Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ANÁLISE ESTRATÉGICA DO CONFLITO PROVOCADO POR CHÁVEZ

Fonte: HEITOR DE PAOLA


A Colômbia não pode cruzar os braços frente a advertência de guerra chavista


*Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido


O mandatário venezuelano percorreu, de maneira sistemática, o caminho de todos os passos políticos e estratégicos que ao longo da história configuraram as etapas iniciais das guerras internacionais. Chávez não está fingindo. Está desesperado pela insustentável situação interna da Venezuela, pela eventual reeleição de Uribe na Colômbia e, sobretudo, porque anseia ver a Colômbia governada pelas FARC e inserida dentro do plano estratégico do Socialismo do Século XXI.


Como marxista-leninista e submisso às ordens de Fidel Castro, Chávez está de antemão em guerra contra a Colômbia, e tudo o que não seja comunismo ou esteja contra seus sócios das FARC. Nessa ordem de idéias, sua megalomania estimulada por Fidel e Lula, pode desembocar na irresponsável ordem de uma agressão armada contra a Colômbia.


À metódica e calculada somatória de fatos pré-justificados por parte de Chávez, só faz falta o detonante. Um fato de gravidade que implique em uma resposta armada da Venezuela com vistas a uma guerra relâmpago contra pontos estratégicos colombianos, por exemplo, um magnicídio urdido com a assessoria de terroristas islâmicos, um incidente da Nicarágua com a Colômbia ou um enfrentamento armado na fronteira entre tropas dos dois países.


É curioso que a seqüência de agressões verbais e anúncios de país em pé de guerra por parte de Chávez, no domingo passado, tenha ocorrido tão logo Lula ofereceu seus bons ofícios e intenções de sentar Uribe e Chávez para que façam as pazes, em uníssono com seu ministro Garcia (amigo incondicional das FARC) que ofereceu os serviços da Força Aérea Brasileira para patrulhar a fronteira binacional.


Uribe não pode voltar a cair no erro de entregar um assunto tão sensível nas mãos de um cúmplice das FARC. Embora para muitos pareça paradoxal, Lula é o mais interessado em que haja um conflito armado entre a Colômbia e a Venezuela. As razões saltam aos olhos: dessa forma, ele teria a oportunidade de intervir como o mediador-salvador e o herói da jornada. Algo similar à palhaçada que Fidel Castro montou, quando atiçou Chávez para que rompesse relações com a Colômbia devido à captura de Granda, porém depois apareceu no cenário como o mediador imparcial.


Ao mesmo tempo em que Evo Morales justifica a agressividade verbal e as ações belicosas de Chávez, torna-se suspeito o silêncio calculado de “Colombianos pela paz”, do mesmo modo que a descarada e cínica atitude de Ernesto Samper, para quem as palavras vergonha e dignidade parecem não existir.


Da mesma maneira sucede com os diretórios políticos, os congressistas e a mesmíssima Corte Suprema de Justiça, tão moralista sempre que se trata de atacar o presidente Uribe mas, nesse caso, indiferente frente a uma evidente e iminente agressão armada do governo chavista contra a Colômbia.


Por estas e muitas razões mais, a Colômbia deve tomar ações estratégicas, políticas, diplomáticas, econômicas, geopolíticas, militares e psicológicas.


No âmbito estratégico o governo colombiano deve dispor a mobilização nacional. Não só de reservas. Chegou o momento de desempoeirar os planos de segurança e defesa nacional, de ativar o Conselho Superior para a Defesa Nacional, de atualizar os planos de guerra das Forças Armadas, de re-estabelecer as necessidades logísticas em cada uma das categorias e abastecimentos, de atualizar as estatísticas e incorporar dados precisos de empresas, hospitais, grupos de defesa civil, para-médicos, homens e mulheres em idade militar, etc.


No campo diplomático, obrigar os acomodados cônsules e embaixadores para que apresentem ante todas as chancelarias onde se encontram creditados, a informação detalhada dos planos estratégicos do Foro de São Paulo, da ALBA e da UNASUL, dirigidos à destruir as instituições colombianas e implantar uma ditadura totalitária comunista similar à cubana. Urge pedir a ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas para bloquear as intenções chavistas e exigir condenações internacionais aos governantes do Equador, da Nicarágua, de Cuba, do Brasil e da Bolívia, por apoiar o terrorismo comunista.


No campo econômico, urge que os burocratas diplomatas colombianos trabalhem mais horas e com objetivos mais concretos, orientados a posicionar os produtos colombianos em outros mercados diferentes aos vizinhos belicosos. E, claro, para que Lula não faça mais palhaçadas em conluio com Chávez e as FARC.


No campo geopolítico, é necessário que a Chancelaria esclareça de uma vez por todas com o governo democrata dos Estados Unidos, qual é a posição real do colosso do Norte, que até o momento parece indicar que o Pentágono vai por um lado e a Casa Branca por outro em relação à Colômbia.


A “marmelada” com o TLC por parte da bancada democrata norte-americana, em contraste com a elevada quota de sangue de soldados, policiais e civis na luta contra o narco-terrorismo comunista, deixa a sensação de que a Colômbia está só na defesa da liberdade e que se se produzir a agressão chavista, a Casa Branca optará por transferir o problema para a Colômbia e a mediação diplomática a Lula ou sua sucessora.


No campo militar é necessário mobilizar reservas e treiná-las em operações de guerra regular, enquanto as unidades de contra-guerrilhas continuam o combate contra as estruturas das FARC e do ELN. Para esse efeito, as Forças Militares devem ser dotadas com equipamentos de combate de última geração, por exemplo, sistemas de defesa anti-aérea, lança-foguetes, tanques de combate, bombardeiros, artilharia, comunicações e navios de guerra.


E no campo psicológico, qualificar e incrementar as campanhas de propaganda militar para induzir os terroristas das FARC a se desmobilizar, informação concreta aos venezuelanos acerca da gravidade negativa de uma guerra entre duas nações irmãs, e constante fortalecimento da fé na causa para manter sua mística de combate em alta.


Senhor Presidente, senhores ministros, senhores senadores, senhores governadores, senhores prefeitos, chegou a hora da mobilização nacional e o momento de romper as cadeias da indiferença e da inércia frente à defesa nacional. Há uma grave ameaça em andamento. O agressor advertiu a intenção de atacar a Colômbia. Mal faria o país em acreditar que se trata de mais uma arenga do delirante presidente Chávez. Guerra advertida não mata soldados – diz o velho ditado.


*Analista de assuntos estratégicos www.luisvillamarin.com


Fonte: El Tiempo


Tradução: Graça Salgueiro

Um comentário:

José de Araújo Madeiro disse...

Amigos do Cavaleiro do Templo.

É necessário comunicar aos colombianos para não aceitarem a intermediação do Governo Lula nesse conflito.

Todos integrantes do Foro de São Paulo devem ser considerados suspeitos e logicamente são favoráveis às posições de Hugo Chaves.

Att. Madeiro

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".