Do portal MOVIMENTO ORDEM E VEGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
DENÚNCIA SÉRIA
Segundo denúncia no site Word-Check, de Kenneth Rijock, investigador vinculado a agência de inteligência dos EUA, a Venezuela havia instalado mísseis próximo à fronteira com a Colômbia que estariam apontados para este país.
Rijock denunciou a alguns anos que mísseis iranianos haviam sido levados sigilosamente até a Venezuela em diversas embarcações, e que hoje encontram-se armados e prontos para ser lançados.
Rijock foi vinculado em diversas ocasiões aos organismos de inteligência dos EUA. Segundo testemunhas citadas por Rijock, que já não tem mais provas de suas acusações, os mísseis colocados próximos da fronteira estão sob supervisão técnica de iranianos e estão completamente ativos. Rijock é um analista de risco e considera que existe risco certo e grave de conflito militar entre a Venezuela e a Colômbia. Por isto, ele aconselha seus clientes que, em operações comerciais e financeiras com a Venezuela, levem o fato em conta, já que os bancos fechariam, pelo limite de risco que eles comportam, para pagamentos e cumprimento de obrigações.
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Material essencial
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
A Avó da Guerrilha Perdeu os Dentes
Do bportal MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Augusto Nunes em 13 de fevereiro de 2008
Como Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, Álvaro Uribe tornou-se presidente da República, em 2003, por decisão da maioria dos colombianos, e reelegeu-se quatro anos depois com mais de 60% dos votos. Lula não tem mais legitimidade que Uribe. Nem é mais popular. Segundo o Ibope, 62% dos brasileiros estão satisfeitos com o chefe de governo. Em janeiro, o Gallup constatou que 83% dos colombianos aprovam a performance do presidente.
Não foi o único recorde registrado pela pesquisa: também não tem precedentes a estratosférica taxa de rejeição - 96% do total de entrevistados - alcançada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A conjugação dos recordes informa que o que já foi o maior grupo guerrilheiro da América Latina hoje é apenas uma organização criminosa de bom tamanho.
"Os bandos armados que agem no país não devem ser tratados como meros antagonistas do governo, mas como inimigos do regime democrático", reiterou Uribe durante a campanha eleitoral que precedeu a conquista do primeiro mandato. Seus antecessores, em busca da paz impossível, haviam celebrado com os exércitos fora-da-lei acordos cujos textos, somados, rascunham um formidável elogio da pusilanimidade. Poucas semanas de governo bastaram para deixar claro que aquele advogado de aparência severa estava mesmo decidido a cumprir a principal promessa de campanha: derrotar militarmente as divisões de delinqüentes bandidos que mantinham sob cerco permanente o estado de direito.
Cinco anos depois, o saldo da guerra é amplamente favorável a Uribe. Os paramilitares a serviço de chefões ultraconservadores renderam-se há tempos. O que restou do Exército de Libertação Nacional (ELN) tateia na floresta picadas que o afastem da morte por inanição. As Farc, que no dia da posse de Uribe controlavam um terço das cidades e uma vastidão territorial onde caberiam vários países da Europa, foram empurradas para as selvas nas fronteiras.
Não parece perto do fim o combate entre um governo democraticamente eleito e a sigla que, nos anos 80, jogou no mato a fantasia ideológica em frangalhos e, sempre berrando palavras de ordem contra a exploração capitalista, passou a explorar com gula de banqueiro o esgoto do narcotráfico. Militarmente, a derrota das Farc é questão de tempo. Politicamente, não existem mais. O atestado de óbito foi emitido pela pesquisa do Gallup. O enterro ocorreria na terça-feira de carnaval.
Mais de 5 milhões de colombianos (1 milhão dos quais na capital, Bogotá) saíram às ruas de todas as cidades para gritar palavras de ordem contra as Farc. Em dezenas de países, milhares de democratas exigiram o fim da aventura iniciada em 1954, quando um punhado de militantes comunistas se internou na selva para ali implantar o foco guerrilheiro que derrubaria a ditadura do general Rojas Pinilla. Até este histórico 12 de fevereiro, protestos semelhantes nunca juntaram mais que dezenas de colombianos suficientemente temerários para desafiar as ameaças de morte formuladas pelas Farc. O medo acabou.
"A Colômbia exige o fim do terrorismo", reiteraram incontáveis faixas desfraldadas por manifestantes que enfim se animaram a afrontar publicamente os pastores da morte, os generais narcoguerrilheiros e seus soldados homicidas, os assassinos da liberdade, os profissionais do seqüestro e da tortura. "Chega de terrorismo", berrou a voz rouca das ruas, num endereçado também a presidentes de países vizinhos, para os quais as Farc são uma organização política como outra qualquer.
Hugo Chávez, por exemplo. Depois de negociar, em troca de favores tão nebulosos quanto o destino da gastança com cartões corporativos, a libertação de duas reféns, o presidente venezuelano decretou que "as Farc são um verdadeiro exército insurgente, com um projeto político respeitável". No dia seguinte, seis turistas foram incorporados à multidão de mais de 800 seqüestrados, todos submetidos ao horror como rotina. Nem por isso Chávez arquivou a idéia ultrajante: os parceiros das matas devem ser excluídos do índex do terrorismo.
Com discrição de punguista, o partido do presidente Lula já fez isso em 1990, quando agremiações que se consideram "esquerdistas" se juntaram no Foro de São Paulo. Ali, as Farc se sentam ao lado do PT. "O Brasil não é território de classificação de tendência política ou grupo de luta armada", delira Lula. Que tal convidar o PCC para a próxima reunião do Foro e apresentar às Farc a companheirada das cadeias? No primeiro minuto, as duas siglas desconfiariam de que são parentes. Talvez descubram já no segundo que são irmãs.
Publicado no Jornado do Brasil - Editorial - 13/02/2008
Escrito por Augusto Nunes em 13 de fevereiro de 2008
Como Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, Álvaro Uribe tornou-se presidente da República, em 2003, por decisão da maioria dos colombianos, e reelegeu-se quatro anos depois com mais de 60% dos votos. Lula não tem mais legitimidade que Uribe. Nem é mais popular. Segundo o Ibope, 62% dos brasileiros estão satisfeitos com o chefe de governo. Em janeiro, o Gallup constatou que 83% dos colombianos aprovam a performance do presidente.
Não foi o único recorde registrado pela pesquisa: também não tem precedentes a estratosférica taxa de rejeição - 96% do total de entrevistados - alcançada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A conjugação dos recordes informa que o que já foi o maior grupo guerrilheiro da América Latina hoje é apenas uma organização criminosa de bom tamanho.
"Os bandos armados que agem no país não devem ser tratados como meros antagonistas do governo, mas como inimigos do regime democrático", reiterou Uribe durante a campanha eleitoral que precedeu a conquista do primeiro mandato. Seus antecessores, em busca da paz impossível, haviam celebrado com os exércitos fora-da-lei acordos cujos textos, somados, rascunham um formidável elogio da pusilanimidade. Poucas semanas de governo bastaram para deixar claro que aquele advogado de aparência severa estava mesmo decidido a cumprir a principal promessa de campanha: derrotar militarmente as divisões de delinqüentes bandidos que mantinham sob cerco permanente o estado de direito.
Cinco anos depois, o saldo da guerra é amplamente favorável a Uribe. Os paramilitares a serviço de chefões ultraconservadores renderam-se há tempos. O que restou do Exército de Libertação Nacional (ELN) tateia na floresta picadas que o afastem da morte por inanição. As Farc, que no dia da posse de Uribe controlavam um terço das cidades e uma vastidão territorial onde caberiam vários países da Europa, foram empurradas para as selvas nas fronteiras.
Não parece perto do fim o combate entre um governo democraticamente eleito e a sigla que, nos anos 80, jogou no mato a fantasia ideológica em frangalhos e, sempre berrando palavras de ordem contra a exploração capitalista, passou a explorar com gula de banqueiro o esgoto do narcotráfico. Militarmente, a derrota das Farc é questão de tempo. Politicamente, não existem mais. O atestado de óbito foi emitido pela pesquisa do Gallup. O enterro ocorreria na terça-feira de carnaval.
