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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bate-papo entre o Cavaleiro e um amigo, o Frederico Lamberti Pissarra, grande blogueiro.

Talvez interesse a alguém este bate-papo entre eu e um grande amigo, o proprietário do LOST IN THE E-JUNGLE, onde comecei a blogar, inclusive. É o Fred, grande amigo e irmão em armas contra a sociopatia geral.

O artigo que gerou a conversa é este:

Mobilização urgente: educação escolar em casa



Anônimo Frederico Lamberti Pissarra disse...

Uma das coisas que me preocupam, amigo Cavaleiro, é o cunho fundamentalista que é empregado neste tipo de campanha.

Em minha opinião, escola é lugar de ciências, igrejas são lugares de religião. Não é possível levar a ciência às igrejas, por que deveria ser possível levar a religião às escolas?

17 de Julho de 2009 11:18


Blogger Cavaleiro do Templo disse...

Mano, vejo este problema específico pelo prisma do mal menor x mal maior. Acredito que mesmo um fundamentalista religioso (e olha que não podemos afirmar isto dos alunos formados nesta proposta) é muito menos perigoso que um fundamentalista esquerdopata. E das escolas brasileiras só saem este segundo tipo, sem chance alguma do aluno sair sequer sabendo que existem outras visões do mundo diferentes da marxista/comunista/socialista, portanto, sociopata.

Cá para nós, não sou o maior fã de religiosos, nem em igrejas eu vou, sabes disto.

Abraço mano velho

Cavaleiro do Templo

17 de Julho de 2009 11:23


Anônimo Frederico Lamberti Pissarra disse...

Eu entendo o ponto-de-vista de que este parece ser o meio de evitar a contaminação esquerdista/comunista na educação de crianças. Mas, ao mesmo tempo, não acredito que home schooling seja uma solução viável.

É a mesma história do sistema de cotas... Já que "não dá" para fazer algo direito, então cria-se uma solução que piora ainda mais as coisas... Lembre-se que ao deixar a supervisão da edução básica sob a responsabilidade dos pais (e isso está escrito na proposta), como garantir que o conteúdo mínimo será aprendido? Não estou falando de famílias esclarescidas com educação suficiente para introduzir disciplina filosófica... estou falando do cidadão mediano (mediocre, até).

Se com escolas a educação está do jeito que está, sem uma - por melhor que seja a intenção - a coisa só piora.

Além do que, essa redoma superprotetora, acho eu, só contribui para o surgimento de uma nação de ainda mais idiotas.

Falei de fundamentalismo religioso porque home schooling é defendido basicamente por religiosos... especialmente os fanáticos religiosos (veja a briga "criacionismo" versus "evolução" nas escolas, nos EUA e na Europa!). Você acha mesmo que isso tá longe de acontecer por aqui?

Querem combater a esquerda e o comunismo? Criem militancias... Veja que, mesmo com toda a empulhação que é martelada em nossas cabeças o tempo todo, conseguimos (você e eu) ter um pouco mais de bom senso e estamos espalhando esse bom senso por ai. Não é uma lei que vai fazer essa mágica.

Agora, querem jogar o jogo do inimigo? Comecem a sequestrar, assassinar, roubar e subverter... daqui a uns 30 anos pode até ser que tenhamos um presidente... :)

17 de Julho de 2009 15:12


Blogger Cavaleiro do Templo disse...

Entendo, estamos realmente entre a cruz e a espada. Cara, de nossos papos uma coisa que volta e meia reaparece na minha cabeça é a nosso concordância com a estupidez atual da turma das "ciências humanas".

Abre parênteses: Eu e Fred somos amigos faz décadas e concordamos em mais uma montanha de outras coisas, galera. Fecha parênteses (rsrs).

Quando um grupo se levanta acima dos outros o começa a gritar mentiras, idiotices e/ou barbaridades os outros grupos começam a fazer o mesmo para se defender ou mesmo atacar os primeiros gritões. Daí caímos no obscurantismo das crendices de todos os tipos. Desta vez o mundo começa a brigar através das crendices políticas, por assim dizer mas é sempre uma desculpa para a tomada do poder, se possível total.

O homem está voltando, mais uma vez, para as cavernas...

Abraços

Cavaleiro do Templo

17 de Julho de 2009 16:03

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".