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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sociopatia & poder

Sociopatia & poder

por Fatima Oliveira*

As sociopatias – grosso modo: personalidade anti-social – atingem de 1% a 3% da população. Mas nos meios políticos pode chegar a 6%. São pessoas ávidas por poder e buscam-no, de qualquer jeito, em todos os lugares onde se faz política: nos partidos e nos movimentos sociais.

Onde há corrupção, que é uma doença social, ela é feita por quem porta transtornos de personalidade de inegável caráter anti-social, ou narcísico ou “boderlaine”.

Sociopatas não são doentes, portam personalidades bandidas que podem chegar ao banditismo, cuja única prevenção é “investir em educação, em atendimento à primeira infância, na aplicação das leis e em contenção”.

É um imperativo ético de quem possui mãos limpas lutar para conter e expurgar sociopatas dos espaços de poder: entregando-os à Justiça sem dó, pois sociopatas são “intratáveis, incuráveis e irreversíveis”. Não há ex-sociopata.

Em “Apear sociopatas do governo”, indaguei: “Que destino dar aos sociopatas? Meu avô Braulino dizia que a política atrai lunáticos como as formigas são atraídas pelo doce... Se há sociopatas no governo, temos de entregá-los à Justiça” (O TEMPO, 5/7/2005).

Quase um ano pós-explosão dos subterrâneos pútridos de um governo eleito para responder a anseios populares, nenhum aceno próprio para apear “nossos” sociopatas do poder. “Nossos”!

Também fiz com empenho, amor e esperança as quatro campanhas de Lula. Alguns foram apeados por outros mecanismos, jamais no bojo da decisão de limpeza ética. Na política, não cabe sororidade, apenas solidariedade.

Logo, vacilar diante de sociopatas é pura ingenuidade política e ignorância científica, pois é regra geral que sociopatas, mais dia, menos dia, põem a boca no trombone, basta que se sintam traídos.

Vide Roberto Jefferson e agora Silvio Pereira. Relembro que há três tipos de comportamento sociopata: o 1º é o grosseiro e despudorado; o 2º é o fraudador discreto; e o 3º é aquele que, ao se sentir traído na partilha, denuncia o esquema. O 1º e o 2º podem chegar ao 3º tipo, dependendo das circunstâncias.

É só esperar. Muitos sociopatas ainda vão falar. Caberá ao povo decidir se confia na palavra de bandidos.

Diante das candidaturas postas, Chico Buarque está com a razão: “É duro jogar na defesa (...) Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no social que o Lula tem mais condições de atender. Vai ficar devendo, claro. Já está devendo. Precisa ser cobrado”. Concordo, mesmo sofrendo.

*Fatima Oliveira, Médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005

Observação do Cavaleiro do Templo: lindo isto, não? Olhem de onde tirei abaixo.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/
Íntegra: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=2019

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".