Mais de 5 milhões de colombianos (1 milhão dos quais na capital, Bogotá) saíram às ruas de todas as cidades para gritar palavras de ordem contra as Farc. Em dezenas de países, milhares de democratas exigiram o fim da aventura iniciada em 1954, quando um punhado de militantes comunistas se internou na selva para ali implantar o foco guerrilheiro que derrubaria a ditadura do general Rojas Pinilla. Até este histórico 12 de fevereiro, protestos semelhantes nunca juntaram mais que dezenas de colombianos suficientemente temerários para desafiar as ameaças de morte formuladas pelas Farc. O medo acabou.
"A Colômbia exige o fim do terrorismo", reiteraram incontáveis faixas desfraldadas por manifestantes que enfim se animaram a afrontar publicamente os pastores da morte, os generais narcoguerrilheiros e seus soldados homicidas, os assassinos da liberdade, os profissionais do seqüestro e da tortura. "Chega de terrorismo", berrou a voz rouca das ruas, num endereçado também a presidentes de países vizinhos, para os quais as Farc são uma organização política como outra qualquer.
Hugo Chávez, por exemplo. Depois de negociar, em troca de favores tão nebulosos quanto o destino da gastança com cartões corporativos, a libertação de duas reféns, o presidente venezuelano decretou que "as Farc são um verdadeiro exército insurgente, com um projeto político respeitável". No dia seguinte, seis turistas foram incorporados à multidão de mais de 800 seqüestrados, todos submetidos ao horror como rotina. Nem por isso Chávez arquivou a idéia ultrajante: os parceiros das matas devem ser excluídos do índex do terrorismo.
Com discrição de punguista, o partido do presidente Lula já fez isso em 1990, quando agremiações que se consideram "esquerdistas" se juntaram no Foro de São Paulo. Ali, as Farc se sentam ao lado do PT. "O Brasil não é território de classificação de tendência política ou grupo de luta armada", delira Lula. Que tal convidar o PCC para a próxima reunião do Foro e apresentar às Farc a companheirada das cadeias? No primeiro minuto, as duas siglas desconfiariam de que são parentes. Talvez descubram já no segundo que são irmãs.
Publicado no Jornado do Brasil - Editorial - 13/02/2008
Chávez em pé de guerra
Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Domingo, 10 de Fevereiro de 2008
Com a popularidade em baixa, beirando 21%, quando já chegou a ter 80% de aprovação, várias fontes consideram seriamente a possibilidade de que Chávez declare guerra à Colômbia para tentar escamotear o ruidoso fracasso de seu governo socialista. Ele se armou com aviões russos. Seria um suicídio por que os EUA interviriam a favor da Colômbia.
Segundo a matéria do El Mundo, o general Fernando Ochoa, ex-ministro de defesa do Chávez, afirmou o seguinte: “Um incidente grave, onde morressem alguns jovens soldados venezuelanos, serviria para Chávez despertar um sentimento nacionalista”.
Segundo revelações de um diplomata europeu, informes da inteligência apontaram que Chávez poderia usar as Forças Bolivarianas de Libertação (FBL) para criar um casus belli, e produzir um incidente que faça parecer que foi uma agressão da Colômbia.
Leia o material completo (em espanhol) no El Mundo Espanhol.
Domingo, 10 de Fevereiro de 2008
Com a popularidade em baixa, beirando 21%, quando já chegou a ter 80% de aprovação, várias fontes consideram seriamente a possibilidade de que Chávez declare guerra à Colômbia para tentar escamotear o ruidoso fracasso de seu governo socialista. Ele se armou com aviões russos. Seria um suicídio por que os EUA interviriam a favor da Colômbia.
Segundo a matéria do El Mundo, o general Fernando Ochoa, ex-ministro de defesa do Chávez, afirmou o seguinte: “Um incidente grave, onde morressem alguns jovens soldados venezuelanos, serviria para Chávez despertar um sentimento nacionalista”.
Segundo revelações de um diplomata europeu, informes da inteligência apontaram que Chávez poderia usar as Forças Bolivarianas de Libertação (FBL) para criar um casus belli, e produzir um incidente que faça parecer que foi uma agressão da Colômbia.
Leia o material completo (em espanhol) no El Mundo Espanhol.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
O porque dos cartões corporativos "aparecerem" agora
Se vocês não sabem, na edição do dia 30 de janeiro de 2008 a revista VEJA publicou a primeira matéria em mídia de circulação nacional uma matéria sobre o FORO DE SÃO PAULO.
NÃO SE ENGANEM: os cartões corporativos vieram à tona para encubrir este outro escândalo, o do FORO DE SÃO PAULO, que é infinitamente mais criminoso do que usar indevidamente dinheiro público, por maior que seja a quantidade, como é o caso dos cartões. Não tivemos nem tempo de verificar as repercussôes da matéria da VEJA, nada foi sequer discutido.
É jogo de carta marcada, no Brasil é sempre assim.
Mais sobre o FORO DE SÃO PAULO aqui, aqui e aqui.
NÃO SE ENGANEM: os cartões corporativos vieram à tona para encubrir este outro escândalo, o do FORO DE SÃO PAULO, que é infinitamente mais criminoso do que usar indevidamente dinheiro público, por maior que seja a quantidade, como é o caso dos cartões. Não tivemos nem tempo de verificar as repercussôes da matéria da VEJA, nada foi sequer discutido.
É jogo de carta marcada, no Brasil é sempre assim.
Mais sobre o FORO DE SÃO PAULO aqui, aqui e aqui.
Exército VENEZUELANO vai "desobecer" o sociopata Chávez
Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
"Seu APOIO ÀS FARC provoca inquietação, confusão e intranqüilidade em nossos quartéis", afirma Raúl Baduel, ministro da Defesa.
"Descarto uma guerra entre a Venezuela e a Colômbia. Se o presidente Hugo Chávez quisesse empreender uma intervenção armada contra a Colômbia, o exército não apoiaria uma aventura dessa natureza e desobedeceria a uma ordem contrária à vocação pacifista de nosso povo", afirma o general Raúl Baduel, militar que foi decisivo para que Chávez aceitasse sua derrota no referendo de 2 de dezembro passado. "A Venezuela é o único país americano que nunca teve um conflito armado com seus vizinhos", salienta.
Com Baduel não se cumpre o ditado de que um general aposentado tem menos autoridade que um policial urbano. Esse militar, que recolocou Chávez no poder depois do golpe de abril de 2002, mantém grande ascendência sobre os quartéis. Desde que o presidente venezuelano apoiou no Congresso as Farc, a guerrilha colombiana que se financia com narcotráfico e seqüestros, Baduel teve reuniões com oficiais da ativa que expressaram sua preocupação.
Fonte: Jornal La Vanguardia - aqui
Comentário do Cavaleiro do Templo: até o MINISTRO DA DEFESA da Venezuela SABE e AFIRMA PUBLICAMENTE que o sociopata do Hugo Chávez dá suporte às FARC. Me digam então: isto já não é suficiente para que o Brasil declare que este grupo é inimigo público?
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
"Seu APOIO ÀS FARC provoca inquietação, confusão e intranqüilidade em nossos quartéis", afirma Raúl Baduel, ministro da Defesa.
"Descarto uma guerra entre a Venezuela e a Colômbia. Se o presidente Hugo Chávez quisesse empreender uma intervenção armada contra a Colômbia, o exército não apoiaria uma aventura dessa natureza e desobedeceria a uma ordem contrária à vocação pacifista de nosso povo", afirma o general Raúl Baduel, militar que foi decisivo para que Chávez aceitasse sua derrota no referendo de 2 de dezembro passado. "A Venezuela é o único país americano que nunca teve um conflito armado com seus vizinhos", salienta.
Com Baduel não se cumpre o ditado de que um general aposentado tem menos autoridade que um policial urbano. Esse militar, que recolocou Chávez no poder depois do golpe de abril de 2002, mantém grande ascendência sobre os quartéis. Desde que o presidente venezuelano apoiou no Congresso as Farc, a guerrilha colombiana que se financia com narcotráfico e seqüestros, Baduel teve reuniões com oficiais da ativa que expressaram sua preocupação.
