Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O Monopólio do Poder
Por Alindo Montenegro em quarta-feira, junho 18, 2008
Poder! Trocando a ordem das letras finais a coisa fica podre. E como não tenho mais que fazer, derramo as tintas alucinadas para gerar um quadro surrealista como a realidade que percebo.
Olhei no espelho e vi a cara de um pau de arara espantado diante de um quadro dadaísta ou de um Miro! Olhei o mapa do Brasil contido no mapa mundi e pensei no príncipe que recebeu o título de “cavaleiro companheiro”, podendo usar a liga vermelha – que nem as dançarinas do french can can no folies bergère.
Foi quando senti um soco no peito. A palavra companheiro lembrou o poder e a podridão. Lembrou que os caras falam em acabar com a propriedade privada jogando na privada todos os valores que humanizam e fortalecem a essência da vida.
Companheiro, nos dias atuais é aquele que exerce o poder sem limites, insultando a inteligência, desprezando o trabalho e privilegiando o cinismo e a crueldade, a trapaça e a truculência.
Nem Hitler, Stalin, Mao, Pol Pot, Castro ou Cesescu, foram tão sutis no exercício do poder total. Aqui, hoje, agorinha mesmo, aqueles que idolatram, referenciam e reverenciam as figurinhas acima, pisam e cospem nos sonhos mais legítimos da gente que integra esta Pátria humilhada ao extremo.
Alguns fatos irrefutáveis:
Os que exercem o poder total acima das Leis, já entregaram 50 milhões de hectares da terra para alguns milhares dos que eles denominam “assentados”. Mas os assentados não produzem nada e dependem de cestas básicas e salários do bolsa família governamental para alimentar-se e deseducar seus filhos nas escolas mantidas por agentes do mst.
Os “assentados” podem ser mobilizados pelo mst, financiado pelo governo, para cometer crimes contra a propriedade privada, principalmente atacando o agro negócio, destruindo laboratórios e viveiros, bloqueando estradas e ferrovias, matando gente, atuando como guerrilha, ocupando fazendas, prédios públicos, depredando a torto e a direito, mesmo nas dependências do Congresso Nacional.
Tudo visto, dito e documentado como simples “manifestação de movimentos sociais”, integrado pelo exército de ingênuos desocupados, manobrados por criminosos, repetindo que o agro negócio inviabiliza empregos.
A revista'Valor Econômico', (São Paulo, 20 a 23 de março de 2008, p. B16) mostra como o agro negócio que gera mais de 50 bilhões de dólares em exportações é responsável por 40% dos empregos neste país.
Existe um artigo transcrito nos Anais da Camara dos Deputados por iniciativa de um Deputado Lael Varella, que alinha alguns números desta atividade do capitalismo execrado pelos governantes e quadrilhas de executivos que buscam impedir de todos os modos o progresso da livre iniciativa e dos negócios privados.
Buscam impedir, frear, travar utilizando ongs ambientalistas, indigenistas, quilombolas, impostos extorsivos, extorsão criminosa de verdade a título de doação ou facilitação, infra estrutura (estradas, ferrovias, hidrovias, silos) insuficiente, mst e outras guerrilhas, exigência de índices de produtividade inatingíveis, acusações de trabalho escravo, limitação da área de propriedades e outras diversas armadilhas.
Vamos aos números com alguns comparativos para melhor compreensão:
1) Safra de grãos: 140 milhões de toneladas.
2) Segundo maior produtor mundial de soja
3) Maior exportador mundial de soja.
4) Produção de 30 milhões de toneladas de açúcar e 23 bilhões de litros de álcool (quantidade correspondente a 400.000 barrís de petróleo por dia).
5) De cada 10 copos de suco de laranja bebidos no mundo, oito são produzidos no Brasil. Embora a área dos laranjais tenha sido reduzida em 30%, a produtividade aumentou com a renovação dos laranjais.
6) Maior produtor mundial de café.
7) Segundo produtor mundial de milho com 50 milhões de toneladas enquanto toda a Europa produz 48 milhões.
8) Segundo maior produtor e exportador de frango do mundo, incluindo abate e cortes especiais para atender exigências de religiosidade dos importadores.
9) Maior exportador de carne de boi, com um rebanho que hoje é o dobro do rebanho dos EUA. (200 milhões de cabeças contra 100 milhões).
10) Se o mst , o ibama e o governo não atrapalharem, em 2014, teremos a maior área de florestas plantadas do mundo, superando a área de florestas abatidas e com produtividade média de 40 metros cúbicos por hectare. (Nos EUA, a produtividade é de 10 metros cúbicos por hectare).
E paramos por aqui. Porque se todas as usinas já estivessem aparelhadas para produzir energia a partir do bagaço de cana, teríamos mais duas usinas de Itaipu. Mas o centralismo do Estado, impede que isto ocorra. Crime ou castigo?
O capimunismo que assola o planeta, alinhou este país e este povo para o mais vil servilismo. Os esquerdistas (?!), internacionalistas nascidos no Brasil, tidos como inteligentes pelos controladores do mundo, agem de modo perverso, impedindo a criação de milhões de empregos, escolhendo tripudiar sobre famílias abandonadas sobre barracas de plástico preto em condição sub humana, nas favelas rurais que chamam de assentamentos. Chamam esta condição de reforma agrária.
Onde estão os técnicos, onde está o ensino das tecnologias adequadas? Onde estão as sementes, os tratores e a infra estrutura para a produção adequada? São 50 milhões de hectares improdutivos. Os números descritos acima, poderiam ser dobrados. Enquanto isto os donos do mundo falam em fome, inflação...
É a nova ordem mundial! É o enrola trouxa! É o cinismo mais cruel que a história do mundo está registrando: o capimunismo em marcha!
Arlindo Montenegro é Apicultor, mas sempre dá ferroadas no Governo Ideológico do Crime Organizado.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
MST sofre contra-ataque ao amanhecer. BRAVO!
Postado por movcc às Quarta-feira, Junho 18, 2008
NOVA FORMA DE COMBATE AO MST
O MST sofreu um revés na manhã de ontem. – Reportagem Especial do Jornal Zero Hora – Por Humberto Trezzi – Coqueiros do Sul
Os sem-terra foram removidos, sem incidentes. Diferentemente de outras ocasiões, a retirada dos barracos não aconteceu em decorrência de invasão recente cometida pelos militantes do MST. A Justiça resolveu se antecipar a futuros delitos. Baseou-se, para isso, nos antecedentes: uma investigação do Ministério Público Estadual que começou há quase um ano relaciona cerca de 135 crimes que teriam sido praticados por integrantes dos acampamentos.
Os acampados foram responsabilizados pelos promotores públicos como autores de 12 invasões da Fazenda Coqueiros, contígua aos dois acampamentos. A propriedade, de 7,1 mil hectares, vem sendo sistematicamente invadida por militantes do MST desde 2004. Eles exigem a desapropriação da área. Para contrariedade dos sem-terra, o governo federal informou que a área não será desapropriada, porque foi analisada e considerada produtiva, se levados em conta os atuais índices exigidos por lei.
Nas 144 páginas da denúncia do Ministério Público que resultou na ação de ontem, os acampados são responsabilizados por uma onda de furtos de gado e saques em fazendas da região. A eles também são atribuídos incêndios nas plantações e desmatamento de vegetação nativa, além da destruição de três tratores e três caminhões - todos da família Guerra, dona da Coqueiros.
- Não se trata de remover acampamentos, e sim de desmontar bases que o MST usa para cometer reiterados atos criminosos - justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner, da Promotoria Especializada Criminal. Ele é um dos autores, com o promotor Benhur Biancon Junior, da ação que resultou na retirada dos sem-terra do entorno da fazenda.
O Ministério Público optou por um processo cível, em vez de criminal, porque o objetivo não é apenas identificar possíveis autores crimes. Os promotores querem impedir que os acampamentos sejam remontados pelo MST. Para isso, propõem penalização dos donos das áreas, caso elas voltem a abrigar sem-terra.
BM gastou R$ 22 mil por mês com vigilância de grupos
Como justificativa para a ação, os promotores dizem que algumas ações do MST em Coqueiros do Sul oferecem risco "ao Estado Democrático e de Direito" e seus acampamentos têm "importância estratégica do ponto de vista militar" para o movimento. - O MST utiliza os acampamentos em Coqueiros do Sul de forma perniciosa e anti-social, como base de operações para amedrontar proprietários e empregados da fazenda Coqueiros, até torná-la improdutiva - afirma a peça entregue pelos promotores ao juiz.
Os promotores ressaltam que, para proteger a fazenda, a BM foi obrigada a manter um pelotão de forma permanente na Coqueiros, a um custo mensal de R$ 22.962. O juiz Orlando Faccini Neto, de Carazinho, acatou todos os pedidos do Ministério Público. Determinou ainda que, caso sejam descumpridas as ordens, os proprietários das chácaras onde ficavam os acampamentos serão multados em R$ 10 mil por dia.
