17/07/2010 por Jorge Roriz
Por: Ray Walser – TRADUÇÃO DE FRANCISCO VIANNA
(Os links – em azul – levam a textos em inglês)
No último 12 de julho, agentes do serviço de ‘inteligência bolivariana’ fizeram um arrastão em Caracas no reduto da oposição venezuelana e prenderam a figura de Alejandro Peña Esclusa. De acordo com a esposa de Pena, Indira de Peña, os agentes, na maior cara de pau, plantaram explosivos no apartamento do oposicionista para incriminá-lo e levaram o seu marido para a prisão sob a acusação de traição e terrorismo. “Logo ele, que sempre foi avesso a qualquer tipo de violência”, disse ela.
A justificativa para a prisão de Pena foi a alegação de conexão com um obscuro salvadorenho com passado criminoso. Diz-se, na Venezuela, que Francisco Chavez Abarca tentou entrar co país com um passaporte falso e com a intenção de usar a violência para prejudicar as eleições legislativas de 26 de setembro próximo. Os venezuelanos alegam que Abarca é um associado de longa data do cubano anti-castrista no exílio Luis Posada Carriles, que permanece preso e acusado de atos de terror contra o regime comunista dos irmãos Castro. Após incriminar Peña e outras figures da oposião vnezuelana, a já nem tanto disfarçada ditadura de Chávez convenientemente meteu Abarca num navio e despachou-o para Havana para subseqüente interrogatório pela inteligência cubana, esperando-se que servirá para um julgamento à moda do espetáculo revolucionário da ilha, o que, provavelmente, vai terminar em execução sumária e pública.
Além de ser um politico ativo na Venezuela, Peña tem sido uma força motivadora por trás da UNO América, um grupo de ação de orientação conservadora que busca acordar a América latina para o crescente perigo de perda da liberdade, da impossibilidade de prosperar, e de se ter segurança, pessoal e jurídica, em face do tipo agressivo de ‘socialismo revolucionário’ posto em prática por Hugo Chávez Frías.
Numa outra frente, Chávez aumentou a escalada de confrontação com a hierarquia maior do clero católico da Venezuela. Ele exige uma revisão das relações do país com o Vaticano, como consequência das críticas do Cardeal Jorge Urosa à grosseira má administração e ingerência ‘Chavezista’ na indústria de alimentos e descrevendo ao Papa as tendências autoritárias de Chávez. Urosa recentemente afirmou que Chávez “quer conduzir o país para um ‘socialismo marxista’, e promover a sua ditadura particular”.
Chávez também alega que uma aeronave militar holandesa teria violado o espaço aéreo venezuelano, jactando-se de suascapacidades aéreas recentemente adquiridas dos russos. Chávez tem o objetivo de pressionar o governo holandês para que revogue seus acordos de cooperação com os EUA, que permite a instalação de bases aéreas americanas antidrogas no Caribe, na ilha de Curaçao. Perante uma audiência de adoradores de filosofias esquerdistas, Chavez exigiu um Caribe livre de vestígios do colonialismo que “clama pela independância das Antilhas Holadesas, da Martinica francesa, e da ‘Commonwealth’ de Porto Rico”.
Chávez está sentindo o calor da crítica doméstica e internacional numa ampla frente e reage de uma maneira previsível: caindo de pau sobre a oposição, ordenando prisões, fechando canais de mídia, insultando a Igreja Católica, e contando com uma exibição pirotécnica de um ‘nacionalismo’ demagógico e populista para promover seu interesse em obter uma vitória eleitoral maciça. No âmbito interno, Chavez encoraja um crescente clima de terror “legalizado” enquanto que, no exterior, busca uma política radical pró-terrorista e pró-narcotráfico.
COMENTÁRIOS – Vejam na foto de satélite (Google Earth) acima a proximidade da Venezuela com as ilhas das Antilhas Holandesas. Muito mais próximas do que o arquipélago das ilhas Falklands (que os argentinos chamam de ‘Malvinas’, embora praticamente não haja argentinos por lá) está da costa portenha.
Não duvido que Chávez tente a mesma aventura militarista levada a cabo pela ditadura argentina na vã tentiva de tomar do Reino Unido o arquipélago habitado por pastores de cabras e ovelhas escoceses.
Da mesma forma, essas antilhas holadesas são paraísos turísticos no Mar do Caribe, fala-se a língua holandesa e não o espanhol. Qualquer ação militar de Chávez contra essas ilhas holandesas fará com que a OTAN imediatamente venha em defesa da Holanda e aí o caldo vai engrossar de vez para o caudilho ‘bilivariano’. Nem Rússia, nem Irã, e muito menos seus ‘amiguinhos’ de esquerda da América latina virão em seu socorro. Vai morrer gente? Provavelmente sim. Mas, se isso ocorrer, sem dúvida, entre os mortos estará o cadáver desse ditadorzinho de merda.
Tomara que ele se ache poderoso o suficiente para cometer uma loucura dessas… Só assim, o povo venezuelano se livra mais rapidamente da maior praga que se abateu sobre a Venezuela em todos os tempos.
Francisco Vianna
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