Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
sábado, 7 de junho de 2008
O XIV FORO DE SÃO PAULO RASGA A SUA CARTILHA
Por Alejandro Peña Esclusa, engenheiro mecânico graduado pela Universidade Simón Bolívar. Formado pelo Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA) e do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional (IAEDEN). É especialista no tema da subversão na América Latina. Trabalhou como assessor do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Venezuela. Foi candidato à Presidência da República da Venezuela no ano de 1998. É consultor do FDR
Buenos Aires, 26 de maio – Durante semanas, os organizadores do XIV Encontro do Foro de São Paulo – que encerrou-se ontem em Montevidéu – elaboraram cuidadosamente uma cartilha para “relançar” o Foro com outra imagem, mais moderada, ocultando sua histórica relação com as FARC.
Na coletiva de imprensa de abertura, Valter Pomar, Secretário Executivo do Foro de São Paulo e dirigente do Partido dos Trabalhadores do Brasil, atreveu-se a mentir descaradamente dizendo que as FARC já não pertenciam a essa organização.
Entretanto, o anúncio da morte de Manuel Marulanda, codinome “Tirofijo”, caiu como uma bomba no Encontro e alguns de seus participantes mostraram seu desagrado e desconcerto. O colombiano Carlos Gaviria Días, Presidente do Polo Democrático Alternativo, do mesmo modo que a delegação da Frente Farabundo Martí de El Salvador, não quiseram crer na notícia. “Mataram Marulanda várias vezes e depois ele reaparece”, disseram.
Porém, depois da confirmação da morte de Tirofijo, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que encerrou o XIV Foro de São Paulo, mandou às favas a cartilha escrita com tanto cuidado pelos organizadores do evento.
“Quero expressar minhas condolências e minha solidariedade para com as FARC e a família do Comandante Marulanda, um lutador extraordinário que vem batalhando desde há longos anos numa luta ininterrupta que tem sua origem, suas raízes, nas profundas desigualdades que vive o povo colombiano”, afirmou Ortega. Com essas palavras, referendadas pelos aplausos dos assistentes, Ortega reconheceu o que todos já sabiam: que as FARC são – e sempre foram – parte integral do Foro de São Paulo.
Não satisfeito com isso, Ortega teve outro gesto para reafirmar o caráter terrorista e radical do Foro de São Paulo: rendeu homenagem aos ex-guerrilheiros tupamaros do Uruguai, qualificando-os de “irmãos extraordinários, lutadores incansáveis e abnegados”. Além disso, o presidente nicaragüense outorgou a Ordem Carlos Fonseca Amador – fundador da Frente Sandinista – a José Mujica, Eleuterio Fernández Huidobro e Julio Marenales, representantes do setor mais radical do partido governante Frente Ampla.
Há quase duas décadas, Eleuterio Fernández Huidobro pertence ao Conselho Editorial da revista “América Libre”, órgão de comunicação do Foro de São Paulo. Durante todos esses anos, Manuel Marulanda também fez parte do tal Conselho Editorial (C.T. - cliquem no link anterior (ou aqui), vejam quem mais faz parte deste Conselho Editorial e saibam porque Chico Buarque e outros "brasileiros luminares" não valem metade do que acham).
Para que não restasse nenhuma dúvida de que a cartilha original terminou no lixo, o XIV Foro de São Paulo legitimou publicamente as “distintas vias para implementar os projetos revolucionários” segundo as características de cada país, enquanto “todos estão contribuindo para o desenvolvimento, a afirmação da soberania e o progresso de nossos povos”. Ou seja, a luta armada e o terrorismo também são válidos.
A Declaração Final do XIV Foro alinha suas baterias contra o governo de Álvaro Uribe (C.T. - Uribe conta com mais de 80% de aprovação em seu país e os narcotraficantes da FARC, evidentemente, vão trabalhar para no mínimo prejudicá-lo. Como as FARC fazem parte do FORO DE SÃO PAULO é claro que o mesmo vai posicionar-se contra o GOVERNO COM MAIOR POPULARIDADE DO CONTINENTE. É mais uma prova de que DEMOCRACIA na boca destes ESQUERDOPATAS, como são TODOS OS PARTICIPANTES DO FORO DE SÃO PAULO quer dizer MINHA VONTADE, A VONTADE DE MEU GRUPO, É LEI), alegando que ele “violou a soberania do Equador”, ao dar baixa em Raúl Reyes, e conclui que “a Colômbia é o principal fator de instabilidade da região”. Porém, que mais se poderia esperar dos aliados das FARC?
Como dado curioso, os do Foro de São Paulo, acostumados a organizar contra-cúpulas, tiveram a sua própria em frente às instalações do MERCOSUL, onde ocorreu o evento. Um grupo de manifestantes pediu liberdade para o povo cubano, com palavras de ordem e cartazes.
Tradução: Graça Salgueiro
Um quarto dos congressistas na mira da Justiça
Ao todo, 123 deputados e 20 senadores são alvo de algum tipo de investigação no Supremo Tribunal Federal
SÃO PAULO - Com um aumento de 36,1%, em apenas nove meses, no número de deputados e senadores sob investigação, o Brasil chega a ter um quarto de seus congressistas na mira da Justiça. Ao todo, 123 deputados e 20 senadores são alvo de algum tipo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) e, segundo a Procuradoria Geral da República, há indícios para transformar 48 deles (42 deputados e seis senadores) em réus. As informações são parte de um levantamento realizado pelo site Congresso em Foco, especializado na cobertura do Legislativo, que comparou dados consolidados em 4 de setembro de 2007 e em 30 de maio de 2008 sobre processos contra parlamentares.
Segundo o levantamento, o maior número de processos é por crimes contra a administração pública, como peculato e desvio de verbas, e por corrupção passiva ou ativa. Há, também, casos de crime de responsabilidade, que podem resultar em perda de mandato, crimes contra a Lei de Licitações, crimes eleitorais, crimes contra a ordem tributária, crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Há 13 denúncias por formação de quadrilha, seis por estelionato, uma por furto qualificado, uma por contrabando, uma por lesão corporal e outros casos de diversas classificações.
Sob o aspecto da divisão por estados, todos os 26, além do Distrito Federal, têm ao menos um representante sob investigação. Em São Paulo há a maior bancada – 70 deputados e três senadores – e o maior número de envolvidos em processos: 20 deputados. Em termos de proporcionalidade, Roraima é campeã. Dos 11 representantes no Congresso, sete estão sob suspeita no Supremo. Entre os partidos, o PMDB tem quase um terço de sua bancada sob investigação (26 deputados e sete senadores). Em números absolutos, os peemedebistas lideram, seguidos do PSDB e do DEM, com 18 acusados cada.
O PT e o PR têm 11 integrantes sob suspeita. Porém é o PP que se destaca em termos de proporcionalidade. A legenda tem 41 representantes e praticamente a metade está sob suspeita. Do total de 20 partidos representados no Congresso Nacional, apenas PCdoB, Psol, PHS, PTdoB e PTC não têm deputados ou senadores citados no Supremo.
Representatividade - Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto, os dados do levantamento revelam três pontos-chave: é patente a baixa qualidade da representação política brasileira; pessoas públicas estão mais sujeitas a processos por adversários políticos; e a filtragem de candidatos a deputados e senadores por mecanismos eleitorais ainda é falha. “Não estamos escolhendo bem nossos representantes”, afirma Barreto. “Temos falado de reforma política, mas, para melhorar a imagem dessas instituições a curto prazo, só reduzindo a questão da impunidade – que é o que mais ofende os brasileiros”.
Segundo o levantamento, há 12 congressistas que dividem o tempo entre o Legislativo e as audiências na Justiça por responderem a, ao menos, cinco processos. O líder no quesito, o deputado Neudo Campos, responde a 17. Os números são robustos, mas o Supremo Tribunal Federal nunca condenou congressistas brasileiros. Até o dia 30 de maio, de acordo com o levantamento, acumulavam-se 281 investigações. Em todos os casos os acusados têm foro privilegiado, mesmo que os processos tenham se originado na Justiça dos estados. (AE)
***
Mais quatro processos abertos ontem
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem quatro processos contra mais dois deputados federais: Celso Russomano (PP-SP) e Neudo Campos (PP-RR). Um é contra Russomano, que se tornou réu em uma ação penal por falsidade ideológica. Os outros três, sob acusação de peculato e formação de quadrilha, são contra o ex-governador de Roraima, que passou a ser um dos campeões de processos no tribunal: ao todo ele responde agora a nove ações penais e 12 inquéritos. Neudo Campos foi acusado de liderar um esquema de desvio de dinheiro público em Roraima quando era governador do estado.