LEIA TAMBÉM: Acampados foram surpreendidos e Novas ações devem ocorrer – Material do Jornal Zero Hora
O novo comunismo
por Cliff Kincaid em 18 de junho de 2008
Resumo: Em seu livro Blue Planet in Green, o presidente da República tcheca Václav Klaus denuncia que o movimento para “salvar” o meio ambiente foi tomado por ideólogos que defendem o controle total do governo sobre as nossas vidas.
© 2008 MidiaSemMascara.org
Os norte-americanos estão buscando uma liderança neste ano eleitoral e eles a encontraram. Infelizmente, não é um político norte-americano. Václav Klaus, Presidente da República Tcheca, que sobreviveu ao sistema comunista e agora conduz um país emergente da dissolução do império soviético, adverte para uma nova forma de comunismo que está ameaçando a liberdade e o progresso humanos.
Como o ex-presidente Ronald Reagan, que desenvolveu seu conhecimento sobre a ameaça comunista lutando contra os comunistas em Hollywood, Klaus sofreu durante a era comunista na Tchecoslováquia. Por causa da sua experiência, contudo, ele compreendeu como o comunismo ao estilo soviético, que ruiu como império e criou as condições para a emergência da República Tcheca como uma nação livre e independente, nunca morreu de verdade como ideologia e que tem seus admiradores no Ocidente.
Seu livro, Blue Planet in Green Shackles (Planeta Azul, Obstáculos Verdes), publicado pelo Competitive Enterprise Institute, denuncia que o movimento para “salvar” o meio ambiente foi tomado por ideólogos que defendem o controle total do governo sobre as nossas vidas. Ele diz que o ambientalismo pode ser considerado uma forma de comunismo, socialismo ou mesmo fascismo. De qualquer forma que o chamemos, o resultado será a extinção da liberdade humana.
Raízes fascistas
De fato, o livro de Klaus cita o ensaio abalizado “Ideologia Fascista: a Asa Verde do Partido Nazista e seus Antecedentes Históricos”, de Peter Staudenmaier, como um pano de fundo para compreender a mentalidade que conduz à histeria fomentada pela mídia sobre o “aquecimento global” e a alegada necessidade de ação governamental imediata nos níveis nacional e global.
Staudenmaier escreveu que “a incorporação ao movimento Nazista de temas ambientalistas foi um fator crucial para a ascensão deles à popularidade e ao poder estatal”. Ele explicou: “Hitler e Himmler foram ambos vegetarianos radicais e amantes de animais, atraídos pelo misticismo da natureza e pelas curas homeopáticas e firmemente contrários à vivisseção e crueldade com animais. Himmler estabeleceu até mesmo fazendas orgânicas experimentais para o plantio de ervas para propósitos medicinais das SS. E Hitler, por vezes, soava como um verdadeiro utopista Verde, discutindo com autoridade e em detalhes várias formas de fontes de energia renovável (incluindo força hidráulica ambientalmente correta e a produção de gás natural de lodo) como alternativas ao carvão, e declarando ‘a água, os ventos e as marés como a base energética do futuro’”.
Enquanto o engajamento nazista nestas soluções energéticas e de saúde alternativa não as põem em descrédito, os fatos históricos deveriam fazer-nos refletir sobre as motivações daqueles que promovem tais causas no contexto atual. Os ataques às grandes empresas petrolíferas e a pressão por tecnologias energéticas alternativas estão sendo usados como pretexto para um maior controle governamental sobre a economia? As demandas por ação governamental para frear o aquecimento global estão sendo usadas para minar e subverter o capitalismo de livre iniciativa e os direitos de propriedade privada?
Mas enquanto o comunismo foi um sistema ateístico, nota Klaus, assumiu uma dimensão religiosa e o ambientalismo modernotornou-se uma “religião verde”.
Fascismo liberal
Ao final das considerações de Klaus sobre este assunto em um jantar em Washington D. C. no Competitive Entrerprise Institute (CEI) e por ele patrocinado, o mestre de cerimônias Jonah Goldberg disse que ele gostaria que tivéssemos um Presidente dos EUA que fizesse tal pronunciamento. Tragicamente, Bush e o Senador John McCain, o provável indicado republicano à presidência, caíram no campo – que inclui Barack Obama, Hillary Clinton e a maior parte do Partido Democrata – que quer erodir a liberdade individual em nome da salvação do meio ambiente. É a visão moderna do marxista “de cada um de acordo com suas habilidades, para cada um de acordo com suas necessidades”, excetuando-se que as necessidades do meio ambiente estão agora sendo colocadas acima daquelas das pessoas.
Foi apropriado que Goldberg, que elogiou as considerações de Klaus, tenha escrito o excelente livro Liberal Fascism (Fascismo Liberal), sobre as tendências totalitárias do liberalismo moderno.
Klaus, por seu lado, escreve que “a atitude dos ambientalistas em relação à natureza é análoga à abordagem marxista relacionada à economia. O objetivo em ambos os casos é substituir a evolução livre e espontânea do mundo (e da humanidade) pelo suposto planejamento otimizado central ou – utilizando o adjetivo mais elegante atualmente – global, do desenvolvimento mundial. Tanto como no caso do comunismo, essa abordagem é utópica e levaria a resultados completamente diversos dos pretendidos. Como outras utopias, esta jamais pode se materializar, e os esforços para materializá-la só podem ser dispendidos com restrições à liberdade por meio de imposições de uma pequena e elitizada minoria sobre uma esmagadora maioria”.
Resumidamente, não perderemos apenas a nossa liberdade, mas também o progresso econômico e o avanço humano serão sufocados. E mais pessoas inevitavelmente morrerão. Klaus acrescenta: “nos últimos 150 anos (pelo menos desde Marx), os socialistas têm sido muito eficazes em destruir a liberdade humana sob slogans humanos e compassivos, como ‘preocupando-se com o homem’, ‘assegurando igualdade social’ e ‘promovendo bem-estar social’. Os ambientalistas estão fazendo o mesmo sob slogans igualmente nobres, expressando preocupação com a natureza mais do que com as pessoas (lembremos do motto radical ‘a Terra primeiro’). Em ambos os casos, os slogans foram (e continuam sendo) apenas uma cortina de fumaça. Em ambos os casos, os movimentos foram (e são) exclusivamente sobre poder, da hegemonia dos ‘escolhidos’ (como eles próprios se vêem) sobre o restante, pela imposição da única visão de mundo correta (a deles), para a remodelagem do mundo”.
Num apêndice, Klaus aborda diretamente a pressão popular por um sistema intitulado “cap-and-trade” (limitar-e-negociar), em uma base nacional e global, concedendo a burocratas o poder de decidir as “pegadas de carbono” das pessoas, companhias e nações, e limitando suas emissões de carbono e o uso de energia. Ele chama a proposta de completamente irracional e não-científica e sugere que seja apenas mais uma desculpa para conceder mais poder ao governo.
As forças da liberdade
Na introdução ao livro de Klaus, Fred L. Smith Jr., presidente da CEI, faz uma advertência a respeito da atração que a “classe intelectual” continua a ter pelo “estatismo” ou “coletivismo” que são os outros nomes para as ameaças que encaramos. Hoje, diz Smith, estamos testemunhando uma “guerra cultural contra a liberdade econômica” que requer “vozes pró-liberdade” para evitar escorregar ao totalitarismo. Klaus veio a Washington, D. C. no final de maio para liderar esta campanha. Mas ele retornará à República Tcheca. Várias figuras políticas conservadores dos EUA, incluindo o Ex-presidente Republicano da Câmara de Representantes, Newt Gingrich, estão também tentando parecer “verdes”. Gingrich, por exemplo, aparece num comercial, financiado pela Aliança pela Proteção Climática de Al Gore, com a atual Presidente Democrata da Câmara, Nancy Pelosi, advertindo sobre o aquecimento global. O Observatório Judicial afirma que o comercial é uma violação à lei eleitoral federal e uma contribuição ilegal à campanha de Pelosi. Gingrich tornou-se um advogado do “conservadorismo verde” e propõe agora um “Contrato com a Terra” ao estilo Gore.
Em seu livro, Klaus chama Gore de hipócrita em virtude de seu “próprio consumo desperdiçador de eletricidade” e diz que o ex-vice-presidente não tem interesse em fatos ou documentos para os seus protestos sensacionalistas. A “guerra cultural” sobre a qual Smith adverte pode ser percebida na quase total falta de cobertura que a mídia liberal deu às várias visitas de Klaus a Washington D. C., incluindo o jantar da CEI e no National Press Club (Clube de Imprensa Nacional). Ao invés de tentar refutar os argumentos de uma pessoa que tem um grande conhecimento sobre economia e relações econômicas internacionais, a mídia liberal fez o possível para ignorá-la.
