Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

DEMOCRACIA A LA CARTE

VIVERDENOVO
DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2011

Por Arlindo Montenegro


21 de Abril, cerimônia comemorativa da Inconfidência Mineira. Palavras da ocupante do trono: Os brasileiros e brasileiras que como eu sofreram na pele os efeitos da privação da liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece”...Uma fala onde está presente o recurso psicologia invertida, fazendo que crer que as instituições no Brasil são democráticas.

Para quem bem entende das experiências contidas na história, as poucas democracias floresceram onde o aparado do estado era mínimo e não gigantesco e distribuído em feudos para atender interesses partidários oligárquicos. Onde as instituições democráticas floresceram, o estado praticava mínimos impostos, sem burocracia, sem corrupção, sem secretismos e manobras para eliminar opiniões, pontos de vista, argumentos, contrários.

Disse ainda a senhora: “Queremos a democracia em sua complexa inteireza”... (Tão complexa que nem os que a executam entendem o significado e alcance da concentração de poderes, que emanam do núcleo do núcleo central do poder, impondo a legislação, determinando as práticas da justiça, delimitando a formação de opinião pública, pervertendo  a educação, destruindo costumes e tradições e finalmente banalizando e interpretando a história, omitindo fatos e   os fatos de maneira abusiva).

...”Uma democracia feita de eleitores e também de cidadãos plenos”... (Eleitores que engolem um processo de escolha controlado por uns poucos caciques partidários? Cidadãos plenos que carecem de meios e informação para exigir comportamentos éticos? Eleitores de cabresto para atuar e legitimar um processo viciado?) ”Nesse caminho se entrelaçam o desenvolvimento e a inclusão”. (Que desenvolvimento madame? O desenvolvimento das corporações estrangeiras que ocupam o nosso espaço, que compram os melhores cérebros, que envenenam o terreno e as águas, que agem acima das leis? Mais adiante vamos ver o termo “inclusão”.

O discurso  tão genérico é sujeito às mais variadas interpretações, extensivamente cabíveis  para a cabeça miúda dos que falam em democracia, sem pensar  na gênese do pensamento e sua importância para a evolução humana, para as liberdades individuais, para a aplicação dos direitos universais reconhecidos e aceitos como benéficos para os indivíduos que constroem as nações e interagem respeitando rigorosamente uma carta de deveres que geram direitos.

Uma coisa é democracia, estado de direito e bem diferente o que estão proclamando como “democracia marxista”, uma coisa que é impossível de definir, a não ser que a gente grafasse a prática como “democracia somente para marxistas”, excluindo todos os contrários ao satanismo implícito no ideário da nova ordem mundial,  aplicado metodicamente no Brasil, sem que a gente, povo, população, saiba como definir o próprio  destino, sem saber  o que está por trás desta revolução cultural que elimina os valores consolidados há gerações como norma espiritual deste povinho explorado ao limite extremo.

Aí perguntam os observadores da anomia política: por que não protestam, por que não exigem? A resposta pode estar no prenúncio feito por alguém que justificava e defendia o uso de tudo quanto é droga, para manter pessoas felizes e passivas mesmo nas situações mais limitantes, mesmo na escravidão, mesmo fazendo trabalhos forçados.

 Aí entra a “inclusão” que vista sob o aspecto das parcerias que o trem empresarial em turismo na China, espera, para ganhar mais dinheiro, enquanto os “incluídos” compram os piores produtos do mercado pelos mais elevados preços, tudo financiado em “10 vezes sem juros”.

Estão negociando transferência de tecnologia com uma ingenuidade de meter medo. Dizem ser difícil por que nunca sabem se a empresa com quem negociam é privada ou estatal... como se houvesse diferença! A “inclusão” fundamental é ideológica. Mas os tresloucados empresários nada entendem de política, nem das grandes linhas estratégicas da nova ordem mundial.

Tiradentes foi enforcado porque um grupinho patriota quis livrar o Brasil da canga da submissão. Nossos empresários são conduzidos que nem carneirinhos para o cercado da prisão ideológica para uma produção capitalista barata, explorando a mão de obra dos que vão produzir os novos produtos Made in Chinobrás, repassando a tecnologia da Embraer a troco da tecnologia de plantar e colher arroz com as mãos nuas. Quem pensa diferente prepara a própria forca.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".