As irregularidades, que teriam custado mais de R$230 milhões aos cofres públicos, foram desvendadas pela Polícia Federal, em 2003, na Operação Gafanhoto – fraudes e desvios na folha de pagamento dos servidores estaduais. O procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, enviou ao STF denúncias em três inquéritos que tramitavam na corte sobre a Operação Gafanhoto e os ministros decidiram, ontem, transformar as investigações em ações penais.
As penas previstas para peculato e formação de quadrilha são de até 12 anos e de até três anos, respectivamente. “Creio estarem presentes na denúncia todos os elementos que compõem a descrição dos delitos de quadrilha e peculato”, declarou o ministro Celso de Mello durante o julgamento do caso de Neudo Campos.
Russomano é acusado de ter mentido em documento oficial sobre seu domicílio eleitoral. Por unanimidade, os ministros da corte aceitaram a denúncia apresentada pelo procurador Antonio Fernando de Souza, e transformaram o inquérito que tramitava no tribunal para apurar o caso em ação penal. Ao fim das investigações, que não têm prazo para terminar, o STF julgará o deputado culpado ou inocente. Com a decisão de ontem, Russumano passou a responder a dois processos e a um inquérito no tribunal. Se for condenado, pode pegar até cinco anos de prisão.
Na mesma sessão de ontem do Supremo, os ministros da corte decidiram arquivar um inquérito contra o deputado licenciado Cássio Taniguchi (DEM-PR). Taniguchi, que também coleciona processos na mais alta corte do país, livrou-se de uma das investigações que tramitavam contra ele. O procurador geral apresentou denúncia no inquérito que apurava um esquema de desvio de dinheiro público em Curitiba durante o mandato de Taniguchi na prefeitura. Os ministros rejeitaram a denúncia e arquivaram o caso. Ainda assim, o parlamentar precisará se defender no tribunal de três ações penais e dois inquéritos. (AG)
***
São 19 suspeitas de crime em 20 dias
BRASÍLIA - Os pedidos de investigação contra parlamentares abarrotam o cotidiano do Supremo Tribunal Federal (STF). Só em maio, a pedido do Ministério Público Federal, a mais alta corte do país abriu 12 inquéritos contra senadores e deputados federais, que têm direito ao foro privilegiado e só podem ser julgados, portanto, no STF. No mesmo mês, chegou ao tribunal um processo criminal contra um parlamentar.
Também foram encaminhadas mais seis petições – que podem ser transformadas em inquérito caso os indícios apresentados sejam confirmados. Ao todo, são 19 suspeitas de crime registradas em 20 dias úteis, uma média de quase um pedido de investigação por dia. Entre os alvos dos novos inquéritos estão os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Gim Argello (PTB-DF) e os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. As investigações foram abertas a pedido do procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza.
Perillo foi indiciado por corrupção passiva e Argello, por apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e ocultação de bens. Costa Neto é investigado por crimes eleitorais. No caso de Paulinho, o caso apurado refere-se a suposto desvio de dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Das seis petições que chegaram ao STF em maio, o destaque é o senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), suspeito de ter praticado formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso e crimes contra a ordem tributária. Uma petição já foi arquivada – um caso de irregularidade em propaganda eleitoral contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Como se tratava de ação popular, o tribunal determinou a transferência do caso para a primeira instância do Judiciário, o foro indicado para esse tipo de processo. (AG)
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Lula falando de si mesmo: "eu tenho uma doença perversa"
Quinta, 5 de junho de 2008, 22h12 - Atualizada às 22h54
Lula: preconceito contra gays é 'doença perversa'
Laryssa Borges
Direto de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta noite o fim do preconceito contra homossexuais e afirmou que a permanência da discriminação sexual "talvez seja a doença mais perversa impregnada na cabeça do ser humano". O presidente, que participou da 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (GLBT) disse que o Brasil precisa de "um momento de reparação".
"Não precisamos querer que ninguém seja igual", afirmou o presidente, pedindo para que todos os preconceituosos "arejem a cabeça e despoluam-na". "Se não for assim, faremos apenas uma meia democracia, uma democracia do 'na hora que eu quero, quando eu preciso'", afirmou.
Acompanhado de pelo menos seis ministros, o presidente Lula lembrou que os homossexuais estão conseguindo, pela primeira vez, "quebrar a casca do ovo, gritar para o Brasil que existem". "Ninguém pergunta a opção sexual de vocês quando vocês vão pagar imposto de renda. Por que discriminar na hora que vocês vão decidir o que fazer com o próprio corpo?", questionou o presidente, que discursou diante de um púlpito coberto com a bandeira gay.
A Conferência GLBT é a 50ª conferência realizada pelo governo Lula desde 2003 e foi convocada com o decreto presidencial de novembro do ano passado.
Bandeira gay
Durante a conferência, o presidente Lula foi presenteado com uma miniatura da bandeira do arco-íris, que simboliza o movimento gay, e bonés em favor da causa.
Ao longo da cerimônia, o presidente ouviu reivindicações de representantes do movimento GLTB e ouviu o dirigente Toni Reis apresentar propostas de criação de um estatuto para os homossexuais, propostas de criminalização da homofobia e de aprovação de união civil de pessoas do mesmo sexo. "Ninguém quer destruir a família de ninguém. Queremos construir a nossa. Não podemos voltar ao obscurantismo", disse Reis.
"Não podemos ficar com a mesma sociedade que nos agride, que nos violenta, que é a sociedade que também nos leva para a cama", declarou a representante do movimento GLTB, Fernanda Benzenutti.
Comentáriio do Cavaleiro do Templo: o LULA assume que é doente, que tem uma doença perversa. Vejam o vídeo abaixo e aprendamos um pouco mais sobre esta doença do Presidente da República do Brasil.
Pedido de impeachment do LULA vira 'segredo de justiça'
Em fevereiro desse ano, dr. Paulo Magalhães, da Brasil Verdade, propôs um impeachment judicial contra Lula, fundamentado na lei de responsabilidade fiscal (uso indevido dos cartões corporativos).
Como co-autores da ação - por ele chamados assistentes virtuais, tendo em vista que outorgamos procuração on-line -, temos acompanhado o andamento do processo.
Qual não foi nossa surpresa, hoje, ao descobrir que não podemos mais acompanhá-lo!
Apesar de se tratar de AÇÃO POPULAR, o juiz houve por bem em 'trancar' as informações de seu trâmite, sob o lacre do 'segredo de justiça'!!!
Quem ficará surpreso se a ação for julgada improcedente?
Ana Paula
ANDEC- Associação Nacional em Defesa da Ética e da Cidadania Lutando por uma sociedade mais justa, livre e democrática
Faça parte desse movimento!
http://andec.blogspot.com
Por causa da Dilma, juiz manda ação da VarigLog para a PGR
por Aline Pinheiro
As declarações da ex-diretora da Anac Denise Abreu para a imprensa já tiveram efeitos, pelo menos no Judiciário paulista. O juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, mandou cópia do processo que discute a administração da VarigLog para a Procuradoria-Geral da República em razão do suposto envolvimento da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas negociações em torno da venda da Varig.
Em entrevistas, Denise acusou a ministra de interceder em favor da venda da VarigLog e da Varig para a Volo Logistics LCC, empresa do fundo americano MatlinPatterson. De acordo com Denise, o advogado do fundo, Roberto Teixeira, teria usado sua influência junto ao governo para pressionar a Anac a aprovar a venda da Varig.
“Como a situação caracteriza, a princípio, prática de ilícito penal envolvendo ministra de Estado, determino a remessa de todo o processo ao procurador-geral da República (...) para as providência que entender cabíveis”, explicou Magano. No despacho, proferido de ofício, o juiz explicou como tomou conhecimento das acusações contra Dilma: “Num momento em que se sabe ser plano o mundo, possibilidade que adveio da incrementação da internet, impossível deixar de desconhecer as entrevistas dadas pelos ex-diretos da Anac (Dra. Denise de breu e Dr. Josef Barat)”.
O juiz Magano é responsável pelo processo em que os compradores da VarigLog brigam pela direção das empresas. Estão na disputa a Volo e os sócios brasileiros — Marco Antônio Audi, Marcos Michel Haftel e Luiz Eduardo Gallo.
O pedido de liminar dos sócios brasileiros, para continuarem à frente da VarigLog, foi negado pelo juiz José Paulo Magano, que destacou que eles não tinham lastro econômico para participar da sociedade. Já o pedido da Volo Logistics LLC havia sido acolhido em parte pelo juiz para destituir os sócios brasileiros da gestão da VarigLog por suspeita de má-gestão e desvio de recursos.
