Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Babel do Clima: confusão das línguas e “luta de classes”

Fonte: VERDE: A COR NOVA DO COMUNISMO
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Tínhamos a intenção de, ao longo da Conferência de Copenhague, ir postando apanhados das informações relevantes publicadas na Internet e na imprensa escrita de São Paulo.

Para nossa decepção, isso tornou-se impossível. Não por falta de informação, mas pelo caos e balbúrdia que domina essa Conferência.

Enquanto redigíamos este post recebíamos mais uma notícia neste sentido cujo titular é: “Copenhague dominada pela tensão em um ambiente de caos”, daAFP. O conteúdo batia na tecla de muitos outros despachos de imprensa:
“os ministros trabalham num ambiente caótico para esboçar um acordo mundial contra o aquecimento climático. No reinício das conversações em sessão plenária, a Índia denunciou o clima de caos reinante, Tuvalu comparou a conferência ao Titanic e o Brasil protestou à presidência dinamarquesa porque o chefe de sua delegação ficou preso nos controles de segurança. Pelo menos 170 pessoas foram detidas durante a manhã nos arredores do Bella Center, sede da Conferência da ONU. A estação de metrô junto ao centro de conferências está fechada e restrições foram impostas à entrada de representantes das ONGs.”


Na realidade, esse caos mental e seus subprodutos de desordem eram inevitáveis.

Afinal 22.000 pessoas concentradas enquanto lá fora faz um frio excepcional para discutir um “aquecimento global” que ninguém sabe ao certo no que é que consiste só podia dar em confusão.

Um exemplo disso. Recém chegada a Copenhague para chefiar a delegação brasileira na COP-15,Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, declarou na abertura de um evento sobre a Amazônia que “o meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimento sustentável.”

O meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimento sustentável”: ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Foto de novembro, após reunião com presidente Lula sobre Conferência de Copenhague Foto Antônio Cruz-ABr


Talvez tentando uma cortesia para nosso ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, Dilma disse que um dos programas dos quais o ministro falava não tinha “nada a ver” com o que fora perguntado.

O governador José Serra (PSDB-SP) e a senadora Marina Silva (PV-AC) propuseram que o Brasil contribuísse com US$ 1 bilhão para um fundo de combate à mudança climática. Mas a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reagiu: “US$ 1 bilhão não faz nem cosquinha”.

É verdade que ao lado das cifras mirabolantes que estão em jogo em Copenhague “US$ 1 bilhão não faz nem cosquinha”, mas também é muito verdadeiro que é muito dinheiro ‒ pelo menos para quem não freqüenta os salões políticos. Esse bilhão em mãos honradas poderia trazer muito alívio a muitos necessitados no País, em vez de gastá-lo num infrutífero “combate à mudança climática”, i. é, as sempre instáveis chuva e bom tempo.

A senadora Marina Silva (PV-AC) teve propósitos genéricos não menos remarcáveis. “Acho que é uma causa tão nobre salvar o planeta”, disse ela.

Realmente seria algo muito nobre se a salvação dependesse do homem. Mas a realidade primária mostra que o homem precisaria atingir uns patamares de auto-grandeza inimagináveis para poder “combater a mudança climática”, e ainda por cima “salvar o planeta”.

Sem dúvida, um pouco de ordem e inteligência no governo dos países poderia trazer melhorias importantes à vida no planeta que todos desejamos.

Mas nessa confusão e auto-elevação às nuvens das própria capacidades que domina a reunião de Copenhague, nada de positivo ou realista pode sair.

A senadora agiu de modo mais congruente participando em eventos do Klimaforum, assembléia paralela que reúne os líderes “verdes” do mundo. Em torno do Klimaforum montam-se as badernas que estão assolando a cidade e provocado centenas de prisões.

Nesses ambientes “aquecidos” pelo radicalismo ou fanatismo, haveria ao menos alguma coerência ou “consenso” sobre o famigerado “aquecimento global” que é o ponto de partida desta universal confusão das línguas?

Lord Monckton ‒ no nosso blog podem-se encontrar muitas de suas posições ‒ entrevistou britanicamente ativistas de Greenpeace nas ruas.

É até engraçado. Ele fez perguntas sérias, ponderadas, científicas e os ambientalistas não foram capazes de responder à mais simples das indagações!

Ignorância, asneiras, e na maior parte dos casos silêncios perplexos... As cenas são de sair do sério, por isso preferimos reproduzir o clip a continuação.
O Commitee for a constructive tomorrow entrevistou manifestantes comunistas que pediam “salvar o planeta”. Neste caso, as respostas foram pelo menos coerentes: a grande preocupação é liquidar o capitalismo e implantar o socialismo ou o comunismo com o pretexto do “aquecimento global”, “salvação do planeta”, etc.

E aqui apalpa-se o fundo da Babel de Copenhague: um cenário em que a velha luta marxista de classes de “ricos contra pobres” renasce sob vestes de ambientalismo.

O vermelho de Lenine tingido de verde; a “vanguarda do proletariado” bancando de “ambientalismo”; a luta contra o burguesia em nome da redução das emissões de CO2; e a determinação política de destruir a ordem ocidental...

Bem disseram os Prof.s Luiz Carlos Molion e Evaristo Eduardo de Miranda no Canal Livre: em Copenhague não se discute ciência alguma, mas política.

Porém, lá está se jogando o futuro do mundo. Não o do clima que vai continuar com seus ciclos próprios independentes da atividade humana.

O que está se jogando é o governo dos homens que amanhã podem acordar sob uma ditadura do tipo soviético ou cubano ‒ entre nós com um condimento de CEBs e Teologia da Libertação ‒, porém pintada por fora de verde.
 

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".