Matéria de capa
Felizmente, o Washington Times destacou suas advertências na primeira página. “Ambientalismo, diz o Presidente Tcheco Václav Klaus, é o novo comunismo, um sistema de comando-e-controle da elite que mata a prosperidade e deveria semelhantemente ser condenado ao monte de cinzas da História”, relatou o jornal na matéria de capa de David R. Sands. “Eu entendo que o aquecimento global é uma religião concebida para suprimir a liberdade humana”, disse Klaus aos editores e aos repórteres no jornal.
Para demonstrar a natureza corajosa da posição que Klaus está assumindo internacionalmente, o livro inclui uma charge de uma pessoa que lembra Klaus sendo queimado na fogueira enquanto três pessoas zombam dele, dizendo: “Então, você acredita em aquecimento agora?”.
Onde estão os líderes políticos americanos que seguirão Klaus tomando uma posição franca em favor da liberdade humana?
Cliff Kincaid é Editor da Accuracy in Media AIM e pode ser contactado em cliff.kincaid@aim.org
Tradução: Marcel van Hattem
As 10 melhores soluções para os maiores problemas do mundo
Em que lugar do mundo nós poderíamos fazer melhor o bem? O fornecimento de micronutrientes, como a vitamina A e o zinco, para 80% das 140 milhões de crianças que precisam deles nos países subdesenvolvidos foi considerada a prioridade mais alta por um grupo de especialistas na Conferência do Consenso de Copenhagen 2008. O custo disso é de US$ 60 milhões anuais, rendendo benefícios em saúde e desenvolvimento cognitivo de mais de US$ 1 bilhão (C.T. - é uma quantia ridícula perto do bem proporcionado e aí não estou falando em dinheiro. Seu LULA, porque não faz isto no Brasil????????).
Oito economistas de renome, incluindo cinco ganhadores do Prêmio Nobel, foram convidados a elaborar 30 soluções diferentes para os dez maiores problemas do mundo. As soluções foram desenvolvidas por mais de 50 especialistas nos últimos dois anos e foram apresentadas como relatórios ao grupo durante a última semana. Já que vivemos em um mundo de recursos escassos, nem todos os bons projetos podem ser financiados. Assim, os especialistas tinham suas escolhas limitadas pela distribuição de um orçamento de US$ 75 bilhões “extras” entre as soluções propostas para os próximos quatro anos.
A prioridade número 2 na lista do Consenso de Copenhagen 2008 é a expansão do livre mercado através da Rodada de Doha. Os benefícios decorrentes do comércio são enormes. O sucesso das negociações comerciais de Doha poderia aumentar a renda global em US$ 3 trilhões ao ano, dos quais US$ 2.5 trilhões iriam para os países em desenvolvimento. Na coletiva de imprensa realizada no Copenhagen Consensus Center, Nancy Stokey, economista da Universidade de Chicago, explicou que “a reforma comercial não vale apenas para o longo prazo, ela faria com que as pessoas nos países em desenvolvimento melhorassem suas condições de vida nesse momento. Existem grandes benefícios em curto prazo e os benefícios em longo prazo são ainda maiores.” (C.T. - é mais do que evidente que o ESQUERDOPATA não deseja isto pois para ele a riqueza é um benefício que só pode existir para seu grupelho de canalhas, enquanto o restante da população fica na total miséria. O CAPITALISMO é o único sistema que possibilita ao ser humano sair da miséria. O SOCIALISMO PETISTA quer extinguir o CAPITALISMO. As palavras são do PT, ouçam aqui. Mas o LULA, seu filho e os "CUMPANHÊRO" estão todos NADANDO EM DINHEIRO, tudo graças a CAPITALISTAS. Que coisa, não é mesmo???)
Finn Kydland, da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, e vencedor do Prêmio Nobel, afirmou que a não ser que as economias dos países em desenvolvimento cresçam, eles permanecerão atolados nos mesmos problemas de pobreza daqui a dez anos. “Ao reduzirmos as barreiras alfandegárias, a renda per capita crescerá, possibilitando que mais pessoas nos países em desenvolvimento possam cuidar sozinhas de alguns desses problemas.”
As questões restantes entre as dez prioridades foram dedicadas a problemas como a desnutrição, o controle de doenças e a educação das mulheres. Por exemplo, a prioridade número três do Consenso de Copenhagen é fortificar alimentos com ferro e sal iodado. Dois bilhões de pessoas não têm ferro suficiente em suas dietas, o que resulta em anemia e em déficits cognitivos entre crianças e adultos. A falta de iodo atrasa o crescimento físico e intelectual. Mais de 30% dos domicílios nos países em desenvolvimento não consomem sal iodado. A correção desses déficits de micronutrientes custa US$ 286 milhões por ano. As outras sete entre as dez prioridades incluem a extensão da vacinação de crianças, a biofortificação, a eliminação de vermes, a diminuição do preço do ensino, o aumento do ensino de meninas, a promoção da nutrição de comunidades e apoio ao papel das mulheres enquanto reprodutoras.
Vejamos a solução número sete, a diminuição do preço do ensino. Vernon Smith, economista da Universidade Chapman e vencedor do Prêmio Nobel, enfatizou que essa solução não trata da diminuição dos custos da educação, mas sim da redução dos preços enfrentados por pais pobres, que têm de escolher entre mandar seus filhos para a escola ou mandá-los trabalhar para melhorar a renda familiar. As formas de se reduzir esse preço são o fornecimento de “cheques-educação” ou a canalização de mais fundos públicos para as escolas. Quando Uganda reduziu o preço das escolas para 16 dólares por ano (diminuição de 60%), as matrículas quase dobraram, com a maior parte desse aumento acontecendo na matrícula de meninas. Smith afirmou que, segundo algumas pesquisas, a educação de meninas aumenta mais a produtividade média do que a educação de meninos. O custo para essa solução seria de US$ 5.4 bilhões por ano.
Então, quais são as soluções que ficaram no fim da lista? A de número 30, a última prioridade, é amenizar o aquecimento global promovido pelo homem, a partir do corte das emissões de gases do efeito estufa. Essa classificação causou consternação entre os jornalistas europeus presentes na coletiva de imprensa. Tomas Schelling, economista da Universidade de Maryland e vencedor do Prêmio Nobel, explicou que a razão para a baixa classificação dessa proposta está, em parte, nos investimentos de US$ 75 bilhões na diminuição desses gases, que não geraram quase nenhum retorno. Na verdade, a análise das mudanças climáticas apresentadas ao grupo revelou que o gasto de US$ 800 bilhões até 2100 resultaria em apenas US$ 685 bilhões em benefícios advindos das mudanças climáticas.
Schelling, que vem demonstrado preocupações a respeito das mudanças climáticas nos últimos 30 anos, argumentou que alterar o curso dessas mudanças dependerá de respostas vindas de políticas públicas, como impostos sobre as emissões de carbono. Schelling completou, “a melhor proteção contra a mudança climática nos países desenvolvidos será o seu próprio desenvolvimento.” Ele explicou que destinar fundos para a educação, buscando a criação de uma força de trabalho qualificada, aumenta a produtividade de um país, o que proporciona o crescimento econômico. Esse crescimento produz riquezas que ajudam as pessoas a combater e se adaptar aos problemas causados pelas mudanças climáticas. Bjorn Lomborg, líder do Copenhagen Consensus Center, apontou que o financiamento de pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias energéticas de baixas emissões de carbono estão no respeitável 14º lugar na classificação de soluções consideradas.
Também foi mal classificada na lista de prioridades a redução da poluição do ar de cidades em países em desenvolvimento, por meio da adoção de tecnologias que visam um corte nas emissões de gás de veículos movidos a diesel. Outras soluções não atingiram posições altas, como o imposto sobre o tabaco, a melhora dos aquecedores para a redução da poluição do ar dentro das casas e a extensão da microfinança. Essas propostas não são ruins, mas os especialistas acreditam que outras propostas poderão gerar mais retorno para os US$ 75 bilhões disponíveis atualmente.
Esses especialistas escolheram não se importar com nenhuma das soluções propostas para combater o terrorismo internacional. E isso não nos surpreende. Mesmo o pesquisador (financiado com doações do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos [DHS]) que fez a análise de custo-benefício para o projeto do Consenso de Copenhagen descobriu que, de cada dólar usado no combate ao terrorismo, temos apenas 9 centavos de retorno. Curiosamente, a prioridade identificada pelos especialistas como sendo a número 1 no consenso de Copenhagen de 2004 foi o combate ao HIV/AIDS, que caiu para a 14ª posição no ranking de 2008.