Na ocasião, no entanto, o juiz não permitiu que a administração fosse feita diretamente por pessoas ligadas ao fundo, nomeando o administrador judicial José Carlos Rocha Lima. Os relatórios apresentados pelo administrador judicial José Carlos Rocha Lima — nomeado no início de março, mas já afastado — dão conta de que os sócios brasileiros teriam efetuado pagamento de quantias milionárias para escritórios de advocacia e outras empresas que, segundo a Volo Logistis LLC, estão relacionadas ao sócio Marco Antônio Audi.
O juiz José Paulo Magano acolheu, então, novo pedido da Volo para afastar o administrador judicial José Carlos Rocha Lima. Nessa oportunidade, o juiz negou, mais uma vez, que o fundo pudesse eleger três novos administradores. Os escolhidos pelo juiz foram Afredo Luiz Kugelmas, Luis Gaj e Oscar Spessoto.
A VarigLog permanece ameaçada de encerrar as suas atividades. A empresa, que já teve a maior frota cargueira do país e 50% do mercado de transporte aéreo de carga, aproximadamente, hoje tem as suas operações reduzidas. Também enfrenta problemas como suspensão de serviços e arresto de aviões por falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços.
Leia o despacho
Fls. 5.493: Ciência. Intime-se, com urgência, à ré-reconvinte, a dizer, no prazo, se está a abdicar da administração e da gestão das pessoas jurídicas. Autorizo que a intimação da ré-reconvinte se dê ao telefone, certificando-se, sem prejuízo, de ulterior intimação pela imprensa. Fls. 5.496/5.839: Ciência quanto ao ofício e documentos remetidos pela ANAC. Fls. 5.841/5.863: Em primeiro lugar, causa certa surpresa o fato de ANAC mandar novo ofício, em complemento àquele de fls. 5.496 (que remeteu os documentos de fls. 5.497/5.839), acompanhado do parecer do dia 23 de junho de 2008, expressamente mencionado na decisão judicial de fls. 4.468/5.477, notadamente o item b, 2ª parte, fls. 5.473. E dito parecer, datado de 23 de junho de 2006, que possibilitou e serviu de base à aprovação da aquisição da Varig Logística S/A pela Volo do Brasil S/A, sugere a superação de questões basilares, origem do dinheiro e a comprovação da real capacidade econômica, notadamente dos autores-reconvindos, para regularidade da referida operação.
Num momento em que se sabe ser plano o mundo, possibilidade que adveio da incrementação da internet (buscadores) impossível deixar de desconhecer as entrevistas dadas pelos ex-diretores da ANAC (Dra. Denise Abreu e o Dr. Josef Barat), acerca de que a aprovação da operação (dispensa de elementos que, a princípio, permitiram aferir a regularidade da aquisição), dizendo sobre a intercessão da Min. Dilma Rousseff da Casa Civil, e da secretária administrativa da Casa Civil, Dra. Erenice Guerra, para que se concretizasse a aquisição, da qual, data vênia, derivou parcela da discussão do processo de dissolução e liquidação de sociedades.
Como a situação caracteriza, a princípio, prática de ilícito penal envolvendo Ministra do Estado, determino a remessa de todo o processo ao Procurador Geral da República, especialmente das fls. 5.496/5.839 e 5.841/5.863, para providências que entender cabíveis, informando-o quanto a ofícios anteriores remetidos ao Ministério Público Federal e Superintendência da Polícia Federal. Após, conclusos, com urgência, para deliberar sobre as questões pendentes, inclusive sobre a manutenção das sociedades. Intimem-se.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Momento de veracidade
Por Olavo de Carvalho em 30 de maio de 2008
A mídia abortista – isto é, praticamente a mídia inteira – cumpriu novamente o seu ritual periódico do silêncio obsequioso, desta vez omitindo-se de assinalar, ao menos com o devido destaque, as palavras centrais, memoráveis sob todos os aspectos, do voto dado pelo ministro Eros Grau na questão das células-tronco:
“O debate instalado ao redor do que dispõe a Lei n. 11.105 não opõe ciência e religião, porém religião e religião. Alguns dos que assumem o lugar de quem fala e diz pela Ciência são portadores de mais certezas do que os líderes religiosos mais conspícuos. Portam-se, alguns deles, com arrogância que nega a própria Ciência, como que supondo que todos, inclusive os que cá estão, fossemos parvos. Como todas as academias de ciência são favoráveis às pesquisas de que ora se cuida, já está decidido. Nada mais teríamos nós a deliberar. Mesmo porque, a imaginar que as impedíssemos, estaríamos a opor obstáculo à cura imediata de doenças. A promessa é de que, declarada a constitucionalidade dos preceitos ora sindicados, algumas semanas ou meses após todas as curas serão logradas. Típica indução a erro mediante artifício retórico. É necessário sopitarmos as expansões de infalibilidade de quem substitui a razão científica por inesgotável fé na Ciência, transformando-a em expressão de fanatismo religioso.”
Dada a sua formação marxista, eu jamais esperaria do ministro uma tomada de posição tão lúcida, tão certeira, tão corajosa, comovente até, contra o “culto da ciência”. Culto que ainda recentemente mais uma obra histórica de grande envergadura, The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia , de Richard Overy (New York, W. W. Norton, 2004) veio confirmar ter sido um dos pilares fundamentais de construção dos dois regimes mais hediondamente homicidas que o mundo já conheceu.
Um vício crônico da intelectualidade brasileira é a devoção contínua que cada homem letrado, neste país, se sente obrigado a continuar prestando, pela vida a fora, às suas crenças de juventude. A identidade ideológica do adolescente, qualquer que seja ela, se integra de tal modo nos cérebros e nas almas, que acaba por se sobrepor às faculdades de percepção e intuição, tornando impossível o reconhecimento dos fatos mais gritantes, das realidades mais patentes e manifestas, e reduzindo a atividade pensante à repetição mecanicamente obsessiva de clichês e slogans , por mais deslocados que estejam da situação concreta.
Martin Amis, o brilhante romancista e crítico inglês, dizia que a essência da crítica literária e, no fim das contas, de toda a vida intelectual, é “a luta contra os clichês – não somente os clichês da palavra, mas sobretudo os da alma e do coração”.
Quando um intelectual e homem público brasileiro logra escapar da escravidão mental incapacitante que, por apego a seus companheiros de geração, tantos acabam consagrando como um dever sublime, o que se vê é aquele “momento de veracidade” em que as coisas se revelam como são e que, segundo uma antiga lenda hindu, eleva a criatura humana ao ponto de lhe dar voz de comando sobre os elementos da natureza.
Só uma palavra pode resumir os méritos de que o ministro Grau se cobriu com esse seu voto: Bravo!
Cruz, Credo, Celso de Mello!
Por Percival Puggina em 02 de junho de 2008
Resumo: O ministro Celso Mello não esconde o viés totalitário de quem deseja recolher o Direito Natural e o pensamento cristão a um campo de concentração.
© 2008 MidiaSemMascara.org
Assisti boa parte dos votos proferidos pelos senhores ministros do STF sobre as células-tronco embrionárias. Não houve muitas divergências entre eles, convictos, quase todos, da importância da decisão e da magnitude da causa. As duas exceções correram por conta da ministra Ellen Gracie e do ministro Celso de Mello. A ministra votou ao final da primeira sessão, logo após o pedido de vistas formulado por Menezes Direito. Com meia dúzia de palavras, disse que acompanhava o relator. Definitivamente, não deu qualquer valor a um tema importantíssimo, cuja legislação comparada, entre diversos países, reconhece ao embrião humano um status distinto e superior àquele atribuído às coisas.
Já o ministro Celso de Mello preferiu juntar sua voz, desde o píncaro da magistratura nacional, ao coro dos que, na planície da santa ignorância, recusam direito de expressão, nas questões de Estado, a quaisquer posições inspiradas em doutrinas ou filosofias de base religiosa. Cruz, credo, doutor! E aí, como ficam 95% dos brasileiros que, com maior ou menor fundamento, crêem em Deus e assumem, como base para suas posições e ações, conceitos provenientes dos Dez Mandamentos e do ensino de alguma religião?
Segundo o nobre ministro, o sujeito investido em funções de Estado, precisa deixar embaixo da cama, no âmbito mais recôndito do próprio ambiente privado, todos os valores morais e princípios que possam provir de alguma crença ou com ela guardar semelhança. Na prática, somente ateus, vagando no éter da falta de convicções, pendurados apenas nessa fonte de conhecimento e verdade que é a matéria bruta, têm o direito, segundo o ministro Celso de Mello, de abrir a boca em questões de Estado. Esquece-se o ministro de que ele mesmo, ao empregar o conceito de dignidade da pessoa humana, incorreu triplamente no erro que reprova porque: 1º) “pessoa” é um conceito nascido em berço cristão; 2º) “pessoa humana” é uma expressão que só se justifica para quem admite a existência de “pessoa divina” caso contrário é redundância; e 3º) “dignidade da pessoa humana” é conceito eminentemente cristão, seja na origem, seja na melhor definição.
