Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
sábado, 4 de abril de 2009
Relembrando - FRASES DE STALIN
. Morte é a solução para todos os problemas. Nenhum homem, nenhum problema;
. Educação é uma arma que afeta a quem a tem nas mãos e para quem a apontamos;
. Gratidão é uma doença sofrida por cães.
. Não confio em ninguém, inclusive em mim.
. Idéias são mais poderosas que armas. Não permitimos que nossos inimigos portem armas, por que deveríamos permitir idéias?
. A imprensa é a arma mais forte e pontiaguda de nosso partido
. O único poder real vêm da ponta do cano de um longo rifle.
. Os eleitores não decidem uma eleição. As pessoas que contam os votos sim!
"Jornalista" Marray tenta dizer mas, como esquerdopata, não consegue, claro...
Mas antes vamos ler o que o rapaz diz em seu blog (Perereca Carioca) só para a gente ter uma idéia da "intelequitualidade" da criatura, que comprova o contesto de sua fala:
"Cacete! Estava eu pensando em fazer um blog apenas de putaria e dicas sobre sexo e casas de prostituição mas, como tenho muita coisa na cabeça, preferi escrever, copiar, roubar matérias e tudo que estiver disponivel neste espaço infinito de idéias que é a internet"
O contesto em que as frases* são ditas também fazem parte da história. É muito fácil pegar uma frase qualquer de grande impacto e e induzir um pensameto pseudo-crítico sem considerar o momento histórico em que foi dita.
Stalin disse muito mais que isso seu merda!
Ah sim, deve ter dito, por exemplo, se gostava de chocolate, "Eu amo chocolate". Também deve ter proferido alguma vez na vida algo do tipo "Ser ditador é maravilhoso, eu faço o que quero e ninguém se mete senão eu mando matar". Acredito também que deva ter falado "Como é bom ter idiota útil que puxa meu saco para tentar ganhar algumas migalhas."
"Líderes vão e vem, mas o povo permanece. Apenas o povo é imortal." (Só a parte do povo que ele não matou, claro.)
"O povo deve ser educado com o mesmo cuidado e ternura com que um jardineiro cultiva uma árvore frutífera de estimação." (Educação satanista/comunista, esta sim. Educação para a liberdade, mérito e superior de fato, jamais!)
"Eu acredito em apenas uma coisa: o poder da vontade humana." (A dele e da sua curriola, claro. A dos "dissidentes" sumia pois eram assasssinados, não há quem negue fatos históricos.)
Tentar manipular idéias é a coisa mais ridícula que os direitopatas vem tentando fazer a milhares de anos.... (Nossa, temos milhares de anos de existência!!! Viram o que é torcer a história e exergar o passado através de uma visão ideológica? Ou seja, viram o que é canalhice e esttupidez, para dizer o mínimo? Que eu saiba os conceitos direita e esquerda foram criados há poucos anos atrás, se olharmos para o tempo em que a criatura humana existe. Vale tudo para justificar uma vida estúpida, assim é um doente social/espiritual . Mas também, com um mestre satanista, queríamos o que?)
Viva Stalin
Seu merda!!!
Tem tanto medo das idéias alheias que precisa moderar os de poimentos... (Sim, aqui não é o lixo da sua existência, sr. Jornalista. É MEU espaço e nele faço o que eu quiser. Medo de sociopata eu não tenho e a prova é esta: trazer a sua estupidez para o grande público do jeito que você a manifestou, com link de seu perfil e tudo.)
coisa de ditador burguês e golpista... (Me dê o poder de um ditador que você vai ver o que eu faria!!!)
3 de Abril de 2009 20:14
E usando da mesma desculpa que a criatura usa, eu entendo que devemos falar qualquer coisa que seja, desde que falemos também algumas coisas doces e bonitas ao longo da vida como "Eu amo minha esposa", "Eu gosto de cachorro", "A vida é bela". Fazendo desta forma, possíveis atrocidade estariam automaticamente desculpadas.
Tenho aprendido muito com a esquerdopatia, sabem? Estou entendendo as regras que eles aceitam. Se aceitam é porque se submetem a elas. Acredito que um dia teremos que usá-las para nos limpar de nossos possíveis "escorregões". Aliás, acho que nossos militares deveriam fazer isto já. Assim os 400 mortos dos "porões da ditadura", como eles adoram chamar as celas onde sociopatas ficaram trancafiados, estariam IMEDIATAMENTE DESCULPADOS PELA MÍDIA, PELOS MILITANTES E TODOS MAIS. Fica a dica.
*as frases citadas são pura beleza, vejam só o que o sr. Marray, cujo primeiro nome deve ser Jornalista quer justificar com algum CONTEXTO qualquer que seja. Vejam se cabe a "explicação" da criatura:
. Uma única morte é uma tragédia. Um milhão de mortes é estatística.
. Morte é a solução para todos os problemas. Nenhum homem, nenhum problema;
. Educação é uma arma que afeta a quem a tem nas mãos e para quem a apontamos;
. Gratidão é uma doença sofrida por cães.
. Não confio em ninguém, inclusive em mim.
. Idéias são mais poderosas que armas. Não permitimos que nossos inimigos portem armas, por que deveríamos permitir idéias?
. A imprensa é a arma mais forte e pontiaguda de nosso partido
. O único poder real vêm da ponta do cano de um longo rifle.
. Os eleitores não decidem uma eleição. As pessoas que contam os votos sim!
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Conservadorismo, Tradicionalismo e Progresso
Para alguns, que são mais intuitivos, a palavra conservador representa uma posição, uma instituição ou mesmo um indivíduo qualquer, com modos de ser mais moralizados. Para outros, mais acadêmicos, a palavra é tomada no sentido etimológico, e representaria quem quisesse conservar o estado atual das coisas.