E como o ranking de soluções feito pelos participantes do Fórum da Juventude pode ser comparado com o ranking dos especialistas? Os participantes do Fórum da Juventude também colocaram o fornecimento de vitamina A e zinco para crianças pobres de países subdesenvolvidos como sua prioridade número 1. De modo geral, o Fórum pôs forte ênfase nas soluções que buscam evitar doenças e a desnutrição. Esta é a lista das dez prioridades do Fórum da Juventude, colocadas em ordem e seguidas por um número entre colchetes que indicam a posição dessas propostas no ranking dos especialistas: fornecimento de vitamina A e zinco [1]; prevenção da malária [12]; perfuração de poços [16]; imunização [4]; programas de saúde e nutrição [não classificados separadamente pelos especialistas]; promoção da nutrição nas comunidades [9]; fortificação com ferro e iodo [3]; tratamento da tuberculose [13]; campanha pelo saneamento total [20]; estratégias combinadas para a prevenção do HIV [19].
A maior diferença entre os dois rankings é que o Fórum da Juventude classificou a Rodada de Doha como de baixa prioridade. Minhas conversas com vários participantes revelaram que o comércio acabou no fundo da lista porque os jovens estavam concentrados em como alocar o orçamento de US$ 75 bilhões. O comércio foi considerado por muitos uma questão de “vontade política”, que não se encaixava em nenhuma categoria orçamentária. Curiosamente, os especialistas, fundamentalmente, concordam com essa percepção, já que não deduzem custos do orçamento de US$ 75 bilhões quando alocam gastos entre suas principais prioridades.
Certamente, o processo do Consenso de Copenhagen não é perfeito. Entretanto, seu uso da análise de custos e benefícios ajuda a concentrarmos a atenção de políticos, de fundações de caridade e membros da população na urgência relativa e nos custos dos maiores problemas do mundo. Como diz Finn Kydland, citado no comunicado final à imprensa, “é difícil imaginarmos como alguém poderia ter encontrado uma melhor forma para a formulação de uma lista tão bem fundamentada sobre por onde começarmos, tendo por objetivo a melhora das horríveis condições encontradas em grande parte do mundo.”
O ranking completo das 30 soluções propostas para os dez dos maiores desafios do mundo pela Conferência do Consenso de Copenhagen 2008 está disponível aqui.
Educar todo mundo não funciona
Entrevista concedida a Karla Correia
Jornal do Brasil, 01 de junho de 2008
Jornalista, escritor, filósofo, editor do site Mídia Sem Máscara, Olavo de Carvalho é uma das poucas vozes na imprensa assumidamente conservadoras. E vê essa mesma "escassez" do pensamento de direita no ambiente político. Para Carvalho, a direita no Brasil não sabe ser oposição e só tem fortalecido os partidos de esquerda ao tentar copiar suas bandeiras históricas. Também tem empobrecido o debate político ao deixar de ocupar espaço no ambiente acadêmico e de pesquisar referências em outros países, onde o conservadorismo tem voltado a ter força. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao JB.
Há uma certa dificuldade hoje em encontrar movimentos políticos, partidos ou líderes que se proclamem claramente como de direita no Brasil. A direita está envergonhada?
Faz mais de 20 anos que a direita está sendo burra. Estão todos acreditando nessa coisa de roubar as bandeiras do adversário. Como o abortismo. O pessoal de direita pensa em roubar a bandeira do abortismo e vê nisso uma forma de adquirir também o apoio das pessoas que são abortistas. Mas quando faz isso, pensando em uma vantagem imediata, vai apenas reforçar a ideologia de seu oponente. Todo sujeito que se deixa moldar à idéia de seu inimigo, já está derrotado. É a vitória perfeita, Lênin já dizia que a vitória perfeita era obtida sem lutar, o adversário se entrega. Pois eles, a esquerda, conseguiram.
Como isso aconteceu?
A esquerda adotou uma tática muito inteligente criada pelo Antonio Gramsci, o pensador italiano. Consiste em dominar primeiro todo o universo da cultura, das idéias, da educação, antes de conquistar o poder. Então, esse pessoal durante o regime militar já estava aplicando isso. Ocuparam as universidades, as redações de jornais. De repente, não havia mais idéias conservadoras em circulação. E se você não tem as idéias, as pessoas não tem como se definir. Elas não têm nem como se expressar. Se um político hoje vai se expressar, ele usa a linguagem da esquerda. São burros e presunçosos.
E qual é a primeira conseqüência dessa ocupação?
O poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada está no ambiente político de um país que não esteja primeiro em sua literatura. Porque é do imaginário formado que você tira as idéias. Agora, você estupidificou a cultura superior e, em conseqüência, a política. Veja a que se dedica o governo brasileiro hoje: a destruir o país e a cuidar de futilidades. Ele quer doar um pedaço do território, doou um pedaço da Petrobras para a Bolívia, quer doar um pedaço de Itaipu para o Paraguai. Deixa aí duas ou três cidades à mercê do PCC, que é o mesmo que as Farc. Está entregando tudo. E ao mesmo tempo está preocupado com a perseguição aos gays. Que perseguição, meu Deus do céu?
O senhor fala que a esquerda dominou os espaços acadêmicos e da mídia. O PT diz a mesma coisa.
Quais são os autores conservadores que escrevem na imprensa brasileira? Eu cito dois: eu e o Reinaldo Azevedo. E só. A esquerda ocupa todos os espaços, manda em tudo, depois briga com ela mesma e fica fazendo choradeira de que está sendo atacada pelos direitistas. Mas o que eles chamam de direita é o que? O PSDB? Ouça o discurso do José Serra. Veja o que o Fernando Henrique fez. Ele praticamente criou o MST com o dinheiro do Estado.
O PSDB é um expoente de direita?
É o máximo de direita que se admite no país, hoje. É o PSDB, a social-democracia, que é a mais velha tradição da esquerda. A verdadeira direita sumiu do Brasil.
Não tem um líder, um expoente conservador que mereça destaque no País?
Dom Bertrand é um grande estadista. Pergunte de qualquer assunto brasileiro para ele e ele conhece tudo e nunca teve um cargo público na vida. E sem ter pretensão, ele não é nem o príncipe herdeiro, faz isso por interesse pelo Brasil. Se ele se candidatasse, eu votava nele na hora.
E no Congresso?
Não consigo pensar em ninguém.
O pouco espaço ocupado pelo conservadorismo faz do brasileiro um povo liberal?
O brasileiro é essencialmente um conservador. É um povo religioso, que acredita na família, no trabalho. Mas não é de perseguir ninguém, então passa essa imagem de liberal. Uma coisa é a crença que o brasileiro tem. Outra é o sentimento que ele nutre pelos outros seres humanos. Claro que existem malucos em qualquer lugar do mundo, você pode pensar no movimento skinhead... mas são quantos em uma população de 180 milhões de habitantes?
O brasileiro é cordial mas se identificou muito com o Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elite.
O brasileiro está aterrorizado pelo crime. Cinqüenta mil homicídios por ano são duas guerras do Iraque por ano. É uma coisa brutal, as pessoas estão é conformadas até demais. O pessoal vê o filme com o capitão Nascimento dando porrada em bandido e pensa que é isso que tem de fazer. Eles querem alguém que tome uma providência.
Qual seria o programa de um governo de direita no Brasil, hoje?
Em primeiro lugar, ele teria um enfoque moral, religioso e tradicional. São valores e princípios gerais, veja bem, o governo não pode se meter a ser o grande moralista. O governo não deve educar ninguém nesse aspecto, são as entidades religiosas que devem se fortalecer e atuar. Em segundo lugar, a economia de mercado, que é a única que funciona. Não tem esse negócio de socialismo, intervenção do governo no mercado, isso não funciona. É só o governo meter a mão que a coisa vai para trás. Terceiro é educação clássica. Você tem que primeiro formar uma elite intelectual capaz de educar o restante do país. O governo vem com essa história de educar todo mundo, mas isso não funciona. Não é possível.
A educação então não deve ser para todos?
Não. Educação é um processo irradiante, que vai por círculos concêntricos. Você educa dez, que educam cem, que educam mil, que educam um milhão e vai assim.
Nem ao menos cuidar de erradicar o analfabetismo?
Isso não adianta. Você vai investir um dinheiro maluco nisso e os caras vão sair todos analfabetos funcionais. Porque se você não cria uma tradição de educação, a educação não pega. Se você não tem essa tradição, não tem o amor à cultura, ao conhecimento. A educação deve ser muito séria e começar por uma elite, que vai irradiando esse valor. Quem vai dar a educação para todos? A educação que se dá ao povo hoje não deveria ser dada a ninguém. Oferecer essa educação para meia dúzia de pessoas é um insulto. Para milhares, é um crime.
Qual o maior problema do atual governo federal?
Eu acho que o Brasil concedeu ao Lula todos os direitos. Que presidente brasileiro chega ao poder e, dois anos depois, o filho dele está milionário? Só isso aí seria suficiente para ele perder o cargo. Mesmo que não comprovasse nada, isso é falta de decoro. Presidente deve ser como a mulher de César. Não basta ser honesto, tem que parecer honesto também.