Fonte: Jornal La Vanguardia - aqui
Comentário do Cavaleiro do Templo: até o MINISTRO DA DEFESA da Venezuela SABE e AFIRMA PUBLICAMENTE que o sociopata do Hugo Chávez dá suporte às FARC. Me digam então: isto já não é suficiente para que o Brasil declare que este grupo é inimigo público?
Dando uma de "pobre operário"?
Maravilhas de CUBA: PRENDERAM O ESTUDANTE QUE CRITICOU A DITADURA
Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
O jovem Eliécer Ávila Sicília (21 anos) foi levado de sua casa, no município Puerto Padre, no sábado, por agentes do Estado – a força policial cubana. Ávila Cicilia foi um dos jovens estudantes da Universidade de Ciências Informáticas (UCI) que interpelou o presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular, Ricardo Alarcón de Quesada (assista o vídeo abaixo).
O estudante havia sido advertido no dia anterior (sexta-feira) para que não saísse de seu domicílio, pois seria levado para a capital cubana. Sua mãe, Elsa Cicilia, disse que proibiram os familiares de acompanhá-lo.
Toda essa repressão porque o jovem se atreveu a perguntar ao presidente, por que os cubanos não podiam sair da ilha (?), questionou sobre a miséria do povo cubano, sobre a impossibilidade deles se hospedarem em hotéis e outras restrições. Nós divulgamos no Blog essa matéria do El País, na semana passada.
Um dos estudantes filmou o evento e espalhou o vídeo causando grande comoção na ilha, pois os cubanos são proibidos de criticar o regime. Um dos funcionários que levou o jovem de sua casa, disse para a avó do estudante não se preocupar, pois ela iria vê-lo logo mais no Programa Mesa Redonda da TV cubana.
Um membro do Conselho de Relatores de Direitos Humanos de Cuba, disse que foi avisado sobre a prisão pela própria mãe do estudante, através de uma carta, na qual ela relatou seu "temor pela integridade física e pela vida” do filho, pois a “polícia política vai tratar de obrigá-lo a retratar-se em público".
Duas universidades estão fazendo coro com o Conselho de Relatores de Direitos Humanos de Cuba, responsabilizando o ditador pela vida e pela integridade física de Eliécer. Eles conclamam a comunidade e a opinião pública internacional para exigirem do governo cubano a imediata libertação do jovem estudante.
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
O jovem Eliécer Ávila Sicília (21 anos) foi levado de sua casa, no município Puerto Padre, no sábado, por agentes do Estado – a força policial cubana. Ávila Cicilia foi um dos jovens estudantes da Universidade de Ciências Informáticas (UCI) que interpelou o presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular, Ricardo Alarcón de Quesada (assista o vídeo abaixo).
O estudante havia sido advertido no dia anterior (sexta-feira) para que não saísse de seu domicílio, pois seria levado para a capital cubana. Sua mãe, Elsa Cicilia, disse que proibiram os familiares de acompanhá-lo.
Toda essa repressão porque o jovem se atreveu a perguntar ao presidente, por que os cubanos não podiam sair da ilha (?), questionou sobre a miséria do povo cubano, sobre a impossibilidade deles se hospedarem em hotéis e outras restrições. Nós divulgamos no Blog essa matéria do El País, na semana passada.
Um dos estudantes filmou o evento e espalhou o vídeo causando grande comoção na ilha, pois os cubanos são proibidos de criticar o regime. Um dos funcionários que levou o jovem de sua casa, disse para a avó do estudante não se preocupar, pois ela iria vê-lo logo mais no Programa Mesa Redonda da TV cubana.
Um membro do Conselho de Relatores de Direitos Humanos de Cuba, disse que foi avisado sobre a prisão pela própria mãe do estudante, através de uma carta, na qual ela relatou seu "temor pela integridade física e pela vida” do filho, pois a “polícia política vai tratar de obrigá-lo a retratar-se em público".
Duas universidades estão fazendo coro com o Conselho de Relatores de Direitos Humanos de Cuba, responsabilizando o ditador pela vida e pela integridade física de Eliécer. Eles conclamam a comunidade e a opinião pública internacional para exigirem do governo cubano a imediata libertação do jovem estudante.
Fonte: Libertad Digital
Comentário do Cavaleiro do Templo: perguntem aos seus "amigos" esquerdistas e também para esquerdopatas o que eles acham disto, perguntem como um regime pode ser bom e democrático se prende alguém que faz uma ou mais perguntas aos seus comandantes. Pois é isto que a esquerdopatia continental quer para o povo latRino americano.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Lula compra R$ 70 mil mensais em roupas no cartão, e oposição consulta STF sobre limites de gastos secretos
Do portal ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão em segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Nosso “Rei” dificilmente ficará nu (repetindo o que acontece na famosa fábula em que só um menino enxerga que o monarca está pelado). Afinal, nossa alteza real, o chefão da Nação, tem um cartão de crédito corporativo que lhe permite torrar uma média de R$ 70 mil por mês só comprando roupas novas. Eis um dos motivos pelos quais os partidos oposicionistas decidiram consultar o Supremo Tribunal Federal sobre os limites de investigação de uma comissão de inquérito em relação a dados sigilosos do Palácio do Planalto. Querem saber se a lei permite provar que o “rei está nu”.
O poderoso Lula da Silva compra 10 ternos por mês, em uma das finas alfaiatarias de São Paulo. O elegante “uniforme oficial” de nossa majestade é vendido entre R$ 4.200 e R$ 6 mil a unidade. Cada terno comprado pelo atual Presidente da República, em seu cartão protegido legalmente pelo sigilo, vem com duas camisas de puro algodão que custam entre R$ 400 e R$ 600 reais por unidade. Cada sapato adquirido por ele custa R$ 1.200. Sem falar nas camisas especiais que ele manda importar do Panamá – cujo preço é o segredo dos segredos. As despesas do Chefão com suas roupinhas foram motivo de fofocas entre alguns senadores, neste fim de semana.
O pequeno desperdício de gastos com a indumentária presidencial é apenas a pontinha do iceberg dos R$ 158,2 milhões torrados secretamente nos cartões chapa-branca ou nos pequenos gastos praticamente imperceptíveis do governo federal, registrados em 2007, nas chamadas “contas B” (nas quais o servidor público tem total liberdade para sacar e pagar despesas com cheques, e depois presta contas a seu superior). Ou só uma pequena amostra dos R$ 78 milhões gastos ano passado nos cartões corporativos chapa-branca.
A falta de Transparência é total. Só não é pior que a falta de controle dos gastos. Oitenta e nove por cento de todas as despesas corriqueiras do governo em 2007 não tiveram qualquer publicidade e sofreram uma fiscalização frágil. Nas contas B só se explicam 11% do total gasto. O resto é desconhecido. Nos cartões, só há informações sobre 24,7% do total das despesas. O restante (R$ 58,7 milhões) se divide entre saques na boca do caixa e gastos protegidos por sigilo, feitos pela Presidência da República, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal.
O governo federal já gastou R$ 98,7 milhões, de 2004 a 2007, em despesas do tipo sigilosas. Tais gastos são considerados de interesse da segurança do Estado e não podem ter seu conteúdo divulgado. Em tese, tudo é controlado pela Secretaria de Administração da Presidência da República. Em 2007, o governo pagou cerca de R$ 35,7 milhões em despesas sigilosas, usando os serviços de 607 empresas. Em 2006, foram gastos, secretamente, R$ 25 milhões.
A volta do que nunca saiu
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a possibilidade de José Dirceu de Oliveira e Silva ter usado notas frias em despesas de aluguel de dois veículos.
A possibilidade do guru do presidente estar metido no meio da farra dos cartões reforçou a ofensiva da oposição pela criação de uma CPI mista para investigar os gastos com os cartões corporativos.
Já pensou se algum servidor estiver ajudando a pagar despesas de Dirceu, sem que o chefão Lula saiba?