Neste sentido, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, príncipe do Brasil, bisneto do imperador Dom Pedro II, ao fornecer uma entrevista à “A Revista de Portugal”, ressaltou: “quando se fala de conservador há uma idéia de conservar o passado. Quando se fala em tradição fala-se de aprender as lições do passado, analisar as do presente para projetar o futuro. O progresso tem de ser necessariamente tradicionalista. [...] Recusar a tradição é a mesma coisa que fazer tábua rasa de todo o passado”. (nº 11 • Ano 1 • Dezembro 1998)
Ao falar sobre o movimento contra-revolucionário, Plínio Correa de Oliveira escreve que ela é conservadora “se se trata de conservar, do presente, algo que é bom e merece viver”. E não será conservadora quando “se trata de perpetuar a situação híbrida em que nos encontramos, [...] mantendo-nos imóveis como uma estátua de sal, à margem do caminho da História e do Tempo, abraçados ao que há de bom e mau em nosso século, procurando assim uma coexistência perpétua e harmônica do bem e do mal”.
Analisando os pensamento do professor Plínio Correa de Oliveira e de Dom Bertrand, conclui-se que devemos conservar do presente algo que é bom e merece viver.
Todo bom conservador deve ser também bom tradicionalista para aprender as lições do passado, analisar as do presente para poder projetar o futuro.
Uma pessoa que por mero amor às formar antigas conserva ritos, estilos ou costumes, sem qualquer apreço pelo doutrina que os gerou, não lhe caberá o rótulo de "tradicionalista", mas sim de arqueologista. Pois, a tradição é viva e não morta.
Para terminar, progressita é uma pessoa que defende o progresso sem tradição. Este modo de ser tem sua origem, freqüentemente, pela mania de novidades, a que se referia Leão XIII, nas palavras iniciais da Encíclica Rerum Novarum.
Relativismo moral e o fim da civilização ocidental*
Uma coisa é reconhecer a incerteza que caracteriza certas áreas e etapas do conhecimento. Outra é armar barraca nos porões da dúvida sobre tudo e todos. No entanto, a moral relativista alonga os cílios, requebra os quadris e se faz sedutora pela completa liberalidade que disponibiliza. Eu acho, tu achas, ele acha e ninguém tem nada com isso, tá sabendo, mano? E a mente, por esse caminho, vai virando uma pipoqueira de dúvidas confortáveis. Se tudo é incerto e relativo, não há valores permanentes, limites determináveis nem proibições admissíveis. Família já era, postes fazem xixi nos cachorros e alunos espancam professores.
Vá que seja, estou exagerando um nadinha porque os relativistas têm lá suas convicções. Poucas, mas têm. Uma delas, por exemplo, afirma que os totalitarismos se fundam sobre certezas que não admitem contestação. Estão corretos. É fato histórico. Mas então nem tudo é tão incerto? Existem algumas certezas? Tipo assim: o Inter venceu o Gre-Nal? Os totalitarismos são uma grande droga? Assino embaixo.
Testemos outro acordo: o fato de que só o aborto consegue ceifar mais vidas humanas do que o comunismo entra, também, nessa galeria dos nossos consensos? Suspeito que não. Os militantes do ceticismo olham para um feto com 10 semanas de gestação – cabeça, tronco, membros, coraçãozinho pulsante, pezinhos de um centímetro – e sugerem tratar-se de “coisa”. Coisa expurgável, como muco nasal, ou extraível, como cálculo biliar. Percebeu o paradoxo, leitor? Esse duvidar a tal ponto dos próprios olhos ou é um problema oftalmológico (uma catarata da Razão), ou é o máximo em matéria de fé! Fé na própria dúvida, a despeito de toda evidência.
Os relativistas escamoteiam o fato de que suas incertezas também determinam uma “moralidade”. E é uma “moralidade” pimpona, cheia de si, do topo de cujos saltos altos exerce sua militância materialista, antiteísta e anticatólica. Atenção, porém! Nada há de novo ou moderninho nesse combate à moral contida nos Dez Mandamentos e no Direito Natural. O Estado ateu, o apartheid que transforma em subcidadãos os que têm fé, o direito sem referências morais e o materialismo como religião são as unhas e os dentes de sistemas que patrocinaram e patrocinam os grandes horrores dos últimos cem anos. É tudo coisa já testada. E reprovada. Seu alvo são as virtudes e os valores inerentes à tradição judaico-cristã, arrimo dos princípios da dignidade da pessoa humana, do bem comum, da solidariedade, do zelo prioritário pelos mais carentes e de todos os grandes fundamentos da Justiça.
As políticas carcerárias do FORO DE SÃO PAULO
Obama está fadado a desapontar
Até mesmo a imprensa que tem simpatia pelo governo está começando a falar de uma "crise de incompetência" (Cavaleiro do Templo: incompetência não, altíssima competência. Obama está lá para AJUDAR A ACABAR com os Estados Unidos. Esta é a função dele. Quem lê os blogs daqueles poucos sabem do que estou falando). No exterior, Coreia do Norte, Rússia, China e Irã adotaram um tom mais agressivo. Em casa, a agenda "cavalo de Troia" de Obama - usar a crise econômica como desculpa para promover mudanças sociais radicais em áreas que não têm relação com o retorno do crescimento econômico - ameaça arrastar o seu governo para areias movediças ideológicas quanto tudo o que a população realmente deseja são empregos.
Um presidente que tem ambições históricas jamais se contentaria com a resolução de uma simples recessão. Assim, no seu discurso na televisão perante ambas as casas parlamentares em fevereiro ele deu uma lição especial de história: "A nossa economia não entrou em declínio da noite para o dia. E os nossos problemas também não começaram quando o mercado imobiliário entrou em colapso ou o mercado de ações afundou". Ele disse que a atual recessão e os problemas imobiliários e financeiros têm causas mais profundas. E quais são esses males subjacentes que necessitam tanto do toque do xamã? O presidente citou quatro: energia, sistema de saúde, educação e dívida.