Até um embrião congelado entenderá que se a tese do ministro Celso de Mello for válida, toda condenação ao terrorismo, à tortura, ao assassinato, ao roubo, à calúnia, à mentira, ao desrespeito aos pais, e ao vasto universo das perversidades seria inaceitável pela mesma razão. A moral cristã também as reprova, assim como reprova o aborto e a manipulação de embriões humanos. A separação entre Igreja e Estado, por ele invocada, tem sentido diverso e superior. Significa, por exemplo, que o Estado não impõe obrigações de caráter religioso e que as religiões não impõem deveres ao Estado. E, no caso examinado pelo STF, significa que, tendo a manipulação de embriões humanos sido considerada constitucional, o preceito sobre o assunto entra em vigor. E ponto final.
O ministro Celso Mello não esconde o viés totalitário de quem deseja recolher o Direito Natural e o pensamento cristão a um campo de concentração (C.T. - isto não é novidade para quem acompanha os programas do Olavo de Carvalho e lê seus textos sobre a MENTE REVOLUCIONÁRIA e também sobre REVOLUÇÃO GRAMSCIANA). Ali, devidamente amordaçados, ficaríamos sob jugo dele e de outros sacerdotes do ateísmo, com as conseqüências que já se instalam sob nossos olhos.
O imbecil juvenil (só os juvenis?)
Já acreditei em muitas mentiras, mas há uma à qual sempre fui imune: aquela que celebra a juventude como uma época de rebeldia, de independência, de amor à liberdade. Não dei crédito a essa patacoada nem mesmo quando, jovem eu próprio, ela me lisonjeava. Bem ao contrário, desde cedo me impressionaram muito fundo, na conduta de meus companheiros de geração, o espírito de rebanho, o temor do isolamento, a subserviência à voz corrente, a ânsia de sentir-se iguais e aceitos pela maioria cínica e autoritária, a disposição de tudo ceder, de tudo prostituir em troca de uma vaguinha de neófito no grupo dos sujeitos bacanas.
O jovem, é verdade, rebela-se muitas vezes contra pais e professores, mas é porque sabe que no fundo estão do seu lado e jamais revidarão suas agressões com força total. A luta contra os pais é um teatrinho, um jogo de cartas marcadas no qual um dos contendores luta para vencer e o outro para ajudá-lo a vencer.
Muito diferente é a situação do jovem ante os da sua geração, que não têm para com ele as complacências do paternalismo. Longe de protegê-lo, essa massa barulhenta e cínica recebe o novato com desprezo e hostilidade que lhe mostram, desde logo, a necessidade de obedecer para não sucumbir. É dos companheiros de geração que ele obtém a primeira experiência de um confronto com o poder, sem a mediação daquela diferença de idade que dá direito a descontos e atenuações. É o reino dos mais fortes, dos mais descarados, que se afirma com toda a sua crueza sobre a fragilidade do recém-chegado, impondo-lhe provações e exigências antes de aceitá-lo como membro da horda. A quantos ritos, a quantos protocolos, a quantas humilhações não se submete o postulante, para escapar à perspectiva aterrorizante da rejeição, do isolamento. Para não ser devolvido, impotente e humilhado, aos braços da mãe, ele tem de ser aprovado num exame que lhe exige menos coragem do que flexibilidade, capacidade de amoldar-se aos caprichos da maioria - a supressão, em suma, da personalidade.
É verdade que ele se submete a isso com prazer, com ânsia de apaixonado que tudo fará em troca de um sorriso condescendente. A massa de companheiros de geração representa, afinal, o mundo, o mundo grande no qual o adolescente, emergindo do pequeno mundo doméstico, pede ingresso. E o ingresso custa caro. O candidato deve, desde logo, aprender todo um vocabulário de palavras, de gestos, de olhares, todo um código de senhas e símbolos: a mínima falha expõe ao ridículo, e a regra do jogo é em geral implícita, devendo ser adivinhada antes de conhecida, macaqueada antes de adivinhada. O modo de aprendizado é sempre a imitação - literal, servil e sem questionamentos. O ingresso no mundo juvenil dispara a toda velocidade o motor de todos os desvarios humanos: o desejo mimético de que fala René Girard, onde o objeto não atrai por suas qualidades intrínsecas, mas por ser simultaneamente desejado por um outro, que Girard denomina o mediador.
Não é de espantar que o rito de ingresso no grupo, custando tão alto investimento psicológico, termine por levar o jovem à completa exasperação impedindo-o, simultaneamente, de despejar seu ressentimento de volta sobre o grupo mesmo, objeto de amor que se sonega e por isto tem o dom de transfigurar cada impulso de rancor em novo investimento amoroso. Para onde, então, se voltará o rancor, senão para a direção menos perigosa? A família surge como o bode expiatório providencial de todos os fracassos do jovem no seu rito de passagem. Se ele não logra ser aceito no grupo, a última coisa que lhe há de ocorrer será atribuir a culpa de sua situação à fatuidade e ao cinismo dos que o rejeitam. Numa cruel inversão, a culpa de suas humilhações não será atribuída àqueles que se recusam a aceitá-lo como homem, mas àqueles que o aceitam como criança. A família, que tudo lhe deu, pagará pelas maldades da horda que tudo lhe exige.
Eis a que se resume a famosa rebeldia do adolescente: amor ao mais forte que o despreza, desprezo pelo mais fraco que o ama.
Todas as mutações se dão na penumbra, na zona indistinta entre o ser e o não-ser: o jovem, em trânsito entre o que já não é e o que não é ainda, é, por fatalidade, inconsciente de si, de sua situação, das autorias e das culpas de quanto se passa dentro e em torno dele. Seus julgamentos são quase sempre a inversão completa da realidade. Eis o motivo pelo qual a juventude, desde que a covardia dos adultos lhe deu autoridade para mandar e desmandar, esteve sempre na vanguarda de todos os erros e perversidade do século: nazismo*, fascismo*, comunismo*, seitas pseudo-religiosas, consumo de drogas. São sempre os jovens que estão um passo à frente na direção do pior.
Um mundo que confia seu futuro ao discernimento dos jovens é um mundo velho e cansado, que já não tem futuro algum.
***
Comentários do Cavaleiro do Templo: lendo o texto percebi que muitos adultos ainda estão nesta etapa da vida, a adolescência. Pelo menos no que se refere à busca pela aceitação em grupos sem que se faça nenhuma ponderação, argumentação ou reflexão. Muitos de nós não questionamos (tenho quase 40 anos), não perguntamos porque estamos trocando de celular se o antigo ainda funciona perfeitamente. Porque gastamos uma enorme soma de dinheiro para ter um carro “completo” se o usamos (pelo menos eu, que ando no máximo 50Km por semana) tão pouco. Ou porque estamos comprando tal roupa se a 6 meses a achávamos absolutamente ridícula. Crescemos só na altura?
* Mesmo depois de toda a desgraça socialista/comunista, com 100 milhões de mortes entre os cidadãos e fora de guerras, com toda a loucura nazista (nazismo = NACIONAL SOCIALISMO) e fascista, ainda existem adultos que não largam seus “amores políticos de juventude”. Medo de ficar isolado ou de admitir que estavam errados? E dos dois, qual seria o pior? Ou seriam sociopatas mesmo?
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Quem vai parar a Dilma? Escândalo no ar: Ex-diretora da Anac abre o jogo e revela pressão de Dilma para facilitar venda da Varig a fundos estrangeiros
04/06/2008 | 08:31
Em entrevista explosiva ao jornal Estadão, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu resolveu trazer à tona informações que circulavam apenas no submundo dos negócios, relacionadas à falência da Varig, entre 2006 e 2007. Segunda Denise, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e sua secretária-executiva, Erenice Guerra, pressionaram a Anac para aprovar a venda da empresa de cargas da Varig, a VarigLog, para o fundo de investimentos americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros – representados pelo advogado Roberto Teixeira – amigo pessoal do presidente Lula.
Como a lei brasileira proíbe que capital estrangeiro tenha mais de 20% de participação em companhias aéreas, Denise pediu documentos comprovando a origem do dinheiro e a declaração de renda dos sócios brasileiros. Foi impedida por Dilma. "A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil", revela a ex-diretora da Anac. "A partir daí percebemos que havia algo estranho acontecendo com relação ao caso Varig", conta Denise. Leia a entrevista na íntegra:
A sra. diz que foi pressionada durante seu período na Anac. O que aconteceu?
