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quarta-feira, 9 de março de 2011

Exclusivo: “A paixão dela era a luta pela vida”: nora conta o testemunho de aborto de Jane Russell

JULIO SEVERO
3 de março de 2011

SANTA MARIA, Califórnia, EUA, 2de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — Uma “coluna de força” — essas foram as palavras que Etta Waterfield usou para descrever sua sogra, Jane Russell, que será lembrada por milhões como uma eterna beldade e atriz talentosa das telas do cinema.
Mas de acordo com Waterfield, o verdadeiro legado de Jane está na profunda devoção dela à Bíblia como cristã que havia nascido de novo, e sua tenacidade de viver essa fé como ativista pró-vida depois de um trágico aborto malfeito com a idade de dezoito anos.
Jane Russell
“Mamãe era para o mundo uma estrela do cinema, mas a paixão dela era as crianças. A paixão dela era lutar pelos bebês em gestação”, Waterfield disse para LifeSiteNews.com numa entrevista de telefone na terça-feira de tarde, dois dias depois que Russell faleceu de insuficiência respiratória em seu lar na localidade de Santa Maria com a idade de 89 anos.
O testemunho de Russell começou no Vale de San Fernando no Sul da Califórnia onde ela cresceu como a filha única e mais velha, numa família profundamente cristã de cinco filhos. A perda de um bebê — o irmão mais velho de Jane, que morreu com um ano e meio — foi o que inspirou o próprio zelo da mãe dela para ler a Bíblia, uma fome que ela passou para sua filha.
A morte de um bebê mais tarde também exerceria um efeito muito forte na vida de Jane: quando a estrela de dezoito anos já estava bem no caminho para uma carreira bem-sucedida no cinema, um aborto ilegal tirou a vida de seu filho em gestação, e a deixou incapaz de ter filhos de novo.
De acordo com Waterfield, a jovem Jane já “se sentia terrível” acerca do mal moral cometido no aborto, que foi feito com tanto desleixo que ela quase morreu. “Ela sabia que era errado”, disse ela. “Mas ela era uma jovem adolescente, ela sentia que estava numa armadilha e sua carreira começando a decolar, e era uma inconveniência, e ela pensou que era a melhor solução, sabendo o tempo inteiro que não era”.
Mas foi por causa dos braços abertos de sua própria mãe, Geraldine, que Jane foi incentivada a “permitir que o Senhor resolvesse” como transformar essa experiência em algo bom.
“A avó Russell estava do lado dela depois que ela fez o aborto e disse, ‘Filha, o Senhor mudará completamente essa situação para o bem se você permitir que ele trabalhe na sua vida. Não há nenhuma condenação dEle, nem haverá condenação alguma de nossos lábios também’”, disse Waterfield.
Jane continuou, disse ela, aguentando corajosamente a responsabilidade de um aborto que acabou dando-lhe “um coração para amar crianças”, principalmente aquelas que eram difíceis de serem adotadas, tais como crianças mais velhas ou deficientes. Russell acabou fundando o World Adoption International Fund (Fundo Internacional de Adoção Mundial) em 1955. De acordo com Waterfield, por meio dos esforços de Russell de promover a adoção, ela ajudou a encontrar um lugar para mais de 40.000 crianças em lares permanentes. Se não fosse por essa ajuda, essas crianças jamais teriam um lar.
E apesar de perder sua fertilidade, ela se tornou “mãe” e “avó” para muitos: tendo adotado três crianças, ela deixou seis netos e 10 bisnetos ao partir. Em particular, Waterfield disse, Russell tinha paixão de usar sua fama como atriz muito amada para levar a Palavra de Deus para outros.
“Ela cometeu um erro, mas ela é o exemplo perfeito do que a Bíblia diz: o que Satanás tinha a intenção de usar para o mal, Deus mudará para o bem se permitirmos que ele trabalhe em nossa vida”, disse Waterfield. “Esse é o caso da mamãe: ela ajudou milhares de crianças. O aborto dela se transformou em bênção”.
Waterfield, que concorreu para a Assembleia Legislativa da Califórnia como candidata conservadora do Partido Republicano, disse que foi em grande parte inspirada pelo zelo de Jane por questões sociais conservadoras, particularmente pelo movimento pró-vida, algo que ela lamenta não tenha recebido quase nenhum reconhecimento dos meios de comunicação. “Os meios de comunicação jamais divulgarão isso porque é politicamente incorreto para eles”, disse Waterfield. “Mas se você tivesse a chance de falar pessoalmente com ela, ou num palco… e ela lhe mostraria a diferença. Ela nunca tinha medo de falar sobre isso. Há muitas pessoas que fizeram abortos que estão muito envergonhadas, e levam esse peso. Não tem de ser um peso”.
Quando Russell estava em seu leito de morte, Waterfield disse que ela se regozijou ao pensar no encontro que estava reservado para ela.
“Sussurrei no ouvido dela e disse: ‘Mãe, agora você poderá segurar seu bebê pela primeira vez. Você poderá ver seu bebê’”, disse ela, caindo em pranto. “E você sabe, eu apenas desejava poder ver esse encontro. Por causa desse bebê, ela pôde fazer muito pelas crianças. Esse é o legado dela: não é Hollywood, são as crianças. É desse jeito que quero que o mundo a conheça”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".