Por Jorge Serrão em segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Nosso “Rei” dificilmente ficará nu (repetindo o que acontece na famosa fábula em que só um menino enxerga que o monarca está pelado). Afinal, nossa alteza real, o chefão da Nação, tem um cartão de crédito corporativo que lhe permite torrar uma média de R$ 70 mil por mês só comprando roupas novas. Eis um dos motivos pelos quais os partidos oposicionistas decidiram consultar o Supremo Tribunal Federal sobre os limites de investigação de uma comissão de inquérito em relação a dados sigilosos do Palácio do Planalto. Querem saber se a lei permite provar que o “rei está nu”.
O poderoso Lula da Silva compra 10 ternos por mês, em uma das finas alfaiatarias de São Paulo. O elegante “uniforme oficial” de nossa majestade é vendido entre R$ 4.200 e R$ 6 mil a unidade. Cada terno comprado pelo atual Presidente da República, em seu cartão protegido legalmente pelo sigilo, vem com duas camisas de puro algodão que custam entre R$ 400 e R$ 600 reais por unidade. Cada sapato adquirido por ele custa R$ 1.200. Sem falar nas camisas especiais que ele manda importar do Panamá – cujo preço é o segredo dos segredos. As despesas do Chefão com suas roupinhas foram motivo de fofocas entre alguns senadores, neste fim de semana.
O pequeno desperdício de gastos com a indumentária presidencial é apenas a pontinha do iceberg dos R$ 158,2 milhões torrados secretamente nos cartões chapa-branca ou nos pequenos gastos praticamente imperceptíveis do governo federal, registrados em 2007, nas chamadas “contas B” (nas quais o servidor público tem total liberdade para sacar e pagar despesas com cheques, e depois presta contas a seu superior). Ou só uma pequena amostra dos R$ 78 milhões gastos ano passado nos cartões corporativos chapa-branca.
A falta de Transparência é total. Só não é pior que a falta de controle dos gastos. Oitenta e nove por cento de todas as despesas corriqueiras do governo em 2007 não tiveram qualquer publicidade e sofreram uma fiscalização frágil. Nas contas B só se explicam 11% do total gasto. O resto é desconhecido. Nos cartões, só há informações sobre 24,7% do total das despesas. O restante (R$ 58,7 milhões) se divide entre saques na boca do caixa e gastos protegidos por sigilo, feitos pela Presidência da República, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal.
O governo federal já gastou R$ 98,7 milhões, de 2004 a 2007, em despesas do tipo sigilosas. Tais gastos são considerados de interesse da segurança do Estado e não podem ter seu conteúdo divulgado. Em tese, tudo é controlado pela Secretaria de Administração da Presidência da República. Em 2007, o governo pagou cerca de R$ 35,7 milhões em despesas sigilosas, usando os serviços de 607 empresas. Em 2006, foram gastos, secretamente, R$ 25 milhões.
A volta do que nunca saiu
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a possibilidade de José Dirceu de Oliveira e Silva ter usado notas frias em despesas de aluguel de dois veículos.
A possibilidade do guru do presidente estar metido no meio da farra dos cartões reforçou a ofensiva da oposição pela criação de uma CPI mista para investigar os gastos com os cartões corporativos.
Já pensou se algum servidor estiver ajudando a pagar despesas de Dirceu, sem que o chefão Lula saiba?
A alma americana debilitada - completo e versão em inglês também
Do blog do OLAVO DE CARVALHO
Diário do Comércio em 14 de janeiro de 2008
Comentário do Cavaleiro do Templo: muito legal, o Olavo de Carvalho está sendo traduzido para o inglês. No final da matéria eu posto o link.
O discurso dominante na grande mídia, no show business e nas universidades dos EUA é hoje tão francamente anti-americano que só em detalhes de estilo – se tanto – é possível distingui-lo das campanhas de difamação empreendidas pela URSS nos anos 50 e 60. A elite americana gaba-se de ter vencido a Guerra Fria, mas parece que foi psicologicamente dominada pelo inimigo perdedor e acabou acreditando em tudo o que ele dizia contra ela. A vingança póstuma dos soviéticos brilha nas páginas do New York Times , no horário nobre da CBS e nos filmes de Michael Moore e George Clooney com um esplendor que nem Willi Münzenberg, o gênio da desinformação comunista, jamais teria ousado sonhar.
O que quer que se diga contra o governo americano, contra os militares americanos, contra a cultura americana parece hoje gozar de credibilidade automática, além de poder ser gritado desde o alto dos telhados sem o menor temor de uma resposta exasperada, ao passo que toda palavra pró-americana tem de vir cercada de precauções politicamente corretas, por medo de represálias infalíveis e ruidosas, se não de um processo judicial. Acompanhar o debate político americano é confirmar diariamente o sentido profético do verso de William Butler Yeats: " The best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity ." Algo mudou radicalmente no coração da América na segunda metade do século XX, e mudou exatamente no sentido em que os mais odientos inimigos do país teriam desejado que mudasse.
Como isso foi possível? Os agentes da mudança querem fazer-nos crer que foi tudo um processo espontâneo, natural e inevitável, dando ao curso da transformação a autoridade de uma lei histórica impessoal que só a tacanhice reacionária ousaria contestar. Mas há tempos já compreendi que leis históricas impessoais são quase sempre mera camuflagem de ações humanas que desejariam passar despercebidas para que seus efeitos se recubram de uma aura de mistério divino.
A mudança que debilitou a alma americana foi precipitada por três grandes e bem sucedidas operações de desinformação que, por serem lançadas desde Washington e não desde Moscou, conseguiram enganar a nação inteira e forjar um novo "senso comum" (no sentido gramsciano do termo) a cuja influência nem os mais conservadores e patriotas escapam por inteiro. Nas três ocasiões as mentiras cuidadosamente elaboradas pelo próprio governo para lançar sobre os EUA a culpa pelas ações maliciosas de seus inimigos não só se tornaram verdade oficial, até hoje repetida uniformemente pela mídia e pelo sistema de ensino, mas se propagaram pelo mundo, criando a imagem monstruosamente deformada que hoje alimenta e legitima o ódio anti-americano por toda parte. Pode parecer absurdo que governantes escolham acumpliciar-se à difamação do seu próprio país para evitar problemas com a URSS ou para salvar sua própria imagem eleitoral, mas foi exatamente isso o que fizeram três presidentes americanos, dois dos quais, por ironia, são apresentados pela retórica esquerdista como personificações exemplares do anticomunismo e do "imperialismo ianque".
As três operações foram concebidas nas altas esferas do Partido Democrata, mas pelo menos uma delas com intensa colaboração republicana. Três livros recentemente publicados, um dos quais já comentei aqui e o outro mencionei de passagem (v. Lições da Guerra Fria e A autoridade religiosa do mal), revelam por fim o que se passou por trás do palco nessas ocasiões, as incríveis maquinações de políticos e jornalistas que por interesses imediatistas não hesitaram em favorecer o inimigo e legar às gerações seguintes um país cada vez mais enfraquecido moralmente.
O primeiro desses episódios foi a operação montada pela administração Harry Truman – e prosseguida fielmente por Eisenhower – para negar ou dissimular a presença maciça de agentes soviéticos em altos postos do governo americano, especialmente no Departamento de Estado, bem como em funções técnicas e administrativas onde tinham acesso a informações secretas de natureza militar.
A história é contada com detalhes e extensa documentação por M. Stanton Evans em Blacklisted by History. The Untold Story of Senator Joseph McCarthy and his Fight Against America 's Enemies , New York , Crown Forum 2007. Enquanto vocês não lêem o livro, podem ouvir um bom resumo feito pelo autor na Heritage Foundation, com comentário de Herbert Rommerstein, ele próprio responsável por importantes pesquisas sobre a infiltração soviética nos EUA (v. Blacklisted by History: The Untold Story of Senator Joe McCarthy).