Em abril de 2006, poucas semanas depois de termos sido empossados, os quatro diretores da Anac foram chamados na Casa Civil para tratar do caso Varig. A análise da ministra-chefe da Casa Civil era que a empresa já estava falida. Nessa reunião, recebemos a determinação de fazer um plano de contingência para não deixar os passageiros desassistidos. Recebemos a instrução de que as linhas internacionais de longo curso deviam ser destinadas à TAM e as da América do Sul à Gol. Ponderamos que não era possível seguir esse rateio no mercado interno, já que outras companhias podiam querer esses destinos.
Qual foi o episódio de maior pressão na Anac?
Enquanto elaborávamos o plano de contingência da Varig, a agência estava avaliando a transferência acionária da VarigLog. Em janeiro, a VarigLog havia sido comprada pelo fundo americano Matlin Patterson, em sociedade com a Volo do Brasil, dos brasileiros Marco Audi, Luiz Gallo e Marco Haftel. Eles tinham uma tal de autorização prévia de funcionamento jurídico dada pelo antigo DAC. Como relatora do processo, descobri que não havia na legislação essa figura da autorização prévia. Revimos a autorização e expedimos um ofício com novas exigências, para podermos comprovar a origem do capital e também, por meio de declarações de Imposto de Renda, se os sócios brasileiros tinham condição de comprar a companhia. Isso era importante para adequar a operação ao Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), que impede que um estrangeiro tenha mais de 20% de uma companhia aérea nacional.
A diretoria da Anac foi pressionada para aprovar essa transferência de capital da Variglog?
Logo que expedi esse ofício, a sra. Valeska Teixeira, filha de Roberto Teixeira, foi à Anac, no Rio. Teve uma reunião bastante calorosa com o superintendente de serviços aéreos e, aos gritos, dizia que queria falar comigo. Na ocasião, pedi para levá-la à minha sala. Ela disse que divergia dos termos do ofício, que era muito amiga do ministro José Dirceu e afilhada do presidente da República. Eu respondi que isso era bom para a relação pessoal dela, mas não mudava nada. Disse ainda que, se entendesse que eu havia extrapolado das minhas funções de diretora da Anac, deveria interpor um mandado de segurança para o Judiciário decidir quem estava correta. Pouco depois, fomos novamente chamados na Casa Civil e, pela primeira vez, ouvi a ministra Dilma dizer que havia chegado denúncias de que eu e o diretor Jorge Velozo estaríamos fazendo o lobby da TAM. E o diretor-presidente Milton Zuanazzi e o diretor Leur Lomanto estariam fazendo o lobby da Gol. Por causa desse suposto lobby, nós teríamos dividido as linhas internacionais entre as duas empresas. Nós nos insurgimos contra essa afirmação, pois havíamos seguido as orientações da própria Casa Civil. A partir daí percebemos que havia algo estranho acontecendo com relação ao caso Varig.
A ministra chegou a cobrá-la pelas exigências de comprovação de origem de capital e de Imposto de Renda dos sócios à VarigLog?
Numa reunião, a ministra se insurgiu contra as duas exigências dizendo que isso não era da alçada de uma agência reguladora, mas do Banco Central e da Receita. Falou ainda que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda dos sócios da Volo porque era muito comum as pessoas no Brasil sonegarem imposto. Ela disse também que nunca ia se revelar como se deu a entrada desse dinheiro no País porque poderia haver um contrato de mútuo entre as empresas e que esse contrato, de gaveta, nunca apareceria. Eu respondi que a matéria deveria ser colocada sub judice e os meus colegas já haviam aprovado meu ofício no colegiado da Anac.
Houve alguma ação judicial contra a Anac?
Os representantes da empresa, por meio do escritório do Roberto Teixeira, entraram com uma ação para que a venda da VarigLog fosse aprovada. Eles também entraram com uma representação contra mim no Ministério da Defesa, dizendo que eu fazia lobby pela TAM.
Mas os documentos que a sra. exigia nunca foram apresentados, e mesmo assim a transferência de capital foi aprovada.
Sim. No dia 23 de junho. Fazia uns 15 dias que, por determinação do governo, estávamos despachando na sede do Ministério da Defesa, discutindo o plano de contingência para a Varig. Na sexta-feira 23, quando nós diretores chegamos ao ministério, fomos informados pelo presidente da Anac, Milton Zuanazzi, que teríamos de votar o caso VarigLog naquele dia. A senhora Valeska e o Cristiano Martins (seu marido e sócio) estavam na ante-sala, aguardando a decisão.
Até então a apreciação do caso não estava programada para aquele dia...
Que eu soubesse, não.
Os advogados da VarigLog souberam antes de vocês...
Eu apresentei uma petição para o dr. Milton me dando por impedida de votar. Pela lei, se há uma representação contra uma autoridade que vai decidir, ela é considerada suspeita para votar aquele caso. Poucas horas depois, os advogados da VarigLog apresentaram um protocolo de retirada da representação que haviam feito contra mim no Ministério da Defesa. Aí eu ponderei que havia uma ação judicial tratando dessa matéria e citava nominalmente a mim. Portanto, eu continuava impedida de votar. Aí os advogados da VarigLog foram à Justiça Federal e protocolaram a desistência da ação. Tudo no mesmo dia. Como eles desistiram da ação, infelizmente, a decisão judicial, que havia sido proferida no dia anterior mas ainda não havia sido publicada, passou a não ter valor. O desembargador havia decidido que a Anac estava correta, que tinha o poder de investigar não só a origem do capital, como a capacidade financeira de cada pessoa física.
Não havendo mais impedimento, solicitei uma manifestação da Procuradoria-Geral da Anac. No mesmo dia, apareceu um parecer do procurador João Elídio dizendo que não era competência da Anac exigir os documentos de origem de capital e o Imposto de Renda.
O procurador foi pressionado?
Ele me disse que sim. Contou que ligaram da Casa Civil para ele e ele disse que estava internado. Depois a dra. Erenice ligou no celular dele para perguntar como ele estava de saúde, que ela gostaria muito de mandar o subchefe da Casa Civil visitá-lo no hospital.
Ele estava internado?
Ele disse que estava internado, não fui visitá-lo, não tinha tempo.
Ele foi internado quando soube que tinha que dar o parecer?
Não sei se foi em conseqüência disso, mas foi tudo no mesmo dia. O que eu soube é que, depois de receber o telefonema da dra. Erenice, ele teria saído do hospital e ido a uma reunião na Casa Civil. Pouco depois, ele emitiu seu parecer. Mas, enquanto não chegava o parecer do procurador, eu saí do ministério. Só voltei quando o presidente da Anac me chamou, às 11 da noite, para finalmente votarmos a matéria. No dia seguinte, oficiei a todos, ao Banco Central e à Receita, pedindo que se verificasse a origem de capital e o Imposto de Renda dos sócios da VarigLog. Enquanto eu estava na Anac, não tive resposta.
Por que havia tanta pressa em votar o caso da VarigLog no dia 23?
Não sabíamos à época. Depois, quando a VarigLog comprou a Varig no leilão, é que vimos que uma matéria estava atrelada à outra. Se não aprovasse a transferência acionária da VarigLog, ela não existiria e não poderia participar do leilão.
A sra. também diz que a Anac teve problemas no episódio de venda da Varig. Uma das questões dizia respeito à dúvida se o comprador da Varig herdaria as velhas dívidas da companhia. O que aconteceu?
O procurador-geral da Fazenda Nacional, Manoel Felipe Brandão, deu algumas declarações dizendo que a sucessão de dívidas não estava afastada. Ao saber disso, o juiz Ayoub (Luiz Roberto Ayoub, da Vara Empresarial do Rio de Janeiro) solicitou uma audiência com o procurador, em Brasília. O procurador achou que ia receber só o juiz. Mas a diretoria da Anac também foi chamada, além de um assessor da Erenice e alguns jornalistas. Enfim, uma quantidade de pessoas bem maior do que ele imaginava, e ele manteve seu posicionamento. Em poucos dias, ele saiu da procuradoria e foi colocado o procurador Luís Adams. Aí foi emitido um parecer garantindo que não havia sucessão de dívidas.
Como era a atuação dos advogados do escritório Teixeira, Martins e Advogados?
O caso VarigLog/Varig é o caso em que tivemos a participação muito intensa de advogados dentro da Anac. Não lembro de outros casos. Nunca vi o Roberto Teixeira na Anac em Brasília. Sei que ele participou de algumas reuniões no Rio. A filha e o genro iam muito à Anac em Brasília.
