. Mas escaparão as igrejas que não foram infectadas pela visão que está a serviço de uma ideologia de falsa compaixão.
Vejamos a proposta da Teologia da Missão Integral (TMI) usando como base as práticas dos apóstolos:
A TMI quer que o Estado obrigue todas as pessoas a repartir sua renda para seus programas assistencialistas.
A igreja apostólica usava apenas os recursos da igreja para sustentar a própria igreja, nunca usando esses recursos para assistencialismo no mundo.
A TMI apóia qualquer governo corrupto e sem moral, contanto que faça “assistencialismo”.
A igreja apostólica não tinha nenhuma proposta ou exemplo assistencialista ou político. O que ela tinha era um programa de assistência às mulheres viúvas. Esse programa estipula duas coisas bem claras: O dever de sustentar as viúvas pertence às famílias delas. As que não tinham famílias podiam contar com a ajuda da igreja se preenchessem certas condições de bom testemunho cristão. As viúvas sem bom testemunhos ficavam de fora. Portanto, para ser qualificado para receber a ajuda da igreja, não bastava ser pobre. Tinha de ter bom testemunho.
Entretanto, os adeptos da TMI querem o Estado no lugar tanto das famílias como das igrejas. Embora se classifiquem como cristãos e usem o Evangelho fora de contexto, suas ações mostram que eles estão trabalhando para criar um Estado mais forte, transferindo para ele as responsabilidades que são das famílias e das igrejas.
Sob inspiração marxista, mas com roupagem bíblica estratégica, a teocracia socialista é de longe hoje a forma mais popular e predominante de ação política cristã, onde católicos e evangélicos progressistas pressionam o Estado a impor sobre a sociedade a repartição forçada dos bens dos cidadãos, sob o pretexto socialista de justiça social. Aliás, o Estado teocrático socialista quebra toda separação entre igreja e Estado, removendo das igrejas e suas famílias as áreas da educação, saúde, caridade, etc.
Em nome da compaixão pelos pobres, as comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, infectadas com a Teologia da Libertação, pregavam que uma teocracia socialista era plenamente justificável. Com suficientes bases bíblicas da Teologia da Libertação, a CNBB marxista deu o sinal verde para o PT e Lula subirem ao poder. Não muito atrás, os adeptos da Teologia da Missão Integral também sinalizaram para Lula que ele e sua gangue tinham o apoio dos evangélicos para decolar.
Hoje, graças à Teologia da Libertação e à Teologia da Missão Integral, o Brasil tem um Estado cada vez mais socialista supostamente voltado para “os pobres”. E não nos deixemos enganar. Embora a palavra “teologia” apareça frequentemente, o que vale aí é a ideologia. O próprio Ariovaldo Ramos reconheceu, na revista marxista Diplomatique, que “A Teologia da Missão Integral é uma variante protestante da Teologia da Libertação”. E a Teologia da Libertação é a mais importante variante religiosa da ideologia marxista. São duas faces da mesma moeda.
Adeptos dessa teologia, que também se consideram “progressistas”, têm histórico comprovado de ligações socialistas.
Eles provocam incontáveis estragos à divulgação do Evangelho, ao pervertê-lo e colocá-lo a serviço de uma ideologia que nada tem a ver com Jesus Cristo. Cada tentativa de se implantar um reino humano dessa ideologia trouxe a manifestação do reino das trevas: matanças, genocídios, mentiras, destruição e horrenda perseguição aos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.
Roubo em nome da compaixão
Em nome da compaixão pelos pobres, o governo teocrático socialista tira de você e de mim muito dinheiro através de políticas vorazes de impostos. Vejamos agora alguns exemplos do uso do nosso dinheiro:
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para ajudar o pobre do Fidel Castro e seu pobre governo comunista.
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para ajudar a pobre Autoridade Palestina, que precisa perseguir cristãos e ajudar seus pobres grupos terroristas contra Israel.
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para ajudar os pobres grupos homossexuais a promover suas orgias, inclusive promovendo o homossexualismo nas escolas públicas.
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para financiar grupos pró-aborto a ajudar as pobres mulheres e os pobres médicos a livrarem a sociedades de opressores bebês em gestação.
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para ajudar os pobres políticos socialistas do Brasil a viajarem pelo mundo inteiro para se encontrar com amigos terroristas e ditadores.
* Meu dinheiro é tirado à força de mim para ajudar muitos outros tipos de pobres, conforme o governo decidir.
E, já que estamos numa teocracia, todos devem obedecer, sem questionar. Já viu alguém querendo questionar a Deus? Mas, você perguntará, se estamos numa teocracia, onde está Deus no centro? Ah, esqueceram de avisar! Logo que a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral se tornam realidade numa nação, há uma pequena mudança de “governo”. O papel meramente simbólico de Deus é discretamente removido e o Estado socialista ocupa o trono! “Ei, Deus! Obrigado por nos deixar usar seu nome para avançar nossa revolução! Obrigado também por nos emprestar algumas partes do teu Evangelho por meio da Teologia da Libertação e da Teologia da Missão Integral!”
Entretanto, não fique chocado: a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral garantem que a preocupação central sejam os pobres e, quer a teocracia socialista tenha Deus ou o Estado no trono, muito pouco importa. O que importa é fazer tudo em nome da compaixão e dos pobres!