Para fazer uma idéia dos riscos estratégicos envolvidos na situação, basta saber que praticamente toda a orientação da política norte-americana na China durante a revolução comunista foi decidida com base em relatórios forjados por agentes soviéticos infiltrados no serviço diplomático americano em Beijing. Mediante falsificações prodigiosas, esses agentes conseguiram persuadir o governo de Washington a sonegar ajuda a seu aliado Chiang Kai-Chek e a apoiar as tropas comunistas de Mao Dzedong, que sem isso jamais teriam conseguido derrubar o governo chinês e instaurar a mais sangrenta das ditaduras genocidas que o mundo já conheceu. O embaixador americano Patrick Hurley percebeu a trama e avisou Washington em tempo, mas suas mensagens foram desprezadas. Sentindo-se insultado, Hurley pediu demissão, sendo substituído pelo general George Marshall, que acreditava naqueles relatórios como se fossem evangelhos revelados. Marshall não era pró-comunista, evidentemente, mas se o seu procedimento no caso não foi um exemplo claro daquilo que Eric Voegelin chamava de "estupidez criminosa", não sei o que mais possa se enquadrar nessa classificação. Após o recorde genocida de 70 milhões de pessoas, o governo chinês, acumulando bombas atômicas com o dinheiro que lhe é facultado generosamente pelos investidores americanos, é hoje o maior risco de segurança para os EUA.
Alertado sobre esse e outros inumeráveis casos de infiltração soviética, o governo Truman optou por bater no carteiro, fazendo tudo para dar a impressão de que o único perigo sério para a América era o anticomunismo, especialmente o do Senador Joe McCarthy, cuja imagem demonizada ainda permanece viva na memória mundial. Para obter esse resultado, a tropa-de-choque de Harry Truman não hesitou em dar sumiço a documentos essenciais que, só agora revelados, mostram que em substância todas as acusações lançadas por McCarthy eram verdadeiras e até modestas, em comparação com as dimensões reais do problema. Além de sonegar provas e proteger-se por trás de testemunhos falsos, o governo Truman, em vez de afastar os suspeitos, preferiu apadrinhar suas carreiras, permitindo que subissem na hierarquia e continuassem prestando serviços à ditadura soviética com dinheiro dos contribuintes americanos.
Toda uma cultura de antimacartismo que se espalhou pelos livros didáticos, pelo cinema e pelo jornalismo teve origem nesse empreendimento de falsificação proposital. As conseqüências disso prolongam-se até hoje, fazendo com que os americanos, arrependidos de pecados que jamais cometeram contra os comunistas, sintam mais pavor ante a possibilidade de um "retorno à era McCarthy" do que ante a de um ataque conjugado de generais chineses e radicais islâmicos.
O segundo episódio da série veio quando Lee Harvey Oswald matou o presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963. Tanto na Casa Branca quanto na CIA ou no FBI, todo mundo sabia que Oswald era um comunista fanático e que seu intuito ao atirar em Kennedy fôra o de frustrar qualquer iniciativa americana contra a ditadura de Fidel Castro. Aterrorizado ante a perspectiva de que uma explosão nacional de revolta anticomunista respingasse sobre o Partido Democrata, reavivando suspeitas do tempo de Harry Truman, o presidente Lyndon Johnson fez o que podia para que a comissão Warren desviasse as atenções desse ponto sensível, explicando o crime de Oswald não como resultado de suas convicções ideológicas, mas de motivações genéricas como instabilidade emocional, problemas de família, etc. Por incrível que pareça, a comissão consentiu em analisar o mais famoso homicídio político do século XX sem falar em política. Vindo em socorro do presidente, a mídia chique e os intelectuais iluminados produziram então uma caudalosa literatura de pretensões pseudo-sociológicas, que lançava a culpa do delito sobre a "cultura americana de violência" e outras generalidades ocas que, no acerto final, eram debitadas na conta dos conservadores. O discurso anti-americanista da New Left, que então começava a ganhar algum destaque, recebeu assim um poderoso apoio vindo do próprio governo de Washington contra o qual ele voltava a sua histérica eloqüência. Esse discurso acabou por se incorporar no "senso comum", ao ponto de que hoje é repetido rotineiramente pela grande mídia sem que ninguém note nisso nada de estranho. O livro que descreve essa imensa mutação psicológica que nasceu nas altas esferas de Washington e se propagou por toda a cultura americana é Camelot and the Cultural Revolution. How the Assassination of John F. Kennedy Shattered American Liberalism, de James Piereson (New York, Encounter Books, 2007).
O mais irônico em tudo isso é que, se Lee Oswald, convertido ao comunismo desde a adolescência, não podia de maneira alguma ser considerado representativo das correntes reacionárias supostamente responsáveis pela "violência americana" que o teria induzido ao homicídio, muito menos poderia sê-lo o fanático palestino Sirhan Bishara Sirhan, que em 1968 assassinou o irmão do ex-presidente, Robert Kennedy. Não por coincidência, hoje sabemos que a Autoridade Palestina da Yasser Arafat foi de cabo a rabo uma criação da KGB (v. http://www.weizmann.ac.il/home/comartin/israel/pacepa-wsj.html), mas, na época, a incansável fábrica de mitos da elite esquerdista conseguiu fazer que dois crimes praticados por agentes pró-comunistas contra dois políticos notoriamente anticomunistas parecessem obras da "direita reacionária", e que essa versão rigorosamente invertida da realidade se incorporasse à psique americana tão profundamente que será preciso muitas décadas para desarraigá-la, se ainda for possível.
A terceira grande mentira, também definitivamente incorporada aos rituais do masoquismo pseudo-moralista da América contra si mesma, foi igualmente obra de Lyndon Johnson. Após ter dificultado por todos os meios possíveis a ação das tropas americanas no Vietnã, Johnson tirou a conclusão lógica da sua própria estratégia, transfigurando a vitória em derrota. Em 31 de janeiro de 1968, o exército norte-vietnamita de Ho Chi-Minh lançou uma grande ofensiva contra os americanos e sul-vietnamitas. A idéia era ocupar de uma vez todas as cidades do Vietnam do Sul, a começar pela capital, Saigon, preparando um levante geral com o auxílio dos guerrilheiros vietcongues. Militarmente, a ofensiva foi um fracasso monumental. Os comunistas perderam em poucos dias cinqüenta mil soldados e todos os objetivos que haviam conquistado. Mesmo o famoso ataque à embaixada americana em Saigon foi um fiasco: nem um único vietcongue conseguiu entrar no edifício - todos morreram na porta. Como, no entanto, o exército americano, procedendo segundo a norma de praxe nessas ocasiões, retirasse velozmente os funcionários civis por meio de helicópteros colocados no topo da embaixada, as imagens da retirada foram exibidas pela TV americana como provas de pânico geral e indício certo da derrota iminente do Vietnam do Sul. Quando o presidente Johnson viu essas cenas assim interpretadas pelo veterano comentarista de TV Walter Cronkite, ponderou: "Se perdi o Cronkite, perdi a nação." O comandante norte-vietnamita, general Giap, deu-lhe toda a razão, ao admitir que sua principal arma contra o Vietnã do Sul tinha sido a mídia americana. Endossando a lenda da derrota americana, Johnson impôs a seu país uma humilhação que a mídia elegante e a intelectualidade tagarela não cessaram de celebrar desde então como um castigo justo imposto ao povo reacionário, fanático e violento que perseguira inocentes na era McCarthy e assassinara dois Kennedys...
Só agora, com o primeiro volume do livro consagrado pelo historiador Mark Moyar à guerra do Vietnã, a realidade da vitória artificialmente travestida em derrota começa a aparecer. Leiam Triumph Forsaken. The Vietnam War 1954-1964 (Cambridge University Press, 2006).
Nenhum outro país do mundo teve tantos traidores por milha quadrada quanto os EUA. Toda a mitologia anti-americana que circula no mundo originou-se em Washington e Nova York - com nada mais que leves empurrões iniciais da KGB. Como os EUA conseguiram sobreviver a tão graves mentiras lançadas contra o país por seus próprios governantes e por seus mais destacados líderes intelectuais, eis algo que só pode ser explicado pela obstinada permanência residual do apego popular às tradições americanas. É verdade que nós, brasileiros, não precisamos vir à América do Norte para conhecer um povo bom governado por trapaceiros. Mas a pergunta que não me sai da cabeça é se os trapaceiros de Brasília teriam subido tão alto sem a ajuda dos de Washington.
Diário do Comércio em 14 de janeiro de 2008
Comentário do Cavaleiro do Templo: muito legal, o Olavo de Carvalho está sendo traduzido para o inglês. No final da matéria eu posto o link.