Líder estudantil desafia Chávez
15 de junho de 2008
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Vácuo na oposição formal abre caminho para Goicoechea se consolidar como ícone da resistência ao chavismo
Por Renata Miranda (*)
Uma das principais figuras da oposição na Venezuela não faz parte de nenhum partido político, ainda não saiu da faculdade e, recentemente, ganhou um prêmio de US$ 500 mil de um instituto americano por sua militância no país. Aproveitando o vácuo deixado pela falta de crença nas antigas classes políticas do país, o universitário Yon Goicoechea, de 23 anos, tornou-se a causa de mais uma dor de cabeça do presidente Hugo Chávez.
“Entrei no movimento estudantil porque acredito ser possível mudar a situação degradante em que se encontra o governo de meu país”, afirmou Goicoechea ao Estado, por telefone. “Se os próprios jovens não acreditarem que podem mudar o futuro, quem vai acreditar?”
Goicoechea surgiu no cenário político venezuelano em maio do ano passado, quando articulou e liderou os protestos estudantis contra o fechamento da emissora Rádio Caracas Televisão (RCTV) - cuja renovação de concessão para transmitir por canal aberto foi negada pelo governo de Chávez e saiu do ar em 27 de maio de 2007. Desde então, o estudante do 5º ano de direito da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB) organizou mais de 40 marchas, que reuniram cerca de 80 mil manifestantes cada, e mostrou para a Venezuela e o mundo que não têm intenção de parar sua “luta pela democracia”: Ele diz que chegou para ficar. “Quero continuar o trabalho que faço e, daqui a alguns anos, seguir carreira na política”, afirmou. “Mas esse projeto não é imediato, ainda não penso em me candidatar.”
Com a eloqüência de um político com anos de carreira, Goicoechea conquistou o apoio e admiração de milhares de estudantes, que não só participam das marchas convocadas por ele, mas também o auxiliam em seus projetos sociais e zelam por sua segurança. “Yon é um rapaz muito aplicado tanto na liderança estudantil quanto na área acadêmica”, disse a estudante de jornalismo Dariela Sosa, de 22 anos.
“Ele consegue lidar de maneira muito satisfatória com questões difíceis.” Dariela e Yon são dois dos três representantes da UCAB no Parlamento Estudantil Venezuelano - entidade que reúne as organizações de universitários do país. Foram seus “companheiros de militância” que o abrigaram em suas casas quando, no fim do ano passado, Goicoechea sofreu diversas ameaças de morte. A insegurança que o cercava era tanta que ele foi obrigado a dormir cada dia num lugar diferente. Na época, ele fazia campanha contra a reforma constitucional proposta por Chávez, que reforçaria os poderes do presidente e limitaria a liberdade democrática no país.
VITÓRIA ESTUDANTIL
Horas antes do referendo de 2 de dezembro, Goicoechea teve um de seus discursos televisionado em rede nacional e pediu para que o povo se mobilizasse em favor do “não”. O emocionado discurso do universitário e sua militância no movimento estudantil parecem ter surtido efeito - o projeto de Chávez foi rejeitado por 50,6% dos votos e, pela primeira vez desde 1999, o presidente sofreu uma derrota significativa nas urnas. “Hoje, a possibilidade de uma Venezuela melhor venceu... Queremos dizer a todos os venezuelanos, àqueles que votaram ‘sim’, àqueles que apóiam o presidente, que estamos comemorando com humildade e dedicamos esse triunfo a vocês”, disse o estudante após a divulgação do resultado. “Essa vitória foi a vitória do povo venezuelano que hoje defendeu sua liberdade, mas acima de tudo foi uma vitória do futuro e das imensas possibilidades que temos de construir um país juntos.”
Foi sua atuação durante os protestos do referendo que lhe rendeu o prêmio de US$ 500 mil do Instituto Cato, em Washington. Em 15 de maio, Goicoechea recebeu na capital americana o Prêmio Milton Friedman para o Avanço da Liberdade. Agora, ele estuda os requisitos legais para aplicar o dinheiro que ganhou em projetos sociais na Venezuela. “Quero investir a quantia do prêmio em uma escola de formação de líderes em Caracas, um lugar onde possamos dar apoio aos futuros chefes regionais e nacionais.”
Goicoechea chegou a sofrer agressões de partidários do presidente e teve seu nariz quebrado depois que um chavista o atacou num evento em Caracas. Hoje, ele afirma que está mais seguro, mas ressalta que continua recebendo ameaças. “Eu procuro ficar sempre atento em locais públicos e nunca fico sozinho.” Por medo de ter suas conversas grampeadas, ele também tomou como medida de segurança mudar o número do telefone e o endereço de e-mail a cada duas semanas. Apesar de todas as ameaças, ele não admite a possibilidade de deixar a Venezuela. “Esse país é de todos e não apenas de Chávez”, afirmou. “Eu amo a Venezuela e, por isso, tenho de continuar resistindo.”
Komintern – A ajuda fraternal aos partidos comunistas de todo o mundo
por Carlos I.S. Azambuja em 14 de junho de 2008
Resumo: O Partido sempre valorizou e considerou mais útil a seus interesses estratégicos um homem tido como de direita, com acesso aos organismos empresariais ou de Segurança, que um provado e leal militante. Essa foi a realidade.
© 2008 MidiaSemMascara.org
O Komintern - Organização internacional comunista fundada por Vladimir Lenin e pelo Partido Comunista da União Soviética em março de 1919, que pretendia lutar com “todos os meios disponíveis, inclusive armados, para derrubar a burguesia internacional e estabelecer uma República Soviética internacional como um passo transitório à completa abolição do Estado”.
Após a Revolução Bolchevique de 1917, na Rússia, foram criadas forças e partidos comunistas em vários países, que logo aceitaram as famosas 21 condições exigidas pela III Internacional – também conhecida como Komintern ou Internacional Comunista – para que fossem reconhecidos em nível internacional. O Komintern foi assim definido pelo “Pequeno Dicionário Político”, editora Progresso, Moscou, 1984: “Estado-Maior ideológico e político do movimento revolucionário do proletariado”.
Em troca da adesão, o Komintern outorgava a esses partidos a patente de revolucionários, numa relação periferia-centro que pouco tempo depois ficaria conhecida como Movimento Comunista Internacional. Essa foi a origem dos vínculos que, por 70 anos, os comunistas da ex-União Soviética mantiveram com todos os partidos comunistas do mundo.
Para Lênin, que dirigiu a Revolução Bolchevique, o Komintern tinha como objetivo “lutar por todos os meios possíveis para a derrubada da burguesia internacional e criação de uma revolução mundial soviética, como etapa de transição à completa abolição do Estado”. Nesse contexto, a ditadura revolucionária do proletariado era o único caminho possível para “libertar a humanidade dos horrores do capitalismo”.
Logo depois da Revolução Bolchevique, em 1925, foi instalado em Buenos Aires o Bureau Sul-Americano (BSA) do Komintern, com a tarefa de coordenar as atividades dos partidos comunistas da região. Nesse sentido, o papel do Partido Comunista Argentino (PCA), como correia de transmissão da política do Komintern, passou a ser decisivo, uma vez que, então, o PCA já possuía contatos com dirigentes da Internacional, em Moscou, que eram os que, de fato, dirigiam o PC Argentino.
Nessa época o PCA era o partido comunista mais importante da América Latina, e já contava, em 1923, com cerca de 3.300 militantes.
Em 1928 o Bureau Sul-Americano passou a ter existência legal na Argentina e a refletir as forças e as precariedades do Komintern na região. A bolchevização, ou seja, a aplicação irrestrita das 21 condições leninistas e a adesão incondicional à União Soviética era a condição essencial para que um partido comunista fosse admitido como membro do Komintern. O Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922, logo aceitou essas condições. Tanto é assim que sua denominação era Partido Comunista do Brasil, Seção Brasileira da Internacional Comunista.
Segundo o dirigente comunista argentino Luis Sommi, enviado do PCA ao Komintern, em fins de 1934 foi realizada em Moscou a III Conferência Comunista Latino-Americana, na qual foi aprovada a deflagração, no Brasil, de um movimento armado. Nesse sentido, a Conferência respaldou a criação da Aliança Nacional Libertadora, que pouco tempo depois, em julho de 1935, viria a ser efetivamente criada como uma organização de fachada do PCB.
Sob a tutela da Internacional Comunista, criaram-se uma série de organizações internacionais, entre as quais pode-se citar: Internacional Sindical Vermelha (Profintern), Internacional da Juventude Comunista, Socorro Vermelho Internacional (MOPR), Internacional Camponesa (Krestintern) e Internacional Desportiva Vermelha (Sportintern);
Em 15 de maio de 1943, depois de celebrada a Conferencia de Teerã, o Presidium do comitê executivo da Internacional Comunista, “tendo em conta a maturidade dos partidos comunistas” nacionais, e para evitar os temores dos países capitalistas aliados, decidiu disolver a Internacional Comunista.