Os norte-americanos que se concentraram nas palavras do presidente e não no seu discurso caracteristicamente bem declamado acharam o diagnóstico desconcertante. De fato, a educação, o setor de energia e a política de saúde nos Estados Unidos, como quase em todos os países, precisam de ajuda. Mas será que as falhas dos Estados Unidos nessas áreas são de fato as causas do colapso do setor imobiliário e da paralisação do sistema bancário?
Dois dias após o seu discurso no Congresso, o presidente apresentou um esboço de 150 páginas do seu orçamento, que, no valor de US$ 3,6 trilhões, já representa a maior e a mais ambiciosa expansão do Estado norte-americano desde a Great Society (Grande Sociedade) de Lyndon Johnson (Cavaleiro do Templo: viram? isto se chama SOCIALISMO/COMUNISMO disfarçado). Apesar das promessas em contrário, o orçamento defende um déficit que - correspondendo a 12,7% do produto interno bruto - é quatro vezes maior do que quaisquer dos grandes déficits registrados durante o governo de George W. Bush.
Dirigido pelos compromissos colossais com as três áreas sociais prioritárias de Obama, o orçamento dele propõe ampliar os gastos federais, que em 2008 corresponderam a 21% da economia, para 28% em 2009. Acrescentem-se a isso os gastos nos níveis estadual e municipal, e a parcela governamental da economia dos Estados Unidos chegará a cerca de 45%, o que é mais ou menos o patamar do Reino Unido. O esboço do orçamento de Obama apresenta os adicionais US$ 634 bilhões para o sistema de saúde como um adiantamento do custo integral do serviço de saúde universal, que ele calcula que será o dobro da quantia que está fornecendo. Segundo Obama, o Congresso terá que encontrar o resto do dinheiro.
A educação nos Estados Unidos é uma questão pertinente aos Estados individuais, e não ao governo federal. A constituição é clara quanto a isso, mas Washington, especialmente durante o regime Bush, avançou inexoravelmente sobre esta área. E agora Obama apodera-se de forma sem precedentes dela em nome do governo central, ao pedir a aplicação de padrões universais nas escolas. As cifras referentes a essa iniciativa ainda não foram publicamente divulgadas, mas serão enormes (Cavaleiro do Templo: Obama quer escolas iguais (em incompetência) para, no final, impedir que CONHECIMENTO DE FATO chegue aos jovens transformando-os em imbecis úteis à revolução e inúteis para todo o resto, como no Brasil).
Quanto ao setor de energia, acredita-se que Obama obtenha US$ 600 bilhões com a venda de direitos negociáveis de emissão de carbono. Isto representa fundamentalmente um grande imposto adicional sobre todas as atividades do setor privado - US$ 800 por ano em novos impostos para cada norte-americano. O novo imposto de emissão de carbono é formulado de forma a tornar a tradicional economia do setor de energia tão cara que as outras alternativas tornem-se viáveis. (Cavaleiro do Templo: que bela forma de tornar viável o que é inviável, não? Entendam vocês como a coisa funciona: tudo é desculpa para o GOVERNO assumir o CONTROLE TOTAL do país. Assim é aqui, lá também está indo por aí. Se uma forma de energia é inviável, para que torná-la viável AUMENTANDO O CUSTO DA VIÁVEL? Lógico que é para roubar dinheiro do contribuinte, mas não pára por aí apenas. Se isto não é IDEOLOGIA, é o que? Se isto não é enfiar goela abaixo de todos o que um grupelho de gente ACHA O CERTO, é o que então?)
A apressada e não debatida legislação de estímulo do presidente, no valor de US$ 800 bilhões, foi a maior medida individual de gastos na história do governo dos Estados Unidos. Ela pouco tem a ver com consertar a economia atual e tudo a ver com uma agenda social do tipo "grande Estado": 80% dos gastos previstos no projeto ocorrerão após o final deste ano, quando até mesmo a equipe de Obama prevê um saudável crescimento de 3% do produto interno bruto. Não é de se admirar que, apesar de ter passado duas semanas cortejando os parlamentares republicanos, Obama não tenha sido capaz de atrair nem um só deles, o que acabou com as suas promessas de campanha no sentido de adotar ações bipartidárias.
Assim, o plano do presidente Obama representa um realinhamento radical da economia política dos Estados Unidos. Para tornar este programa aceitável, Obama faz um uso agressivo de comparações com a Grande Depressão. Mas essa comparação é falsa.
A recessão atual consiste em uma contração econômica normal, em termos de gravidade e duração, segundo os padrões históricos. Considerando-se que todos os setores preveem que o crescimento econômico retornará na segunda metade deste ano, a economia dos Estados Unidos está se saindo substancialmente melhor do que durante a recessão de 1981-1982, quando o desemprego, que atualmente é de 8,1%, chegou a 10,8%.
Assim, apesar dos constantes paralelos traçados pelo presidente, a situação atual não é nem remotamente comparável à Grande Depressão. A produção automotiva caiu 90% em 1932, contra 25% em 2008. Em 1931 e 1932 mais de 10 mil bancos faliram, enquanto que em 2008-2009 houve apenas um punhado de falências similares. E em 1932 o índice de desemprego ultrapassou os 25%.
A economia dos Estados Unidos pode não estar tão ruim quanto Obama diz, mas ela encontra-se de fato em dificuldades. E ele sem dúvida deveria estar fazendo algo a respeito disso. No entanto, em vez disso, Obama está usando isso como uma oportunidade para promover aquilo que, para os padrões dos Estados Unidos, é uma agenda ideológica tremendamente ambiciosa. Do "New York Times", à esquerda, ao "Wall Street Journal", à direita, o orçamento de Obama tem sido classificado como a maior mudança nas políticas dos Estados Unidos desde a revolução Reagan na década de 1980.
