QUARTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2010
Por Arlindo Montenegro
A cada duas horas, uma mulher na faixa etária entre os 18 e 30 anos, é assassinada no Brasil. Os dados que arrepiam os cabelos e fazem crescer a indignação, estão no "Mapa da Violência 2010". Algumas das conclusões do relatório, foram publicadas recentemente pelo jornal O Globo. O estudo é realizado há cinco anos, por um instituto internacional, especializado em educação na área de ciências. (http://www.institutosangari.org.br/instituto/).
Este estudo demonstra como a ação predatória das decisões econômicas, políticas e institucionais na desconstrução desta nação, afetam a vida, situando-nos entre os países mais violentos do mundo. Os números superam aqueles dos cenários bélicos e segundo o relatório estão pelo menos 20% aquem da realidade, porque nos cafundós não são feitos os registros devidos.
Nos cafundós, os assassinatos passam batidos. Exemplificando, no interior do Maranhão, a polícia chega a um local afastado, uma semana depois do acontecimento e fica o dito pelo não dito, como fato corriqueiro. O mesmo se pode constatar no Mato Grosso, Goiás, Pará, Alagoas, Espírito Santo... vamos parar por aqui. O estudo do Instituto Sangari, abrange a década de 1997 a 2007. Em 2003, morreram mais de 51.000 brasileiros por tiro, facada ou acidentes violentos.
As ciumes, alcoolismo, drogas e ideologia política estão presentes nos campos da violência que ceifa vidas jovens nesta guerra sem fim. Se no Maranhão o número de mortos nesta condição aumentou em 241%, em Minas 213% e no Pará 195%, em São Paulo reduziu-se em 50% e no Rio 21%, nos 10 anos contemplados pelo estudo.
Em 2005, o Brasil ocupava, entre 80 países, o sexto lugar no campeonato de homicídios, ficando atrás da Venezuela bolivariana, da Colombia vitimada pelos narcotraficantes guerrilheiros das Farc, da Guatemala, El Salvador e Ilhas Virgens. Vitória, Recife e Rio de Janeiro, eram as cidades líderes do campeonato macabro de homicídio de adolescentes e jovens entre os 15 e 24 anos.
Considerando os números relativos a 2007 – quase 50.000 homicídios – e acrescentando os 20% a mais que o estudo reconhece como não documentados, chegamos à cifra dos 60.000 homicídios naquele ano, sendo 24.000 adolescentes e jovens. Mais ainda, a pesquisa abrange apenas 1.209, entre os mais de 5.500 municípios brasileiros! É mole???
O ambiente "privilegiado" dos homicídios continua sendo as grandes metrópoles, mas o estudo indica que nestes 10 anos verificou-se o crescimento dos homicídios nos municípios do interior. Isto confirma outros estudos menos precisos estatísticamente, mas constatáveis em cada esquina: o da disseminação do uso de drogas, principalmente nas faixas etárias da adolescência e juventude.
Isto explica a violência crescente nas escolas, que mereceram nos últimos anos as cercas, muros, vigilantes, grades e câmeras para reprimir traficantes de drogas, invasões, depredação, violência e matança entre crianças e agressões a professores, tornando os ambientes educacionais locais inseguros, onde o mêdo paira sobre as atividades escolares da infância e juventude.
As causas determinantes citadas no estudo começam pelas deficiências da presença do estado e da segurança pública (tudo abandonado pelo viés político ideológico!). Onde acontece isto? Nas faixas de fronteira, onde atuam "grndes organizações de contrabando de produtos ou armas, pirataria e tráfico de drogas", onde atuam madereiras ilegais e existe o trabalho escravo, na orla marítima e nas áreas onde se concentra o "turismo predatório" (aquele mesmo da prostituição infanto juvenil!) e finalmente nos pontos de violência tradicional como o "polígono da maconha" em Pernambuco.
Este é o ambiente socialista brasileiro que tende a perpetuar-se com a presença de lideranças, ativistas, ongs estrangeiras "bem intencionadas", todas a serviço da internacional comunista liderada pelo Foro de São Paulo, que traça as políticas internas e externas do Brasil. O que "nunca antes se viu na história deste país!"
O Instituto Sangari é uma empresa que atua no mundo inteiro e foi acolhida no Brasil para a formação de professores de ciências fornecendo material didático com metodologia primorosa. Também responsável pela "Exposição Darwin", apresentado em várias capitais "o homem que mudou o mundo".
Charles Darwin, aquele sujeito que de observar seus filhos brincando, espalhou a teoria de que somos descendentes de macacos, está enterrado na Abadia de Westminster ao lado de Isaac Newton. Ele morreu em 1882, antes da proclamação da república brasileira. Em 1999, a Inglaterra colocou a cara do dito cujo nas cédulas de 10 libras.
Uma no cravo, outra na ferradura. Se nos beneficiamos com a atuação do Instituto Sangari, apoiado pelo governo, pela Unesco e pelo Bill Clinton, também permitimos sua livre atuação no campo da formação, informação e coleta de dados no campo científico, com a ajuda de mais de 20 mil professores em todo o território nacional. As informações estratégicas, vão servir para elaborar políticas globais. Assim agem os da nova ordem mundial.
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