Em 1947 foi criada a Kominform (Oficina de Informação Comunista) como substituta da Komintern, que reunía os Partidos Comunistas da Bulgária, Checoslováquia, França, Hungria, Itália, Polônia, a União Soviética e Iugoslávia. Foi dissolvida em 1956 por Nikita Kruschev.
William Waak, em seu livro “Camaradas”, assinala que a Intentona Comunista seria impossível de ser explicada sem levar em conta a personalidade carismática de Prestes, já então membro do Comitê Executivo do Komintern. Baseado em dados inéditos, pesquisados nos arquivos do Komintern, em 1993, em Moscou, William Waak demonstra que a Intentona Comunista foi mais uma ação do prestismo do que do comunismo.
Em 1932, quando o general Agustín Justo tomou o Poder na Argentina, em decorrência de um golpe de Estado, o Bureau Sul-Americano foi tornado ilegal, passando a funcionar em Montevidéu.
Sobre o tão falado Ouro de Moscou, ou seja, a ajuda fraternal que o PC Soviético sempre deu a todos os partidos comunistas do mundo, deve ser assinalado que sustentar um exército de revolucionários profissionais que tornasse possível a manutenção de casas ilegais (aparelhos), imprensas, depósitos para literatura, aparatos de autodefesa, gráficas, serviços de Inteligência, etc, requeria muito dinheiro. Dinheiro que os PCs da região não tinham. Nesse contexto, a ajuda fraternal, embora limitada para as necessidades sempre crescentes, não era desdenhável. Aos partidos comunistas antepunham-se duas alternativas: o caminho das expropriações revolucionárias ou o da penetração nos grandes âmbitos econômicos – os chamados empreendimentos partidários. Todos os partidos comunistas do mundo optaram por este último caminho, que requeria pessoas fiéis e incorruptíveis.
O Ouro de Moscou, no entanto, não fluía sem limites e, muitas vezes, nem em montantes significativos que atendessem a todas as necessidades partidárias. Todavia, esse auxílio fraternal foi muito mais amplo do que se possa imaginar, conforme os balancetes dados a conhecer em Moscou após o fim da União Soviética, a partir de 1991. Seguindo o jornal Konsomolskaya Pravda de 8 de abril de 1992, o PCUS, somente em 1990 – ou seja, 5 anos após a implantação das políticas da glasnost e perestroika, de Gorbachev – “ajudou com mais de US$ 200 milhões os partidos irmãos do mundo, entre os quais o da Espanha e Portugal e quase todos da América Latina. Os mais beneficiados foram os partidos comunistas do Chile (US$ 700 mil), da Argentina, da Venezuela e de El Salvador (US$ 450 mil cada um). Os do Brasil e Colômbia receberam US$ 400 mil cada um. Os partidos de tendência comunista da Espanha receberam US$ 300 mil e o PC Português, o primeiro da lista, U$ 1 milhão”.
O apoio político e a ajuda fraternal, todavia, não eram dados apenas aos partidos comunistas fiéis a Moscou, como seria lícito supor. Ao final da década de 70, dos diversos exilados latino-americanos que foram acolhidos e viveram em Moscou e em países do bloco comunista, cerca de 100 pertenciam à organização argentina de luta armada Montoneros, segundo registra o livro El Oro de Moscu, 1994, de Isidoro Gilbert, ex-chefe da agência de notícias soviética Tass, em Buenos Aires. Ou seja, o PCUS, que se sobrepunha ao Estado soviético, apoiava também as organizações de luta armada, ao mesmo tempo em que mantinha negócios e relações diplomáticas com os países onde essas organizações atuavam, como ficou claro com o apoio em dinheiro, armas e treinamento aos militantes da Frente Patriótica Manuel Rodriguez, uma cisão do Partido Comunista Chileno que, em meados da década de 80 descambou para a luta armada.
Essa ajuda fraterna era, todavia, muito mais ampla que as cifras mencionadas pelo Konsomolskaya Pravda. Implicava também em financiamento de editoras, gráficas, jornais, revistas, viagens de membros do aparelho dirigente ao exterior, férias anuais em casas de repouso na Criméia, educação política e treinamento de quadros nas escolas do partido, em Moscou, inclusive treinamento militar e outros tipos de auxílio. Muitos negócios no comércio exterior foram facilitados graças à interferência do Departamento de Relações Internacionais do PCUS, ao qual se vinculavam os partidos comunistas de todo o mundo, através de um “referente” (membro do aparelho do Departamento de Relações Internacionais responsável pelos assuntos de um PC determinado, encarregado de encaminhar e buscar solucionar todos os problemas, que ordinariamente surgiam, envolvendo o partido comunista ao qual ministrava assistência). O “referente” fazia também as vezes de “perevodchic” (intérprete) quando das reuniões de visitantes comunistas com funcionários de maior hierarquia do PCUS. Os “referentes” sempre conheceram de perto e influenciaram nas lutas íntimas dos partidos comunistas aos quais davam assistência política.
Nos casos de intermediação de negócios de comércio exterior, os partidos comunistas recebiam comissões por parte das empresas nacionais que haviam sido ajudadas. Mas, na medida em que o socialismo real se foi degradando, particularmente após 1985, quando Gorbachev assumiu o Poder na URSS, sua decadência influenciou negativamente sobre esses negócios, bem como sobre os empreendimentos partidários, pois nenhum deles conseguiu adaptar-se à situação de livre mercado. Na Rússia de hoje, conforme a imprensa dá conta quotidianamente, o fim do PCUS deixou a várias frações e diversos ex-dirigentes pós-soviéticos alguns negócios, dando origem ao que hoje é chamado máfia russa.
Depois que o PCUS foi formalmente colocado na ilegalidade e declarado extinto, em agosto de 1991, seus arquivos secretos foram abertos e, alguns deles, rapidamente fechados. Velentin Falin, último chefe do Departamento de Relações Internacionais do PCUS, que em fins de 1992 solicitou e obteve asilo político na Alemanha – onde havia sido embaixador – declarou que “em meados de março de 1990, uma grande injeção financeira foi recebida pela maioria dos partidos comunistas estrangeiros. O da França recebeu US$ 2 milhões, o do Chile US$ 700 mil, os da Alemanha e Portugal US$ 500 mil cada um, o do Líbano US$ 400 mil, o de Luxemburgo US$ 270 mil, e os da Índia e Argentina US$ 250 mil cada um” (jornal Novedades, Moscou, 27 de setembro de 1992).
Também o livro “A Conspiração do Kremlin”, escrito conjuntamente pelo Procurador-Geral da Rússia, Valentina Stepankov, por seu segundo, Evgueny Lisov, e pelo jornalista Pavel Nikitin, assinala que o PCUS doava cerca de US$ 20 milhões de ajuda financeira, anualmente, aos partidos comunistas e organizações revolucionárias de todo o mundo. Esse montante é considerado correto pelo general da KGB, hoje na reserva, Nokolai Leonov.
Todavia, a imaginação criadora daqueles que geriam os fundos financeiros do PCUS não tinha limites. Havia outras formas de enviar dinheiro aos partidos comunistas estrangeiros. A Federação Sindical Mundial, a Federação Mundial da Juventude Democrática, a União Internacional de Estudantes, a Federação Democrática Internacional de Mulheres, e outras entidades que integravam o Movimento Comunista Internacional, também possuíam seus canais, se bem que mais modestos, de remeter ajuda fraternal às entidades similares dos países do Ocidente.
Essa tarefa de auxílio aos revolucionários de todo o mundo teve início em 1920, logo depois da Revolução Bolchevique, através do Serviço de Relações Internacionais do Komintern, entidade conhecida pela sigla OMS (Otdel Mezhdunarodnykh Suyasey), que era a alma do aparato secreto do Komintern, pois controlava os códigos para a transmissão e o recebimento de mensagens, bem como as planilhas sobre o financiamento aos partidos comunistas, que eram manuscritas, a fim de que delas não tomassem conhecimento olhares menos confiáveis.
Existiam, então, representantes do OMS em todo o mundo, aos quais cabia a tarefa de fazer chegar essa ajuda fraternal a quem de direito. Esses representantes, contudo, não devem ser confundidos com os dirigentes do Komintern enviados ao exterior para educar na doutrina científica os membros dos partidos comunistas estrangeiros. Os partidos comunistas da América Latina, por exemplo, durante toda a existência do Komintern, desativado por Stalin em maio de 1943, receberam a ajuda financeira através do Bureau Sul-Americano, em Buenos Aires e, posteriormente, em Montevidéu.