Obama de fato prometeu algumas dessas enormes iniciativas políticas durante a campanha de 2008. Mas o maior momento de franqueza que emergiu deste governo até o momento deu-se quando o chefe de gabinete, Rahm Emanuel, afirmou: "Ninguém deseja jamais que uma crise séria seja desperdiçada. Esta crise proporciona a oportunidade para que façamos coisas que não teríamos sido capazes de fazer antes". Hillary Clinton, a outra grande força no governo, fez a mesma observação recentemente, em Bruxelas: "Jamais desperdice uma boa crise... Não a desperdice quando ela pode ter um impacto bastante positivo sobre a mudança climática e a segurança energética".
Isso é de tirar o fôlego. Os membros mais graduados do governo Obama estão confessando publicamente (e talvez involuntariamente) a existência de precisamente aquele tipo agenda cabalística secreta que era o fator mais odiado quanto ao governo Bush. Imaginem a apoplexia da base política de Obama se Dick Cheney tivesse chamado o 11 de setembro de uma "boa crise" porque ela proporcionou uma boa desculpa para uma invasão do Iraque que há muito o governo pretendia fazer.
A retórica alarmista de Obama é muito diferente do tom do seu herói econômico, Franklin Roosevelt. Os desafios atuais de Washington são pequenos se comparados àqueles enfrentados por Roosevelt. A natureza do Estado norte-americano mudou. Em 2008, após uma enorme expansão fiscal sob Bush, o governo federal respondia por 20% da economia. Em 1930 essa parcela governamental era de 3%. E, ao contrário de Roosevelt, Obama contou com o benefício de 80 anos de história.
Obama prometeu tentar usar impostos para procurar sair do buraco de gastos que está criando, com cada vez mais taxações sobre aqueles que ganham mais de US$ 250 mil por ano. Isso não tem como funcionar. Independentemente dos danos que tais desincentivos causarão aos investimentos e aos pequenos negócios, os impostos de estilo Obama, concentrados nos ricos, simplesmente não são capazes de arrecadar dinheiro suficiente para cobrir os gastos de estilo Obama. Incapaz de tapar o buraco com impostos, o Tio Sam será obrigado e imprimir papel moeda em uma escala jamais vista desde o governo Jimmy Carter.
Obama cita Ronald Reagan quase com a mesma frequência com que cita Roosevelt, mas caso ele deseje uma comparação apropriada para a situação atualmente enfrentada pelos Estados Unidos, o exemplo não seria nem a Grande Depressão nem a revolução Reagan, e sim os problemas da era Carter: debilidade e pessimismo impressionantes tanto no país quanto no exterior.
Ao retornar ao estado de espírito da breve (1931-1939) experiência do New Deal, que foi por si só uma anomalia nos 240 anos do país, Obama está revertendo o rumo filosófico do Estado norte-americano. Isso é o oposto daquilo que os norte-americanos moderados acreditavam que receberiam ao votarem nele.
Um centrista pós-partidário: essa foi a mentira do século. Agora o Obama real emergiu. A versão moderada e sustentável do Partido Democrata, personificada pelos presidentes Kennedy e Clinton, baseada na responsabilidade fiscal e em uma economia de baixos impostos e elevado crescimento, foi arquivada. A ideologia retornou. Para os democratas pragmáticos em um país politicamente moderado que ainda se baseia em uma filosofia de forte liberdade individual, essa expansão revolucionária do governo federal é muito preocupante. Não é essa a mudança que buscávamos.
Assim, a grande pergunta atual nos círculos democratas é: "O que Hillary Clinton fará a respeito disso?" Aqueles que a apoiaram ainda sentem que roubaram a eleição da sua candidata. Com o capital em greve, os Estados rebelando-se contra a agenda de dependência traçada pelo presidente, o secretário do Tesouro provavelmente prestes a ser substituído, vários cargos ainda não preenchidos, a imprensa liberal ansiosa e os índices de popularidade despencando, a saída de Hillary Clinton poderia afundar um governo que já dá a impressão de ser uma canoa furada, colocando à frente dela um caminho desimpedido para a candidatura democrata em 2012.
Pessoas sérias não gostam de estar associadas a uma Casa Branca que, oito semanas após a posse e quatro meses após a eleição, em um momento de conturbação econômica concreta, não conta com um único indicado para os vários cargos do Departamento do Tesouro, e muito menos com um indicado concreto sentado atrás de uma mesa de trabalho. Esse fiasco quanto ao preenchimento dos cargos repete-se nos departamentos de Defesa, de Estado e muitos outros. Nunca se viu nada semelhante a isso em Washington.
O Partido Republicano encontra-se tão confuso que está deixando a crise de Obama ser desperdiçada. O governador da Louisiana, Bobby Jindal, de 37 anos, um astro republicano em ascensão, fez um discurso sem brilho em resposta ao discurso do presidente no parlamento. O novo presidente do comitê nacional republicano, Michael Steele, teve recentemente um desentendimento público com o titã dos programas de rádio conservadores dos Estados Unidos, Rush Limbaugh. Sarah Palin e Mike Huckabee estão dividindo entre si a classe trabalhadora e a direita religiosa, e Mitt Romney está silencioso por ora. No longo prazo, um governo Obama poderia ser resgatado por uma figura do tipo Newt Gingrich que trouxesse de volta a Washington, a partir da direita, políticas econômicas voltadas para o crescimento. Em tal caso, muitos senadores e deputados democratas não seriam reeleitos. Por ora, porém, a verdadeira ameaça ao presidente está dentro do seu próprio partido cada vez mais inquieto.
Para os democratas moderados que veem na tendência nacional predominante a melhor esperança do partido para a obtenção de uma maioria de longo prazo, é extremamente perigoso associar-se a uma presidência tão ideologizada. E a situação é ainda pior quando a ideologia em questão é aquela que tem a menor probabilidade de funcionar. Mais guerra e menos crescimento significa liderança e política ruins.
