19, junho, 2010
O ministro José Temporão apresenta
os manuais de educação sexual
que serão distribuídos para alunos da rede pública.
os manuais de educação sexual
que serão distribuídos para alunos da rede pública.
Atilio Faoro
Estarão os pais brasileiros advertidos de que o Ministério da Saúde vai violar o direito reservado aos genitores de dar aos seus filhos uma educação apropriada sobre o delicado tema da sexualidade?
Sob o pretexto de “combater as doenças sexualmente transmissíveis”, o ministro da Saúde, José Temporão, apresentou no último dia 16, em Brasília, a série de histórias em quadrinhos de “educação para a sexualidade” para estudantes do programa “Saúde e Prevenção nas Escolas” (SPE). A publicação vai ser enviada para cerca de 600 escolas públicas que fazem parte do programa, com alunos de 13 a 25 anos. As revistas em quadrinhos, falam de assuntos como “diversidade sexual, direitos sexuais e reprodutivos e como é viver e conviver com o HIV”.
Como se sabe, pululam hoje os manuais de educação sexual baseados na ausência de referência moral na conduta sexual e na desvinculação entre a relação sexual e o matrimônio. Ao mesmo tempo, tais manuais insistem em apresentar aos jovens como “normais” certas condutas contrárias à ordem natural e à lei divina como os atos entre homossexuais e lésbicas, o vício solitário, etc. Para os autores, – que utilizam geralmente ilustrações pornográficas e uma linguagem vulgar – as regras morais cristãs que devem orientar o comportamento humano são atacadas como “preconceito”. A permissividade total é erigida como norma de conduta e a castidade estigmatizada como “repressiva”.
Neste sentido, qual será o denominador comum das atuais publicações do Ministério da Saúde? Falando sobre o tema, enfatizou o ministro Temporão: “Há muito preconceito, intolerância, cinismo. Nós estamos tirando o véu de cima desses temas e enfrentando-os da maneira como eles devem ser enfrentados”.
Ao afirmar a sua intenção de “tirar o véu de cima destes temas” e investir contra “o preconceito, a intolerância, o cinismo”, o ministro Temporão revela o fundo ideológico da iniciativa: eliminar as regras morais ensinadas pela Igreja católica na matéria. Ademais, não compete ao Estado nem à escola abordar este tema, mas aos pais, como os primeiros e naturais responsáveis pela educação moral de seus filhos.
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