Nesse sentido, é edificante o quadro publicado por William Waak, na página 210 do seu livro “Camaradas”, relacionando “os gastos justificados ao Komintern de abril a setembro de 1935” com a conspiração que resultou na Intentona Comunista. Segundo esse quadro, desde então, Luis Carlos Prestes era um assalariado do Komintern, recebendo a quantia de US$ 1.714,00.
A nova situação criada com o fim da União Soviética e o desmantelamento do PCUS afetou fundamentalmente as finanças dos partidos comunistas de todo o mundo, que a partir de 1992 não mais receberam a ajuda fraternal à qual haviam se acostumado por 70 anos, levando à falência os jornais, revistas, gráficas, editoras e demais empreendimentos da maioria – senão de todos - os partidos comunistas do mundo.
A bem da verdade, deve ser assinalado que essa múltipla colaboração, sob a hegemonia do PCUS e sob a égide do Movimento Comunista Internacional, não obscurece o talento e o sacrifício de milhares de militantes que integraram os aparatos anônimos dos partidos comunistas de todo o mundo, que participavam de comícios, greves políticas, distribuição de panfletos e colagem de cartazes, tarefas essas que marcaram a ferro e fogo as personalidades da grande maioria desses anônimos que fizeram dessa profissão o seu modo de vida e jamais conheceram outro, e da vida um alheamento da realidade. Profissão que deglutiu famílias e pessoas diabolicamente convencidas de estarem lutando por um mundo melhor.
A esses, o dinheiro nunca chegou. Viviam como pedintes, do que era denominado “circulismo”. Isto é, de arrecadar dinheiro em seu círculo de amigos, colaboradores e simpatizantes. Muitos desses militantes agora perguntam: “O que se passou?”. Nada, apenas o tempo...
Contraditoriamente, o Partido (com inicial maiúscula) sempre valorizou e considerou mais útil a seus interesses estratégicos um homem tido como de direita, com acesso aos organismos empresariais ou de Segurança, que um provado e leal militante. Essa foi a realidade. Realidade que não significou, absolutamente, o fim da História. Pelo contrário, o mundo encontra-se apenas no início de um período duvidoso, carregado de imponderáveis. Mais perigoso que o dos tempos da Guerra Fria. As perspectivas são várias e as diversas conjecturas estão em aberto.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Vamos falar de riqueza, não de pobreza
por João Luiz Mauad em 13 de junho de 2008
Resumo: Para que o Brasil realmente progrida é necessário trilhar um longo caminho, começando por reverter a mentalidade tacanha que impera por essas bandas, cujo mote é a demonização da riqueza e a apologia da pobreza como valor moral.
© 2008 MidiaSemMascara.org
Adam Smith, considerado o Pai da moderna economia, deu à sua mais famosa obra, ainda em pleno século XVIII, o nome de “Uma investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”. Evidentemente, ele não perdeu seu precioso tempo investigando as causas da pobreza das nações, pois sabia que a mesma não tem causas, já que é o estado natural do ser humano e, conseqüentemente, das nações. A pobreza, portanto, é o resultado da inércia. Se você é daquele tipo meio alucinado, que deseja experimentar o sabor da penúria, simplesmente não faça nada; livre-se dos seus bens, deite-se “eternamente em berço esplêndido”, como diz a anedota – digo, o hino – e eu garanto que a miséria virá fazer-lhe companhia (C.T. - a pobreza do povo brasileiro é artificial, digo, políticos de todas as cores e sabores, de todas as bandeiras pseudo-ideológicas deste país em sua imensa maioria e DESDE SEMPRE preferem manter artificialmente o brasileiro na pobreza. Assim é mais fácil roubar, ganhar eleição de novo para roubar mais e assim por diante. Baixe e ouça isto aqui (), por exemplo, e entenda que LULA e seus antecessores impedem e impediram que o Brasil chegue ao PRIMEIRO MUNDO EM TROCA DE DINHEIRO NOS SEUS BOLSOS).
Não por acaso, durante a maior parte da história humana, a pobreza foi a norma, a condição natural de nossos antepassados. Extraordinária mesmo é a riqueza. Adam Smith sabia perfeitamente disso, desde o século XVIII, mas, infelizmente, ainda hoje, há muita gente que não compreendeu esta singela questão, e continua perguntando, equivocadamente, o que causa a pobreza.
A resposta mais freqüente para esta falsa questão costuma ser uma completa falácia: Fulano é pobre porque Beltrano é rico ou a nação X é rica porque explora a nação Y. O raciocínio – se é que há algum – por trás desta enormidade é que existe uma quantidade fixa de riqueza na natureza, da qual os ricos ficam com a maior parte.
Isso é um completo e acabado despautério. De fato, a riqueza é criada pelo homem, através da produção, do empreendedorismo, da especialização e da divisão do trabalho, e, acima de tudo, pelo mecanismo de trocas no mercado. Por isso, no lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e redistribuí-la aos pobres, deveríamos tentar implementar as condições necessárias para que o maior número possível de indivíduos pudesse juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.
As nações pobres da África não vão tornar-se ricas porque os países ocidentais lhes dão esmolas. Pelo contrário, elas só sairão da pobreza produzindo e trocando bens e serviços. A verdadeira batalha é criar o ambiente propício para o enriquecimento das sociedades como um todo e, dessa forma, melhorar as condições de vida de todos os que nelas vivem. Boa parte das nações do chamado mundo ocidental já venceu esta batalha e hoje encontra-se sob o modelo de organização social que se convencionou chamar de capitalismo democrático liberal.
Tal modelo prevê um ambiente com poucas restrições à atividade econômica privada e desenvolve-se dentro de um sistema formal que defende de maneira intransigente o direito à propriedade e o respeito aos contratos. Nesse ambiente, florescerá a competição, o esforço de empresas e indivíduos para conseguir os favores dos demais (consumidores). Esses esforços, afora serem dirigidos no sentido de satisfazer os desejos dos outros, trazem como resultado menores preços e melhor qualidade de produtos e serviços, além de estimular o progresso tecnológico ao fomentar enfoques científicos alternativos para os problemas industriais.
No Brasil, infelizmente, estamos ainda muito longe disso. Reféns de uma mentalidade francamente avessa ao lucro e majoritariamente assistencialista, nutrimos grande admiração pelo intervencionismo estatal na economia. São centenas de milhares de regulamentações, exceções, reservas de mercado, tarifas aduaneiras protecionistas, impostos e taxas às pencas, sem falar das legislações trabalhista e sindical, que transformam a contratação de mão de obra num ônus pesadíssimo e num risco incomensurável.
Junte-se a isso um sistema tributário boçal, que, além de pesado e ineficiente, transforma o contribuinte em empregado do fisco, tal é a quantidade de obrigações acessórias que carrega. Enfim, tudo que o Estado brasileiro pode fazer para atrapalhar e obstaculizar a livre iniciativa, ele faz com grande presteza (C.T. - portanto, como diz Olavo de Carvalho, o Brasil É socialista, um país onde o que existe enquanto organização política e econômica é o LIXO chamado SOCIALISMO, que nunca tirou uma única alma da miséria (opa, quase esqueço que os "cumpanhêro" ficam ricos no SOCIALISMO e vivem como REIS, cheios de escravos (o restante da população) ao redor), nunca criou UM SÓ PRODUTO OU SERVIÇO que o mundo consiga reconhecer e só floresce dentro de mentes menores, com "defeito de fabricação", doentes ou salafrárias mesmo).
Já o direito de propriedade começa achincalhado desde a Constituição Federal, que o coloca subordinado à tal "função social", tornando implícita a idéia de que qualquer coisa que você porventura possua, inclusive a força do próprio trabalho, na verdade pertence ao Estado, e é “sua” somente no sentido de que os “príncipes eleitos” delegam a você certos privilégios temporários em relação a ela.
Como o respeito aos contratos e o Estado de Direito não estão plenamente assentados, nem em termos das instituições formais (leis) nem das informais (ética), a falsificação e a pirataria correm soltas, sem que as autoridades, os prejudicados e a população em geral tomem qualquer atitude. Basta percorrer as ruas das principais capitais do país para verificar a total impunidade com que os camelôs vendem mercadorias pirateadas, quando não contrabandeadas ou roubadas.
Como se vê, ainda temos um longo caminho a percorrer até que consigamos estabelecer em Pindorama os requisitos básicos para o nosso progresso. Para início de conversa, será necessário reverter a mentalidade tacanha que impera por essas bandas, cujo mote é a demonização da riqueza e a apologia da pobreza como valor moral. Sem isso, nunca chegaremos a parte alguma.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
LEIAM DEVAGAR E PROCUREM CAPTAR OS DETALHES DESTA TRAMA
Então o operador solicita seu CPF (sem CPF não funciona) e emite a nota. Você guarda esta nota e uns 2 meses depois, pode consultar o site da Secretaria da Fazenda. Lá vão constar todas as notas que vc solicitou, bem como o crédito a seu favor.
