Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Descalabro total

Fonte: RORAIMA EM FOCO
TER, 19 DE JANEIRO DE 2010 21:31


Manoel Soriano Neto


O 3° Programa Nacional de Direitos humanos (PNDH-3) trouxe desnecessário e perigoso desassossego à sociedade brasileira. O estúpido calhamaço de 224 folhas, contendo 500 proposições (Decreto 7037, de 21 Dez 09), foi cognominado, com propriedade, de “Decreto-Revanche” ou “AI-5 do Lula”. Trata-se de um verdadeiro “ucasse stalinista”, com sérias ameaças ao direito de propriedade, à liberdade de expressão, à liberdade religiosa, à autonomia do ensino e, principalmente, à união nacional. Várias entidades nacionais e gradas autoridades pronunciaram-se contrariamente ao malsinado Programa, como a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (ABERT), além dos Ministros da Agricultura e da Defesa (palmas, para o Ministro Jobim e os Comandantes Militares!) e o Senador Demóstenes Torres que declarou: “Esse projeto é uma tentativa de cubanização do Brasil. É uma proposta de um psicopata ideológico”. Ao afrontar cláusulas pétreas da Constituição quando propõe uma Lei que mudará o processo de reintegração de posse de terras invadidas (o MST deve estar exultante!), obrigando a realização de audiências, antes que medidas liminares possam ser concedidas (o que, no mínimo, retardará a retirada dos invasores), o Programa prejudica, sensivelmente, o agronegócio. Isso trará uma “insegurança jurídica” para o campo, como frisou o Ministro Stephanes, da Agricultura. Os católicos encontram-se abespinhados com os textos de apoio à descriminalização do aborto, à união civil entre pessoas do mesmo sexo, à adoção por casais homossexuais e à intolerante “criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União” (seriam retirados os crucifixos, as imagens, etc; daqui a pouco vão querer mudar os nomes de estados e cidades, como São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, São Luís, Santa Maria, Fortaleza, por ser “de Nossa Senhora da Assunção”, e por aí vai...). Os veículos de comunicação estão assaz temerosos quanto ao controle que sofrerão, por meio de “critérios de acompanhamento editorial no que diz respeito aos direitos humanos e punição das empresas que os violem em suas programações”; igualmente é proposta a “triagem de material didático das escolas brasileiras”, que ofenda os precitados direitos. E, o pior, em nosso entender, é a criação de uma “Comissão Nacional da Verdade” (melhor seria dizer-se “da Calúnia”) para investigação de casos de violação de direitos humanos “no contexto da repressão política, etc”, expressão modificada por novo Decreto, de 13 Jan 10, para: “examinar a prática de violações de direitos humanos, etc”. Apesar do abrandamento do primeiro Decreto, a tal Comissão, se for criada pelo Congresso e se a Lei da Anistia for alterada pelo STF, não conseguiremos alcançar a desejada reconciliação, mercê do sectarismo da ex-gurrilheira Dilma, essa mulher horrenda e raivosa, do rancoroso Tarso Genro, que não esconde o seu extremismo marxista-leninista, hoje preocupado com os votos dos ruralistas gaúchos, por causa do Programa em comento, e do repugnante Paulo Vannuchi, que só trouxe a intranquilidade para os brasileiros, se dando mal quando ultrapassou o seu Chefe Lula, ao impingir à sociedade, um amplo e radical programa ideológico.

Mas o que tem a Amazônia com tudo isso? Sim, tem tudo a ver! Poucos deram atenção para dois itens do “Decreto Frankenstein”, quais sejam: 1) “Propor e articular o reconhecimento do status constitucional de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados” e 2) “Não existe modelo único e preestabelecido de desenvolvimento, porém, pressupõe-se que ele deva garantir a livre determinação dos povos, o reconhecimento de soberania sobre seus recursos e riquezas naturais, respeito pleno à sua identidade cultural e a busca de equidade na distribuição das riquezas”. Ora, o que são essas propostas senão berrantes atentados ao Objetivo Nacional Permanente da Soberania Nacional? O primeiro tópico alude, sem dúvidas, à Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, da ONU, aprovada com o entreguista voto do Brasil, em 2007. Nunca é demais repetir que tal Declaração deve ser aprovada em dois turnos pelas duas Casas do Congresso, com um quorum de 3/5 de votos, para que tenha força de Constituição. O trecho seguinte reconhece a autonomia das terras e reservas de índios e, implicitamente, avaliza a criação de “Nações Indígenas”, o que pode redundar na amputação territorial de nosso País, como vimos, há muito, denunciando nesta coluna. Ainda mais: é preocupante a atuação do MST na Amazônia, inclusive em parceria com os índios. A matéria “Predadores da Floresta”, de autoria de Otávio Cabral, da revista “Veja”, de 13 Jan 10, denuncia a exploração de madeira por integrantes desse Movimento, dito “social”, na qual aparecem vários “sem-terra”, todos encapuzados e armados com rifles.

O descalabro total, implantado após a ediçao do PNDH, agravou sobremaneira os riscos para a NOSSA Amazônia...

(*) Manoel Soriano Neto é Coronel e Historiador Militar

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".