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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Chávez, ETA e FARC

IPCO
23, outubro, 2010


Hélio Viana
Em artigo publicado no Blog Regards latinos, do jornal francês “Le Figaro”, Patrick Bèle comenta que a presença na Venezuela desde 1989 de Arturo Cubillas, membro da organização terrorista espanhola ETA, está causando problemas no relacionamento da Espanha com a Venezuela.
Cubillas pertencia ao Comando Oker da ETA, tendo sido extraditado para a Venezuela mediante entendimento do então primeiro-ministro socialista espanhol Felipe González com o presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, após fracassarem as conversações de paz do governo espanhol com a ETA.
Suspeito de ter cometido três assassinatos na Espanha, Cubillas casou-se com uma venezuelana, cuja nacionalidade adotou. Hoje ele ocupa um importante cargo no Ministério da Agricultura: chefe de segurança do Instituto Nacional da Terra (INTI – o INCRA de lá), coordenando a expropriação das terras ditas improdutivas. Desde a ascensão de Chávez, em 1999, mais de 40 mil propriedades já foram expropriadas.
Cubillas voltou a chamar atenção há algumas semanas, quando dois membros do Comando Imanol da ETA, Xabier Atristain e Juan Carlos Besance, presos em setembro no País Basco, declararam às autoridades que participaram de um treinamento em manuseio de armas e explosivos na Venezuela, em julho e agosto de 2008.
Ambos afirmam que Arturo Cubillas lhes serviu de guia durante a estadia na Venezuela e os ajudaram a passar sem dificuldade pelas barreiras policiais.
O treinamento deles se realizou na companhia de membros das FARC colombianas. A informação incomodou muito, não somente as autoridades venezuelanas, mas também o governo espanhol do socialista Zapatero, que vem sendo muito criticado pela direita de excessivamente tolerante em relação ao governo venezuelano.
Zapatero pediu à Venezuela para, num gesto de boa vontade, afastar Cubillas de suas atuais funções, mas Hugo Chávez se fez de desentendido. E pelo visto só para constar, Cubillas foi ouvido há uma semana por um juiz durante 15 minutos, desconhecendo-se o teor da audiência.
Cerca de 60 terroristas da ETA, a maioria deles supostamente aposentada, estão na Venezuela desde os anos 60. É mais do que provável que eles mantêm relações constantes com as FARC colombianas. Reiteradas vezes a Venezuela foi acusada de abrigar acampamentos da guerrilha.
Os dois guerrilheiros presos na Espanha narraram suas “férias” nos acampamentos das FARC, onde intercambiaram experiências no manuseio de armas e explosivos. O caso Cubillas permite àqueles que acusam Caracas de ajudar as FARC e a ETA, de manter a atitude de suspeita em relação ao governo venezuelano.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".