* Bartle Bull é editor de notícias internacionais da "Prospect"
Tradução: UOL
A História oficial de 1964
Olavo de Carvalho
O Globo, 19 de janeiro de 1999
Se houve na história da América Latina um episódio sui generis, foi a Revolução de Março (ou, se quiserem, o golpe de abril) de 1964. Numa década em que guerrilhas e atentados espoucavam por toda parte, seqüestros e bombas eram parte do cotidiano e a ascensão do comunismo parecia irresistível, o maior esquema revolucionário já montado pela esquerda neste continente foi desmantelado da noite para o dia e sem qualquer derramamento de sangue.
O fato é tanto mais inusitado quando se considera que os comunistas estavam fortemente encravados na administração federal, que o presidente da República apoiava ostensivamente a rebelião esquerdista no Exército e que em janeiro daquele ano Luís Carlos Prestes, após relatar à alta liderança soviética o estado de coisas no Brasil, voltara de Moscou com autorização para desencadear – por fim! – a guerra civil no campo. Mais ainda, a extrema direita civil, chefiada pelos governadores Adhemar de Barros, de São Paulo, e Carlos Lacerda, da Guanabara, tinha montado um imenso esquema paramilitar mais ou menos clandestino, que totalizava não menos de 30 mil homens armados de helicópteros, bazucas e metralhadoras e dispostos a opor à ousadia comunista uma reação violenta. Tudo estava, enfim, preparado para um formidável banho de sangue.
Na noite de 31 de março para 1o. de abril, uma mobilização militar meio improvisada bloqueou as ruas, pôs a liderança esquerdista para correr e instaurou um novo regime num país de dimensões continentais – sem que houvesse, na gigantesca operação, mais que duas vítimas: um estudante baleado na perna acidentalmente por um colega e o líder comunista Gregório Bezerra, severamente maltratado por um grupo de soldados no Recife. As lideranças esquerdistas, que até a véspera se gabavam de seu respaldo militar, fugiram em debandada para dentro das embaixadas, enquanto a extrema-direita civil, que acreditava ter chegado sua vez de mandar no país, foi cuidadosamente imobilizada pelo governo militar e acabou por desaparecer do cenário político.
Qualquer pessoa no pleno uso da razão percebe que houve aí um fenômeno estranhíssimo, que requer investigação. No entanto, a bibliografia sobre o período, sendo de natureza predominantemente revanchista e incriminatória, acaba por dissolver a originalidade do episódio numa sopa reducionista onde tudo se resume aos lugares-comuns da "violência" e da "repressão", incumbidos de caracterizar magicamente uma etapa da história onde o sangue e a maldade apareceram bem menos do que seria normal esperar naquelas circunstâncias.
Os trezentos esquerdistas mortos após o endurecimento repressivo com que os militares responderam à reação terrorista da esquerda, em 1968, representam uma taxa de violência bem modesta para um país que ultrapassava a centena de milhões de habitantes, principalmente quando comparada aos 17 mil dissidentes assassinados pelo regime cubano numa população quinze vezes menor. Com mais nitidez ainda, na nossa escala demográfica, os dois mil prisioneiros políticos que chegaram a habitar os nossos cárceres foram rigorosamente um nada, em comparação com os cem mil que abarrotavam as cadeias daquela ilhota do Caribe. E é ridículo supor que, na época, a alternativa ao golpe militar fosse a normalidade democrática. Essa alternativa simplesmente não existia: a revolução destinada a implantar aqui um regime de tipo fidelista com o apoio do governo soviético e da Conferência Tricontinental de Havana já ia bem adiantada. Longe de se caracterizar pela crueldade repressiva, a resposta militar brasileira, seja em comparação com os demais golpes de direita na América Latina seja com a repressão cubana, se destacou pela brandura de sua conduta e por sua habilidade de contornar com o mínimo de violência uma das situações mais explosivas já verificadas na história deste continente.
No entanto, a historiografia oficial – repetida ad nauseam pelos livros didáticos, pela TV e pelos jornais – consagrou uma visão invertida e caricatural dos acontecimentos, enfatizando até à demência os feitos singulares de violência e omitindo sistematicamente os números comparativos que mostrariam – sem abrandar, é claro, a sua feiúra moral – a sua perfeita inocuidade histórica.
Por uma coincidência das mais irônicas, foi a própria brandura do governo militar que permitiu a entronização da mentira esquerdista como história oficial. Inutilizada para qualquer ação armada, a esquerda se refugiou nas universidades, nos jornais e no movimento editorial, instalando aí sua principal trincheira. O governo, influenciado pela teoria golberiniana da "panela de pressão", que afirmava a necessidade de uma válvula de escape para o ressentimento esquerdista, jamais fez o mínimo esforço para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos numa época em que o governo ainda não tomara conhecimento da estratégia gramsciana e não imaginava ações esquerdistas senão de natureza inssurrecional, leninista. Deixados à vontade no seu feudo intelectual, os derrotados de 1964 obtiveram assim uma vingança literária, monopolizando a indústria das interpretações do fato consumado. E, quando a ditadura se desfez por mero cansaço, a esquerda, intoxicada de Gramsci, já tinha tomado consciência das vantagens políticas da hegemonia cultural, e apegou-se com redobrada sanha ao seu monopólio do passado histórico. É por isso que a literatura sobre o regime militar, em vez de se tornar mais serena e objetiva com a passagem dos anos, tanto mais assume o tom de polêmica e denúncia quanto mais os fatos se tornam distantes e os personagens desaparecem nas brumas do tempo.
Mais irônico ainda é que o ódio não se atenue nem mesmo hoje em dia, quando a esquerda, levada pelas mudanças do cenário mundial, já vem se transformando rapidamente naquilo mesmo que os militares brasileiros desejavam que ela fosse: uma esquerda socialdemocrática parlamentar, à européia, desprovida de ambições revolucionárias de estilo cubano. O discurso da esquerda atual coincide, em gênero, número e grau, com o tipo de oposição que, na época, era não somente consentido como incentivado pelos militares, que viam na militância socialdemocrática uma alternativa saudável para a violência revolucionária.