E como era a atuação da Valeska?
Era truculenta. Recentemente vi um boletim de ocorrência do Marcos Haftel (sócio brasileiro da VarigLog) contra ela, em que confirma essa truculência. Ela liga da reunião para o pai. Sabe pressão psicológica? Ao final de uma reunião, acompanhada pelo esposo, ela diz: "Agora temos de ir embora porque o papai já está no gabinete do presidente Lula".
O nome de Roberto Teixeira aparecia nas reuniões da Casa Civil?
Nas reuniões de plano de contingência, ou para aprovar ou não a VarigLog, sobre transferência do cheta da Varig, em várias oportunidades, ouvimos a Erenice falando com o Zuanazzi sobre o tema e se referindo a alguém como "papai". Ou a Erenice e a ministra Dilma dizendo uma para a outra: "Porque o papai precisa analisar". Eu só sabia que todos nós que estávamos na reunião não éramos "papai".
Como eram essas reuniões na Casa Civil. Quem convocava?
O Milton nos comunicava que a ministra Dilma havia convocado a reunião e deveríamos participar, como colegiado.
Tecnicamente, era função da ministra ou a senhora sentia que havia uma ingerência indevida?
Tecnicamente, uma agência reguladora não está vinculada ao governo. A lei da Anac é clara e dá autonomia funcional, administrativa e de gestão à agência.
Na prática, a ministra mandava na Anac?
A Anac é um órgão muito grande. Seria uma irresponsabilidade dizer que ela mandava na Anac. Mas existia uma tentativa de monitoramento das ações da diretoria com relação a esse caso: Varig e VarigLog.
A sra. diz que foi vítima de um dossiê falso. Como foi?
Um mês depois da minha saída da Anac, recebi um envelope na casa da minha mãe. Foi preparado como um dossiê, só com informações falsas. Fui ao meu advogado e pedi para que a documentação fosse levada para a Polícia Federal investigar quem elaborou o dossiê. Demos entrada na PF e o caso foi remetido à Polícia Civil de São Paulo, para investigar crimes de calúnia e tentativa de extorsão.
O que tinha no dossiê?
O dossiê diz que eu teria contas no Uruguai e remeteria dinheiro para Luxemburgo. E teria usado cartões de crédito para fazer saques em dinheiro e pagar eventos onde teria me encontrado com o coronel Velozo e o Anchieta (Anchieta Hélcias, vice-presidente do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias, ligado à TAM). Ao ler o dossiê, passei a entender uma série de questionamentos que recebi de deputados durante a CPI do Apagão Aéreo e que na hora eu não havia entendido. Também entendi por que, em 2006, a ministra Dilma afirmou que eu e o Velozo fazíamos lobby para a TAM e o Leur e o Zuanazzi fariam para a Gol.
A sra. tem alguma suspeita da autoria do dossiê?
Eu relatei os inúmeros tumultos ao longo do processo, que podem apontar o caminho para a polícia fazer a investigação. Agora cabe ao delegado fazer o link e chegar às suas conclusões.
Sua suspeita é que seria alguém que teve o interesse contrariado durante sua gestão na Anac?
Com certeza.
O que sempre se falou é que a sra. agia em nome dos interesses da TAM e que tem um irmão que advogou para a TAM. Qual é a sua relação com a TAM?
Eu não tenho relação com a TAM. Jamais recebi qualquer benefício da empresa. Meu irmão foi advogado - e isso descobri a posteriori - muito antes de imaginar que eu, procuradora do Estado de São Paulo, iria trabalhar no governo do presidente Lula e, depois, seria indicada para uma agência que ainda não havia nascido. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República julgou esse caso, recentemente, e arquivou a questão de ter irmão advogado e disse que não há nenhuma conduta antiética.
DILMA REQUSITOU PESSOALMENTE A TRANSFERÊNCIA PARA BRASÍLIA DE MULHER DE TERRORISTA
Terça-feira, Junho 03, 2008
Leiam trecho do podcast de Diogo Mainardi. Volto em seguida:
Em minha última coluna, informei que a mulher de Olivério Medina (Angela Maria Slongo), o representante das Farc no Brasil, foi contratada pelo governo Lula. Isso aconteceu em dezembro de 2006, quando o marido dela ainda estava preso em Brasília, à espera do julgamento no STF. Uma reportagem do jornal Gazeta do Povo mostrou que a mulher de Olivério Medina foi cedida pelo governo do Paraná a pedido de Dilma Rousseff. Epa, epa, epa! Pode repetir? Posso sim. Com prazer. De acordo com um documento reproduzido pela Gazeta do Povo, e que pode ser acessado aqui, Dilma Rousseff requisitou pessoalmente ao governador do Paraná a transferência da mulher do preso das Farc. Uma dúvida: a ministra da Casa Civil demonstra esse mesmo interesse por todos os servidores de terceiro escalão?
O deputado Rodrigo Maia pediu esclarecimentos sobre o caso. O senador Arthur Virgílio, por sua vez, encaminhou um requerimento ao Ministério da Pesca. Até agora, o governo Lula só emitiu uma nota sobre o assunto, prometendo me processar. É a escala de valores dessa gente: Olivério Medina - "el Pancho" - solto, e Diogo Mainardi - "o Pança" - condenado. Em sua nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Pesca confirmou todos os dados relatados em minha coluna. Negou apenas que pudesse haver um elo entre o governo e as Farc. Eu ficaria muito surpreso se alguém admitisse o contrário.
O Brasil tem 50.000 assassinatos por ano. Isso é o que importa quando se trata das Farc. Ignore a retórica esquerdista. Ignore a mística guerrilheira. Concentre-se no essencial. E o essencial é o tráfico de drogas. O Brasil é um grande mercado consumidor das drogas produzidas nos territórios dominados pelas Farc. O Brasil é também um grande entreposto para o seu comércio internacional. O lulismo tenta passar a idéia de que as Farc dizem respeito apenas à Colômbia. E, marginalmente, à Venezuela e ao Equador. Mentira. O Brasil entra na guerra com sua monumental cota de assassinatos relacionados com o consumo e com o tráfico de drogas, e com todos os crimes que podem ser associados a eles: assaltos, contrabando de armas, jogo ilegal, lavagem de dinheiro. Cada um de nós, indiretamente, já foi assaltado pelas Farc. Cada um de nós conhece alguém que foi assassinado pelas Farc.
Para ouvir e ler íntegra, clique aqui
Comento
Prestem atenção: se Dilma Rousseff tivesse solicitado ao governador Requião a transferência da senhora Medina para ser sua secretária-executiva, eu acharia menos grave do que o vai acima. Quer dizer que a poderosa Dilma, a quase inefável superminstra, só metida com os grandes assuntos da República, esta verdadeira célula-tronco embrionária das utopias do progresso, desce do seu pedestal para solicitar a transferência de uma professora de, sei lá, quarto ou quinto escalão??? Tenho o direito de achar que tem catiripapo no catirifofo, não é mesmo?
Claro, a dona Medina deve ser uma competência ímpar para cuidar da alfabetização de pescadores, especialmente em Brasília, onde nadam tantos bagres em águas sujas.
A coisa é grave, sim. Olivério Medina estava preso pelo estado brasileiro quando a primeira-ministra informal da República decidiu requisitar os serviços especializados de sua mulher. Ele não é só um soldadozinho das Farc. Era e é um dos seus dirigentes. Como lembra Diogo, os terroristas colombianos estão diretamente ligados a 50 mil mortes por ano no Brasil.
Qual será a liga que une toda essa gente? (C. T. - URSAL, União das Repúblicas Socialistas da América Latina, novo nome da América Latina após o FORO DE SÃO PAULO atingir seu objetivo com a cumplicidade dos brasileiros que não sentem mais nada, não se mexem, não se juntam e apenas fazem (quando fazem) reclamar... Como se falar resolvesse...)
Outro duro revés para Evo Morales
Postado por movcc às Segunda-feira, Junho 02, 2008
COM MAIS DE 80%, BENI E PANDO APOIARAM MASSIVAMENTE OS REFERENDOS
As regiões bolivianas de Beni y Pando, opositoras ao presidente Evo Morales, realizaram ontem seus referendos autonomistas. Os primeiros dados indicaram uma vitória arrasadora da opção SIM, que obteve de acordo com as pesquisas divulgadas pelas emissoras "PAT", "ATB" e "Unitel", os seguintes resultados: Beni teria obtido um apoio de 80% a 89%, enquanto em Pando o texto teria sido apoiado por 82% a 85% dos eleitores.
PT, Partido dos Trabalhadores? Não, PT sempre significou Pouco Trabalho
Interessante e verídico!!! Vale a pena ler!
