21 DE JULHO DE 2010
Ontem, Lula sancionou o texto que aprova a doação de R$ 25 milhões para a reconstrução da Faixa de Gaza, no território palestino. Será uma demonstração de ‘altruísmo’ por parte do presidente de um país, onde 57% de seus cidadãos ainda defecam em privadas improvisadas, adoecem, morrem, causando um enorme prejuízo ao Brasil?
Enquanto isto, a “empobrecida” Gaza, submetida ao “feroz” bloqueio israelense, e que, segundo os terroristas do Hamas, carece de material para reconstruir as casas destruídas na última guerra, acaba de ser contemplada com uma belíssima piscina olímpica e um novo e luxuoso centro comercial - um edifício de grande porte: o Gaza shopping.
Segundo a Agência de Notícias Ma'an, no sábado passado, o clube Ace-Sadaka inaugurou sua primeira piscina olímpica na Faixa de Gaza, com 50 metros de comprimento e 21 de largura. Embora a falta de água seja uma das queixas mais freqüentes do Hamás e sua laia, parece que eles não terão problemas para encher a piscina que vai consumir, no mínimo, dois e meio milhões de litros de água.
A cerimônia de inauguração foi cheia de pompa: contou com a presença dos ministros do governo do Hamas, dos membros do Conselho Legislativo da Palestina, dos líderes dos órgãos sociais da Conferência Islâmica e dos membros do clube.
Restaurantes caros
Tal como conta o jornal canadense Nacional Report, um dos raros meios de comunicação ocidental que ecoou a notícia, a maior parte das cidades israelenses não contam com uma piscina com estas características, mas isto não é tão surpreendente em um país que, ao contrário do que diz propaganda habitual, “muitos palestinos na Faixa de Gaza levam um estilo de vida próprio de classe média e até mesmo da classe alta”.
Inclusive, há restaurantes na linha das melhores cadeias ocidentais de qualquer capital da Europa Ocidental ou dos Estados Unidos, como Roots Club que, segundo o autor do artigo no National Post, Tom Gross, é freqüentado por soldados da ONU e jornalistas que, é claro , certamente não comentam em seus meios.
GAZA CENTER
Conforme conta, com humor, o blog Barcepundit, o Gaza Center foi criado por um grupo de empresários e investidores, e tem dois níveis: em um fica o supermercado e o restaurante, e outro com lojas do mais diversos artigos, joalherias, moda e acessórios.
A inauguração deste centro coincidiu com a visita de Catherine Ashton, a polemica alta representante dos negócios estrangeiros da União Europeia, que em declarações à imprensa, no último domingo, não hesitou em qualificar como "desumano" o "bloqueio" inaceitável de Israel à Gaza.
No entanto, apesar deste bloqueio, não parece haver muitos problemas para abastecer um centro com estas características, como se vê nas fotos e, mais detalhadamente na reportagem sobre o lugar, publicada pela agência palestina SafaImagens
Longe de ser um projeto completamente alheio ao poder político, vários deputados do Hamás participaram da inauguração, e até mesmo alguns ministros do governo da organização terrorista.
Paradoxos do bloqueio
O Centro de Gaza também não foi afetado, aparentemente, por restrições de energia frequentes como relatado pelos membros da flotilha da "solidariedade” e similares, pois tem ar condicionado em todo o edifício. Os promotores do centro não foram privados até mesmo de instalar os melhores sistemas de segurança, incluindo câmeras e, claro, vigilância 24 horas por dia.
E, além das instalações, o centro vai oferecer um outro serviço aos seus clientes - mergulhados na pobreza e no subdesenvolvimento de Gaza – o de compras online!
Material do Libertaddigital – Tradução FiladaSopa
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