Durante toda a história da esquerda mundial, os comunistas votaram a seus concorrentes, os socialdemocratas, um ódio muito mais profundo do que aos liberais e capitalistas. Mas o tempo deu ao "renegado Kautsky" a vitória sobre a truculência leninista. E, se os nossos militares tudo fizeram justamente para apressar essa vitória, por que continuar a considerá-los fantasmas de um passado tenebroso, em vez de reconhecer neles os precursores de um tempo que é melhor para todos, inclusive para as esquerdas?
Para completar, muita gente na própria esquerda já admitiu não apenas o caráter maligno e suicidário da reação guerrilheira, mas a contribuição positiva do regime militar à consolidação de uma economia voltada predominantemente para o mercado interno – uma condição básica da soberania nacional. Tendo em vista o preço modesto que esta nação pagou, em vidas humanas, para a eliminação daquele mal e a conquista deste bem, não estaria na hora de repensar a Revolução de 1964 e remover a pesada crosta de slogans pejorativos que ainda encobre a sua realidade histórica?
Documentário - Comunismo, História de um Ilusão
Revolução Francesa – burocracia virtual, a classe revolucionária
Desde o reinado de Luís XIV se começa a formar, para fins militares, um princípio de organização burocrática estatal. Aos poucos essa organização burocrática vai tirando da aristocracia feudal as funções locais que elas exerciam (por exemplo, tribunais, juiz de paz, coleta de impostos etc.) e passando para a burocracia. É evidente que os aristocratas perdiam a sua função sem perder a sua quota dos impostos, criando então uma classe ociosa imensa, contra a qual se volta, com toda justiça, a Revolução Francesa dois séculos depois. Mas ao mesmo tempo que se forma a burocracia estatal, para preenchê-la é necessário ter funcionários preparados. Para ter funcionários preparados, é preciso haver uma expansão do ensino. Então cria-se, para uma multidão de pessoas de todas as origens sociais mais pobres, desde a pequena burguesia até os camponeses, uma promessa de subir na vida através do funcionalismo público. Este é um fenômeno inédito na História. E acontece que o funcionalismo público cresce, a burocracia cresce, e junto com ela cresce o ensino. Mas, naturalmente, o número de candidatos cresce formidavelmente mais. E com isso se cria uma legião de pessoas que têm alguma instrução e que aspiram ao cargo público e não o têm. É a esta classe que eu chamo a burocracia virtual .
Se você estudar a história de todas as revoluções (Revolução Francesa, Revolução Russa, Revolução Chinesa etc.) não através de impressões gerais e nomes de classes – gêneros universais como burguesia e proletariado – mas se você for vendo uma a uma a origem social dos líderes, era a esta classe que pertenciam. Esta é a classe revolucionária. Mais ainda: todas as revoluções que ela fez foram sempre em proveito próprio. Quem sai ganhando com as revoluções não é o proletariado e também não é a classe capitalista. É a burocracia virtual, que sempre legisla em causa própria, segundo a norma que foi assim enunciada pelo próprio Trotsky: “O encarregado da distribuição jamais se esquecerá de distribuir a si próprio em primeiro lugar.” Isto é norma, e é por isso que esses países onde o Estado não deixa a economia à sua própria mercê, onde a economia é controlada, são os mais pobres e os que têm os mais altos índices de corrupção. Isto é necessariamente assim, e não há solução enquanto o poder da burocracia, sobretudo da burocracia virtual, não for quebrado.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Mises contra Marx
Se instados a citar o principal crítico do marxismo, a maioria dos economistas simpáticos ao livre mercado iria mencionar Eugen von Böhm-Bawerk, que em seu tratado Capital and Interest (Capital e Juro) e em seu folheto Karl Marx and the Close of His System (Karl Marx e o Fim do Seu Sistema) demoliu por completo a teoria do valor-trabalho, o sustentáculo da economia marxista.
Mas a teoria do valor-trabalho é apenas uma parte do marxismo. E quanto ao resto do sistema? É aqui que se faz necessário analisar a obra do maior e melhor aluno de Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, cuja análise devastadora do marxismo é de inigualável excelência. Sua contribuição à crítica do marxismo é encontrada principalmente em dois de seus livros: Socialismo e Teoria e História.
O Manifesto Comunista (1848) famosamente declara: "A história de todas as sociedades existentes até hoje é a história da luta de classes". Cada sistema social, na visão marxista, é caracterizado por uma diferente variedade de conflitos de classe. No sistema capitalista, obviamente, o infindável conflito se dá entre capitalistas e proletários. No decorrer da batalha social entra as classes, os membros ou amigos de cada classe elaboram teorias de vários tipos voltadas exclusivamente para a defesa daquela classe. Essas teorias, independente do que digam, não se originaram da busca pela verdade objetiva. Como todo o pensamento "ideológico", as teorias econômicas, sociais e políticas refletem meramente o interesse de classe.
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Mises, mais vigorosamente do que qualquer outro crítico de Marx, transpôs e descortinou a essência dessa visão falaciosa. Se todo o pensamento sobre questões sociais e econômicas se baseia na questão social, o que dizer sobre o próprio sistema marxista? Se, como Marx orgulhosamente proclamava, sua intenção era explicar para a classe operária sua condição de espoliada, por que então qualquer uma de suas visões deveria ser aceita como verdadeira? Mises corretamente apontou que a visão de Marx era auto-refutável: se todo pensamento social é ideológico, então a proposição marxista é em si ideológica, o que faz com que seus fundamentos já nasçam naturalmente solapados. Na sua obra Teorias da Mais-Valia, Marx não consegue conter seu escárnio em relação à "apologética" de vários economistas burgueses. Ele não percebeu que, ao escarnecer constantemente a tendenciosidade de seus economistas contemporâneos, ele estava cavando a sepultura de seu enorme trabalho de propaganda em favor do proletariado.