O zelador de um prédio em Natal/RN, pediu à administração do condomínio onde trabalhava que o demitissem. Contou o motivo: tem dois cunhados desempregados, lá mesmo em Natal e que, por conta da Bolsa Escola, Cartão Cidadão, Cartão Alimentação, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale-Refeição (acreditem -Vale-refeição) e demais benefícios do nosso governo, dadas a título de esmola, vivem melhor que ele.
Aí paramos e fomos fazer umas continhas:
1. Bolsa escola - R$ 175,00 para cada filho que freqüente as aulas. Suponhamos que sejam apenas dois = R$ 350,00 (em dinheiro);
2. Cartão cidadão (cujo intuito é restituir a cidadania) = R$ 350,00 (em dinheiro);
3. Vale gás (um por mês) = R$ 70,00;
4. Transporte (calculamos 4 passagens diárias, que é uma boa média) R$ 8,00/dia x 20 dias = R$ 160,00;
5. Vale refeição (um por dia) R$ 3,50/dia x 30 dias x 4 pessoas (ele, a esposa e os dois filhos) = R$ 420,00;
Total em dinheiro - R$ 700,00
Total em serviços - R$ 650,00
Total mensal - R$ 1.350,00
Obs.1 : O salário do zelador acrescido de horas extras e tudo mais girava em torno de R$ 830,00/mês.
Obs.2: Tudo isso é o estabelecido pela LEI No 10.836, de 09 DE JANEIRO DE 2004.
Na dúvida, consulte:
Como o zelador tem três filhos em idade escolar, para ele é vantajoso ficar desempregado e ter esses benefícios. Seu 'salário desemprego' irá girar em torno de R$ 1.525,00, quase o dobro do que ganha trabalhando.
Como diria o Boris Casoy (expurgado da TV por se opor ao Lula): 'ISTO É UMA VERGONHA!'.
Sabe quem paga por isso?
'NÓS', os 'OTÁRIOS' que damos um duro danado e passamos restrições que só nós sabemos.
Distribuir a renda, é correto, mas isso é ESMOLA em exagero (C.T. - eu diria que isto é o que os petistas almejam, encostar no Estado, que é "financiado" pelos não-petistas, ou seja, pelos trabalhadores, e assim viverem como reis sem mover um músculo do corpo sequer para produzir alguma coisa, qualquer que seja. A história do LULA, símbolo máximo do petismo é esta. É como Olavo de Carvalho sempre diz: o objetivo desta gangue revolucionária que assola o Brasil desde que Golbery deixou os socialistas gramscianos fincarem pé nas Universidades é a inversão total e a destruição de todos os valores da sociedade ocidental que seriam substituídos pelos seus """"valores"""" para, desta forma, nunca mais saírem do poder).
Porque você acha que o Nordeste em peso votou no Lula?
MEUS AMIGOS(AS) POR FAVOR REPASSEM!
Dia de muito é véspera de nada!!!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Capitalismo Selvagem? No Brasil é ESTADO SELVAGEM!
Pilgrimans chegando aos EUA com fé, disciplina em família e trabalho, ajudaram a construir as bases morais do pais que mais avançou na construção democrática. O capitalismo se desenvolvendo como resultado da competitividade de competências, alcançadas através do estudo e da pesquisa. Imperialismo posterior no enfrentamento com a URSS (insensatez de americanos acreditando na utopia marxista), guerra fria, erros...
Colonização brasileira: desastre desde o berço
O Estado hoje no Brasil: beneficiando banqueiros e empresas locais e internacionais sediadas na China, fabricando até mesmo medicamentos envenenados, brinquedos e berços que desarmam e sufocam os recem nascidos. Na agricultura a utilização monitorada de defensivos agrícolas PROIBIDOS NO PRIMEIRO MUNDO e que afetam a saúde de toda a população. E sobre tudo isto são cobrados impostos que facilitam o roubo e desvios.
Negociação das áreas com reservas de minerais estratégicos: quem quiser pode comprar partes substanciais do território nacional. Raposa e Ianomamis...
Cada cidadão devendo aos cartões de crédito, os aposentados impelidos pela propaganda do governo pendurados em empréstimos, a juros, que reduzem seus os parcos recursos. Saúde Pública entregue a empresas comerciais... Os custos mais altos por serviços de telefonia, combustíveis, eletricidade... Se isto não é capitalismo selvagem de estado, que é? Em um artigo para o Alerta, criei o termo CAPIMUNISMO, a associação do modelo capitalista de produção com o controle rigoroso do Estado sobre a população. Governo mundial dos controladores através de organismos como ONU, OEA, CE, etc. Ausência de liderança ética ou modelo. Como cidadão inglês, Orwell pesquisou bem suas fontes originais para a descrição do Big Brother.
E tudo isto aí acima é puro esoterismo para a maioria dos cidadãos do Brasil de hoje. É ou não é?
Forte abraço,
Arlindo
Stédile/MST na BAND.
O Sr. STÉDILE DO MST VAI SER ENTREVISTADO NO PROGRAMA CANAL LIVRE E A TV BANDEIRANTES ESTÁ FAZENDO A ENQUETE ABAIXO.
OS RADICAIS ESTÃO VOTANDO EM MASSA. E NÓS?
Socorro minha gente! Vamos lá votar......vaaaaaaamos
Repassem por favor!!!
http://www.band.com.br/canallivre/
O Homem Resignado
Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Postado por movcc às Segunda-feira, Junho 02, 2008
Acostumei-me com o conceito de que o brasileiro é um povo pacato, passivo. Acostumei-me a acreditar que a reação do brasileiro dependia de uma massiva provocação da mídia, caso contrário, se não fosse instigado a reagir, o brasileiro aceitaria qualquer coisa, qualquer desatino dos governos, afinal, ele é um desprovido de impetuosidade. Pensava assim, aliás, passivamente por anos acomodei-me com esta visão.
Mas chegou Lula e seu discurso tosco e grotesco arrebanhava multidões de fiéis como um beato qualquer que prega ser o novo Jesus Cristo. A explicação da passividade passou a não me satisfazer. Queria entender porque o brasileiro aceita um presidente que admite ter mentido, que zomba dos que querem ser honestos e dignos. Um presidente que ao caminhar deixa um enorme rastro, com companheiros suspeitos de crimes e até de assassinatos? Precisava entender. Sabia apenas que, segundo pesquisas eleitorais, a camada populacional responsável pelas eleições de Lula é a com menor grau de escolaridade.
Foi quando, numa conversa informal, soube de um grupo de médicos de uma universidade paulista que estudava a forma de raciocínio e o comportamento do cérebro em relação ao grau de escolaridade. Humm, aquilo me interessava! Conversei com os pesquisadores e, num resumo superficial, um dos médicos me explicou que, segundo o estudo, quanto menor o grau de escolaridade, mais concreto é o pensamento. Não existe o pensamento subjetivo nem de longo prazo. Há apenas o imediato, o necessário, o essencial. O pensamento de um indivíduo sem escolaridade vai do acordar ao tomar banho. Do comer ao fechar uma porta. São pensamentos concretos de ações ou tarefas a serem realizadas e necessidades fisiológicas a serem saciadas. Os projetos se limitam à refeição do dia seguinte.
Apesar desse estudo nada ter a ver com a política, concluí que o eleitor de Lula é fisiológico e como suas aspirações e necessidades são imediatas e concretas, garantir a esses indivíduos a refeição do dia seguinte era o suficiente. Não pensa no médio e longo prazo.
Bem, por esse estudo o brasileiro não é pacato, é ignorante. Chocante, mas era a explicação encontrada pelos pesquisadores, e ia além do simplesmente “pacato pela própria natureza”.
O tempo passou e essa teoria que parecia tão bem se encaixar aos eleitores de Lula, não era suficiente para explicar a aceitação de tantas aberrações cometidas por políticos que roubam dinheiro público e são absolvidos pela própria população roubada.
Incomoda-me não ouvir uma única voz de indignação. Mas peraí!, o silêncio não vem dos eleitores de Lula, daquele indivíduo sem escolaridade. Não é desse indivíduo que se espera uma reação, afinal, os crimes financeiros e improbidades administrativas são complexos demais para a compreensão desse cidadão.
Elaborei algumas teorias, mas era preciso confirmá-las. Foi ai que conheci Garibaldi, um motorista de táxi de Fortaleza que me trouxe a informação para confirmar a minha suspeita.
Comentei com Garibaldi sobre o “vôo da sogra”, do governador do Ceará, que viajou para a Europa em jatinho particular pago com dinheiro público. Garibaldi disse: “coitado do governador, a oposição pegou no seu pé!”.