Você pede Nota Fiscal, o restaurante paga mais ICMS para o governo. 'Ah! Mas eu vou ganhar um desconto no meu IPVA !' É verdade. Você ganha um desconto de R$ 1,00 e paga R$ 10,00 a mais no seus impostos. Que vantagem Maria leva?
Consequentemente, isso vai acabar gerando mais Imposto de Renda para cada um de nós.
Sem que ninguém perceba, o governo está assumindo o controle total sobre a vida financeira de cada cidadão.
Já me considero 'escravo' do governo, por trabalhar 4 meses de cada ano para pagar impostos (só me sobram 8 meses para sustentar minha família). Imagine se eu permitir que o governo tenha controle total sobre minha vida. Aí que eu vou ver o que é ser 'escravo'!
As Farc do Brasil, por Paulo Brossard*
Postado por movcc às Segunda-feira, Junho 16, 2008
A despeito da exaltação contínua e crescente do presidente da República em suas promoções diárias a respeito de seus próprios feitos, não me parece de bom augúrio o que vem acontecendo fronteiras adentro. Outro dia, o presidente falou do ódio de que era vítima, quando goza de invejável popularidade, deixando entrever que esta já não basta e a unanimidade começa a ser ambicionada. Isto não é bom e é perigoso. Em verdade, há vários sintomas de anomalias graves em setores importantes da vida nacional. Dou um exemplo.
Até ontem, tudo era cor-de-rosa. Subitamente, é preciso aumentar o juro para coibir o consumo. A balança comercial dá sinais de que uma mudança já se operou e pode piorar. Outrossim, dias passados, por ocasião do "abril vermelho", um governo marginal desmandou-se em manifestações concretas. São dados de inegável significado. É preciso ver as coisas como elas são. Trata-se de um governo que não se pode chamar de clandestino, porque ele é público, mas é um governo autônomo que desafia o governo legalmente estabelecido, tenha ele méritos ou chagas.
Se os acontecimentos do "abril vermelho" foram frontais no confronto não só com o governo, mas com as instituições, simplesmente ignoradas, o que sucedeu agora na genérica condenação ao chamado agronegócio foi evidentemente mais grave e mais frontal quando a organização, de Norte a Sul, em 13 Estados, se pôs em campo aberto arrostando governo e instituições, mais instituições do que governo, que, leniente, não vê ou faz que lhe não diga respeito.
A motivação aparente ou declarada é o agronegócio, pois é setor que vem mostrando grandes avanços, passando a um dos três setores mais importantes da economia nacional e assegurando alívio nas trocas externas. E como São Paulo é São Paulo, nada mais importante do que levar o ataque a ele, embora no grande Estado, hoje também voltado para a silvicultura, na indústria está sua maior fortaleza... A escolhida para a afronta foi a sede das empresas Votorantim, ao lado do Teatro Municipal, frente para a Praça Ramos de Azevedo. Tudo escolhido para dar ao ato ilícito o maior efeito nacional e internacional.
Com 90 anos de existência e 60 mil empregados, o conglomerado pode ser tido como símbolo da indústria paulista. Nada melhor para a escolha, como mandam os manuais da técnica revolucionária. Para requinte da felonia, o presidente do grupo empresarial vem de completar 80 anos de vida sem embargo de suas responsabilidades empresariais e também é o presidente da Sociedade de Beneficência Portuguesa ou do hospital dessa entidade de alta benemerência. Em uma palavra, era o modelo ideal para que fosse escolhido pelos "sem-terra", hoje com vários codinomes, embora o elemento humano possa ser o mesmo. A organização nacional e condenada é a Farc brasileira.
Mas, como foi dito, a ação predatória se desdobrou em 13 Estados, do Pará ao Rio Grande do Sul, abrangendo ferrovias, portos, hidrelétricas, estação experimental, vias públicas. Quanto à Vale do Rio Doce, foi a segunda invasão e paralisação em uma semana e a 15ª invasão até agora. Invasão de empresas importantes como a Odebrecht, a Klabin, a Bunge. Se agora foram 13 os Estados atingidos, na próxima vez serão 26?
Este o fato, em sua nudez. Não há quem não veja que isto vai muito além dos desvalidos "sem terra". O confronto deixou de ser "pacífico", como se anunciava, para ser campal. Do desrespeito a decisões da Justiça, passou a arrostar a polícia, depois a violência inesperada ou provocada. Por ora, a indignação contra a violência policial! As violências cometidas em 13 Estados são atos benfazejos de "movimentos sociais". A última se chama "assembléia popular"! Por que não dizer-lhes o nome próprio - Farc do Brasil? Jornal Zero Hora
-*Jurista, ministro aposentado do STF
COMENTÁRIO - O CRIME DA MALA
Veja com que elegância o brilhante ex- Ministro Paulo Brossard se expressa para nos dizer que o MST é as Farc do Brasil. É impressionante a distância do refinamento desse homem público para com essa ralezada de hoje. Só tem um jeito Ministro Brossard: botar na CADEIA o chefe dessa escória humana. Não existe possibilidade de diálogo com essa turba, porque não existe um corpo mental nessas criaturas, e, sim, um projeto de instintos malignos, que atende apenas aos interesses do maior calhorda já conhecido neste país, que usa a bandeira da fome e da miséria para sangrar o Erário. Essa gente está abaixo da ignorância. Eles todos se enquadram no "crime da mala". Que saudade do Brasil de ontem! Por Gabriela/Gaúcho
LULA SUBESTIMA NÚMERO DE INVASÕES, MOSTRA ESTUDO
Em oito anos, balanços oficiais divulgaram menos da metade dos conflitos no campo. Geógrafo da Unesp cruzou dados da ouvidoria agrária, da CPT e de universidades e obteve lista detalhada das ações; União não comenta - Por Eduardo Scolese – Folha de São Paulo
O número de invasões de terra anunciado em balanços do governo federal nos últimos oito anos está 55% abaixo da realidade de conflitos do campo. Entre 2000 e 2007, ocorreram no país ao menos 4.008 invasões, contra as 1.827 divulgadas pela Ouvidoria Agrária Nacional, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em 2007, por exemplo, o balanço oficial apontou 298 ações dos sem-terra, ante as 533 registradas no recém-concluído trabalho de uma das principais autoridades da questão agrária no país, o geógrafo Bernardo Mançano Fernandes.
Para chegar a esses números, Fernandes e sua equipe de alunos da Unesp (Universidade Estadual Paulista) cruzaram as áreas invadidas que aparecem nas listas da ouvidoria, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de três universidades. Dessa confrontação, obtida pela Folha, surgiu uma nova lista, com cada uma das ações identificada com o nome da fazenda invadida, o município, o número de famílias envolvidas, o movimento que liderou a ação e a data da entrada dos sem-terra na propriedade.
Fernandes teve acesso a dados detalhados da ouvidoria agrária. Ele obteve a lista que contém, uma a uma, todas ações registradas pelo órgão e que sustentam os balanços oficiais -que trazem só o número total de invasões. O trabalho revela a ineficácia nos levantamentos da Pastoral da Terra, que faz isso desde os anos 80. Segundo o cruzamento feito por Fernandes, entre 2000 e 2007 o braço agrário da Igreja Católica deixou de incluir 1.171 ações em seus balanços. A CPT registrou 2.837 invasões nesse intervalo, 29% abaixo das 4.008 apontadas no trabalho da Unesp.
"Os dados da CPT e da ouvidoria não correspondem à realidade, mas correspondem à realidade possível. A confrontação permitiu perceber que essa realidade é maior ainda", afirma o professor Fernandes. Segundo ele, não há "conspiração" nem "interesse" na divulgação de dados maiores ou menores nos balanços divulgados até hoje por CPT e ouvidoria.
A discrepância dos dados fica clara em 2004, ano do primeiro "Abril Vermelho". Ao final daquele ano, a ouvidoria anunciou 326 invasões, contra 496 da CPT. Agora, após a confrontação dos dados, a Unesp fala em 703 ações identificadas.
A Folha apurou que tanto a CPT como a ouvidoria agrária trabalham para unificar seus dados, com auxílio da Unesp, antes de soltar novos balanços. Os últimos dados divulgados pela ouvidoria são de março. - A CPT sempre disse que, de fato, não consegue cobrir toda a realidade", afirma Antonio Canuto, secretário da coordenação nacional da CPT. "A gente diz que isso [balanços] é uma ponta do que se conhece."
Procurado pela reportagem, o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, não se manifestou.
Maria de Oliveira, que durante cinco anos atuou como ouvidora agrária nacional substituta, admite que o órgão não consegue levantar a realidade nacional das invasões. "A ouvidoria é confiável naqueles dados que conseguiu buscar, que obteve comprovação. Mas isso não representa que a gente tenha 100% das informações." Segundo o estudo, de 1988 a 2007, foram 7.562 invasões no país, uma média de 378 por ano e pouco mais de uma por dia.
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