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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Adaptando as leis à nova "realidade", o "paíz das Maravílias" que Alice encontrou quando caiu pelo buraco.

DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ivone Zeger - 28/12/2010 - 19h58

Revolução pode estar prestes a ocorrer nas normas que regem as relações familiares.

Uma grande revolução pode estar prestes a ocorrer nas normas que regem as relações familiares caso venha a ser aprovado o projeto de lei nº 2.285/2007, que cria o chamado Estatuto das Famílias.

O projeto foi apresentado pelo deputado Sérgio Barradas Carneiro com o apoio do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). O objetivo é adaptar a legislação à nova realidade cultural das famílias brasileiras.

Há quem possa se perguntar por que isso seria necessário, uma vez que o Novo Código Civil, que é de 2002, já contempla algumas mudanças nas leis relativas às famílias. Ocorre que, embora sua promulgação seja relativamente recente, o Código foi gestado bem antes disso e, pode-se argumentar, não está em total sintonia com a realidade familiar dos dias de hoje. Talvez o exemplo mais polêmico dessa "falta de sintonia" seja a questão das uniões homossexuais. Atualmente os casais gays não podem ser legalmente reconhecidos como membros de uma união estável, o que os priva de uma série de direitos.

O Estatuto das Famílias propõe que pessoas do mesmo sexo passem a ter seus relacionamentos reconhecidos como união estável, com todos os direitos que isso acarreta – desde que, é claro, sua relação se enquadre nas características que a definem.

A união estável também passará por mudanças. Uma delas é a criação do estado civil de "convivente". Hoje a pessoa que vive esse tipo de relação não sabe como se declarar, pois não há um termo legal que defina sua condição.

Com a mudança, a união estável também deverá ser inscrita nas certidões de nascimento dos "conviventes" – que terão o direito de optar pelo regime de bens de sua escolha e de adotá-lo mediante contrato. Com isso seria eliminada a necessidade de provar judicialmente a existência da união estável para que os "conviventes" possam reivindicar seus direitos em divisões de bens e partilhas de herança, como vem ocorrendo atualmente.

Os regimes de bens nos casamentos civis são um outro alvo do projeto. Está prevista a criação de regimes híbridos, que mesclam características dos regimes já existentes.

O pacto antenupcial, ou pré-nupcial será extinto: basta apenas que o regime escolhido seja declarado na ocasião da habilitação para o casamento (exceto no caso dos híbridos).

Outra novidade é a extinção da separação obrigatória de bens. Quem hoje é obrigado, por força de lei, a adotar esse regime – caso, por exemplo, das pessoas que possuem mais de 60 anos ao casar – passará a ter a liberdade de escolher o sistema que melhor lhe convier.

As mudanças propostas pelo Estatuto das Famílias – das quais as que mencionei constituem apenas um breve resumo – são amplas e profundas, e podem produzir alterações significativas na forma como as relações familiares são encaradas.

Mas o que deve ser aprovado e o que não deve? Esse é um debate no qual, com certeza, toda a sociedade precisa se engajar.


Ivone Zeger é advogada, consultora jurídica em Direito de Família e Sucessão, autora dos livros "Herança: Perguntas e Respostas" e "Como a lei resolve questões de família" - da Mescla Editorial

www.parasaberdireito.com.br

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".