Para Garibaldi é normal Cid Gomes ter se encantado com o poder, é razoável que ele queira viajar em um jato fretado. É certo ele ter comprado um luxuosíssimo carro apenas para lhe atender quando está em Brasília. Garibaldi não é um cabo eleitoral de Cid Gomes, tem estudo, casa própria, seus filhos estudam e é uma pessoa bem informada que lê jornais. Essa sua postura vai além de Cid Gomes. Garibaldi elogiou e defendeu outros políticos da região, que são de grupos antagônicos ao do governador e tão ímprobos quanto.
Resolveu desviar por um caminho para me mostrar as mansões desses políticos como se fossem estrelas de cinema. Para ele pouco importava se a fortuna havia sido construída com dinheiro roubado. Eram semi deuses, merecedores de toda a honra e toda a glória.
Garibaldi tem ambições e pensa no futuro, mas não questiona a sua posição na nossa sociedade, nem a forma como aqueles tinham conseguido construir aquelas mansões. Garibaldi é o retrato de um homem resignado. O homem que eu procurava. É esse o indivíduo que suporta qualquer mal sem se revoltar, sem esboçar reação. Esse indivíduo não questiona os atos, pois para ele os detentores do poder possuem licença até para roubar, se assim desejarem.
Ele nunca se perguntou se pode ou não um dia chegar a outro patamar social, ele apenas segue a vida. Resignado. Esse é o homem brasileiro. Resignado.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. Professora universitária e articulista do Jornal Circuito Mato Grosso.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Chávez, o novo chefão das FARC?
Quarta-feira, 28 de maio de 2008
Quando eu recebi a confirmação da morte de “Tirofijo”, dada em comunicado das FARC, comentei com amigos que estranhava a rapidez com que eles tinham atendido ao pedido do ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, pois não se passaram 24 horas até que fosse enviado um vídeo com o pronunciamento de “Timochenko”. Duas coisas me chamaram a atenção: a rapidez da confirmação e a divulgação feita através do canal TeleSur, do governo de Chávez. Por que, em vez de entregar ao governo da Colômbia, este vídeo foi entregue a Chávez? Naquela altura eram só desconfianças de que se montava mais uma farsa; hoje, entretanto, o Notalatina apresenta as provas.
Para nós brasileiros, que não somos biólogos, é difícil reconhecer certos detalhes botânicos da flora venezuelana e colombiana a ponto de distinguir que tal vegetação é típica de um ou outro país. Para os nativos destes países, não, do mesmo modo que aqui nós sabemos dizer, mesmo sem muito estudo na área, que os cactos e as bromélias são característicos do Nordeste, enquanto as asaléas são mais comumente encontradas em São Paulo e adjacências. Entretanto, é possível notar que a vegetação é baixa e não espessa como se imagina ser uma “floresta”, além de aparecerem muitas flores como se houvesse um jardim. Nas selvas? Huum... Pois foram exatamente estes detalhes que chamaram a atenção de jornalistas colombianos e venezuelanos, para provar que aquela gravação não foi feita nas “montanhas da Colômbia”, como afirma Timochenko ao final da gravação e sim, na Venezuela.
O ex-ministro colombiano Fernando Lodoño (na foto acima) vai mais longe. Ele crê que Marulanda “Tirofijo” já está morto há anos, e que era Raúl Reyes quem se passava por ele nas mensagens encontradas em seu computador. Isto faz sentido, sobretudo porque há tempo se sabia que ele tinha um câncer de próstata mas, embora eu não endosse a tese por falta de provas, não parece no mínimo coincidente demais que, morto Reyes em 1º de março e apreendido seu computador, Marulanda tenha tido um enfarte mortal justo no dia 26 do mesmo mês e ano?
Lodoño também chama a atenção para a qualidade técnica da filmagem, feita com várias câmeras (tomadas de vários ângulos), o que é pouco provável existir num ambiente de acampamento no meio das inóspitas selvas. Neste vídeo aqui pode-se ver a minuciosa análise feita por especialista em botânica, além de – o mais grave – comparações feitas entre o uniforme usado por Timochenko (C.T. - o barbudo) e Chávez (C.T. - dispensa apresentação), que leva os analistas a concluírem que ambos têm a mesma procedência. Vejam este vídeo com atenção, observem os detalhes do uniforme, até do quepe e tirem suas conclusões.
Observem a foto de Chávez acima, onde se pode ver os detalhes citados no vídeo. Eu, entretando, chamo atenção para outro detalhe que não foi comentado: nesta foto, tirada meses atrás, Chávez usa uma braçadeira com as cores da bandeira venezuelana que são as mesmas da Colômbia. Não estaria ele enviando uma mensagem subliminar de que também pertence às FARC? Por outro lado, observem que Timochenko NÃO está com a braçadeira que cararteriza os membros das FARC neste uniforme. Não pode ter sido por “descuido” a ausência da braçadeira, justo num momento tão solene como o anúncio oficial da morte do fundador do bando mas... por que a braçadeira não está onde devia?
Para o ex-ministro Lodoño (como também para Alejandro Peña Esclusa), Hugo Chávez é o verdadeiro “comandante” das FARC, “é ele quem põe e tira; os membros do Secretariado não puderam nomear Cano porque não podem se reunir, não têm contatos entre si”, disse Lodoño. E no pleno do Partido Comunista da Venezuela (PCV) no dia 26, fez-se uma despedida a Marulanda com aplausos durante 1 minuto, alegando ser este partido “aliado estratégico” das FARC (C.T. - e aqui neste vídeo o Hugo CHávez diz COM TODAS AS LETRAS que conheceu o Raúl Reyes e o LULA em um encontro do FORO DE SÃO PAULO. Junte tudo isto e pronto. Impeachment do LULA e criminalização do PT, que TEM QUE SER EXTINTO). O deputado Oscar Figuera disse que o PCV é “um aliado estratégico das FARC” e em seguida afirmou que o PCV é “um dos grupos políticos aliados ao governo do presidente Chávez, desde que ele assumiu o poder em dezembro de 1998”. Acrescentou ainda admite as “coincidências de propósitos políticos” entre as FARC e Chávez. Mas Chávez quer fazer o mundo inteiro crer que não existe nada entre ele e seu governo e as FARC; é tudo intriga de Uribe, o “cachorro do império”.
Além de todas estas “coincidências”, há uma série de quatro vídeos gravados no dia 6 de março no programa “La Noche”, do canal RCN da Colômbia, onde Claudia Gurisatti entrevista o senador colombiano Germán Vargas Llenas que acompanha o desenrolar desta guerra junto ao Ministério da Defesa. Nessa entrevista são apresentadas imagens da guerrilha, entrevista com o povo venezuelano nas ruas e declarações feitas por Uribe, Chávez, Ortega. Há revelações surpreendentes, como a entrevista feita com a ex-guerrilheira desmobilizada das FARC de codinome “Camila”, que afirma os vínculos de Chávez com o bando terrorista. Mostra também que o pessoal de Inteligência e Forças de Segurança da Colômbia têm todos os acampamentos mapeados, sabem quantos e há quanto tempo existem células das FARC na Venezuela, bem como o movimento de Chávez em relação ao bando. Os vídeos têm entre 6 e 8 minutos cada e vale muito a pena vê-los. Cliquem aqui: La Noche 1ra parte de 4, La Noche 2da parte de 4, La Noche 3ra parte de 4 e La Noche 4ta parte de 4.
E na Folha de São Paulo (agora todo mundo fala de FARC e Foro de São Paulo desde criancinha!) de hoje há um revelação – nada nova – de que encontraram nos computadores de Raúl Reyes uma troca de correspondência entre as FARC e o chanceler Celso Amorim, quando tratava-se da não extradição de Francisco Antonio Cadena Collazos, vulgo padre Oliverio Medina. Nada estranho nisso, uma vez que foi publicado no próprio site das FARC – que eu tenho mas o site do bando está indisponível*** desde a morte de RR -, pelo menos duas dessas cartas: uma, solicitando os bons ofícios do governo amigo do Sr. da Silva, e outra agradecendo o empenho que culminou dando a este terrorista o status de “refugiado político” e não o extraditando como era vontade deles todos – tudo em nome da impunidade dos amigos. Fora essas duas, que foram específicas deste caso, há ainda as felicitações pela eleição e reeleição do companheiro do Foro de São Paulo, Lula da Silva, além dos acordos que nós não sabemos.
Aos poucos a sujeira começa a vir à tona e todos, um por um, vão acabar sendo desmascarados porque a verdade pode até tardar mas um dia aparece. É só ter paciência e esperar.
Fiquem com Deus e até a próxima!
*** Cartas das FARC para download abaixo
wibiya widget
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.