O discurso dominante na grande mídia, no show business e nas universidades dos EUA é hoje tão francamente anti-americano que só em detalhes de estilo – se tanto – é possível distingui-lo das campanhas de difamação empreendidas pela URSS nos anos 50 e 60. A elite americana gaba-se de ter vencido a Guerra Fria, mas parece que foi psicologicamente dominada pelo inimigo perdedor e acabou acreditando em tudo o que ele dizia contra ela. A vingança póstuma dos soviéticos brilha nas páginas do New York Times , no horário nobre da CBS e nos filmes de Michael Moore e George Clooney com um esplendor que nem Willi Münzenberg, o gênio da desinformação comunista, jamais teria ousado sonhar.
O que quer que se diga contra o governo americano, contra os militares americanos, contra a cultura americana parece hoje gozar de credibilidade automática, além de poder ser gritado desde o alto dos telhados sem o menor temor de uma resposta exasperada, ao passo que toda palavra pró-americana tem de vir cercada de precauções politicamente corretas, por medo de represálias infalíveis e ruidosas, se não de um processo judicial. Acompanhar o debate político americano é confirmar diariamente o sentido profético do verso de William Butler Yeats: " The best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity ." Algo mudou radicalmente no coração da América na segunda metade do século XX, e mudou exatamente no sentido em que os mais odientos inimigos do país teriam desejado que mudasse.
Como isso foi possível? Os agentes da mudança querem fazer-nos crer que foi tudo um processo espontâneo, natural e inevitável, dando ao curso da transformação a autoridade de uma lei histórica impessoal que só a tacanhice reacionária ousaria contestar. Mas há tempos já compreendi que leis históricas impessoais são quase sempre mera camuflagem de ações humanas que desejariam passar despercebidas para que seus efeitos se recubram de uma aura de mistério divino.
A mudança que debilitou a alma americana foi precipitada por três grandes e bem sucedidas operações de desinformação que, por serem lançadas desde Washington e não desde Moscou, conseguiram enganar a nação inteira e forjar um novo "senso comum" (no sentido gramsciano do termo) a cuja influência nem os mais conservadores e patriotas escapam por inteiro. Nas três ocasiões as mentiras cuidadosamente elaboradas pelo próprio governo para lançar sobre os EUA a culpa pelas ações maliciosas de seus inimigos não só se tornaram verdade oficial, até hoje repetida uniformemente pela mídia e pelo sistema de ensino, mas se propagaram pelo mundo, criando a imagem monstruosamente deformada que hoje alimenta e legitima o ódio anti-americano por toda parte. Pode parecer absurdo que governantes escolham acumpliciar-se à difamação do seu próprio país para evitar problemas com a URSS ou para salvar sua própria imagem eleitoral, mas foi exatamente isso o que fizeram três presidentes americanos, dois dos quais, por ironia, são apresentados pela retórica esquerdista como personificações exemplares do anticomunismo e do "imperialismo ianque".
As três operações foram concebidas nas altas esferas do Partido Democrata, mas pelo menos uma delas com intensa colaboração republicana. Três livros recentemente publicados, um dos quais já comentei aqui e o outro mencionei de passagem (v. Lições da Guerra Fria e A autoridade religiosa do mal), revelam por fim o que se passou por trás do palco nessas ocasiões, as incríveis maquinações de políticos e jornalistas que por interesses imediatistas não hesitaram em favorecer o inimigo e legar às gerações seguintes um país cada vez mais enfraquecido moralmente.
O primeiro desses episódios foi a operação montada pela administração Harry Truman – e prosseguida fielmente por Eisenhower – para negar ou dissimular a presença maciça de agentes soviéticos em altos postos do governo americano, especialmente no Departamento de Estado, bem como em funções técnicas e administrativas onde tinham acesso a informações secretas de natureza militar.
A história é contada com detalhes e extensa documentação por M. Stanton Evans em Blacklisted by History. The Untold Story of Senator Joseph McCarthy and his Fight Against America 's Enemies , New York , Crown Forum 2007. Enquanto vocês não lêem o livro, podem ouvir um bom resumo feito pelo autor na Heritage Foundation, com comentário de Herbert Rommerstein, ele próprio responsável por importantes pesquisas sobre a infiltração soviética nos EUA (v. Blacklisted by History: The Untold Story of Senator Joe McCarthy).
Para fazer uma idéia dos riscos estratégicos envolvidos na situação, basta saber que praticamente toda a orientação da política norte-americana na China durante a revolução comunista foi decidida com base em relatórios forjados por agentes soviéticos infiltrados no serviço diplomático americano em Beijing. Mediante falsificações prodigiosas, esses agentes conseguiram persuadir o governo de Washington a sonegar ajuda a seu aliado Chiang Kai-Chek e a apoiar as tropas comunistas de Mao Dzedong, que sem isso jamais teriam conseguido derrubar o governo chinês e instaurar a mais sangrenta das ditaduras genocidas que o mundo já conheceu. O embaixador americano Patrick Hurley percebeu a trama e avisou Washington em tempo, mas suas mensagens foram desprezadas. Sentindo-se insultado, Hurley pediu demissão, sendo substituído pelo general George Marshall, que acreditava naqueles relatórios como se fossem evangelhos revelados. Marshall não era pró-comunista, evidentemente, mas se o seu procedimento no caso não foi um exemplo claro daquilo que Eric Voegelin chamava de "estupidez criminosa", não sei o que mais possa se enquadrar nessa classificação. Após o recorde genocida de 70 milhões de pessoas, o governo chinês, acumulando bombas atômicas com o dinheiro que lhe é facultado generosamente pelos investidores americanos, é hoje o maior risco de segurança para os EUA.
Alertado sobre esse e outros inumeráveis casos de infiltração soviética, o governo Truman optou por bater no carteiro, fazendo tudo para dar a impressão de que o único perigo sério para a América era o anticomunismo, especialmente o do Senador Joe McCarthy, cuja imagem demonizada ainda permanece viva na memória mundial. Para obter esse resultado, a tropa-de-choque de Harry Truman não hesitou em dar sumiço a documentos essenciais que, só agora revelados, mostram que em substância todas as acusações lançadas por McCarthy eram verdadeiras e até modestas, em comparação com as dimensões reais do problema. Além de sonegar provas e proteger-se por trás de testemunhos falsos, o governo Truman, em vez de afastar os suspeitos, preferiu apadrinhar suas carreiras, permitindo que subissem na hierarquia e continuassem prestando serviços à ditadura soviética com dinheiro dos contribuintes americanos.
Toda uma cultura de antimacartismo que se espalhou pelos livros didáticos, pelo cinema e pelo jornalismo teve origem nesse empreendimento de falsificação proposital. As conseqüências disso prolongam-se até hoje, fazendo com que os americanos, arrependidos de pecados que jamais cometeram contra os comunistas, sintam mais pavor ante a possibilidade de um "retorno à era McCarthy" do que ante a de um ataque conjugado de generais chineses e radicais islâmicos.
O segundo episódio da série veio quando Lee Harvey Oswald matou o presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963. Tanto na Casa Branca quanto na CIA ou no FBI, todo mundo sabia que Oswald era um comunista fanático e que seu intuito ao atirar em Kennedy fôra o de frustrar qualquer iniciativa americana contra a ditadura de Fidel Castro. Aterrorizado ante a perspectiva de que uma explosão nacional de revolta anticomunista respingasse sobre o Partido Democrata, reavivando suspeitas do tempo de Harry Truman, o presidente Lyndon Johnson fez o que podia para que a comissão Warren desviasse as atenções desse ponto sensível, explicando o crime de Oswald não como resultado de suas convicções ideológicas, mas de motivações genéricas como instabilidade emocional, problemas de família, etc. Por incrível que pareça, a comissão consentiu em analisar o mais famoso homicídio político do século XX sem falar em política. Vindo em socorro do presidente, a mídia chique e os intelectuais iluminados produziram então uma caudalosa literatura de pretensões pseudo-sociológicas, que lançava a culpa do delito sobre a "cultura americana de violência" e outras generalidades ocas que, no acerto final, eram debitadas na conta dos conservadores. O discurso anti-americanista da New Left, que então começava a ganhar algum destaque, recebeu assim um poderoso apoio vindo do próprio governo de Washington contra o qual ele voltava a sua histérica eloqüência. Esse discurso acabou por se incorporar no "senso comum", ao ponto de que hoje é repetido rotineiramente pela grande mídia sem que ninguém note nisso nada de estranho. O livro que descreve essa imensa mutação psicológica que nasceu nas altas esferas de Washington e se propagou por toda a cultura americana é Camelot and the Cultural Revolution. How the Assassination of John F. Kennedy Shattered American Liberalism, de James Piereson (New York, Encounter Books, 2007).