Jesus Cristo é a favor dos pobres, mas sua compaixão nada tem a ver com o socialismo. Ele nos ensina a amar e ajudar os pobres voluntariamente. Eu e muitos cristãos bem que gostaríamos de fazer mais, mas a teocracia socialista vem sufocando nos cidadãos todos os recursos que deveriam estar disponíveis para atos voluntários de caridade: Imensas quantias de impostos são tragadas pelo Estado, em nome da compaixão pelos pobres, para financiar imensas políticas socialistas, inclusive bolsas-famílias que sustentam um grande curral de eleitores que sustentam a teocracia socialista.
Com o Deus verdadeiro, você tem a opção e o livre arbítrio de ajudar os pobres, o quanto você quiser, do jeito que você quiser, quando você quiser. Com o falso deus da teocracia socialista, a opção e o livre arbítrio são degolados. Quer queira quer não, você e principalmente seu bolso são chamados a contribuir involuntariamente para a revolução teocrática socialista AQUI E AGORA.
Há uma diferença cósmica entre Jesus e o Estado.
Jesus não usa o Estado para enganar os pobres, nem o usa para tirar dinheiro de ninguém, nem o usa para forçar ninguém a perder seu livre arbítrio. Jesus chega até a pessoa e a convida: Você quer me seguir? Você quer ajudar seu próximo?
Precisamos ajudar os “pobres”.
Aí você responde:
Legal! Com o que você vai ajudá-los?
Com o seu dinheiro.
Mas eu não posso dar agora…
Não estamos pedindo sua colaboração. Estamos exigindo seu dinheiro.
Peraí. Jesus quer que eu ajude, mas nem ele me obriga a nada.
Por acaso temos cara de Jesus? Entregue imediatamente seu dinheiro. Do contrário, você será preso por insubmissão ao Estado.
Sem opção, você entrega seu dinheiro. Seus bolsos se esvaziam, e os bolsos dos poderosos “a serviço” do Estado “compassivo” se enchem.
Qual é a diferença entre a Teologia da Prosperidade e a Teologia da Missão Integral?
As duas esvaziam seus bolsos. A primeira, no altar da igreja; a segunda, no altar do Estado.
Na Teologia da Prosperidade, você enriquece os líderes da igreja, se você quiser ofertar. Lembre-se: a Teologia da Prosperidade não força ninguém a entrar na igreja e dar dinheiro.
Na Teologia da Missão Integral, você enriquece os líderes do Estado e suas loucuras, quer você queira ou não. Lembre-se: a Teologia da Missão Integral defende uma teocracia socialista onde todos são forçados a entregar dinheiro no altar do Estado.
Estado pecador
Em sua desculpa de ajudar os pobres por meio do aumento incessante e cruel de impostos, o governo comete três pecados:
* Quebra um dos Dez Mandamentos, que exige não roubar.
* Tira do cidadão sua oportunidade de voluntariamente ajudar os pobres.
* Sustenta um populismo pesadamente caro para se solidificar no poder.
Jesus ensinou bem claramente em Mateus 6 que cada homem — jamais o Estado — tem a responsabilidade e opção de ajudar diretamente os pobres. E Jesus ensinou também a forma de dar: sem que ninguém saiba.
Por mais que queiram os adeptos da Missão Integral ou os adeptos da Teologia da Libertação, o governo não consegue cumprir esses dois ensinamentos, por um motivo bem simples: é dirigido às pessoas da igreja, não ao Estado.
Quando o Estado entra na esfera da igreja, para cumprir o papel de seus membros, o resultado é perversão. Enquanto o homem ou a mulher que ama Jesus ajuda os pobres com seus próprios recursos pessoais, o Estado que não ama Jesus tira os recursos dos cidadãos à força e, bem diferente do que Jesus mandou, faz propaganda e publicidade aos quatro cantos do mundo de toda migalha que dá, fazendo trombetas tocarem sobre si e se fortalecendo num populismo oportunista.
Provavelmente, o governo gaste, do dinheiro do povo, tanto em migalhas aos pobres quanto em propaganda para manter sua imagem de “protetor dos pobres”.
Imagine agora o cenário: Um homem está determinado a seguir a orientação de Jesus de ajudar os pobres. Assim, ele vai até seu vizinho e diz: “Entregue-me seu dinheiro!” Diante da recusa do vizinho, o homem o ameaça, finalmente conseguindo a grana. Com o dinheiro em mãos, ele divulga para a cidade inteira que ele vai ajudar os pobres. Pega uma parte boa do dinheiro e dá aos jornais, para fazerem muita propaganda da generosidade dele. Pega outra parte do dinheiro e dá aos seus amigos homossexuais, para que possam farrear à vontade. Pega outra parte do dinheiro e dá para sua amiga que tem um trabalho de defender o aborto. Dá outra parte para outros amigos. Pega um pouco para si e, finalmente, para não ser injusto com seu populismo, espera os jornalistas, as câmaras, TVs, rádios, etc., para entregar sua “ajuda” aos pobres.
Essa é a caridade sem Deus.
Essa é a caridade estatal.
Como é que alguns cristãos foram se meter nisso?
Eu creio que Jesus Cristo deu aos cristãos a autoridade e o poder de realizar sinais, prodígios e maravilhas, inclusive expulsando demônios. (Veja Marcos 16)
Já passou da hora de os cristãos expulsarem de seu meio a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral.
Fonte: www.juliosevero.com
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".