Mises nunca se cansou de enfatizar um tema que ele expressou sucintamente em seu livro Liberalismo: "O homem tem apenas uma ferramenta com a qual lutar contra o erro: a razão". Por "razão", ele se referia a um procedimento lógico de validade universal. Aquele que nega o poder da razão cai em contradição - logo, está se refutando a si próprio. Se a razão for subordinada a alguma outra faculdade, seja o interesse de classe, o conhecimento hermenêutico ou qualquer outra idiossincrasia não-racional que seja atraente, o resultado não será outro que não uma estultice. Se não há lógica, qual razão pode haver em qualquer postulado?
O ataque de Mises ao marxismo não se limitou à essencial porém hermética área da epistemologia. Ele também analisou em detalhes os principais temas da interpretação marxista da história. De acordo com Marx, o segredo da história está nas forças da produção. (Grosso modo, as forças de produção de uma sociedade consistem na tecnologia dessa sociedade). Essas forças, ao longo da história, apresentam uma constante tendência ao desenvolvimento. À medida que o fazem, elas exigem mudanças nas relações de produção, isto é, no sistema econômico e social que existe em uma determinada sociedade. Em um momento, por exemplo, o feudalismo era o sistema que melhor estava adaptado para desenvolver as forças de produção. A partir do momento em que ele deixou de ser o sistema mais eficiente, o capitalismo o substituiu, quebrando aquilo que Marx chamou de "grilhões" que a economia senhorial do feudalismo impunha à produção. Por sua vez, por imposição das forças de produção, o capitalismo será substituído pelo socialismo, um sistema que, como Marx antecipou, seria imensamente mais produtivo que seu antecessor. (Cavaleiro do Templo: não é piada, o satanista "pensava" que assim seria, como bem mostrou depois a URSS, Cuba, a China de ANTES do CAPITAL construir IMENSAS FÁBRICAS E EMPRESAS, a Coréia do Norte, Vietnã e todos os outros países solapados pelo FLAGELO chamado SOCIALISMO/COMUNISMO/SATANISMO).
Em seu livro Teoria e História, Mises apresentou uma simples indagação que se comprovou letal à alegada "ciência do materialismo histórico". Como foi explicado, o crescimento das forças de produção supostamente é a causa mor das revoluções. É ele que impele a sociedade a realizar mudanças drásticas em sua estrutura. Mas o que exatamente determina esse crescimento das forças de produção? Como Mises vivia dizendo, apenas indivíduos agem. As classes, as "forças de produção", "as relações de produção", etc., são em si apenas abstrações. Separadas da ação dos seres humanos, elas são nulas e impotentes. Assim como o Geist (Espírito) hegeliano, as forças de produção de Marx são um fenômeno que se desenvolve autonomamente e que governa a vontade humana. Marx jamais se preocupou em explicar como tais forças, elas próprias os efeitos da ação humana, podem exclusivamente determinar toda a importante ação humana.
Uma vez que se tenha entendido que são os indivíduos que agem - e não as forças de produção -, todo o esquema marxista sobre a evolução histórica cai por terra. Se são os seres humanos que criam por seus próprios atos as forças de produção, ao invés de serem as forças de produção que determinam esses atos, então a transição de um sistema econômico para outro não é uma inevitabilidade, como Marx dizia ser. Tais mudanças irão ocorrer apenas se as pessoas agirem para criá-las - e somente assim. Se alguém contestar dizendo que existem leis que determinam a ação humana, esse contestador terá de ter a bondade de produzir essas leis para que possamos examiná-las. Agora, que os resultados daquilo que as pessoas criam podem não ser aqueles esperados, isso já é outra discussão.
O marxismo, como o "filósofo" stalinista M.B. Mitin gostava de afirmar pomposamente, é "um chamado à ação". E a ação que os marxistas têm em mente é obviamente a substituição do capitalismo pelo socialismo. (Cavaleiro do Templo: aproveitando a deixa do artigo, veja o vídeo SOCIALISMO PETISTA clicando AQUI e ENTENDAM DE UMA VEZ POR TODAS o que LULA e sua gangue querem para o Brasil. A fala à qual me refiro começa aos 2 minutos e cinquenta e quetro segundos mas todo o vídeo é mentira, degradação, estupidez fingida e canalhice do começo ao fim. Bom, saído das entranhas de Marx, o que poderíamos esperar?). Em uma famosa passagem no volume III do Capital, Marx antevê um futuro auspicioso sob as bênçãos do socialismo, no qual as pessoas poderão dedicar a maior parte do seu tempo ao lazer.(Cavaleiro do Templo: entenderam agora porque todos os VAGABUNDOS do universo adoram o satanista e sua "obra"? Segundo ele, o ócio estabelecer-se-ia na sociedade por decreto, visto que ele nunca demonstrou como isto aconteceria na prática. Não é a "ideologia" ideal daqueles que não querem investir tempo algum em esforço pessoal? É tudo muito simples: Marx era VAGABUNDO, vivia do esforço/dinheiro dos outros. O que ele poderia produzir além do reflexo de seu ideal de vida? É querer demais achar que um VAGABUNDO poderia produzir alguma obra que não fosse OBRA FECAL, como diz Olavo de Carvalho). Trabalhar pelo mero sustento se tornará simples memórias de um passado longínquo.
Tal é a promessa marxista. Porém a realidade, como Mises demonstrou, era algo bem diferente. Em seu argumento, Mises não se baseou empiricamente nos resultados do experimento socialista na Rússia soviética. Ao invés disso, como aqueles familiarizados com seu método praxeológico já imaginam, Mises ofereceu a prova de que o socialismo era em sua natureza impossível.