O mais irônico em tudo isso é que, se Lee Oswald, convertido ao comunismo desde a adolescência, não podia de maneira alguma ser considerado representativo das correntes reacionárias supostamente responsáveis pela "violência americana" que o teria induzido ao homicídio, muito menos poderia sê-lo o fanático palestino Sirhan Bishara Sirhan, que em 1968 assassinou o irmão do ex-presidente, Robert Kennedy. Não por coincidência, hoje sabemos que a Autoridade Palestina da Yasser Arafat foi de cabo a rabo uma criação da KGB (v. http://www.weizmann.ac.il/home/comartin/israel/pacepa-wsj.html), mas, na época, a incansável fábrica de mitos da elite esquerdista conseguiu fazer que dois crimes praticados por agentes pró-comunistas contra dois políticos notoriamente anticomunistas parecessem obras da "direita reacionária", e que essa versão rigorosamente invertida da realidade se incorporasse à psique americana tão profundamente que será preciso muitas décadas para desarraigá-la, se ainda for possível.
A terceira grande mentira, também definitivamente incorporada aos rituais do masoquismo pseudo-moralista da América contra si mesma, foi igualmente obra de Lyndon Johnson. Após ter dificultado por todos os meios possíveis a ação das tropas americanas no Vietnã, Johnson tirou a conclusão lógica da sua própria estratégia, transfigurando a vitória em derrota. Em 31 de janeiro de 1968, o exército norte-vietnamita de Ho Chi-Minh lançou uma grande ofensiva contra os americanos e sul-vietnamitas. A idéia era ocupar de uma vez todas as cidades do Vietnam do Sul, a começar pela capital, Saigon, preparando um levante geral com o auxílio dos guerrilheiros vietcongues. Militarmente, a ofensiva foi um fracasso monumental. Os comunistas perderam em poucos dias cinqüenta mil soldados e todos os objetivos que haviam conquistado. Mesmo o famoso ataque à embaixada americana em Saigon foi um fiasco: nem um único vietcongue conseguiu entrar no edifício - todos morreram na porta. Como, no entanto, o exército americano, procedendo segundo a norma de praxe nessas ocasiões, retirasse velozmente os funcionários civis por meio de helicópteros colocados no topo da embaixada, as imagens da retirada foram exibidas pela TV americana como provas de pânico geral e indício certo da derrota iminente do Vietnam do Sul. Quando o presidente Johnson viu essas cenas assim interpretadas pelo veterano comentarista de TV Walter Cronkite, ponderou: "Se perdi o Cronkite, perdi a nação." O comandante norte-vietnamita, general Giap, deu-lhe toda a razão, ao admitir que sua principal arma contra o Vietnã do Sul tinha sido a mídia americana. Endossando a lenda da derrota americana, Johnson impôs a seu país uma humilhação que a mídia elegante e a intelectualidade tagarela não cessaram de celebrar desde então como um castigo justo imposto ao povo reacionário, fanático e violento que perseguira inocentes na era McCarthy e assassinara dois Kennedys...
Só agora, com o primeiro volume do livro consagrado pelo historiador Mark Moyar à guerra do Vietnã, a realidade da vitória artificialmente travestida em derrota começa a aparecer. Leiam Triumph Forsaken. The Vietnam War 1954-1964 (Cambridge University Press, 2006).
Nenhum outro país do mundo teve tantos traidores por milha quadrada quanto os EUA. Toda a mitologia anti-americana que circula no mundo originou-se em Washington e Nova York - com nada mais que leves empurrões iniciais da KGB. Como os EUA conseguiram sobreviver a tão graves mentiras lançadas contra o país por seus próprios governantes e por seus mais destacados líderes intelectuais, eis algo que só pode ser explicado pela obstinada permanência residual do apego popular às tradições americanas. É verdade que nós, brasileiros, não precisamos vir à América do Norte para conhecer um povo bom governado por trapaceiros. Mas a pergunta que não me sai da cabeça é se os trapaceiros de Brasília teriam subido tão alto sem a ajuda dos de Washington.
Cartões Corporativos
Sempre lembrando que o programa do PT só difere do Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou PARTIDO NAZISTA, segundo o Olavo de Carvalho, porque o PT não faz referência (pelo menos não ainda) aos judeus.
Subversão Soviética da Imprensa do Mundo Livre
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Entrevista completa (1:20, em 9 partes no YouTube) com Yuri Alexandrovitch Bezmenov (*1939 +1997), desertor da KGB e funcionário da agência Novosti. O entrevistador é o autor e comentador político G. Edward Griffin. O ano da entrevista é 1984.
Assista os vídeos clicando aqui.
Este vídeo é mantido no YouTube com a autorização de G. Edward Griffin.
This video is kept on YouTube with G. Edward Griffin's authorization.
Entrevista completa (1:20, em 9 partes no YouTube) com Yuri Alexandrovitch Bezmenov (*1939 +1997), desertor da KGB e funcionário da agência Novosti. O entrevistador é o autor e comentador político G. Edward Griffin. O ano da entrevista é 1984.
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domingo, 10 de fevereiro de 2008
Segurança nacional?!
Do blog ARQUIVO DE ARTIGOS ETC
Editorial O Estado de S. Paulo em sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008
Os argumentos usados pelo governo Lula para defender-se no “escândalo dos cartões” - que adquire dimensões antes insuspeitadas, com a divulgação diária de novos abusos - revelam, para dizer o menos, a baixa avaliação que muitos integrantes da cúpula governamental fazem da capacidade crítica (para não dizer da inteligência) dos brasileiros. Afirmar, como o fizeram com palavras diferentes, mas no mesmo sentido, o ministro das Comunicações, Franklin Martins, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, general Jorge Armando Felix, que a revelação de gastos feitos com cartões corporativos, por funcionários, assessores ou familiares do presidente da República, assim como das despesas do Palácio (incluindo as com churrascos e com lavanderia), compromete a “segurança nacional” - por colocar em algum risco a “segurança” do presidente da República e de seus convidados -, é, realmente, dose de elefante!
Esse hábito de fazer pouco do discernimento da sociedade proporciona cenas hilariantes. Mas também justifica apreensão. O general Félix afirma que, se dependesse dele, os gastos das pessoas sob a proteção do serviço de segurança não seriam revelados no Portal da Transparência. Ora, vejam só: no Reino Unido, todos os gastos da família real são divulgados às minúcias nos tablóides e nem por isso alguém já disse que a “segurança nacional” britânica é posta em risco. E lembremo-nos de que foi o próprio presidente Lula quem, em 2005, por ocasião do lançamento do Portal da Transparência (onde são obtidas as informações sobre o uso dos cartões), afirmou: “É nossa intenção que o povo brasileiro seja estimulado a dar sua contribuição no controle e fiscalização.” E é, justamente, essa a contribuição que está sendo dada, através dos veículos de comunicação social - contribuição para que o leitor possa distinguir o que é “segurança nacional” do que é mera desfaçatez dos que se lambuzam até com as pequenas benesses do Poder.
Também tem ares de escracho a estratégia utilizada pelo governo no Congresso. Sua liderança antecipou-se à oposição - que pretendia instalar uma CPI mista sobre o uso dos cartões corporativos, criados em 2001 - na criação de uma CPI apenas no Senado, ampliando-a para abranger os gastos do governo desde 1998, incluindo as contas B, relativas ao segundo mandato do presidente Fernando Henrique. Quem é líder do governo Lula e foi líder do governo FHC, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR), pode ser acusado de tudo, menos de falta de esperteza. Ao atropelar a oposição, obtendo 35 assinaturas (mais do que as 27 necessárias) e protocolando na Mesa do Senado o pedido de instalação da CPI dos Cartões, o líder governista usou a eficiente estratégia de investigar tudo para não investigar nada.
É claro que o problema dos cartões corporativos não está em seu uso, mas sim em seu abuso. O que deveria ser uma forma racional de fazer frente a despesas emergenciais de altos servidores públicos no exercício de suas funções, poupando-os da penosa burocracia, transformou-se numa fonte de gastos mal explicados e até de prebendas pessoais. Em princípio, ninguém se deveria opor (nem a oposição) a que sejam investigados todos os gastos governamentais dos últimos dez anos, como pretende o líder do governo no Senado com sua manobra, ao que se diz, avalizada pelo próprio presidente Lula. O que é difícil de deglutir, em termos éticos, é o brandir da espada investigatória, como arma dissuasória, pelos investigados, em termos de “não venha me investigar, que te investigo”. Seja como for, conviria reter o que disse o experiente senador Efraim Moraes: “O governo deu um tiro no pé. Todo mundo sabe como uma CPI começa, mas ninguém sabe como termina.”
Afinal, o que originou essa onda toda que já parece um tsunami foi a “disparada” dos gastos com cartões no governo Lula. O cartão foi criado pelo governo FHC em 2001, ano em que se gastaram com ele R$ 96,00. Isso mesmo, noventa e seis reais. Em 2002 o gasto foi de R$ 3.620.945,00. Em 2003, primeiro ano de Lula, o total pulou para R$ 8.774.039,00. Daí em diante a escalada foi geométrica até atingir R$ 78.029.530,00 em 2007.
O tiro não foi no pé. Foi pela culatra.
Editorial O Estado de S. Paulo em sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008
Os argumentos usados pelo governo Lula para defender-se no “escândalo dos cartões” - que adquire dimensões antes insuspeitadas, com a divulgação diária de novos abusos - revelam, para dizer o menos, a baixa avaliação que muitos integrantes da cúpula governamental fazem da capacidade crítica (para não dizer da inteligência) dos brasileiros. Afirmar, como o fizeram com palavras diferentes, mas no mesmo sentido, o ministro das Comunicações, Franklin Martins, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, general Jorge Armando Felix, que a revelação de gastos feitos com cartões corporativos, por funcionários, assessores ou familiares do presidente da República, assim como das despesas do Palácio (incluindo as com churrascos e com lavanderia), compromete a “segurança nacional” - por colocar em algum risco a “segurança” do presidente da República e de seus convidados -, é, realmente, dose de elefante!
Esse hábito de fazer pouco do discernimento da sociedade proporciona cenas hilariantes. Mas também justifica apreensão. O general Félix afirma que, se dependesse dele, os gastos das pessoas sob a proteção do serviço de segurança não seriam revelados no Portal da Transparência. Ora, vejam só: no Reino Unido, todos os gastos da família real são divulgados às minúcias nos tablóides e nem por isso alguém já disse que a “segurança nacional” britânica é posta em risco. E lembremo-nos de que foi o próprio presidente Lula quem, em 2005, por ocasião do lançamento do Portal da Transparência (onde são obtidas as informações sobre o uso dos cartões), afirmou: “É nossa intenção que o povo brasileiro seja estimulado a dar sua contribuição no controle e fiscalização.” E é, justamente, essa a contribuição que está sendo dada, através dos veículos de comunicação social - contribuição para que o leitor possa distinguir o que é “segurança nacional” do que é mera desfaçatez dos que se lambuzam até com as pequenas benesses do Poder.
Também tem ares de escracho a estratégia utilizada pelo governo no Congresso. Sua liderança antecipou-se à oposição - que pretendia instalar uma CPI mista sobre o uso dos cartões corporativos, criados em 2001 - na criação de uma CPI apenas no Senado, ampliando-a para abranger os gastos do governo desde 1998, incluindo as contas B, relativas ao segundo mandato do presidente Fernando Henrique. Quem é líder do governo Lula e foi líder do governo FHC, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR), pode ser acusado de tudo, menos de falta de esperteza. Ao atropelar a oposição, obtendo 35 assinaturas (mais do que as 27 necessárias) e protocolando na Mesa do Senado o pedido de instalação da CPI dos Cartões, o líder governista usou a eficiente estratégia de investigar tudo para não investigar nada.
É claro que o problema dos cartões corporativos não está em seu uso, mas sim em seu abuso. O que deveria ser uma forma racional de fazer frente a despesas emergenciais de altos servidores públicos no exercício de suas funções, poupando-os da penosa burocracia, transformou-se numa fonte de gastos mal explicados e até de prebendas pessoais. Em princípio, ninguém se deveria opor (nem a oposição) a que sejam investigados todos os gastos governamentais dos últimos dez anos, como pretende o líder do governo no Senado com sua manobra, ao que se diz, avalizada pelo próprio presidente Lula. O que é difícil de deglutir, em termos éticos, é o brandir da espada investigatória, como arma dissuasória, pelos investigados, em termos de “não venha me investigar, que te investigo”. Seja como for, conviria reter o que disse o experiente senador Efraim Moraes: “O governo deu um tiro no pé. Todo mundo sabe como uma CPI começa, mas ninguém sabe como termina.”
Afinal, o que originou essa onda toda que já parece um tsunami foi a “disparada” dos gastos com cartões no governo Lula. O cartão foi criado pelo governo FHC em 2001, ano em que se gastaram com ele R$ 96,00. Isso mesmo, noventa e seis reais. Em 2002 o gasto foi de R$ 3.620.945,00. Em 2003, primeiro ano de Lula, o total pulou para R$ 8.774.039,00. Daí em diante a escalada foi geométrica até atingir R$ 78.029.530,00 em 2007.
O tiro não foi no pé. Foi pela culatra.
FORO DE SÃO PAULO na Veja
Para quem acha que o FORO DE SÃO PAULO é uma viajem de quem não tem o que fazer ou APENAS um clubinho da esquerdopatia continental, aqui está o "clubinho" na VEJA.
Mais detalhes, pois a revista não poderia falar sobre 18 NOS DE DEMÊNCIA em um única matéria, cliquem aqui.
Mais detalhes, pois a revista não poderia falar sobre 18 NOS DE DEMÊNCIA em um única matéria, cliquem aqui.
Uma Grande Novidade: Hoppe em Português - mais um da série "IMPERDÍVEIS"
Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Klauber Cristofen Pires em 09 de fevereiro de 2008
Neste início do ano de 2008 trazemos uma grande novidade: um dos maiores economistas e filósofos políticos na atualidade, Hans-Hermann Hoppe, tem finalmente uma de suas obras completamente traduzidas para o português, “Uma Teoria sobre o Socialismo e o Capitalismo” (A Theory of Socialism and Capitalism), com a qual nos regozijamos em brindar os leitores do Movimento Endireitar com uma versão disponível para download.
Um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo filósofo alemão, a obra citada é recomendável para todas as pessoas, por ser de mui fácil e agradável leitura, e por sua ampla multidisciplinaridade e profundidade científica, é indispensável para um salutar arejamento no ambiente acadêmico pátrio, especialmente nas áreas das ciências sociais, tais como Filosofia, Direito, Economia e Sociologia.
Download: Uma Teoria sobre o Socialismo e o Capitalismo - Hans-Hermann Hoppe
Escrito por Klauber Cristofen Pires em 09 de fevereiro de 2008
Neste início do ano de 2008 trazemos uma grande novidade: um dos maiores economistas e filósofos políticos na atualidade, Hans-Hermann Hoppe, tem finalmente uma de suas obras completamente traduzidas para o português, “Uma Teoria sobre o Socialismo e o Capitalismo” (A Theory of Socialism and Capitalism), com a qual nos regozijamos em brindar os leitores do Movimento Endireitar com uma versão disponível para download.
Um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo filósofo alemão, a obra citada é recomendável para todas as pessoas, por ser de mui fácil e agradável leitura, e por sua ampla multidisciplinaridade e profundidade científica, é indispensável para um salutar arejamento no ambiente acadêmico pátrio, especialmente nas áreas das ciências sociais, tais como Filosofia, Direito, Economia e Sociologia.
Download: Uma Teoria sobre o Socialismo e o Capitalismo - Hans-Hermann Hoppe