Ele apresentou seu argumento em um famoso artigo publicado em 1920 que, com maior elaboração, foi incorporado a sua grande obra Socialismo (1922). Como é característico de Mises, seu argumento em essência é um só (o grande economista austríaco tinha um infalível instinto para analisar o âmago de qualquer teoria por ele considerada): dada uma lista de bens a serem produzidos - sejam aqueles desejados pelos membros da sociedade (os consumidores) ou aqueles planejados por um ditador - qualquer economia desenvolvida precisa ter uma maneira de decidir como empregar seus recursos da melhor maneira possível para produzir os bens desejados.
Sob o capitalismo, esse desafio é respondido totalmente à altura das dificuldades apresentadas. Os recursos que existem - a terra, o capital ou o trabalho - são propriedade de indivíduos. Essas pessoas irão comercializar suas propriedades no mercado. Ao fazerem isso, elas poderão precificar os bens de produção de acordo com a eficiência com que estes podem ser utilizados para atender os desejos dos consumidores.
Os detalhes desse complexo e fenomenal processo não podem ser aqui elaborados. Porém, em todo caso, ninguém pode seriamente negar que o livre mercado é capaz de realizar a tarefa do cálculo econômico acima descrita. O ponto principal da acusação de Mises ao socialismo, e o aspecto mais controverso de seu argumento, é sua afirmação de que somente o capitalismo pode resolver o problema do cálculo econômico. O socialismo, em particular, não pode.
Novamente sem entrar em detalhes, o ponto principal do raciocínio de Mises pode ser rapidamente entendido. O socialismo por definição consiste no gerenciamento centralizado da economia, sendo que seus principais meios de produção são de propriedade "pública", ou seja, do governo. Como pode um sistema centralizado, onde não há mercados, decidir qual é a maneira mais eficiente de se utilizar os recursos necessários para a produção de um determinado bem? Pois se não há um livre sistema de preços para balizar a produção, a utilização de recursos passa a ser feita às cegas. Qualquer "preço" que o planejador da economia imponha para qualquer bem será arbitrário e não terá qualquer valor para um cálculo genuíno. (Um detalhe técnico deve ser mencionado para que o argumento não seja mal entendido: Mises afirma que um sistema socialista não tem os meios para calcular os preços dos bens de produção, o mesmo não sendo necessariamente válido para os preços dos bens de consumo ou bens de primeira ordem).
Ou seja, a explicação de Mises pode ser sucintamente resumida da seguinte forma: se os meios de produção pertencem exclusivamente ao estado, não há um genuíno mercado entre eles. Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos. Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de preços. E sem esse cálculo de preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica - o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada.
Podemos imediatamente ver como o argumento de Mises desfere o golpe de misericórdia no marxismo. Este sistema alega que o socialismo é uma inevitabilidade porque o desenvolvimento das forças de produção irá inevitavelmente levar à sua implementação. Mesmo que desconsiderássemos o argumento de Mises, de que o crescimento das forças de produção não é algo inevitável, poderíamos perceber que a visão de Marx é comicamente absurda: o capitalismo não apenas é o mais eficiente sistema econômico como também é o único sistema econômico eficiente. Se - por mais impossível que isso seja - as forças de produção de fato crescessem por conta própria, não seria o socialismo o sistema que elas iriam estabelecer. Seria o capitalismo.
Continuando seu ataque ao marxismo, Mises explorou o porquê de Marx não levar em conta o problema da eficiência. E nesse quesito a resposta de Mises não admite contestações. Marx não disse nada sobre o problema do cálculo simplesmente porque ele não dedicou atenção alguma às instituições econômicas do socialismo. Fazer isso, pensava Marx, seria o equivalente a estabelecer "modelos" para o futuro, no mesmo estilo dos socialistas utópicos, os quais ele sempre escarnecera. Com uma completa irresponsabilidade intelectual, ele pregava a derrubada da intricada economia capitalista - que ele próprio havia admitido ser a mais produtiva da história - para poder estabelecer um sistema cujas instituições ele sequer havia se dado ao trabalho de analisar.
Entretanto, quando se considera as respostas dadas a Mises por seus críticos socialistas, pode-se pensar que talvez a política de Marx - a de desconsiderar os problemas do socialismo - acabou sendo mais sábia do que ele poderia imaginar. Mises não teve dificuldades em refutar todas as soluções socialistas que foram tentadas em resposta ao seu problema do cálculo econômico. Alguns correram para a matemática: um sistema de equações simultâneas permitiria que os preços necessários fossem descobertos. Como, em um regime em constante mudança, essas equações funcionariam, é algo que os proponentes dessa idéia preferiram não responder.
A mais famosa resposta dada a Mises, entretanto, está em outra área. O economista polonês Oskar Lange, que residiu nos EUA por um bom tempo até que, após a Segunda Guerra Mundial, a bajulação e o charme da Polônia comunista acabaram com sua resistência e imunidade ao regime, alegou que a economia socialista não precisava necessariamente abandonar o mercado. Era possível que ambos coexistissem, embora para alguns a expressão "socialismo de mercado" tenha tanto sentido quanto um "círculo quadrado" - Lange, obviamente, não estava dentre os que pensavam assim. Mas sua proposta, conquanto original, não teve melhor sucesso que as outras. Mises submeteu-a a impiedosos ataques, os detalhes dos quais deixo para o leitor interessado explorar nos trabalhos de Mises. Em particular, sua iluminadora discussão sobre seus críticos em Ação Humana deve ser consultada.
Mises expôs inúmeros, cruciais e irremediáveis erros do marxismo. Uma leitura de suas críticas inevitavelmente fará com que se aplique ao marxismo o famoso trecho do poema "Ozymandias":
"Nada mais resta: em redor a decadência
Daquele destroço colossal, sem limite e vazio
As areias solitárias e planas espalham-se para longe."
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David Gordon, membro sênior do Mises Institute, analisa livros recém-lançados sobre economia, política, filosofia e direito para o periódico The Mises Review, publicado desde 1995 pelo Mises Institute. É também o autor de The Essential Rothbard.
Publicado originalmente no Instituto Ludwig von Mises Brasil
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque
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